Boletim CACD #6: as principais notícias da semana relacionadas à Diplomacia (clipping)

Índice de Notícias

Em meio a tensão com EUA, Irã anuncia novo míssil e falha ao lançar satélite

Governo russo aumenta influência militar em países da África

EUA advertem Israel contra anexações unilaterais na Cisjordânia

Rússia estreita laços com a Venezuela e intensifica disputa com os EUA

Itamaraty agradece China por autorizar pouso de aviões brasileiros

Na ONU, presidente da Autoridade Palestina rejeita plano de paz de Trump

EUA acusam hackers militares chineses de roubo de dados de 150 milhões de pessoas

Reunião do Grupo de Trabalho do “Processo de Varsóvia” sobre questões humanitárias e de refugiados – Brasília, 4 a 6 de fevereiro de 2020

R$ 14 milhões por dia: a estratégia de Michael Bloomberg para enfrentar Donald Trump

Argentina pede apoio do Brasil para renegociar dívida com FMI

EUA e Alemanha espionaram 120 países por décadas

Estados Unidos acusam Huawei de roubar segredos comerciais e dizem ter provas de que empresa pode acessar redes de clientes

Como articulações no Congresso e troca de ministros podem mudar STF neste ano

Como o Brasil se compara com os países mais endividados do mundo

Real é a moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar em 2020


(09/02/2020) Folha de S. Paulo – Leia na íntegra

Em meio a tensão com EUA, Irã anuncia novo míssil e falha ao lançar satélite

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou um novo míssil de curto alcance, segundo a TV estatal do país, e também tentou o lançamento de um satélite que, no entanto, não conseguiu chegar à órbita.

Os eventos acontecem em meio a tensões com os Estados Unidos, que afirmam que o programa iraniano é uma tentativa de encobrir o desenvolvimento de mísseis balísticos.

No começo de janeiro, os EUA mataram o comandante militar iraniano Qassem Suleimani em um ataque de drones em Bagdá no dia 3 de janeiro, o que elevou a temperatura entre os países e levou o Irã a retaliar com um ataque com mísseis contra uma base militar dos EUA no Iraque.

O ministro iraniano de Tecnologia da Informação e Comunicações, Mohammad Javad Azari-Jahromi, foi citado pela televisão estatal dizendo que o satélite Zafar (vitória) seria lançado a partir do centro espacial iraniano Semnan.

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(09/02/2020) Estadão – Leia na íntegra

Governo russo aumenta influência militar em países da África

A Rússia está ampliando continuamente sua influência militar na África com a venda de armas, acordos de segurança e programas de treinamento envolvendo países instáveis ou líderes autocráticos. Outras medidas recentes de Moscou incluem o discreto envio de mercenários e assessores políticos para numerosos países. Centenas de combatentes russos chegaram à Líbia nos meses mais recentes como parte de uma campanha do Kremlin para intervir em nome do líder miliciano Khalifa Hifter e definir os rumos da guerra civil no país. 

Funcionários do governo americano se dizem alarmados com a crescente influência da Rússia, bem como a da China. O secretário de defesa dos EUA, Mark T. Esper, avalia a possibilidade de retirar centenas de americanos da África Ocidental para responder melhor a ameaças da Rússia e da China perto dessas fronteiras. A opinião é criticada por congressistas para quem a redução do contingente na África serviria apenas para fortalecer os rivais dos EUA. 

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(09/02/2020) O Globo e Reuters – Leia na íntegra

EUA advertem Israel contra anexações unilaterais na Cisjordânia

O embaixador dos EUA em Israel fez uma advertência ao governo do país neste domingo, para que não declare soberania sobre territórios ocupados da Cisjordânia sem o consentimento de Washington. O alerta põe um freio em pedidos de ação imediata por ultranacionalistas da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu 

O plano para o Oriente Médio que o presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou em 28 de janeiro prevê que Israel mantenha todos os assentamentos construídos nos territórios ocupados, onde os palestinos pretendem formar seu Estado. O momento em que as anexações devem ser oficializadas por Israel abriu um raro desentendimento entre os aliados. 

Netanyahu inicialmente prometeu uma rápida “aplicação da lei israelense” — uma anexação de fato — aos assentamentos judaicos e à importante região agrícola do Vale do Jordão, o que entusiasmou a sua base religiosa e de direita antes das eleições de 2 de março em Israel, nas quais o premier busca obter seu quinto mandato. 

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(10/02/2020) El País, por Maria R. Sahuquillo – Leia na íntegra

Rússia estreita laços com a Venezuela e intensifica disputa com os EUA

Num momento em que os Estados Unidos buscam fórmulas para aumentar a pressão diplomática sobre a Venezuela e debatem novas sanções, a Rússia volta a demonstrar seu apoio a Nicolás Maduro. Com sua visita a Caracas nesta semana, o chanceler Serguei Lavrov deixou claro que Moscou continua por lá e quer expandir sua influência. E, quase ao mesmo tempo em que Lavrov, um dos membros do Executivo russo mais próximos de Putin, apertava a mão de Maduro no Palácio Miraflores, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 60 países, se encontrava com Donald Trump na Casa Branca e era aplaudido em uníssono pelo Congresso dos EUA em Washington.

Rússia é atualmente o principal apoio externo do regime de Maduro. Nos últimos anos, Moscou sustentou o líder chavista com bilhões de dólares em acordos comerciais e linhas de crédito. E isso fez dele seu segundo maior parceiro empresarial e credor, atrás apenas da China. Caracas deve cerca de 6,5 bilhões de dólares (28 bilhões de reais) à russa Rosneft, quantia que está pagando pouco a pouco com petróleo.

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((10/02/2020) Agência Brasil, por Kelly Oliveira – Leia na íntegra

Itamaraty agradece China por autorizar pouso de aviões brasileiros

O Ministério das Relações Exteriores divulgou hoje (8) nota para agradecer ao governo chinês por autorizar o pouso de aeronaves brasileiras no país. Os dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que trazem os brasileiros de Wuhan, epicentro do surto mundial do coronavírus, e cidadãos de outros países têm previsão de pouso na Base Aérea de Anápolis, em Goiás, às 3h deste domingo (9).

“O governo brasileiro empenhou-se ativamente, nos últimos dias, para concluir as providências logísticas e diplomáticas para trazer de volta ao Brasil, em segurança, os cidadãos brasileiros e seus familiares chineses que se encontravam em Hubei/Wuhan, na China, e que expressaram o desejo de retornar ao país em decorrência da emergência sanitária gerada pelo novo coronavírus”, diz a nota.

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(11/02/2020) Estadão – Leia na íntegra

Na ONU, presidente da Autoridade Palestina rejeita plano de paz de Trump

NOVA YORK – O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, criticou nesta terça-feira, 11, perante o Conselho de Segurança da ONU, o plano de paz para israelenses e palestinos proposto pelos Estados Unidos.

Agitando uma cópia do mapa que o plano dos EUA prevê para Israel e Palestina, Abbas disse que o estado estabelecido para os palestinos parecia um “queijo suíço” fragmentado. Em uma possível reprimenda ao plano de Trump, Tunísia e Indonésia estão distribuindo um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenaria uma tentativa israelense de anexar seus assentamentos na Cisjordânia.

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(11/02/2020) Estadão, por Hiroko Tabuchi – Leia na íntegra

EUA acusam hackers militares chineses de roubo de dados de 150 milhões de pessoas

Os Estados Unidos acusaram hackers militares chineses pela invasão de 2017 aos dados da agência de relatórios de crédito Equifax, numa ação que afetou quase 150 milhões de cidadãos americanos, afirmou o procurador-geral William Barr nesta segunda-feira (10). “Foi uma violação deliberada e abrangente das informações privadas do povo americano”, disse Barr ao anunciar as acusações contra quatro membros do Exército de Libertação Popular da China em conexão com uma das maiores quebras de dados da história dos EUA. A Embaixada da China em Washington não respondeu a um pedido de comentário.

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(12/02/2020) Gov.br – Leia na íntegra

Reunião do Grupo de Trabalho do “Processo de Varsóvia” sobre questões humanitárias e de refugiados – Brasília, 4 a 6 de fevereiro de 2020

O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou, nesta terça-feira (11), o Decreto que transfere o Conselho Nacional da Amazônia Legal do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-Presidência da República, com a missão de coordenar e integrar as ações governamentais relacionadas à Amazônia Legal. O Conselho havia sido criado originalmente em 1995, e agora foi reativado. Com a assinatura do decreto, ficou estabelecido que a presidência do Conselho será exercida pelo general Hamilton Mourão e as reuniões serão trimestrais. 

Durante a cerimônia, no Palácio do Planalto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, falou sobre a importância da recriação do Conselho. “A Amazônia realmente nos pertence e somente se interessando por ela e apresentando políticas que possam mostrar que ela é nossa, podemos reverter a opinião interna e externa sobre essa região”, disse ele.

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(12/02/2020) BBC – Leia na íntegra

R$ 14 milhões por dia: a estratégia de Michael Bloomberg para enfrentar Donald Trump

“Dois bilionários? Quem é o outro?”, respondeu ele, mirando um ponto fraco do atual mandatário americano, que diz ter bilhões, mas se recusa a divulgar seus dados do imposto de renda.

Como de costume, dinheiro tem feito a diferença na disputa eleitoral dos Estados Unidos neste ano. Bilionários, também — ao menos 40 deles fizeram doações neste ano, como o cineasta Steven Spielberg e o ex-chefe do Google, Eric Schmidt.

O principal deles até agora, Bloomberg, que detém a oitava maior fortuna do mundo (R$ 268 bilhões), tem bancado do próprio bolso uma estratégia eleitoral sem precedentes, e que começa a surtir efeito. Resta saber até que ponto.

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(13/02/2020) Agência Brasil, por Pedro Peduzzi – Leia na íntegra

Argentina pede apoio do Brasil para renegociar dívida com FMI

A Argentina quer o apoio do Brasil para renegociar sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), disse hoje (12) o ministro de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina, Felipe Solá, durante encontro com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, no Palácio do Itamaraty.

Na oportunidade, o ministro argentino classificou a viagem ao Brasil como um “marco de aproximação e amizade”, apesar de ter sido adiada “por outros fatores”.

“A missão que lidero tem como objetivo discutir o Mercosul e a agenda bilateral e outros temas, em uma conversa franca. Tem também a responsabilidade e o propósito de esclarecer o estado das coisas do atual governo argentino”, acrescentou Solá.

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(13/02/2020) DW – Leia na íntegra

EUA e Alemanha espionaram 120 países por décadas

Os serviços secretos dos EUA e da Alemanha espionaram durante décadas os governos de mais de 120 países através de uma empresa suíça especializada na encriptação de dados, revelou nesta quarta-feira (12/01) uma reportagem publicada pelo jornal americano The Washington Post e as emissoras de TV alemã ZDF e suíça SRF.

A empresa suíça Crypto se tornou líder de mercado em equipamentos de encriptação, concretizando contratos de fornecimento no valor de “milhões de dólares” com mais de 120 países em todo o mundo.

“Por mais de meio século, governos de todo o mundo confiaram numa única empresa para manter em segredo as comunicações dos seus espiões, militares e diplomatas”, escreve o Washington Post. Entre os clientes da Crypto constavam “o Irã, juntas militares na América Latina, os rivais nucleares Índia e Paquistão e até o Vaticano”.

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(14/02/2020) G1, por Altieres Rohr – Leia na íntegra

Estados Unidos acusam Huawei de roubar segredos comerciais e dizem ter provas de que empresa pode acessar redes de clientes

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos moveu uma ação judicial acusando a chinesa Huawei e quatro subsidiárias norte-americanas de conspirar para extorquir e roubar segredos comerciais de concorrentes, obtendo vantagens e reduzindo gastos com pesquisa e desenvolvimento.

A ação divulgada nesta quinta-feira (13) adiciona mais um capítulo à série de dificuldades e imposições que autoridades norte-americanas levantam contra a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicação.

Uma executiva da empresa foi presa em dezembro de 2018 e, desde então, a Huawei também foi acusada pelo governo norte-americano de ser um “instrumento do governo chinês” e sofre com sanções comerciais que a proíbem de participar na construção da infraestrutura de 5G.

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(14/02/2020) BBC, por André Shalders – Leia na íntegra

Como articulações no Congresso e troca de ministros podem mudar STF neste ano

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, no Congresso, políticos de todas as cores ideológicas observam o calendário e se preocupam com as possíveis mudanças no STF, e dão impulso, no Senado, a projetos que podem mudar a forma de funcionamento da Corte.

Um dos projetos limita os mandatos dos ministros a dez anos, e tira do presidente da República a exclusividade na indicação. A outra proposta limita o poder dos ministros de conceder decisões individuais.

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(15/02/2020) BBC – Leia na íntegra

Como o Brasil se compara com os países mais endividados do mundo

Uma década de baixas taxas de juros facilitou o crédito a governos, empresas e indivíduos, elevando o endividamento a um nível gigantesco, equivalente a 322% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

E, no atual contexto econômico, esse índice deve continuar crescendo, de acordo com uma pesquisa do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), uma associação global de instituições financeiras com sede em Washington.

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(15/02/2020) G1, por Paula Salati – Leia na íntegra

Real é a moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar em 2020

O real é moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar no acumulado de 2020, dentre as principais divisas globais, segundo um levantamento da Tendências Consultoria com dados da Bloomberg. Entre os dias 2 de janeiro e 14 de fevereiro, o real acumula uma desvalorização de 6,22% contra o dólar.

O ranking considera 31 moedas dos principais países do globo. Logo após o Brasil, as divisas que mais perderam valor contra o dólar dos Estados Unidos foram o rand sul-africano (-6,11%), a coroa norueguesa (-5,06%), peso chileno (-5%), florim húngaro (-4,6%) e o dólar neozelandês (-4,5%).

Na outra ponta, o peso mexicano (+1,95%) e a rúpia indonésia (+1,26%) registram valorização na comparação com a moeda norte-americana.

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Celso Natale

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