Nesse artigo, abordaremos um pouco mais sobre blockchain e carreira bancária. Além disso, veremos dicas de como esse assunto pode ser abordado na sua prova discursiva.
Para um melhor entendimento do tema, trataremos dos seguintes tópicos:
Antes de abordamos mais diretamente blockchain e carreira bancária, gostaríamos de elucidar alguns conceitos iniciais sobre a Blockchain.
Conforme Martinelli et. al. (2019), a Blockchain é uma tecnologia “baseada em aplicações descentralizadas que têm como premissa, garantir a segurança de transações financeiras e a criação de Smart Contracts”.
Em outras palavras, Greve et. al. (2018) define que: “Blockchain é uma tecnologia emergente que oferece suporte distribuído confiável e seguro para realização de transações entre participantes que não necessariamente têm confiança entre si e que estão dispersos em larga escala numa rede P2P”.
Ademais, segundo o professor Thiago Rodrigues Cavalcanti em seu pdf do Estratégia, trata-se de uma tecnologia que utiliza uma arquitetura distribuída e descentralizada, no intuito de registrar transações de forma que não ocorra alterações de forma retroativa.
Embora haja aplicações diversas para a blockchain, observamos que é uma tecnologia que ainda é, de forma majoritária, relacionada ao mercado monetário e financeiro. Dessa forma, caso almeje um concurso na área bancária, redobre a atenção nesse assunto.
Por fim, para mais informações sobre blockchain e carreira bancária, clique aqui e confira o vídeo explicativo sobre a blockchain.
Sem dúvida, os dois termos são comumente abordados em conjunto, uma vez que o surgimento da Blockchain se deu junto com o advento do bitcoin, em meados de 2008.
No entanto, tratam-se de coisas diferentes, já que o bitcoin é uma criptomoeda e um sistema de pagamento, em que o usuário pode realizar transações sem a validação de um ente central (como um Banco Central, por exemplo).
Por outro lado, a blockchain é uma tecnologia empregada para viabilizar o bitcoin, mas que pode ser utilizada em vários outros contextos.
Portanto, quando você ouvir falar que bitcoin e blockchain são a mesma coisa, fique atento!
Ainda conforme Greve et. al. (2018), a Blockchain tem gerado um movimento disruptivo no mundo, devido às características que serão listadas nos tópicos a seguir.
Em primeiro lugar, uma de suas grandes vantagens é a descentralização, uma vez que as suas aplicações e os seus sistemas estão distribuídos em milhares de computador no mundo.
A título de exemplo, imagine o sistema de pagamentos convencional, em que todas as operações passam por uma entidade centralizadora que aprova ou não determinada operação.
Caso haja algum tipo de invasão a esse ente central, os danos podem atingir uma população inteira ou um grande quantitativo de pessoas.
Por outro lado, um sistema de pagamentos com Blockchain consegue diluir o seu sistema de forma que torne quase inviável um ataque que comprometa a sua arquitetura de forma relevante.
Desse modo, a Blockchain é uma tecnologia com capacidade de promover um grande ganho de eficiência e segurança.
Em decorrência da descentralização citada anteriormente, a blockchain contribui para garantir que os dados e transações ocorram de maneira segura.
Com isso, essa tecnologia permite que os sistemas ofereçam maior disponibilidade aos usuários, assim como garante maior integridade aos arquivos e às informações.
Certamente, o fato de todas as operações serem registradas de forma pública fornece transparência aos usuários e ao mercado.
Ademais, tal transparência favorece a possibilidade de realização de auditorias nas operações.
As operações da Blockchain têm natureza imutável, uma vez que, após registradas, não podem ser modificadas.
Além disso, considerando essa imutabilidade nos registros, as informações passam a ser irrefutáveis, já que não é possível negar a autoria de determinada ação depois de seu registro.
Por intermédio do sistema de criptografia empregado na Blockchain, as transações são, em boa parte, anônimas, uma vez que garantem privacidade e anonimidade aos usuários, sem que deixe de ser possível a realização de auditorias sobre as transações.
De fato, quanto mais intermediários em um processo, a tendência é aumentar a burocracia e a ineficiência nos processos. Ademais, tal combinação acarreta em aumento de custos, que, em geral, são repassados para o consumidor final.
Nesse contexto, a Blockchain traz um considerável rol de novas possibilidades de negócios, em função da possibilidade de integração de sistemas e de usuários de forma mais direta, sem a necessidade de intermediários centrais.
Finalmente, a pergunta que não quer calar: como esse tema pode cair na sua prova? Decerto, a resposta depende de alguns fatores, tais como o cargo e o nível de dificuldade do certame.
Por exemplo, considere um concurso para Analista de TI do Banco Central. Sem dúvida, esse é um certame que deve cobrar um nível mais aprofundado desse tema em suas provas discursivas.
Como contraponto, considere uma prova para escriturário do Banco do Brasil. De fato, “blockchain e carreira bancária” pode vir a ser o tema de uma redação, mas a exigência técnica, provavelmente, será menos profunda.
Assim sendo, se o certame de seu interesse não apresentar ligação direta com a TI , a tendência é que a cobrança seja mais superficial, pedindo do aluno apenas o entendimento das características gerais dessa tecnologia, assim como das suas principais aplicações.
Por outro lado, se você estiver se preparando para um certame top nacional, intensifique seus estudos sobre o tema, buscando angariar o máximo possível de conhecimentos sobre o assunto, em especial sobre o seu funcionamento, as suas aplicações e os possíveis impactos dessa tecnologia no cenário mundial.
Nesse artigo, buscamos trazer informações relevantes sobre blockchain e carreira bancária, assim como sobre as possíveis abordagens de cobrança do assunto nas provas discursivas.
Ademais, vale destacar que, por se tratar de um assunto recente no mundo dos concursos, ainda não há muitas provas que cobraram esse tema.
No entanto, dada a natureza disruptiva dessa tecnologia, trata-se de uma questão de tempo até os certames começarem a pedir do candidato redações sobre blockchain.
Caso você esteja interessado em um certame da área bancária, redobre os estudos sobre esse tema!
Além disso, não esqueça que, além de angariar conteúdo, o concurseiro deve, também, estar atento à necessidade da forma e às exigências da língua portuguesa.
Portanto, não olvide a importância da prática supervisionada de escrita e da repetição em busca da nota máxima na sua prova discursiva.
Por fim, desejo a todos bons estudos e sucesso na jornada da aprovação.
Um grande abraço!!
GREVE, Fabíola Greve et al. Blockchain e a Revolução do Consenso sob Demanda. Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC)-Minicursos, 2018.
MARTINELLI, Tháiro; PINTO, Giuliano Scombatti. BLOCKCHAIN: comparação evolutiva utilizando Bitcoin e Ethereum. Revista Interface Tecnológica, v. 16, n. 1, p. 146-157, 2019.
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