Categorias: Concursos Públicos

Banco Central: Indício de oferta de vagas para nove capitais

O Banco Central (BC) deve concluir até o fim deste mês o processo de remoção interna de servidores, cujo resultado será utilizado para definir a distribuição das 515 vagas no concurso para técnico, analista e procurador, que tem edital previsto para o fim de julho (o prazo oficial vai até setembro).  De acordo com o diretor nacional de Assuntos Previdenciários do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Sérgio Belsito, há indícios de que haverá oportunidades pelo menos em nove das dez capitais onde o banco possui unidades, incluindo o Rio de Janeiro. “A maior dificuldade atualmente é saber se haverá vagas para Belo Horizonte. Todas as outras capitais devem contar com vagas”, avaliou o sindicalista.

Belsito, que preside o Sinal no Rio, informou que 280 servidores, a maioria deles lotados na sede, em Brasília, deverão ser removidos para as regionais do BC. Desses, 39 devem ir para Belo Horizonte, o que supriria a demanda nessa localidade. Segundo ele, ainda não há um número fechado de quantos seguirão para o Rio, mas é certo que sobrarão vagas para serem oferecidas no concurso externo. O sindicalista, que havia afirmado anteriormente que o BC teria de resistir à tentação de concentrar as vagas do concurso em Brasília, reconhece que a maior parte das chances deverá ser para a sede. Além de Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a autarquia possui representações em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.
Concurso regional – Ainda de acordo com Belsito, a informação obtida junto ao BC é que a tendência é que o concurso seja de fato regionalizado, ou seja, com a distribuição das vagas por regiões sendo informada no edital, devendo o candidato, no ato da inscrição, optar a qual delas deseja concorrer. “O banco quer pessoas próximas às regionais, para evitar a evasão dos novos servidores”. No último dia 3, o chefe adjunto do Departamento de Gestão de Pessoas (Depes) do BC, Delor Moreira,  afirmou que, no momento, só é possível garantir Brasília entre as unidades de lotação dos novos concursados e que Belém provavelmente também será contemplada, em função da necessidade de pessoal. “Com relação às outras regionais, só será possível saber depois do concurso de remoção”, disse Moreira. Além disso, resta definir a distribuição das vagas pelas áreas de atuação.
A seleção será para 100 vagas de técnico (nível médio), 400 de analista (superior) e 15 de procurador (bacharelado em Direito). O Congresso Nacional já aprovou reajuste para os técnicos e analistas, com os ganhos iniciais passando para R$5.531,23 e R$13.968,85, respectivamente, já com o auxílio-alimentação, de 373. Para procurador, a remuneração inicial, reajustada no início do ano, é de R$16.092,13, também incluindo o auxílio. As contratações da autarquia são pelo regime estatutário (estabilidade), e além do auxílio-alimentação, o BC proporciona benefícios, como o plano de saúde, com coparticipação do servidor. A carga de trabalho é de 40 horas semanais.
Preparativos – De acordo com a Assessoria de Imprensa do banco, até o fim deste mês deve ser definida a organizadora do concurso. Já as provas estão previstas para setembro, segundo Delor. Ainda conforme o chefe adjunto do Depes, é cogitada a possibilidade dos exames serem aplicados apenas nas praças onde houver vagas, no caso de alguma regional não ser incluída no concurso. Há, porém, receio de que a medida gere questionamentos por parte do Ministério Público. Sobre a questão, Sérgio Belsito afirmou que o Sinal defende provas mesmo nas praças onde eventualmente não houver vagas. O sindicalista acrescentou que gostaria que as provas fossem aplicadas em todas as capitais, mas isso iria de encontro às pretensões do banco de admitir mão de obra próxima às suas unidades, para diminuir o risco de evasão. Para procurador, já foi confirmado, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), que as provas serão aplicadas ao menos nas dez capitais onde o BC está presente.
Com relação à estrutura do concurso de técnico e analista, sendo mantidas as etapas da seleção anterior, de 2009, os candidatos farão provas objetivas e discursiva (apenas para analista), avaliação de títulos (dependendo da área de atuação), sindicância de vida pregressa e programa de capacitação. A seleção para procurador já está definida, com prova objetiva, três provas discursivas, prova oral, avaliação de títulos, sindicância de vida pregressa e curso de formação.
Fonte: Folha Dirigida
Raul Cordeiro

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