No artigo de hoje, Banco Central: Estruturas de Mercado, serão destacados os principais modelos de estrutura de mercado.
A estrutura de mercado está diretamente relacionada ao ambiente competitivo existente, que vai desde um mercado perfeitamente competitivo até um mercado monopolizado, onde apenas uma firma atua no mercado de um bem.
Em um mercado de concorrência perfeita há inúmeros compradores e vendedores, todos muito pequenos, de forma que nenhum deles tem condições de isoladamente afetar o preço do produto transacionado, caracterizando um mercado atomizado.
Como esses produtores e vendedores não influenciam no preço do produto, eles acabam tomando esse preço como um dado, razão pela qual eles são chamados de tomadores de preços.
Desta forma, um produtor sempre venderá exatamente o preço de mercado, de maneira que a curva de demanda individual com a qual ele se defronta é uma reta horizontal, ou seja, o preço é constante.
A curva de demanda para a firma é horizontal (infinitamente elástica).
Assim, os compradores são indiferentes quanto à firma que fabricou o produto, de modo que o produto com o preço mais baixo sempre é preferido àquele com o preço mais elevado. Essa característica fica bastante clara em produtos agrícolas, nos quais não se observa diferença entre os diferentes produtores.
Além disso, é um mercado no qual há perfeita informação, onde produtores e compradores sabem a que preço está sendo vendida cada unidade do produto, tendo esses produtores perfeito conhecimento de suas funções de custo.
Por fim, pode-se dizer que não há barreiras à entrada e saída de novas empresas nesse mercado, como patentes e relevantes investimentos iniciais.
Essa mobilidade também ocorre com os fatores de produção, que também podem migrar livremente entre uma firma e outra.
São características da concorrência perfeita:
Um Monopólio existe quando apenas uma empresa produz uma mercadoria sem substitutos próximos. Ao contrário do que acontece com uma firma em concorrência perfeita, um monopolista é capaz de obter, mesmo no longo prazo, um lucro econômico extraordinário.
Como não possui concorrentes, o monopolista é o próprio mercado. E a inexistência de concorrentes decorre da existência de barreiras à entrada de firmas concorrentes.
Entre as diversas barreiras à entrada, pode-se citar as seguintes:
a) Barreiras Legais: Alguns produtos só podem ser produzidos por uma empresa por determinação da lei. O caso mais comum é o das patentes.
Quando uma empresa detém o monopólio de um produto por força de lei, ela possui o monopólio legal na produção daquele produto.
b) Controle do fornecimento de matérias-primas: Ocorre quando uma empresa já detém o monopólio na venda de uma matéria-prima fundamental para o setor.
c) Barreiras de escala: Ocorre quando há rendimentos crescentes de escala para a produção de determinado bem, ou seja, quanto maior for a produção menor será o custo médio. Em um mercado como esse, a firma que expandir primeiramente sua produção terá menor custo para competir com as firmas menores e acabará expulsando-as do mercado.
Tal situação caracteriza a existência de um monopólio natural e firmas inseridas nesse contexto costumam ter custos fixos muito elevados e custos variáveis muito baixos. Por isso, as firmas de energia elétrica são exemplos de monopólio natural.
Em mercados perfeitamente competitivos, o preço é igual ao custo marginal na condição ótima da empresa. Já em monopólios, o preço é superior ao custo marginal, sendo assim, uma forma de avaliar o poder de monopólio de uma empresa é examinando a capacidade do monopolista de fixar preços acima do custo marginal.
Dessa forma, deriva-se a seguinte expressão que determina os preços do monopolista:
Os mercados em concorrência perfeita são eficientes no sentido de Pareto, ou seja, não é possível melhorar a situação de um agente econômico sem piorar a situação de pelo menos outro agente.
Neste caso, o excedente do consumidor, que representa a diferença entre o que o consumidor estaria disposto a pagar e o que efetivamente pagou, e o excedente do produtor, que representa a diferença entre o preço pelo qual o produtor vendeu o produto e o preço pelo qual ele estaria disposto a vender, são maximizados.
No monopólio essa eficiência não acontece, pois há pessoas dispostas a comprar uma produção adicional por um preço, que é superior ao que essa produção custou para a firma (seu custo marginal).
O monopsônio se refere a um mercado em que há um único comprador, o que lhe garante certa capacidade de influir no preço do bem. Um exemplo de monopsonista é o governo, em relação aos bens restritos de uso militar.
A principal fonte do poder de monopsônio é:
• Elasticidade da oferta de mercado: quanto mais elástica for a curva de oferta de mercado, ou seja, quanto mais horizontal a curva de oferta, mais sensíveis serão os produtores a variações no preço do bem.
Assim, uma alta elasticidade da oferta limita o poder do monopsonista.
Bons estudos!
Professor Felipe
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