O chefe adjunto do Departamento de Gestão de Pessoas (Depes) do Banco Central (BC), Delor Moreira, informou nesta sexta-feira, dia 3, que deverá ser concluído até o fim deste mês o processo de remoção interna de servidores do banco. Segundo ele, somente após o remanejamento (provavelmente a partir de junho, portanto) será possível definir as localidades que poderão receber os aprovados no concurso para 515 vagas, autorizado em março pelo Ministério do Planejamento.
Delor afirmou que, no momento, só é possível garantir Brasília entre as unidades de lotação dos novos concursados. Belém provavelmente também será contemplada, em função da necessidade de pessoal. Com relação às outras regionais só será possível saber depois do concurso de remoção, explicou. Além de Brasília e Belém, o BC possui representação em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza.
No início de abril, o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Sérgio Belsito, afirmou que o banco terá que resistir à tentação de concentrar as vagas do concurso em Brasília, e considerar a necessidade de cada região na distribuição. O banco precisa definir ainda a distribuição das chances por área de atuação e se o concurso será ou não regionalizado, ou seja, com a distribuição das vagas especificada em edital, para escolha prévia dos candidatos. No concurso anterior, aberto em 2009, a divulgação das vagas por praça de lotação ocorreu no decorrer do concurso.
Foi confirmado pelo chefe adjunto do Depes que o BC já está recebendo as propostas das organizadoras interessadas em conduzir a seleção. A previsão é de que a organizadora do concurso seja definida até o fim deste mês, como já informou a Assessoria de Imprensa do banco. Segundo Delor, o conteúdo programático ainda está sendo discutido e só será revelado em edital. Em entrevista concedida em setembro do ano passado, o gestor chegou a informar que 90% do programa da seleção anterior seria aproveitado.
Edital e provas A divulgação do edital do concurso está prevista para julho, no fim do mês, como especificou Delor, nesta sexta, e as provas, inicialmente, para setembro. Para o cargo de procurador, já foi confirmado, por meio de portaria divulgado no Diário Oficial da União (DOU), que as provas serão realizadas ao menos nas dez capitais onde o BC está presente, mas para técnico e analista a questão ainda não está definida.
Segundo Delor, está sendo discutida a possibilidade das provas serem aplicadas apenas nas praças onde forem oferecidas vagas. Há, no entanto, um receio de que esse tipo de medida gere questionamentos do Ministério Público. No último concurso as provas aconteceram em todas as praças com unidades do banco.
Para técnico e analista, caso seja mantida a estrutura da seleção anterior, os candidatos terão que passar por provas objetivas, prova discursiva (apenas para analista), avaliação de títulos (dependendo da área de atuação), sindicância de vida pregressa e programa de capacitação. No caso de procurador, já está confirmado que a seleção compreenderá prova objetiva, três provas discursivas, prova oral e avaliação de títulos, sindicância de vida pregressa e curso de formação.
Oferta Das 515 vagas, 100 são para técnico, de nível médio, 400 para analista e 15 para procurador, ambos de nível superior (bacharelado em Direito, no caso de procurador). Com os reajustes aprovados no último dia 23 pelo Congresso Nacional, a remuneração de técnico passou a ser de R$5.531,23 e a de analista, de R$13.968,85. Para procurador, cujo reajuste já havia sido concedido no início do ano, os ganhos iniciais são de R$16.092,13.
Entre os atrativos da carreira no banco, além do status de integrar uma das instituições estratégicas para o desenvolvimento do país, estão a estabilidade, proporcionada pela contratações via regime estatutário, e benefícios como plano de saúde (com coparticipação) e auxílio-alimentação, de R$373, já incluído nas remunerações informadas.
Fonte: Folha Dirigida