Oi, pessoal!
Neste artigo, quero trazer para vocês algumas orientações sobre esta etapa dos concursos públicos (temida por muitos!): a avaliação psicológica.
Primeiro de tudo, acho ESSENCIAL dizer uma coisa: NÃO CAIA na pegadinha e no oportunismo de pessoas que se propõem a “ensinar” como passar nos testes psicológicos, como gabaritar a entrevista. Você sabia que quem oferece esse tipo de serviço está cometendo falta ética gravíssima? E você vai confiar nesse tipo de profissional?
Honestamente, não existe formula mágica e nem receita a priori para ser aprovado na avaliação psicológica. Sabe por que? Simplesmente pelo fato de que a avaliação psicológica busca conhecer QUEM É O CANDIDATO. Então não existe uma resposta universal e um desempenho esperado e igual para TODO MUNDO. Cada um é um e você precisa ser capaz de mostrar quem é você e por que você tem o perfil desejado para trabalhar naquele cargo. Em outras palavras, você precisa mostrar para seu avaliador que VALE A PENA o serviço público investir no seu treinamento e apostar em você como uma boa escolha de profissional.
A avaliação psicológica geralmente é composta por 3 etapas: a entrevista individual, os testes psicológicos e a dinâmica de grupo. E sabe por que não adianta você “decorar” uma resposta ensinada para os seus testes? Porque se você não responder de forma verdadeira, na hora da sua entrevista ou da dinâmica de grupo, seu avaliador vai perceber que as suas respostas foram INCOERENTES com o seu desempenho e as suas atitudes. A avaliação busca traçar o seu perfil e comparar com o perfil desejado para o cargo. Se você apresentar um desempenho incoerente, vai ficar NA CARA que você está tentando fingir ser algo que não é. E isso é muito pior do que você ser você mesmo!
Dito isso, venho trazer para vocês o que DE FATO É IMPORTANTE em uma avaliação:
Pessoal, isso é extremamente importante. O autoconhecimento, ter habilidade de falar de si e relacionar o quê de sua personalidade e de sua história fez você ter interesse naquela profissão é fundamental. Além disso, você precisa saber quais são as atribuições do cargo. O serviço público vai investir em você, investir em treinamento e se você não souber o que você vai ter que fazer no dia-a-dia, as chances de você não ser o perfil certo, não se identificar com o trabalho, ter um mal desempenho e até ser exonerado são muito grandes.
Mas o principal é o seguinte: VOCÊ SE AUTORIZOU A DESEMPENHAR ESTE PAPEL? Muitas vezes, a pessoa tem um ótimo desempenho na prova, mas ela ainda não está preparada para de fato assumir aquela nova posição, ela ainda está insegura, ela ainda se vê como estudante, ela ainda não fez a “passagem”, como dizemos na psicologia, de uma posição para outra, entre o “quero ser” e o “sou”. Por isso, é muito importante você fazer essa preparação para sua avaliação, mas não no sentido de decorar respostas, mas sim de se CONHECER E SE HABILITAR profissionalmente para além do conteúdo teórico!
Não é vergonha se sentir triste, não é vergonha se sentir vulnerável, não é vergonha precisar de ajuda e não é vergonha falar o que sente. Mas para o seu avaliador, você precisa se mostrar APTO e PROFISSIONAL. A sua preparação e a sua autorização precisam ser desenvolvidas antes, como um processo, para que você chegue confiante e preparado.
Na entrevista individual, você precisa saber falar de si, do seu interesse pelo cargo. No teste psicológico, você precisa levar a sério o processo e não desistir ou ficar impaciente durante a aplicação. E na dinâmica do grupo (essa dica é IMPORTANTE): o que importa nem é tanto a resposta final do grupo para a situação apresentada, mas sim o PROCESSO de como o grupo debateu e chegou naquela decisão. Para a psicologia, é sempre sobre o processo.
Pode saber que você está sendo avaliado dentro do grupo, como você se comporta, se você é autoritário, se você é muito passivo, se você toma mais a frente das coisas e PRINCIPALMENTE se você decorou ou falou de si de uma forma que não é coerente com suas ações e comportamentos. E isso indica duas coisas para seu avaliador: ou você tem uma péssima capacidade de autopercepção e autocrítica ou você está tentando fingir ser alguém que não é. E nenhuma dessas duas coisas é positiva, acredite.
Para finalizar este artigo, venho frisar então a importância do autoconhecimento, do conhecimento sobre o cargo e da capacidade de ser cooperativo e trabalhar bem em equipe. Não tenha medo de procurar ajuda: procure um bom profissional de psicologia, faça terapia, faça uma avaliação psicológica antes, faça uma orientação profissional.
E se você ainda não assistiu, no canal do Estratégia no YouTube, temos um vídeo sobre a avaliação psicológica para carreiras policiais em que eu e o professor Paulo Bilynksyj batemos um papo sobre como encarar essa etapa do seu concurso público. Corre lá para assistir! Qualquer dúvida, estou à disposição nas redes sociais.
Grande abraço!
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Ver comentários
Valeu professora! O Artigo me ajudou bastante! Quero mais conteúdos!
Prof, você poderia me ajudar a me preparar para o meu psicotécnico?
Bom artigo!
Bastante esclarecedor esse artigo Prof.Marina. Parabéns por elucidar uma fase dos concursos que sempre nos deixa inseguros. Abs
obviamente que um psicologo nao vai falar que tem que treinar ja que eles tem um codigo de ética
Preciso de uma orientação para o psicotécnico
Um psicólogo pode fazer uma avaliação usando lápis e borracha para o entrevistado concorrendo um cargo!
Top show máximo Marininhaaaaa!!!
Li o artigo inteiro por conta da avaliação psicológica que tenho amanhã, só depois vi que você era a autora!
Muito bom!!!
Muito bom!!!!
Excelente artigo!!
Obrigado!!