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Atualidades – Compreendendo o (incompreensível) conflito entre Israel e Palestina

Olá, pessoal. Como vão os estudos? Espero que estejam firmes e fortes.

 

Hoje venho falar sobre um assunto de extrema importância, pois, certamente, o conflito entre Israel e Palestina é um tema de grande importância para os concursos públicos neste ano. Além de entendermos os acontecimentos recentes, é fundamental que entendamos ao menos as linhas gerais que explicam os confrontos. Vamos, então, analisar a origem dessa crise.

Como sabemos as origens do conflito entre Israel e Palestina são bastante antigas. Ainda no final do século XIX, os judeus decidiram que deveriam migrar de onde estivessem para a Terra Santa, em Jerusalém, de onde haviam sido expulsos pelos romanos no século terceiro. Isso fez com que um grande contingente populacional emigrasse para a área da Palestina, que naquele momento pertencia ao antigo Império Otomano.  Em pouco mais de quinze anos, mais de 60 mil judeus já tinham se deslocado para a região que era habitada por cerca de meio milhão de árabes. Não tardaria para que a população judaica ultrapassasse a árabe no local. Não podemos nos esquecer de que a Palestina é uma região considerada sagrada, ao mesmo tempo, por árabes, judeus e cristãos. Era o recrudescimento do movimento sionista.

 

Claro que a chegada em massa de judeus começou a gerar conflitos com os árabes. Durante a Segunda Guerra Mundial, muito por causa da perseguição a judeus em parte da Europa, o fluxo deles que migravam para a Palestina aumentou consideravelmente. Essas situações fizeram com que a ONU tentasse resolver o impasse criando um estado para os israelenses. A solução era criar um estado dividido em dois, ou seja, uma parte seria destinada aos árabes e outra aos judeus. Todavia, os árabes não aceitaram a proposta. Havia fortes divergências em relação à divisão das terras que foi considerada desproporcional pelo povo árabe. Desde a desintegração do Império Otomano, ainda na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido administrava a região da Palestina, pois havia recebido um mandato da Liga das Nações. O problema foi que os ingleses fizeram promessas tanto a árabes quanto a judeus que posteriormente não poderiam cumprir. O não cumprimento dessas promessas aumentou a tensão entre árabes e sionistas.

 

As guerras na região começaram em 1948, quando Israel decretou sua independência. Houve conflitos contra sírios, libaneses, egípcios, que foram derrotados pelos israelenses. Depois veio o conflito de 1967, conhecido como Guerra dos Seis Dias, em que Israel venceu uma ampla coalizão árabe. Com isso, Israel anexou outras regiões, como a Cisjordânia, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental, ampliando seu território inicialmente estabelecido. Houve, depois o conflito de 1973, a Guerra de Yom Kippur, quando Síria e Egito foram novamente derrotados. Esses conflitos deram certa supremacia bélica a Israel.

 

Em 1987 ocorreu a primeira intifada (que significa algo como levante). Milhares de árabes foram às ruas protestar contra a ocupação israelense, que era ilegal de acordo com a ONU. Uma forte imagem negativa para Israel foi a de crianças e jovens sendo metralhados e bombardeados por exércitos israelenses, enquanto atiravam pedras. A segunda intifada aconteceu no ano 2000, depois de o primeiro-ministro israelense ter caminhado por um local considerado sagrado pelos mulçumanos. Apesar de todos esses confrontos, Israel permaneceu nos territórios ocupados e não cumpre uma resolução da ONU, datada de 1967, que exige que o país se retire das localidades ocupadas durante a Guerra dos Seis Dias.

Importante destacar que existem atualmente dois territórios palestinos: a Cisjordânia, que inclui Jerusalém Oriental, e a Faixa de Gaza. A área de Gaza foi novamente ocupada por Israel após a Guerra de 1967, mas foi desocupada em 2005, quando os Palestinos foram ocupados pelos palestinos. Todavia, Israel mantém um forte bloqueio à região, restringindo por mar, ar e terra a entrada de bens, mercadorias e serviços no local. A região de Gaza atualmente está sob controle do grupo radical Hamas, que não reconhece acordos anteriores entre Israel e Palestina e que insiste em uma estratégia bélica e de destruição contra Israel. De outro modo, a Cisjordânia é controlada pela Autoridade Nacional Palestina, que é reconhecida internacionalmente e que tem como principal liderança o grupo moderado Fatah.

 

Outro ponto fundamental é que, em 2012, a ONU reconheceu a Palestina como um Estado observador não membro. Isso significa que os palestinos podem participar dos debates da Assembleia Geral da ONU, entretanto isso não significa que a Palestina seja reconhecida como um Estado. Apesar de quase 70% dos membros da ONU reconhecerem a Palestina como um Estado, o Conselho de Segurança da ONU, que é quem dá tal reconhecimento, não o fez. Entre os principais pontos de conflito hoje estão justamente a criação de um estado palestino independente, além da construção de assentamentos israelenses em territórios palestinos e a barreira construída por Israel. Israel conta com um forte apoio dos EUA, que os veem como peça geopolítico fundamental no controle da região, dificultando as ações árabes.

 

Os confrontos que estão acontecendo neste momento tiveram início após o fracasso de negociações intermediadas pelos EUA. Somaram-se a esse fato a união do Fatah com o Hamas, formando um amplo governo palestino e o sequestro e assassinato de jovens israelenses por palestinos. Em junho, três jovens foram sequestrados e mortos na Cisjordânia e, com isso, Israel culpou o Hamas. Foi aí que Israel prendeu centenas de integrantes do grupo que respondeu com bombardeios a Israel. Israel, por sua vez, respondeu aos bombardeios e, com sua superioridade bélica, vem destruindo o território palestino e as forças do Hamas.

 

Os bombardeios permanecem e, com negociações infrutíferas para a paz, não têm hora para acabar. A criação de um Estado soberano da Palestina, os bloqueios à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, a violência do Hamas, o reconhecimento de Israel por árabes radicais, os assentamentos em território palestino e acordos sobre fronteiras são pontos que sem resolução continuarão sendo motivações para confrontos que só redundam em mortes, nunca em paz.

 
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Rodrigo Barreto 

 

 

 

 

Rodrigo Barreto

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