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ATI-MPOG e APO-TI do MPOG? Qual a diferença?

Olá amigos e amigas da Tecnologia da Informação!

Gostaria de conversar um pouco com vocês sobre dois cargos de TI do Ministério do Planejamento que realmente confundem a cabeça de quem não conhece os cargos: O Analista de Tecnologia da Informação e o Analista de Planejamento e Orçamento, especialista em Tecnologia da Informação, ambos do MPOG.

O Analista de Tecnologia da Informação do MPOG, famoso ATI-MPOG, é carreira do MPOG que desenvolve soluções de Tecnologia da Informação para o próprio MPOG e para os demais Ministérios da Esplanada que não possuem carreira própria de Tecnologia da Informação (ou seja, quase todos). Oferece remuneração inicial em torno de 8 mil reais, já inclusa gratificação. Mas, segundo profissionais da carreira, já existe movimentação para transformar a remuneração do órgão em subsídio, e aproximar a remuneração dos ciclos mais altos da Administração Pública Federal.

Você pode saber um pouco mais sobre o ATI-MPOG aqui.

Já o Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG (APO/TI-MPOG) é um desdobramento da carreira de APO, profissional responsável pela elaboração do Orçamento e pelo Apoio à formulação de Políticas Públicas do governo federal. Para este cargo, o MPOG sentiu a necessidade de criar uma carreira própria de Tecnologia da Informação, com especialistas conhecedores de Orçamento, capazes de apoiar o desenvolvimento de sistemas específicos para a área de Orçamento. O maior destes exemplos é o SIOP (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento), sistema pelo qual tramita a Lei Orçamentária Anual (LOA). Esses profissionais trabalham em quase sua totalidade na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), embora haja alguns profissionais trabalhando em outras secretarias do MPOG, elicitando requisitos em parceria com os profissionais de TI da SOF. Sua remuneração encontra-se alinhada com outras carreiras do chamado “ciclo de gestão”, com inicial acima de 15 mil reais. Ah, e não custa lembrar que a SOF possui tanto a equipe de desenvolvimento quanto a de infraestrutura de seus sistemas, mobilizada pelos APO/TI.

Pois bem, se a remuneração do APO/TI é bem mais atrativa do que a remuneração do ATI, saibam que o APO/TI é mais exigido no concurso de seleção. Enquanto o concurso de ATI exige, essencialmente, conhecimento de TI do candidato (confira o edital aqui), o concurseiro para APO/TI encontrará matérias como Administração Financeira e Orçamentária, Economia e outras, com peso significativo no certame. Inclusive, no edital de 2009/2010 (confira este edital aqui), a fase discursiva exigia seis redações, cobrando apenas conhecimentos de AFO, Economia e Desafios Contemporâneos. Em termos práticos, passando da fase objetiva você começa a ser exigido no concurso da mesma forma que um APO da área finalística. É uma cobrança, sem dúvidas, atípica, se comparada a outros cargos de TI, mas que se justifica quando você ocupa o cargo. Seria muito, mas MUITO mais difícil dialogar com os APO/PO acerca das demandas do órgão se não houvesse, do lado da TI, profissionais que também entendem das leis orçamentárias.

Por fim, gostaria de ressaltar algo que me chamou a atenção, quando prestei o último concurso para APO/TI em 2010: a concorrência para este cargo era menor que outros certames de TI. Lembro que tínhamos algo em torno de 250 candidatos por vaga no concurso do BACEN, naquele mesmo ano, enquanto o APO/TI teve concorrência aproximada de 70 candidatos/vaga, o que é uma concorrência baixa. Desconhecimento sobre a (excelente) carreira, a meu ver, é a única explicação para o ocorrido.

De qualquer forma, o concurso de ATI já está na praça e o concurso de APO/TI se aproxima a passos largos. Esteja atento e não deixe a oportunidade passar.

Tenha uma ótima semana!

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