Categorias: Concursos Públicos

[Apresentação] Prof. Leon Sólon – Tecnologia da Informação – TI

Olá, pessoal! Meu nome é Leon, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e agora integro a excelente equipe de professores de Tecnologia da Informação do Estratégia Concursos. Bem legal fazer parte de um time de 1a como esse.

Vou aproveitar a apresentação para fazer um breve resumo da minha vida de concurseiro. Faço alguns comentários de minhas experiências nos cargos que ocupei e ocupo.

Comecei a estudar para concursos em 2003, quando trabalhava na iniciativa privada e queria mais tranquilidade e estabilidade. À época chegava a ficar meses só com o domingo de folga e chegando em casa tarde da noite.

SERPRO

Como muitos concurseiros de TI, optei por iniciar pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). O salário não era muito atrativo naquele momento, mas alguns amigos que já trabalhavam lá receberam gratificações logo que entraram. Em 2004 acabei aprovado para analista e tomei posse em junho. Fiquei apenas um mês por motivos financeiros, pois mudaram as regras e as gratificações não eram mais designadas para empregados em início de carreira.

Durante esse pouquíssimo tempo, tive três treinamentos e já estava produzindo (era desenvolvedor Natural/Adabas do SIAFI). Uma boa característica do SERPRO é o investimento na capacitação dos empregados. Hoje o salário está bem mais atrativo, em torno de R$6000,00 o inicial. Os projetos realizados pela empresa são outro atrativo, pois são, em sua maioria, de grande impacto. Uma desvantagem, principalmente para quem não se importa de morar em Brasília, é que existem muitos outros concursos com salários bem maiores e dificuldade bem similar para preparação.

Uma curiosidade interessante: foi a prova de concurso mais difícil que já fiz na vida!! Muita coisa específica de um monte de linguagens de programação, com o CESPE como banca: imaginem :D

MPU

Acabei saindo do SERPRO de volta para a iniciativa privada, mas surgiu logo outro concurso: técnico de informática do MPU. Minha preparação à época é bem caótica, tentanto varrer o edital a todo custo, mas entrando demais nos detalhes. Ainda assim, consegui aprovação para o cargo de técnico. Passar nesse concurso foi muito importante pra mim, pois me deu segurança financeira e tranquilidade para alçar voos mais altos.

Fui lotado na Procuradoria Geral da República e lá tive a melhor experiência profissional no serviço público. Lembro-me muito bem da recepção dos nomeados pelo próprio Procurador-Geral de República à época, Cláudio Lemos Fonteles. A equipe de TI era muito competente, acolhedora e colaborativa. O MPU tem muitas vantagens, comum a outros órgãos do “judiciário”: recessos, feriados prolongados, bom ambiente, horário corrido, planos de saúde, assistência médica, etc.

Hoje o salário de analista e técnico estão muito melhores. Recomendo para quem está iniciando nos concursos a tentar o judiciário/mp. Além de não cobrar muita matéria básica (ótimo para quem “não gosta” de Direito), garante uma vida tranquila para os servidores.

Quase no mesmo período do concurso do MPU, surgiu o concurso do STJ. Fiquei fora das vagas e acabei sendo nomeado pelo TST, que aproveitou as vagas de técnico, mas não cheguei a tomar posse. Noutro post posso comentar algo sobre o TST, mas somente porque tenho bons amigos por lá.

RECEITA FEDERAL DO BRASIL

O ano de 2005 foi o que comecei a me dedicar mais a concursos, fazendo bastantes cursos presenciais (ah, se eu tivesse o Estratégia na época! :)), principalmente de matérias de Direito.

Quando estava finalizando meus cursos de constitucional e administrativo soube do edital lançado para a Receita Federal específico para Auditor-Fiscal com ênfase em TI. Quase ao mesmo tempo foram lançados outros dois: Câmara Legislativa do DF e Banco Central.

Minha estratégia foi focalizar no concurso com mais matérias para estudar, pois tanto CLDF quanto Bacen cobravam menos básicas à época (hoje o Bacen parece concurso para astronauta da Nasa :D). Lembro bem do prazo exíguo para planejamento e estudo. O tempo foi bastante curto, cerca de três meses, mas foram muito intensos. No fim, acabei aprovado. Por essas e outras que reafirmo o que disse lá no início: aproveite sua formação de TI para fazer concursos específicos.

Como trabalho desde 2006 lá, vou deixar para outro post minha experiência no órgão.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Mesmo sendo nomeado e aprovado na Receita Federal, minha paixão por concursos me deixou de antena em pé para não perder boas oportunidades. Quando surgiu o concurso da CD em 2007, eu não estava num momento bom na Receita e acabei optando por me preparar. Considero meu planejamento e estudo para esse concurso como o mais acertado, com aproveitamento máximo do pouco tempo que tinha para estudar: detalhes para outro post.

Fui nomeado somente em 2009, pois havia sido aprovado fora das vagas. Para minha surpresa, encontrei uma TI extremamente organizada na Câmara dos Deputados. Muitos dos melhores profissionais que eu conhecia em Brasília estavam por lá. Da mesma forma, as outras áreas administrativas eram (e são!) muito eficientes, como nunca havia experimentado antes no serviço público. Conto sempre para meus alunos e amigos que, no primeiro dia de integração, recebi meu crachá (com RFID e tudo) prontinho para eu trabalhar (beeeem diferente dos outros lugares em que já trabalhei :D).

Muitos me perguntam porque tomei a decisão de acabar voltando para a Receita Federal. Como já era estável, poderia pedir a recondução ao cargo anterior, e assim o fiz. À época, muitos argumentos me levaram a pensar se valeria a pena eu continuar na Câmara e por vários motivos decidi por abandonar aquela casa (sem ordem de importância):

  • Na Receita, a liberdade de atuação do Auditor-Fiscal é muito grande. Mesmo sendo aprovado num concurso “de TI” posso trabalhar na Aduana, Fiscalização, Investigação, Julgamento, etc. Na Câmara isso era muito limitado, havendo até um ato da Mesa Diretora proibindo os analistas de TI de serem lotados fora da informática (isso mudou, pelo que o prof. Victor me contou!);
  • O salário na Câmara era menor que na Receita à época. Algo que mudou bastante de lá pra cá, pois, hoje, está em torno de R$22.000,00 (excelente, não acham??? :));
  • Por motivos pessoais, eu tinha grandes chances de ter de me mudar de Brasília, algo impossível na CD.

Tirando esses argumentos, o pouco que trabalhei na CD me deixou profundamente impressionado, de forma positiva. O Centro de Informática (Cenin) possui uma equipe técnica e gestores excelentes. Se minha transição fosse do Serpro ou do MPU, muito provavelmente teria ficado na Câmara até hoje. Recomendo fortemente que façam o concurso que está para sair em 2017.

Ainda tem alguém aí?

Pessoal, fiz esse post gigante para que conheçam um pouco da minha história e paixão por concursos públicos (de TI). Farei outros comentando questões mais técnicas, tanto de tecnologia, quanto de métodos de estudo. Como adiantei pra vocês, considero minhas aprovações nos concursos da Receita e da Câmara uma prova de que, com planejamento e estratégia, é possível conseguir cargos muito bons sem se matar 6 horas por dia.

Um abraço e até a próxima!!

Leon Sólon da Silva

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