Saiba tudo sobre a Classificação de Materiais, que compõe o conteúdo de Administração de Recursos Materiais para o concurso da SEA-SC.
A Administração de Recursos Materiais é uma matéria que costuma dificultar bastante a vida de muitos candidatos nos concursos públicos, por estar presente no Edital da SEA-SC, estudaremos os principais temas que foram objeto de provas da banca IBADE.
A princípio, um administrador de uma organização necessita tomar diversas decisões durante seu trabalho. Logo, muitas destas decisões serão sobre como esta organização utilizará seus recursos disponíveis.
Assim, o gestor deve decidir sobre quais serão os profissionais contratados. Além disso, decidir onde eles irão trabalhar.
Do mesmo modo, decidir quais serão as tecnologias envolvidas nos processos de trabalho. Juntamente com, quanto dinheiro será preciso para fazer a instituição funcionar.
Simultaneamente, determinar quais serão os produtos e serviços oferecidos para seus clientes, dentre outros aspectos.
Nesse sentido, existem diversos tipos de recursos em uma organização. Por exemplo, temos os recursos financeiros, os recursos humanos, os recursos tecnológicos etc.
A administração de materiais é uma ramificação da administração geral, assim, ela também adota as mesmas características que qualquer outra área da administração como: administração financeira, administração de marketing, administração de produção, etc.
Tais características são as de planejar, comandar, controlar e atingir os objetivos exigidos pela empresa.
Especificamente a administração de materiais administra materiais de determinada instituição pública ou privada de modo que atenda às exigências do mercado e do consumidor, e que todos os produtos necessários sejam mantidos ou utilizados adequadamente.
Em análise sobre as questões da matéria que mais caem em concursos, percebe-se que Gestão de Estoques e Armazenagem/Distribuição e Classificação são os temas mais cobrados.
Por esse motivo, iremos abordar os temas de Administração de Recursos Materiais para a SEA-SC, que você não pode deixar de saber, e assim garantir que não haja dificuldades para o aprendizado da matéria.
A gestão de recursos dentro de uma organização é uma das mais importantes, senão a principal, função dos gestores.
Conseguir alocar os recursos corretos, nos locais corretos e na hora correta é a meta principal de quem tem responsabilidade pela gestão de processos, sejam eles na área industrial ou de serviços e na iniciativa pública ou privada.
Há uma gama de recursos com a qual o administrador deve estar apto a lidar:
Os recursos humanos são as pessoas, suas competências, habilidades e atitudes. É o capital intelectual e humano da organização. Alocar pessoas nos lugares em que possam gerar os melhores resultados para a organização e para o próprio indivíduo é tarefa das mais complexas, seja no mundo público ou privado.
Os recursos financeiros dizem respeito ao capital, a disponibilidade financeira da organização. É o recurso mais facilmente reconhecido, por sua característica de liquidez. Pode e deve ser utilizado na aquisição de outros recursos que de forma direta ou indireta colaboram na cadeia produtiva da organização.
Os recursos tecnológicos são compostos pelo corpo de conhecimentos com o qual a organização conta para a produção de seus produtos ou serviços (patentes, tecnologias, máquinas, equipamentos, etc.).
Atualmente, instituições que se encontram defasadas em relação aos seus recursos tecnológicos perdem sua competitividade de maneira muito rápida e significativa.
Os recursos materiais podem ser definidos como os elementos físicos que servem para a construção do produto final e funcionamento da organização, sempre caracterizados por não serem permanentes.
Já os recursos patrimoniais são definidos como o conjunto de bens, valores, direitos e obrigações que possuam valor monetário quantificável e possam ser utilizados para gerar riqueza.
Nesse contexto, o foco da atividade de administração patrimonial recai sobre os bens patrimoniais de caráter permanente (ao contrário dos materiais) que incluem instalações, veículos, móveis, equipamentos, etc.
Esses dois últimos são os que você estudará neste artigo, além de ser os de maior relevância para a prova.
A administração dos recursos materiais é a atividade responsável pela gestão do fluxo de materiais.
Administração de Recursos Materiais engloba todo fluxo de uma cadeia produtiva, o chamado ciclo produtivo.
Algumas fontes e mesmo algumas bancas chamam o processo de “gestão da cadeia de suprimentos”, “cadeia de valor” ou mesmo, de forma genérica, de “logística”.
De acordo com Paulo Sérgio Gonçalves (2013), as principais atividades da área de gestão de materiais são:
Gestão dos Estoques – trata do gerenciamento dos materiais, por meio do uso de técnicas de previsão do consumo, sistema de controle dos estoques, etc., com o objetivo primordial de adequar os níveis de estoque as necessidades dos usuários dos diversos materiais, com o menor custo possível, sem comprometer o nível de serviço esperado para atender as exigências do usuário.
Gestão de Compras – envolve o atendimento das solicitações de compras de materiais destinados aos diversos órgãos que compõem uma empresa e, principalmente, atender as necessidades de reposição dos estoques planejados pela gestão de estoques, de acordo com as quantidades e prazos por ela fixados.
Gestão dos Centros de Distribuição – envolve atividades vinculadas ao recebimento dos materiais, movimentação, estocagem e fornecimento destes, de acordo com as necessidades dos usuários. A gestão dos centros de distribuição resulta no controle físico dos materiais armazenados.
A administração dos recursos materiais diz respeito à forma como é gerenciada a parte física das organizações. Seu objetivo é assegurar o fornecimento dos bens necessários à manutenção da operacionalidade da produção.
E você sabe quais são as funções ali desempenhadas?
1 – Aquisição – corresponde à responsabilidade por identificar quem possui as matérias-primas e os componentes necessários no ambiente externo, negociar condições de pagamento, qualidade e quantidades, comprar os materiais necessários e definir contratos de fornecimento.
2- Transporte e Distribuição – corresponde ao gerenciamento do trânsito dos materiais entre os fornecedores e a organização, ao transporte interno e entre a organização e os clientes (distribuição).
3 – Almoxarifado – é o local onde são guardados os materiais para posterior utilização.
4 – Estoques – é o acompanhamento do cumprimento das políticas definidas para os diferentes materiais existentes na organização.
A Administração de Recursos Materiais estabelece uma série de relacionamentos significativos com as demais áreas da organização.
Os principais são:
Finanças, Produção e Operações, Vendas, Distribuição, Informática e Gestão de Pessoas.
Essas atividades são classificadas em primárias e de apoio:
As atividades consideradas primárias são: transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos.
As atividades secundárias servem de apoio ao desempenho das atividades primárias, elas são: armazenagem, manuseio, embalagem, suprimentos, planejamento e sistemas de informação.
De acordo com João José Viana (2010) um sistema de classificação deve possuir três atributos principais: abrangência, flexibilidade e praticidade.
ABRANGÊNCIA – A abrangência deve permitir que a classificação possa incluir um vasto número de diferentes tipos de materiais, englobando uma grande variedade de características como peso, forma, dimensão, custos, etc. Isso permite que ela seja abrangente o suficiente para representar todos os tipos de materiais em suas mais variadas dimensões.
FLEXIBILIDADE – A flexibilidade deve proporcionar uma visão global do estoque e, especialmente, o inter-relacionamento entre as diversas classificações.
Dessa forma a classificação deve ser sempre maleável e adaptável, podendo se adequar à realidade da organização e facilitando a comunicação entre os diferentes tipos adotados.
PRATICIDADE – Por último, a praticidade exige simplicidade da classificação. Não deve exigir dos classificados julgamentos subjetivos ou complexos. Deve ser simples e direta.
Outra importante padronização no que diz respeito à classificação de materiais é a adoção de classificações com base em tipos pré-definidos ou “quebras” comumente adotadas pelas organizações.
Vamos conhecer as principais e mais cobradas em provas de concurso sobre Administração de Recursos Materiais:
Aqui se destaca um dos mais importantes temas para a SEA-SC, em linhas gerais os principais tipos de classificação da Administração de Recursos Materiais são os seguintes:
• Tipo de Demanda: Em relação ao tipo de demanda temos os chamados materiais “de estoque” e os materiais “não de estoque”. Os materiais de estoque são aqueles consumidos rotineiramente ao longo do processo de produção; já os materiais de não estoque são consumidos com menor frequência, têm demanda irregular ou mesmo imprevisível e, portanto, muitas vezes não têm previsão de utilização.
• Criticidade: são peças de reposição de equipamentos que não podem parar sob pena de paralisar todo o processo produtivo da organização. Precisam estar disponíveis e em estoque para qualquer necessidade.
1 -Matérias primas: constituem os insumos empregados diretamente no processo produtivo, ou seja, todos os itens iniciais necessários para a produção. Isso significa que a produção é totalmente dependente da entrada de matéria prima para ter sua sequência garantida.
2- Materiais em Processamento: (também chamado de materiais “em vias”, em fabricação ou em processo): são aproveitados na elaboração do produto final da empresa e caracterizam-se por estarem sendo processados (ou transformados) ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa.
3 – Materiais semiacabados: processamento em estágio intermediário de acabamento. Fase mais adiantada que a fase anterior, de processamento. Aqui o componente está parcialmente acabado ou “quase pronto”.
4- Materiais acabados (ou componentes): são os componentes. Peças acabadas e isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto final. São partes prontas ou pré-montadas que, quando juntadas ou integradas, constituirão o produto acabado.
5-Produtos acabados: produtos finalizados que podem ser colocados à venda. O processamento já está encerrado de maneira completa.
6- Materiais auxiliares ou improdutivos: compreende todo e qualquer material não incorporado às características do produto fabricado como materiais de limpeza, de escritório e outros materiais de consumo utilizados em outros setores da organização que não o processo de manutenção.
7- Materiais de manutenção: materiais de consumo, com utilização repetitiva, aplicados em manutenção.
8- Materiais de consumo geral: não utilizados diretamente no processo produtivo. Materiais de consumo, com utilização repetitiva, aplicados em diversos setores da empresa, para fins que não sejam os de manutenção.
• Perecibilidade: os materiais se classificam em perecíveis e não perecíveis. Os materiais perecíveis são aqueles que podem perder suas características de performance esperadas, sejam elas físicas ou químicas, estragando ou se deteriorando. Isso pode acontecer pela ação natural do tempo, pela ação de contaminantes, contato com outros materiais, umidade, oxidação, poeira, choque mecânicos, pressão, entre outros fatores.
Os materiais não perecíveis são os demais materiais, que não necessitam de cuidados especiais em relação a essa condição específica.
• Periculosidade: Neste tipo de classificação os materiais são segmentados em perigosos e não perigosos.
Isso influenciará diretamente as condições de manuseio, transporte e armazenagem dos materiais considerados perigosos, pois são aqueles que podem apresentar riscos ao longo de todos esses processos.
Os riscos mais comuns são os de explosão, incêndio, reação ao contato com outros produtos, etc. Nesses casos, o material deve ser tratado com o devido cuidado.
Os demais materiais são os não perigosos e – assim como os não perecíveis – não necessitam de cuidados especiais quanto aos seus processos específicos.
• Possibilidade de fazer ou comprar: são divididos em:
1- Fazer internamente: podem ser fabricados na própria empresa.
2- Comprar: não há possibilidade de produção interna.
3- Decidir por fazer ou comprar: deve-se analisar o custo-benefício de produzir internamente ou comprar de fornecedores no momento do ressuprimento.
4- Recondicionar: podem ser recuperados internamente após o uso e desgaste.
• Tipos de estocagem dentro da Administração de Recursos Materiais:
Neste tipo de classificação temos apenas duas categorias:
• Dificuldade de aquisição: A classificação por dificuldade de aquisição permite que a organização obtenha alguns benefícios como:
• Mercado fornecedor: Esta classificação está bastante ligada à classificação por dificuldade de aquisição.
• Valor do consumo ou ABC (muita atenção para esse e o próximo assunto para a SEA-SC dentro da Administração de Recursos Materiais):
A classificação com base no método ABC segmenta os itens que trazem muito ou pouco impacto para a organização em relação ao seu processo produtivo.
Permite que o administrador de materiais foque seus esforços em número reduzido de itens que são os mais importantes para a organização.
O princípio da concentração da importância em setores que acolhem poucos itens (ou cidadãos ou qualquer outra unidade a ser considerada) forma a base do Princípio de Pareto e foi adaptado ao processo de controle de estoques, batizado como Curva ABC.
Os materiais da classe “A” são aqueles que têm alto consumo anual e de menor quantidade de itens (em torno de 20%).
Exigem os maiores investimentos e atenção do gestor de materiais ao longo do tempo. São sempre aqueles de maior valor de consumo (ao redor de 80%) ou chamados de material de grande valor de consumo.
Temos ainda os materiais da classe “B”, são aqueles com um número médio de itens (cerca de 30% dos itens) e que representam, isoladamente, cerca de 15% do valor total dos estoques. Somados aos materiais da classe “A” perfazem quase que a totalidade dos materiais consumidos ao longo do processo de produção (aproximadamente 95% do total, ou seja, os 80% da classe “A” mais os 15% da classe “B”, e representam 50% dos itens: 20% da classe “A” e 30% da classe “B”).
Os materiais da classe “B” também são chamados de materiais de importância intermediária ou de médio valor de consumo.
Por fim temos ainda os materiais da classe “C”, que perfazem uma longa lista de itens (cerca de 50% deles) porém representam muito pouco em termos de importância e valor ao processo produtivo (geralmente algo em torno de 5%). São conhecidos por materiais de pouca ou menor importância ou de baixo valor de consumo.
• Importância Operacional ou XYZ:
Veja abaixo as classificações adotadas quanto a esse quesito:
Classe X – Materiais de aplicação não importante. Criticidade baixa. A falta não acarreta paralisação do processo. Podem ser facilmente adquiridos ou substituídos por materiais similares da própria organização.
Classe Y – Criticidade média. São importantes para o processo, porém podem ser substituídos por outros com relativa facilidade, mesmo não possuindo similares na empresa.
Classe Z – Criticidade máxima. Imprescindíveis ao processo e não podem ser substituídos por similares. Sua falta provoca a paralisação da produção e/ou fases operativas da organização.
• Permanentes ou de Consumo:
Os materiais podem ser segmentados em duas categorias:
• Material de Consumo: utilização limitada a 2 anos. Após isso perde sua identidade física ou tem a utilização limitada.
• Material Permanente: durabilidade maior que 2 anos e/ou não perde sua identidade física quando incorporado a outro bem.
São todas as etapas do processo de classificação:
✓Catalogação: a fase em que o gestor de materiais elabora uma lista completa de todos os itens de materiais que existem no estoque.
✓ Simplificação: simplificar material significa reduzir a diversidade de um item empregado para o mesmo fim.
✓ Especificação: a especificação significa uma minuciosa descrição do material. Também chamada de identificação, nessa fase os materiais catalogados e simplificados serão descritos de forma detalhada, incluindo seu peso, medida, forma, finalidade e demais atributos.
✓ Normalização: é “um conjunto metódico e preciso de preceitos destinados a estabelecer regras para execução de cálculos, projetos, fabricação, obras, serviços ou instalações, prescrever condições mínimas de segurança na execução ou utilização de obras, máquinas ou instalações, recomendar regras para elaboração de outras normas e demais documentos normativos”.
✓ Padronização: o procura estabelecer padrões idênticos de medidas de peso, formato e outras correlatas e está diretamente ligada ao processo de simplificação pois, obtida a padronização, um dos seus grandes benefícios é a diminuição do número de itens em estoque, evitando ou minimizando a variedade de itens dentro de uma mesma classe de materiais utilizados para o mesmo fim.
✓ Codificação: Os sistemas de codificação, muito importante dentro da Administração de Recursos Materiais, mais comumente utilizados são o alfabético, o alfanumérico e o numérico (este é o mais usado), também chamado sistema decimal.
Codificação é ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres.
Existem três sistemas principais de codificação:
Finalizamos a Classificação de Materiais para o SEA-SC, um dos conteúdos da matéria de Administração de Recursos Materiais que despenca em concursos que exigem a matéria.
Analisando a banca IBADE, foi possível verificar que muitas das questões que já foram objeto de prova, em sua maioria foi cobrado as classificações dos Materiais.
Contudo, não basta somente a leitura do artigo apresentado, por esse motivo sugerimos os cursos específicos do Estratégia Concursos, voltados para o concurso da SEA de SC.
Não percam nossas atualizações diárias.
Grande abraço e boa sorte!!
Até a próxima, pessoal.
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