Olá, pessoal!
Tudo bom? Como está o ritmo de estudos de vocês? Espero que estejam caminhando com nossas orientações. Qual foi a escolha que você fez, recentemente?
No artigo anterior, conversamos sobre minha trajetória como funcionário do setor privado à aprovação para Fiscal de Rendas. Lembram? Caso não tenham lido, remeto-os ao texto, por meio do link abaixo:
Hoje, partilharei com vocês a minha escolha sobre a saída do setor privado e o ingresso na área pública. Acredito que muitos possam estar passando pela mesma experiência que passei e ainda possam estar na mesma dúvida que tive à época.
Como disse a vocês no artigo anterior, a escolha foi crucial e o passo mais importante na minha vida e construção da minha carreira. De fato, passar no concurso público não era um sonho, em si, de forma específica. Consegui perceber que a aprovação no concurso público de Fiscal de Rendas poderia me dar subsídios para ser um melhor cientista do Direito Tributário, pois já conhecia o lado do contribuinte, mas precisava entender como funcionavam as “entranhas” do setor fiscal para mostrar aos meus alunos questões práticas com mais clareza e solidez. O ponto foi esse.
Antes de realizar a minha escolha, trabalhei no setor jurídico de uma grande empresa de telecomunicações e minha jornada de trabalho era desgastante. Ainda que a possibilidade de um maior ganho financeiro fosse promissora, poucos conseguiam conquistar esse patamar. Além disso, o risco de ser demitido era, também, maior. Observe que era uma questão de perfil e, até mesmo, de oportunidade. Eu gostava do ambiente e entendia que conquistar o emprego no setor privado poderia ocorrer mais rapidamente, bastava que a pessoa se dedicasse e ser esforçasse, além do dever de possuir as qualificações necessárias, caso tivesse oportunidade. Esse era o pensamento.
Após um período trabalhando na área jurídica, saí da empresa e fui exercer a atividade em alguns escritórios e vi que era possível lecionar (como me tornei professor? Rs… quem sabe escrevo outro artigo? Mas, por hora, deixo vocês com esse questionamento). A rotina era de 08:00 às 17:00 e precisava ficar à disposição, diversas vezes, para trabalhar além do horário combinado e em dias não úteis. Claro, tudo para atender da melhor forma aos clientes e às expectativas do meu empregador. Foi uma ótima experiência! Quando tive que subir nos tablados das salas de aula, a jornada aumentou e, além de trabalhar no escritório, passei a realizar outra jornada após o expediente: a docência.
Entre as jornadas nos escritórios e a docência, percebi que precisava melhorar os exemplos, a qualidade e a profundidade dos debates dados em sala de aula e, ainda, entender a área tributária por dentro e por fora. Era uma necessidade!!! Havia, também, algo além dessa questão: gostaria de me tornar um melhor professor de Direito Tributário. Algo que vinha de dentro. Lecionar virou um sacerdócio. Algo que tinha e tenho muito gosto de exercer. Com isso, veio a escolha.
Procurei nos diversos concursos públicos um que fosse compatível à minha formação em Direito e que melhor se adequasse à minha experiência jurídica no âmbito do Direito Tributário. Qual era esse concurso público? Fiscal de Rendas. Os benefícios concedidos pela Administração Pública nesse cargo variam de um ente federado para outro, mas, o mais interessante, é que existe um horário definido de trabalho pelo superior hierárquico, que é respeitado (salvo situações muito excepcionais) e as atividades são, na maioria das vezes, exercidas em regime de plantão. Foi o concurso ideal para mim, pois, além de tudo que já expus anteriormente, eu poderia lecionar com mais tranquilidade também. Veja: obter a aprovação no concurso não era um sonho. Entendem? O sonho era me tornar um professor melhor do que eu era (retornar ao serviço pode ser uma possibilidade no futuro? Bom, quem sabe um dia?).
Portanto, comecei a me dedicar ao Concurso Público para o cargo de Fiscal de Rendas. Posteriormente, obtive a aprovação e, com o passar dos anos, o despretensioso anseio de me tornar um melhor professor me fez perceber que o ingresso na Carreira Pública se tornou a melhor escolha que fiz, pelo menos no atual momento, e não a mais difícil.
Qualquer coisa, estou à disposição.
Leonardo Godoi Sia – Coach do Estratégia Concursos
@profleonardosia
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