Artigo

Os cursos de Auditoria estão defasados?

Olá, pessoal,


Vimos num fórum de
concursos alguns comentários sobre os cursos de Auditoria para o ICMS-SP,
incluindo o nosso, dizendo que estão defasados, que a prova veio diferente do
que foi ministrado, e por aí vai. Sobre a gente e sobre a concorrência.


Eu e o Prof. Rodrigo
Fontenelle analisamos ontem a prova de auditoria, com o gabarito preliminar
apresentado pela banca – FCC. Até aí tudo bem.


Ou melhor, nem tanto
assim. A banca resolveu, como fez no ISS-SP, dar uma “carga” maior no
conhecimento de Contabilidade, e acabou por “invadir” o espaço da Auditoria.


O presente texto tem
por objetivo responder a uma sugestão de um aluno, que pode ser hoje a ideia de
muitos de vocês: estabelecer um novo rumo para as aulas de auditoria.


Bom, pra resumir a
conversa, discordamos.


Primeiro porque nosso
curso seguiu estritamente o que constava do edital na parte da Auditoria. Foram
mais de 300 páginas (já descontadas as de exercícios, referências, etc) e mais
de 200 exercícios comentados, o que mostra que, caso a banca tivesse elaborado
uma prova de “Auditoria”, e não de “Contabilidade”, não haveria porque se falar em
mudanças de rumo.


Segundo porque a
tendência que a FCC apresentou no ISS-SP – e se repetiu agora – se limitou às
provas para os Fiscos. Eu e o Prof. Rodrigo já resolvemos todas as questões de
Auditoria da FCC desde 2010, e essa exigência “contábil” não se estende às
demais.


Terceiro porque quem
elabora as provas para concursos é um professor ou profissional de Auditoria,
como nós. A banca não é um ser próprio. É representada por um de seus
professores, e quem monta uma prova hoje pode não montar outra amanhã, e por aí
vai. Não adianta alterar um curso de “Auditoria” para “Contabilidade”, na tentativa
de adivinhar qual a prioridade que será dada numa prova específica, porque a chance
de alteração de quem elabora as questões vai continuar existindo.


Ainda quanto à inclusão
dos CPCs. Imaginem transformar um curso de 300 páginas em um curso de 700, para
atender a um caso específico. Valeria a pena?


E por último, a maioria
das questões não tratou de “Auditoria”, e sim de “Contabilidade”, como dissemos.
São elas: 72, 73, 74, 75, 77, 78 e 80. Ou seja, “somente” 70% da prova de
Auditoria.


Quem sabia
Contabilidade com profundidade, se deu bem. Quem não sabia, teve dificuldades,
que não teriam sido superadas por qualquer curso de Auditoria disponível no
mercado. Se alguém estudou com outro professor que ministrou essa matéria toda
na disciplina “Auditoria”, nos avise, por favor. Em “Contabilidade Avançada” nós sabemos que existem.


Cabe recurso? Pode até
ser que se obtenha sucesso em uma ou outra questão com o argumento de que não
fazia parte do edital de Auditoria, mas as chances de sucesso são remotas.
Sabemos como funcionam as bancas.


Esperamos que, mesmo
que a prova de Auditoria tenha sido atípica, nossos alunos tenham conseguido
atingir os mínimos.


Forte abraço a todos, e
estamos à disposição.


Claudenir Brito /
Rodrigo Fontenelle

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