Aprovado no concurso PCE RJ em 11° lugar para o cargo de Inspetor
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)“Escolha um único material que seja bom e atualizado (o Estratégia oferece tudo isso aí); em hipótese alguma compre diversos cursos e baixe 1000 apostilas, pois você não terá tempo de ler/ver tudo e, ademais, muita coisa se repete.”
Confira nossa entrevista com Daniel Machado, aprovado no concurso PCE RJ em 11º lugar para o cargo de Inspetor:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Daniel Machado: Meu nome é Daniel Machado, tenho 29 anos, sou formado em Direito e sou natural de Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Daniel: Desde a época da faculdade, sempre quis atuar numa área em que pudesse fazer a diferença na sociedade. Não queria fazer algo e ser apenas mais um. Diante disso, vi que no serviço público poderia prestar serviços de extrema relevância para a sociedade.
Durante minha preparação, diversos editais para outros cargos foram surgindo e quando saíram os concursos da Polícia Civil do Paraná e da Polícia Civil do RJ percebi pelos editais que as matérias não fugiam tanto do que já vinha estudando; por isso, resolvi prestar estes concursos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Daniel: Logo que saí da faculdade de direito, prestei concurso para o cargo de residente jurídico da Defensoria do Estado do Rio de Janeiro, cargo temporário que ocupei por 3 anos.
Desempenhei minhas atividades numa cidade vizinha chamada Rio Claro. Gastava aproximadamente 50 minutos indo e outros 50 voltando de 2f a 5f.
Nessa época, eu estudava bem pouco em casa; no entanto, meu trabalho permitia que eu me debruçasse bastante sobre os casos em que atuava, o que ajudava bastante.
Passados esses 3 anos, entrei num ritmo de estudos de cerca de 4 a 5 horas diárias, sempre conciliando com um pouco de advocacia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Daniel: Como disse anteriormente, fui aprovado para o cargo de residente jurídico da Defensoria do Estado do Rio de Janeiro, um cargo temporário.
Fui aprovado na prova escrita da PCPR que ocorreu em setembro de 2021 e há menos de 2 semanas fiz o TAF desse concurso, no qual também fui aprovado; no momento estou aguardando a fase de investigação social.
Acabo de ser aprovado na prova escrita do cargo de inspetor de polícia da PCERJ e estou aguardando ser chamado para o TAF desse concurso.
Apesar dessas duas aprovações, continuo estudando sim. Sigo com a minha rotina diária de estudos. Não vou parar agora, justamente porque quero prestar outros concursos e alcançar outros cargos. No próximo domingo farei a prova de Delegado de Polícia da PCERJ e no outro fim de semana, promotor de justiça do MPRJ.
E ainda quando eu atingir meu concurso dos sonhos também não vou parar de estudar. Apenas os estudos serão de outra forma, mais voltados para a minha atuação profissional.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Daniel: Na verdade, nunca fui de sair muito. Sempre fui muito caseiro e preferia assistir a uma série ou a um filme. Quando saía, o que fazia muito pouco, costumava voltar cedo. Muito raramente fugia disso.
Em relação a meus amigos, hoje eles trabalham bastante, então acabamos nos vendo pouco, talvez 1 vez por mês.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Daniel: Não sou casado e não tenho filhos. Sempre tive apoio da família, que sempre respeitou meu horário de estudo e graças a Deus pode me ajudar com a aquisição de cursos preparatórios. Ainda me incentivaram a fazer algumas provas mesmo quando eu não queria por não acreditar em mim.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Daniel: Por muito tempo, mantive um estudo “genérico” para concursos, cuja rotina englobava as principais matérias (constitucional, administrativo, civil, processo civil, penal e processo penal).
Em relação à PCPR e à PCERJ, com poucos meses de antecedência, inseri as matérias de português, informática e raciocínio lógico e matemática na minha preparação, bem como a resolução de simulados específicos para as bancas (UFPR e FGV, respectivamente) e de questões isoladas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Daniel: Usei todos esses materiais: aulas presenciais, principalmente da pós-graduação que fiz; livros voltados para concurso público; apostilas em PDF, principalmente do Estratégia Concursos; e videoaulas.
As aulas presenciais possuem a grande vantagem de propiciar o contato do aluno com o professor; no entanto, não rendem tanto quanto as videoaulas, que trazem mais conteúdo em menos tempo.
O PDF é um excelente material para quem já tem algum conhecimento do assunto e ainda permite um estudo mais rápido.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Daniel: Conheci o Estratégia Concursos logo no início da minha preparação para concursos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente? (Caso tenha estudado direto conosco, pode pular esta pergunta e a próxima)
Daniel: Cheguei a estudar por outros cursos sim, mas o que me fez ficar com o Estratégia foi o carisma e a dedicação dos professores.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Daniel: Senti diferença sim, principalmente porque amadureci na minha preparação.
Em relação aos materiais do Estratégia, gostava muito das questões que vinham ao final das apostilas, bem como do fórum de dúvidas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Daniel: Montei uma planilha na qual inseri um tempo para lei seca, um tempo para revisão diária e 2 a 3 matérias por dia.
Nunca me atentei para esse conceito de horas líquidas. Como falei, estudava de 4 a 5 horas por dia, dando o meu melhor. Em alguns dias rendia mais, em outros menos.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Daniel: Fazia minhas revisões a partir dos grifos que fazia nos meus cadernos digitados e a partir das anotações que eu fazia no meu vade mecum.
Uma dica é não mudar de vade mecum (pelo menos por um bom tempo), a fim de trabalhar a memória visual; com o tempo, você verá que já estará tão familiarizado com ele que saberá de cor não apenas os dispositivos legais, mas também a sua localização em cada folha.
É natural se perguntar o que fazer diante das atualizações da lei que ocorrem a todo momento e a resposta é “remendar” o vade mecum.
Resolvia muitas questões e muitos simulados; no momento da correção, acabava voltando nas anotações para revisar o assunto e também trazendo novas observações para complementar o material.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Daniel: A resolução de exercícios é fundamental na preparação, por diversos fatores. Ela permite ao candidato avaliar sua evolução (por isso é importante anotar os índices de acerto e, se possível, só passar para outro assunto quando o atual já estiver em grande parte dominado); permite ainda fazer a revisão do assunto; e, por fim, gera confiança no estudante, mostrando a ele, se for o caso, que ele já domina o assunto.
Não sei afirmar quantas questões fiz no total, mas posso dizer que fazia uma média de 50 questões por dia.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Daniel: Nos concursos de carreira policial, minhas matérias de maior dificuldade eram, sem dúvida, direito administrativo e direito constitucional, respectivamente.
Superei essas dificuldades em primeiro lugar encarando a lei seca. Acho que o início de todo estudo de direito começa por aí. Li e reli a Constituição Federal e as leis administrativas que caíam nos meus concursos diversas vezes.
Em segundo lugar, lendo as apostilas do Estratégia e assistindo às revisões que saíam no YouTube.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Daniel: Tanto para a PCPR quanto para a PCERJ, acompanhei os vídeos da “hora da verdade” e a revisão de véspera, o que foi fundamental para uma revisão pontual, objetiva, daquilo que é mais importante.
Se hoje eu fosse falar para um concurseiro o que ele não pode deixar de fazer em hipótese alguma, eu diria para ele acompanhar a hora da verdade e a revisão de véspera, principalmente depois que o professor Thállius Moraes se revelou vidente e andou acertando algumas questões.
Estratégia: (Se não houve prova discursiva, pularemos esta pergunta) No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Daniel: Nos 2 concursos da PCERJ (investigador e inspetor), não houve prova discursiva.
No concurso da PCPR houve uma redação de 30 linhas, na qual obtive pontuação máxima. Como trabalho com Direito, sempre escrevi praticamente todos os dias, desde a época da faculdade, e também sempre busquei aperfeiçoar minha escrita.
Acho isso fundamental para qualquer estudante que queira melhorar sua redação: buscar sempre novas formas de escrever melhor, seja em cursos ou em livros voltados para o tema.
Por fim, é importante sempre expandir o repertório de assuntos que domina e fazer pelo menos uma redação por semana e ter quem a corrija, apontando os erros e sugerindo melhoras.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Daniel: Acabei de ser aprovado no TAF da PCPR e continuo me preparando para o TAF da PCERJ; as provas são um pouco diferentes, mas a corrida de 12 minutos não muda.
Há cerca de 4 meses, entrei para uma equipe de corrida de rua e continuo frequentando a academia com mais assiduidade.
Não há segredo para o TAF: descobri que essa prova é muito difícil para quem não se prepara (ou deixa para fazê-lo em cima da hora) e mais tranquila para quem começa com alguns meses de antecedência.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Daniel: Meus erros foram muitos. Como tudo na vida, estudar para concurso é uma questão de estratégia e organização. Quando você começa a fazer o certo, a aprovação vem mais rápido.
No início, negligenciava a leitura da lei seca e praticamente não fazia revisões. Acho que esses foram meus 2 grandes erros e que atrasaram minha aprovação.
Para contornar esse problema, inseri a leitura da lei seca todos os dias no início do meu estudo (além disso, a lei sempre estava aberta do meu lado enquanto estudava); à medida que ia lendo, fazia pequenas anotações doutrinárias no vade mecum, o que permitia uma breve revisão do material que estudei (ex.: ao lado do art. 29 do Código Penal, escrevi “teoria monista temperada”, o que me permitia relembrar a teoria adotada para o concurso de agentes no direito pátrio sempre que lia esse artigo; ao lado do art. 17 do CPP, escrevi “indisponibilidade do IPL”; e por aí vai; não economizem nas anotações).
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Daniel: Não, nunca pensei em desistir. Sempre soube que era capaz. Pensava que se muitos conseguiram, não havia motivos para eu não conseguir.
No entanto, tinha plena consciência de que precisava aprender a estudar corretamente para que a aprovação viesse. Não bastava crer, era preciso trabalhar duro para isso, isto é, estudar com estratégia (ler o material, ler a lei seca, revisar, resolver questões e tudo isso novamente até ser aprovado).
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Daniel: Em primeiro lugar, tenha em mente que as provas estão cada vez mais difíceis e o nível dos candidatos cada vez maior. Prestar concurso público não é mais o que era na década de 80, 90 e início dos anos 2000. Basta ver o nível das questões de antes e das questões de agora.
Com isso em mente, entenda como você funciona e a sua realidade: de quantas horas diárias eu disponho? Eu prefiro estudar de manhã ou à noite? Ou seja, em que horário do dia eu rendo mais. Estudo melhor com caderno escrito à mão ou digitado?
Ainda, entenda que algumas estratégias não podem, de forma alguma, ser negligenciadas: ler a lei seca, fazer revisões periódicas e resolver muitas questões.
Por fim, escolha um único material que seja bom e atualizado (o Estratégia oferece tudo isso aí); em hipótese alguma compre diversos cursos e baixe 1000 apostilas, pois você não terá tempo de ler/ver tudo e, ademais, muita coisa se repete. Fazer isso é um tiro no pé. Prefira sempre um único material, o qual você já leu todo e já está todo grifado e anotado por você, permitindo revisões rápidas, a diversos materiais que você pouco conhece em profundidade.
Ter amigos que também estão estudando para concurso é muito bom, pois um dará apoio ao outro e vocês ainda poderão conversar a respeito das matérias. Não é algo imprescindível, mas ajuda.
Com essas dicas, que muitas vezes demoramos a aprender, percorreremos boa parte nosso caminho rumo à aprovação. A outra parte só dependerá do seu esforço diário.