Aprovado no concurso PC PA para o cargo de Investigador
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)“Fui eliminado na segunda fase do concurso da PMCE em 2016 por não ter a altura mínima exigida, mas não desisti, continuei estudando e passei em 2021 na PCCE, PCPA e no Depen. Hoje posso dizer que valeu a pena.”
Confira nossa entrevista com Francisco Erismar de Almeida Oliveira, aprovado no concurso PC PA para o cargo de Investigador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Francisco Oliveira: Fala, guerreiros. Eu me chamo Bibi Oliveira, sou formado em Gestão Pública, tenho 30 anos e sou da cidade de Tianguá-Ceará que fica, aproximadamente, a 300 km de Fortaleza. Comecei a estudar para concursos em 2012, mas desisti, porque percebi que tinha que abdicar de muitas coisas e eu não tinha essa maturidade naquela época. Porém, em 2015, eu resolvi recomeçar e, dessa vez, pra valer, pois eu não queria ser apenas mais um que desistiu pelo caminho. Meu primeiro concurso que consegui a aprovação foi o da PMCE em 2016, mas fui eliminado na segunda fase. Depois reprovei em alguns concursos, mas continuei estudando e, 5 anos depois, (2021) fui aprovado na PCCE Inspetor, na PCCE Escrivão, na PCPA Investigar, na PCPA Escrivão e no Depen. Hoje posso dizer que valeu a pena e que foram necessárias tantas abdicações.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Francisco: Eu levava uma vida comum como a maioria das pessoas levam, mas chegou uma época em que eu não estava mais satisfeito. Era como se não houvesse nenhum propósito na minha vida. Lembro-me de um dia em que chorei embaixo do chuveiro, porque eu sentia uma necessidade enorme de fazer alguma coisa para me sentir bem e melhorar de vida, mas não sabia o que fazer nem como fazer. Foi quando pensei em estudar para concursos. Então comecei a estudar em 2012 mesmo achando que não ia ser aprovado nunca, já que eu nunca fui estudioso, não aguentei e desisti. Contudo, o sentimento de insatisfação era tão grande que resolvi tentar mais uma vez. Assim, em 2015 voltei a estudar já sabendo que não seria fácil e dessa vez não desisti.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Francisco: No início, eu trabalhava de segunda a sexta o dia todo e estudava à noite e nos finais de semana. Com o passar do tempo, comecei a tirar notas boas nos simulados e, pela primeira vez, passei a acreditar que seria possível sim a aprovação, mas precisaria de mais intensidade nos estudos. Então minha primeira renúncia começou bem aí, pois passei a trabalhar apenas nos finais de semana para poder ficar a semana toda me dedicando aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Francisco: ▪ PMCE 2016
▪ DEPEN 2021
▪ PCCE INSPETOR 2021
▪ PCCE ESCRIVÃO 2021
▪ PCPA INVESTIGADOR 2021
▪ PCPA ESCRIVÃO 2021
Minha primeira aprovação em concurso público foi na PMCE em 2016, eram 4200 vagas, passei na colocação 1399, porém, fui eliminado na segunda fase. Em 2021 fui aprovado no concurso do DEPEN na colocação 900 (CR), mas também fui eliminado na segunda fase. Em 2021 também fui aprovado na PCPA – Investigador na colocação 60 e Escrivão na colocação 318. Também fui aprovado na PCCE 2021 (Inspetor na colocação 280 na prova objetiva e 850 (CR) com a correção da prova discursiva e Escrivão na colocação 194 na prova objetiva e 225 com a correção da prova discursiva (CR).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Francisco: Estudar para concursos é abrir mão de muita coisa. No início dos estudos, minha vida social era comum como a vida de qualquer outra pessoa, porém, com o passar do tempo, percebi que eu precisava me dedicar mais. Então, quando eu saía para algum evento, eu ficava o tempo todo me perguntando: será que não estou perdendo tempo? eu não deveria estar estudando? Como vou ser aprovado perdendo meu tempo aqui? Nesse momento, percebi que eu tinha que fazer uma escolha entre vida social e dedicação total aos estudos. Então eu comecei a sair menos e dedicar mais tempo ao meu objetivo. Sem perceber, afastei-me de várias pessoas, inclusive da família, e deixei de fazer coisas que eu gostava, foram muitas renúncias (hoje eu entendo que foi necessário). No tocante à diversão, eu comecei a fazer um trato comigo mesmo: se eu estudasse o tanto que eu deveria estudar durante a semana, eu poderia sair no sábado à tarde ou à noite, porém, do contrário, eu deveria ficar todo o final de semana recompensando o tempo perdido durante a semana. Portanto, eu só poderia ter momentos de lazer se eu fizesse por merecer.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Francisco: Depois que fui eliminado na segunda fase do meu primeiro concurso que fui aprovado (PMCE 2016), a frustração foi enorme e fiquei pensando: agora eu preciso buscar um novo objetivo, caso contrário, serei apenas mais um que desistiu pelo caminho. Então resolvi estudar para a Polícia Civil do meu estado. Como eu tinha deixado de trabalhar durante a semana para ficar estudando, eu pensei: se eu não focar de verdade para passar em outro concurso, todo o esforço terá sido em vão. Então, em 2017, resolvi continuar. Eu já sabia que não ia ser fácil, pois eu achava que ia ter que ficar mais uns dois anos estudando até passar. Errei, pois tive que ficar mais 4 anos até ser aprovado novamente em 2021.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Francisco: Durante minha trajetória de estudos, quando eu tinha de estudar uma disciplina nova, eu assistia às vídeo aulas, pois o professor explica tudo e foca no que é mais relevante, trazendo resumos, porém, quando eu aprendia aquela disciplina, eu ficava revisando-a lendo os PDFs, uma vez que voltar a assistir as aulas daquela mesma disciplina leva muito mais tempo, ou seja, uma revisão por PDF é bem mais rápido. Portanto, primeiro assistia às vídeo aulas e depois revisava lendo os PDFs. Isso otimizou bastante meu tempo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Francisco: Eu conheci o Estratégia através de uma aula maravilhosa de direito penal do professor Renan Araújo que estava sendo transmitida pelo YouTube. Depois dessa aula, fui procurar saber mais sobre o curso e vi que havia professores excelentes e resolvi continuar estudando com o Estratégia depois desse dia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Francisco: Os simulados aos finais de semana me ajudaram bastante, pois eram questões inéditas dos professores. No meu entendimento, não adianta ficar respondendo apenas questões que já foram respondidas. Então essas questões inéditas que eram cobradas nos simulados me fizeram evoluir muito e revisar todo o conteúdo já estudado. Além disso, muitos simulados eram corrigidos ao vivo pelos professores que elaboravam as questões, explicando cada uma. Parabéns aos professores do Estratégia!
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Francisco: Sendo bem sincero, sempre que eu montava o plano de estudo, eu não conseguia seguir e isso me frustrava muito. Então, eu resolvi estudar uma matéria por dia e responder questões daquela matéria no mesmo dia. Isso funcionou muito bem comigo. Eu não tinha uma quantidade de horas exatas por dia. Às vezes estudava 4 horas, outras vezes 5 ou 6 horas. O máximo que já cheguei a estudar em um dia foi 8 horas, mas não indico para quem está começando.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Francisco: Sobre as revisões, eu montei um caderno para cada matéria e quando eu queria revisar determinada matéria, eu lia as anotações do caderno. Com um tempo, passei a revisar respondendo os simulados e corrigindo questões principalmente as que eu errava. Sempre que eu errava uma questão, eu fazia um pequeno resumo daquele assunto no caderno e no final de semana lia as anotações. Esse método me ajudou bastante.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Francisco: Os exercícios foram imprescindíveis na minha preparação, uma vez que foi através da resolução de exercícios que entendi como a banca costumava cobrar o conteúdo. Não sei quantas questões respondi durante minha trajetória, já que foram muitos anos estudando, mas, depois de um bom tempo aprendendo o conteúdo, no ano 2020, comecei a responder e corrigir, em média, 200 questões por dia. Não aconselho um estudante iniciante a fazer isso porque a tendência é desanimar, pois irá errar mais do que acertar, por outro lado, os que já estiverem bem avançados podem responder até mais se possível.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Francisco: As disciplinas que eu tinha mais dificuldade eram Contabilidade e Informática. Eu sempre ficava desanimado quando estava estudando essas disciplinas, porque eu não as entendia e quando ia fazer exercícios, errava mais do que acertava. A forma que encontrei para superar e aprender essas disciplinas era ter um pouco de paciência e assistir 4 ou 5 vezes a mesma vídeo aula, anotando no caderno os pontos mais importantes indicado pelo professor, depois eu lia as anotações e o PDF da aula, mesmo assim, ainda fiquei com um pouco de dificuldade, mas consegui entender a matéria e comecei a acertar questões. Portanto, ter paciência e humildade para assistir várias vezes a mesma aula é necessário quando há dificuldades em alguma disciplina.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Francisco Na semana da prova, eu sempre quis resolver o máximo de questões possíveis. Isso servia como uma ótima revisão de todo o conteúdo estudado durante toda a minha trajetória. Sobre o dia pré-prova, muitos dizem que o aluno deve descansar, relaxar, assistir a um bom filme, porém, não era o que eu fazia. Eu pegava os conteúdos de memorização como aumentos de pena e prazos das leis e ficava lendo tentando colocar na memória de curto prazo. Fazendo isso, dava para acertar alguma questão que seria pura “decoreba”. Diferente de muitos, eu entendo que o aluno deve deixar para descansar depois da prova, isso não se confunde com não dormir bem. O aluno deve dormir bem, mas entendo que durante o dia antes da prova, deve sim fazer o que está ao seu alcance para acertar questões, ou seja, revisar bastante o conteúdo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Francisco: Quando saiu o edital prevendo questões discursivas, senti-me na obrigação de escrever todos os dias para ir pegando o hábito. Não há como ficar bom em questões discursivas sem escrever. Logo, aconselho estudar duas vezes por semana para aprender como fazer discursivas e escrever alguma coisa todos os dias. Isso o fará melhorar.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Francisco Já nem sei se foi um erro ter me afastado tanto das pessoas que gosto para ficar estudando e sem ter segurança nenhuma, sem saber se um dia ia ser aprovado ou não. O fato é que o concurseiro fica solitário, pelo menos comigo foi assim. Mesmo sem querer, você se afasta das pessoas e algumas pessoas se afastam de você e só depois de um tempo, você entende que isso foi necessário. Por outro lado, decidir começar a estudar e, de fato, começar sem olhar para trás e sem deixar nada me abalar foi, sem dúvidas, o maior acerto nessa minha trajetória.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Francisco: Você que está começando a estudar para concursos deve acreditar que é sim possível ser aprovado, porém, para evitar frustrações, não vá achando que será fácil a trajetória. Ao mesmo tempo, não é nada demais, tudo gira em torno de um preço que deve ser pago por você (acordar mais cedo, dormir mais tarde, abrir mão de finais de semana, tudo isso para ficar estudando com o objetivo de ser aprovado. Esteja determinado pois cada escolha é uma renúncia). Lembre-se dos motivos que fez você querer estudar e, nesse momento, vai vir uma lista com vários, use esses motivos para continuar motivado. Os motivos geralmente são sentimentos ruins: você ganha pouco, trabalha muito, está desempregado, é explorado pelo seu chefe, ou simplesmente não gosta do que faz atualmente, enfim. Se você quer, você pode conseguir, assim como um dia eu quis e consegui.
Desejo boa sorte a você que está estudando para concursos. Acredite, os sonhos podem se tornar realidade!