Trilha Regular 2022 para Auditor Fiscal especialidade Tecnologia da Informação
Vou começar este artigo com uma pergunta:
O que faz um Auditor Fiscal de TI?
Bom, a resposta não é tão direta assim, mas vamos lá.
Nas Secretarias da Fazenda de todo o Brasil apenas uma pequena parte da arrecadação é proveniente da fiscalização “ostensiva”, digamos assim, realizada através do trânsito de mercadorias. São aqueles colegas que ficam nos postos ficais abrindo os caminhões para verificar se toda carga transportada está acobertada por documentos fiscais. Estimo que esse tipo de arrecadação represente algo em torno de 5% de toda a receita tributária de um Estado. O restante é proveniente da declaração espontânea por parte do próprio contribuinte.
A declaração espontânea, como o nome já diz, é realizada pelo próprio contribuinte, que informa em um sistema da Secretaria da Fazenda a sua venda e o sistema calcula o imposto devido.
Mas não é só ele lançar as informações que quiser e tudo está resolvido. A Secretaria da Fazenda realiza periodicamente o “batimento fiscal”, que é uma espécie de malha fina que confronta tudo que o contribuinte comprou dos fornecedores, tudo que ele informou que vendeu aos clientes, os dados repassados pelas administradoras de cartões e vários outros documentos fiscais. Se tudo estiver certo, beleza, mas caso contrário, o contribuinte é “convidado” a se regularizar.
Somente com base nessas informações, já dá para extrair várias áreas que um Auditor Fiscal de TI pode atuar:
- Análise e desenvolvimento das aplicações;
- Modelagem de bancos de dados;
- Análise de dados e Ciência de Dados;
- Infraestrutura para armazenamento dos dados e das aplicações;
- Segurança das Informações;
- Definições de processos e padrões;
- Gerenciamento dos projetos de TI;
- Fiscalização de contratos de TI; e muito mais.
Está mais do que claro que o Auditor Fiscal moderno atua preponderantemente utilizando ferramentas informatizadas. Para falar somente de sistemas finalísticos, em uma Secretaria da Fazenda existem sistemas de: fiscalização, arrecadação, controle do crédito tributário, malha fiscal censitária, recepção e processamento de notas fiscais eletrônicas, emissão de IPVA, entre outros.
Acredite, ainda estou sendo bastante simplista nesse cenário. Como diria William Shakespeare: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”.
Em uma Secretaria grande, como a que trabalho, são mais de 200 sistemas, 800 máquinas virtuais e 600 Terabytes de armazenamento. Além de um Núcleo de Operações e Controle (NOC) que funciona 24 horas por dia (imagina o quanto de receita se deixa de arrecadar quando um sistema para de autorizar nota fiscal no meio da madrugada?).
Um leitor mais atento poderia perguntar: “Ué, mas o órgão não pode terceirizar todo esse trabalho?”
Bom, pode terceirizar parte dele, né? Não faz muito sentido nomear um auditor para desenvolver um sistema ou para configurar um servidor, mas para algumas funções certamente sim, tais como:
- Gestão da TI;
- Priorização das demandas advindas das diversas partes envolvidas;
- Definição das regras de negócio;
- Prospecção de novas tecnologias;
- Elaboração de Termos de Referências;
- Condução de licitações;
- Fiscalização de Contratos de TI.
Essas são algumas das atividades que inevitavelmente acabam ficando nas mãos do Auditor Fiscal de TI. Ademais, é complicado deixar todo o conhecimento nas mãos das pessoas terceirizadas, principalmente sabendo-se da alta rotatividade dos profissionais de TI no mercado de trabalho atual.
Acreditem, tem muito trabalho para se fazer, e os órgãos sabem disso. Os órgãos (não só as Fazendas) dão muito valor a um profissional com perfil de TI. Mas se o órgão faz apenas um concurso genérico, ele corre o risco de não selecionar nenhum candidato com esse perfil. Por isso, cada vez mais, os órgãos estão fazendo concursos específicos para Auditor Fiscal com especialidade TI. Por exemplo: Ceará, Santa Catarina, Bahia, Alagoas, Rio de Janeiro, São Luís, Aracaju. Em 2005 até mesmo a Receita Federal fez (quem sabe faz de novo :). Na área de Controle (Tribunais de Contas e Controladorias) é a mesma coisa. Na área de Tribunais (TJ, TRF, TRT, TRE, STJ, STF, etc.) nem se fala. Mas isso é assunto para outra ocasião.
É tão notório a quantidade de concursos de TI que estão sendo lançados recentemente, que aumentou muito a procura deles por parte de candidatos das mais diversas áreas. Muitos estão migrando para TI, inclusive fazendo uma segunda graduação, mirando nesses concursos.
Parte desse “êxodo” se dá, além da alta oferta de vagas, pela relativamente baixa concorrência e nota de corte quando se compara com a “área geral”. Mas não se iluda. Apesar da menor quantidade de candidatos e, consequentemente, menor nota de corte, a área de TI costuma ser mais rigorosa na cobrança de determinados assuntos. Enfim! Mas esse é um cenário que também tende a mudar. Por isso a hora de se preparar é agora.
Certo. Você me convenceu. Quero ser Auditor Fiscal de TI. E agora, o que faço?
Como estudar para Auditor Fiscal de TI
A espinha dorsal do estudo é composta pelas seguintes disciplinas:
Conhecimentos Gerais
- Português
- Raciocínio Lógico
- Matemática Financeira e Estatística
- Direito Administrativo
- Direito Constitucional
- Direito Tributário
- Legislação Tributária Estadual
- Contabilidade Geral
- Auditoria
Conhecimentos Específicos
- Governança de TI
- Segurança da Informação
- Engenharia de Software
- Arquitetura e Sistemas Operacionais
- Desenvolvimento de Software
- Fiscalização e Contratação
- Redes de Computadores
- Banco de Dados
Além da tão temida Prova Discursiva.
Eventualmente, uma ou outra disciplina pode ser ou não ser cobrada. Mas o “core” é esse aí.
Parece muita coisa, e realmente é, mas não se assuste. Estudando com um bom planejamento, de forma regular e constantemente, é plenamente possível chegar lá. Não será da noite para o dia. Não existe fórmula mágica. Não existem atalhos. Existe apenas persistência, paciência, planejamento, regularidade e trabalho duro. No final das contas o salário compensa :)
O pacote básico pode ser encontrado no link abaixo:
Uma ferramenta aliada aos seus estudos é a Trilha Estratégica, que também está no pacote básico.
Como funciona a Trilha Estratégica?
A Trilha Estratégica nada mais é do que um roteiro do que o aluno deve estar estudar dentro de uma semana. Cada trilha tem um Organizador (no caso da trilha para Auditor de TI o organizador sou eu) que publica semanalmente um arquivo contendo uma série de tarefas. Cada tarefa diz respeito a parte de uma disciplina. Ao final de todas as trilhas você terá visto todo o conteúdo necessário para estar bem preparado para concorrer ao cargo desejado. Uma trilha contém estudo da teoria, resolução de questões, revisões e muito mais.
A Trilha Regular para Área Fiscal de TI terá 44 trilhas semanais, sendo primeira será lançada dia 7 de fevereiro de 2022 e a última dia 5 de dezembro de 2022.
Essa trilha, especificamente, contém o curso de Legislação Tributária Estadual. Mas se seu interesse for em um órgão Municipal, basta mudar o curso para Legislação Tributária Municipal, que é bem menor e até mais simples.
Apenas seguindo a trilha o aluno conseguirá perfeitamente, sozinho, dar conta de estudar todo o conteúdo proposto.
Mas se ainda assim o aluno desejar um acompanhamento profissional, ele pode procurar um Coach Platinum.
Como funciona o Coach Platinum?
No programa do Coach Platinum o aluno receberá semanalmente o seu planejamento e terá seu desempenho analisado e avaliado por profissionais com aprovações no concurso que ele deseja. De acordo com seu desempenho, o aluno poderá ter seu planejamento adaptado pelo Coach, que sugerirá novas abordagens, novos materiais ou até mesmo um novo planejamento.
No caso da Área Fiscal de TI os coaches são:
- Nírondes Tavares (10º lugar SEFAZ-BA e 1º lugar TJ-MA)
https://www.estrategiaconcursos.com.br/professor/nirondes-anglada-casanovas-tavares-4236 - Luciano Duarte (2º lugar SEFAZ-BA e 4º SEFAZ-SC)
https://www.estrategiaconcursos.com.br/professor/luciano-duarte-andrade-3999
Recentemente tivemos a honra de ter alguns alunos aprovados para Auditor Fiscal de TI, como:
- Fábio Sales (1º Lugar ICMS Alagoas)
- Paolla Ramos (6º Lugar ISS Aracaju)
Para conhecer um pouco mais sobre o programa, acesse o link abaixo. E se desejar se inscrever, informe que quer ser acompanhado por um dos coaches acima.
https://www.estrategiaconcursos.com.br/assinaturas-platinum
Vou ficando por aqui.
Um abraço e bons estudos.
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