Aprovado nos concursos TJSP, TRF4 e PRF
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)Tribunais“Para quem está chegando, aviso que é como subir a maior montanha do mundo. No meio da caminhada vai dar fome, vai dar frio, vai dar cansaço, desânimo. Muitas pessoas vão te abandonar, muitas pessoas vão ficar para trás, você vai se sentir sozinho algumas vezes, mas o topo da montanha tem uma vista sensacional. De lá de cima, você vai olhar tudo que passou para chegar até ali, vai olhar a paisagem, sentir o vento fresco da vitória e falar: É POR ISSO QUE EU FIZ TUDO QUE FIZ!”
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Confira nossa entrevista com Davisson Bellotti, aprovado nos concursos TJSP, TRF4 e PRF:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Davisson Bellotti: Sou carioca, mas hoje moro em Campinas, pois sou servidor do TJSP. Tenho 34 anos, sou formado em gestão pública e estou terminando a graduação em direito.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Davisson: Eu sou de origem muito humilde e, quando novo, descobri os concursos militares. Passei no concurso que eu desejava, mas depois resolvi mudar meus rumos e virei professor de português, voltado aos concursos públicos. Em 2017, fui vítima de um assalto na porta do cursinho que eu tinha no RJ, fiquei muito triste com a situação, desanimei de vez do RJ e a prova do TJSP estava aberta. Montei um planejamento arrojado e consegui ser aprovado, nomeado e empossado.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Davisson: Sempre trabalhei e estudei. A forma de conciliar era sendo eficiente na medida necessária no trabalho e dedicando todas as horas disponíveis para os estudos. Dormir menos, abdicar de festas e finais de semanas, ficar menos com a família e focar na “ESTRATÉGIA” para a aprovação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Davisson: Eu fui aprovado na EsPCEx quando tinha 19 anos, depois larguei os concursos. Agora quando voltei a estudar, fui aprovado em 1º lugar no TJSP nas cotas para negros e pardos, 30º na ampla concorrência; 2º lugar no TRF4 nas cotas para negros e pardos, 7º na ampla concorrência; e aprovado dentro das vagas do Edital na PRF/2021. Ainda pretendo estudar sim. Faço a faculdade de direito focado na magistratura. Inclusive já fiz até algumas provas como forma de treinar e conhecer esse mundo do qual desejo fazer parte.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Davisson: Eu entendo que concurso é como uma maratona. Não adianta sair correndo desesperado os 42km; é preciso ter um plano e colocá-lo em prática. Quando eu tinha uma folga, ainda de pré-edital, dava tempo para lazer, ficar mais com a família e amigos, sempre cumprindo as metas dentro da semana. Quando o edital sai, é hora de acelerar, então os lazeres diminuem bastante, praticamente não existindo. Por exemplo, quando estava estudando para o TRF4, teve a primeira festa junina da minha filha que tinha 2 anos na época. Eu não podia perder, mas também tinha que estudar. Então fomos, ela dançou, deixei brincar um pouco, comemos algo e voltamos para casa. Ficamos lá cerca de 3h, e quando cheguei, compensei tudo até bater as metas estipuladas. Infelizmente precisa abdicar.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Davisson: Sou casado, tenho uma filha que é o amor da minha vida e ela entende, além de contribuir bastante para o meu sucesso. Sem parceria dentro de casa, a vida do concurseiro que já é uma batalha fica quase impossível. Meus amigos também são grandes incentivadores e, em sua maioria, nunca me deram problemas nem tentaram me atrapalhar. Na verdade, eles sempre me auxiliam na hora do desânimo me mandando palavras de incentivo e de admiração pelas aprovações até aqui conseguidas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Davisson: O último concurso foi a PRF, e foi bem complicado, porque foi no meio da pandemia, muito medo do desconhecido, perda da minha mãe pela Covid-19; enfim, foi uma barra das mais pesadas da vida. Para manter a disciplina, eu foquei nas promessas que me faço, nas que fiz à minha mãe, aos meus amigos e no futuro que eu quero ter. Uma das chaves do sucesso nos concursos é ter claro em mente onde se quer chegar e definir qual caminho seguirá para isso. O trato que eu fiz comigo mesmo não pode ser quebrado!
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Davisson: Eu sou grande fã do material do Estratégia. Foi meu parceiro em todas as aprovações e vou continuar com ele até chegar ao meu último objetivo, que são as carreiras jurídicas. Os PDFs são os que eu mais utilizo, mas também uso a trilha estratégica, alguns vídeos, o Estratégia questões, as aulas de reta final do youtube, enfim, tem ferramentas para começo, meio e fim da preparação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Davisson: Conheci primeiro na internet mesmo, em propagandas, e comecei a usar por causa de um amigo que é meu grande parceiro no mundo dos concursos e aprovado também em vários deles. Inclusive já deu entrevista aqui também. Felipe Marroni.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Davisson: Estudei sim, e nos outros sentia falta de um material escrito que desse mais independência ao concurseiro. A maioria dos cursos dá mais valor aos vídeos, mas eles prendem demais o aluno no ritmo do professor e não nos permite seguir as nossas necessidades.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Davisson: O Estratégia me ajudou muito em questão de velocidade e proatividade com os PDFs, que são muito completos, além da grande quantidade de questões oferecidas, que são a base da minha preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Davisson: Eu sou bem organizado e tive diversas fases dentro da minha preparação. Em alguns casos, estudava 9h líquidas; em outros 4h. Variava bastante de acordo com a proximidade do edital, da prova e de quanto eu tinha evoluído até ali. Uma coisa que nunca mudou é que eu sempre estudei muitas matérias ao mesmo tempo. Nunca gostei de terminar uma e depois ir para outra.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Davisson: Minha revisão baseava-se em questões. Na verdade, meu plano de estudos como um todo era 80% questões. Para a PRF fiz 26 mil. (Claro, contando as repetidas)
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Davisson: Como disse anteriormente, meu estudo é baseado em questões. Para a PRF fiz 26 mil; para o TRF, se não me engano, fiz 13 mil. Para o TJSP fiz 9 mil. Eu fazia em média 300/400 questões por dia e ainda tenho as planilhas dessas questões feitas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Davisson: Um grande fantasma na minha vida foi o direito administrativo. Inclusive ele me tirou o primeiro lugar geral no TRF4 e no TJSP, pois foi sempre a matéria que eu errei mais questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Davisson: Na semana que antecede a prova eu sempre reduzo ou paro. Faço no máximo revisões vendo “A hora da verdade” do Estratégia. Resumão perfeito para manter o cérebro aquecido e a confiança lá em cima.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Davisson: Teve redação em 2 desses concursos, mas sou suspeito, porque sou professor de Português e redação há bastante tempo, então para mim foi tranquilo. A dica é treinar ao menos 1 redação a cada 15 dias, nos 2 meses que antecedem o seu concurso, e valorizar bastante a leitura. Ler 2 folhas de noticiários sérios por dia mudam sua vida.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Davisson: A preparação para o TAF foi dolorida, visto que estávamos na pandemia, então o TAF foi de máscara, além do tempo ocioso que ficamos em casa isolados. Foi muito importante o auxílio de profissionais, como meu preparador físico Diego Henrique, e tive que também que contar com o Dr. Richard, fisioterapeuta, pois lesionei a panturrilha faltando 20 dias para o TAF. No fim, deu tudo certo graças a Deus.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Davisson: Principal erro foi às vezes o excesso de confiança em algumas disciplinas, que me tiraram pontos preciosos. Principal acerto foi dar muito valor à resolução de questões.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Davisson: Todos os dias. O concurseiro que não pensa em desistir TODOS OS DIAS tá estudando errado. O que não me deixa parar é ter por quem estar fazendo tudo isso. Além de fazer por mim, pelos meus sonhos, é pelos meus amigos, pela minha esposa, pela minha filha, pela minha mãe que me olha lá do céu e por todos que me amam. Nunca é só por nós! Eu venho de uma comunidade carente, onde vários amigos se espelharam em mim, começaram a estudar e mudaram suas vidas. Poucas coisas pagam felicidades como essas e te empurram para frente como um foguete!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Davisson: Para quem está chegando, aviso que é como subir a maior montanha do mundo. No meio da caminhada vai dar fome, vai dar frio, vai dar cansaço, desânimo. Muitas pessoas vão te abandonar, muitas pessoas vão ficar para trás, você vai se sentir sozinho algumas vezes, mas o topo da montanha tem uma vista sensacional. De lá de cima, você vai olhar tudo que passou para chegar até ali, vai olhar a paisagem, sentir o vento fresco da vitória e falar: É POR ISSO QUE EU FIZ TUDO QUE FIZ!