“Fez um concurso e foi reprovado? Que venha o próximo. evite parar descansar e esperar novo edital. Persistam cada vez mais. Haverá dias bons e ruins, mas o que faz a diferença é a persistência, tendo como base a disciplina e, consequentemente, a aprovação”
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Confira nossa entrevista com Felipe Gonçalves Chagas, aprovado no concurso PC MG nos cargos de Investigador e Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Felipe Gonçalves Chagas: Tenho 27 anos, sou de Montes Claros – MG e formado em Engenharia Civil.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Felipe: Ao formar em Engenharia Civil, o Brasil passou a enfrentar uma grave crise política e financeira, dificultando – e muito – o mercado de trabalho. Devido a esse motivo, percebi que a única solução para trilhar o caminho do sucesso seria estudar para concursos. Sendo assim, de pronto, identifiquei-me com a carreira policial, visto ser uma área de grandes valores e responsabilidades.
Outro fator importante foi a busca pela minha independência, não somente financeira, como também a segurança que oferece um cargo público.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Felipe: Estudo para concurso há pouco mais de 2 anos. Nessa longa caminhada, passei a maior parte do meu tempo dedicando apenas aos estudos. Dividia meu dia em três turnos: manhã (8:00-12:00), tarde (15:00 – 18:00), noite (19:00-21:00)
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Felipe: Já prestei 8 concursos:
Escrivão de Polícia PCMG/2018;
PSS Agente Penitenciário – MG/2018;
Agente Penitenciário – GO/2019;
Polícia Rodoviária Federal – PRF/2021;
Polícia Civil de Alagoas -PCAL/2021;
Polícia Civil do Paraná – PCPR/2021;
Investigador de Polícia civil de Minas Gerais PCMG/2021;
Escrivão de Polícia de Minas Gerais – PCMG/2021.
De todos esses concursos, tenho a honra de falar que não obtive êxito em dois, são eles: Escrivão de Polícia PCMG/2018 e Polícia rodoviária Federal – PRF/2021. Os demais, em todos fui bem classificado, inclusive dentro das vagas previstas no edital. O melhor, sem dúvidas, foi para investigador de Polícia de Minas na 16° posição.
“Aposentar”? jamais, a caminhada está apenas começando e há maiores objetivos a serem conquistados.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Felipe: Durante minha trajetória, só os amigos mais próximos sabiam que eu estudava. Dessa forma, inúmeros eram os convites para barzinhos e baladas. Não vou ser hipócrita de dizer que adotei uma postura radical, abdicando de todos os momentos de lazer, mas quem estuda sabe como é duro levantar cedo, ler PDF’s enormes e, ainda, lidar com outras obrigações diárias. Por esses motivos, na maioria das vezes, os momentos de lazer eram trocados por noites de descanso.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Felipe: Hoje eu tenho uma namorada que também é concurseira, o que ajuda muito, pois ambos levam uma rotina semelhante. Moro com meus pais, que me apoiam bastante, uma vez que são concursados e já passaram pela situação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Felipe: Como já foi dito, estudo há pouco mais de 2 anos. Nesse período, o mais importante é não desanimar no meio da caminhada, traçar um objetivo e parar apenas quando o alcançar.
O segredo para manter a disciplina durante os estudos, ter um cronograma, um lugar adequado para estudar, bem como estabelecer metas semanais.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Felipe: No início, inevitavelmente, senti muita dificuldade. Por esse motivo, iniciei minha trajetória estudando por videoaula e PDF’s. Hoje, dificilmente assisto a videoaula, visto que os PDF’s do Estratégia são completos e a economia de tempo é indiscutível.
Do meu ponto de vista, as duas formas adotadas, PDF e videoaula, possuem suas vantagens e desvantagens. Ao assistir apenas vídeo, além de consumir muito tempo, alguns detalhes passam despercebidos, uma vez que os professores tentam passar o conteúdo mais importante daquele tema em um período reduzido, porém o conteúdo fixa com maior facilidade, devido a exemplos utilizados. Já o estudo por PDF é um estudo mais completo, que abrange todas as possibilidades de cobrança da banca examinadora, principalmente em se tratando de PDF do Estratégia.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Pesquisando nas redes sociais, através de grupos de estudo e de indicações de um curso preparatório on-line. O Estratégia por ser um bem conhecido e falado entre os concurseiros, logo me chamou a atenção. Foi aí que adquiri o curso e, durante 2 anos, mantive meus estudos baseados em PDF e videoaula.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Felipe: Um diferencial do Estratégia Concursos é que os materiais em PDF são completos o suficiente para fazer qualquer concurso. Outro ponto importante é que o Estratégia disponibiliza inúmeros simulados, além de Trilhas Estratégicas, o que ajuda muito na preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Felipe: Dividia meu horário em 4 matérias por dia, sendo 2 horas para cada, seguindo o cronograma semanal. Com essa carga horária, dava aproximadamente 7 a 8 horas líquidas por dia, de segunda a sexta. No sábado, o expediente ia das 8 às 12 no domingo fazia um simulado.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Felipe: Sempre que eu ia iniciar um novo assunto, fazia as questões do PDF passado. Outro método importante de fazer revisões para maior fixação da matéria, foi a utilização do aplicativo ANKI, em que eu criava um bloco de questões de cada assunto da matéria, com os temas mais difíceis, para assim repeti-los diversas vezes.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Felipe: Importantíssimo a resolução de questões. Após ler todos os PDF’s de todas as matérias, “fechando” assim o edital, meu método de revisar foi voltar em cada conteúdo através de questões. Cheguei a fazer 26.735 questões em um site, além de fazer as questões dos simulados e PDF’s. Uma dica: se tem uma coisa importante, é a resolução de questões.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Felipe: Sim. Uma das maiores dificuldades que tive foi em língua portuguesa e em informática. Quando havia uma matéria maior extensão e de maior complexidade para o aprendizado, eu colocava maior números de horários durante a semana, intercaladas em dia sim, dia não. Independentemente de gostar da matéria ou não, o mais importante é a persistência, e isso é que o torna um concurseiro de qualidade.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe: Na semana da prova, fazia todos os simulados que existiam. Revisava as matérias com questões, utilizava meu ANKI para revisar e fazia anotações de alguns temas que eu apostava para aquela prova. No dia pré prova, dava uma lida nas leis que eu havia tido menos contato e maiores dificuldades de aprendizado durante a preparação. O mais importante é manter a tranquilidade e pensar que você fez seu melhor, deu seu máximo e que a prova seria apenas mais um simulado.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe: A prova discursiva faz parte do concurso e é um ponto muito importante para subir colocações. Eu fazia duas discursivas por semana e mandava para a professora corrigir. O fato é que muitos concurseiros subestimam essa etapa do concurso, mas é uma etapa tão importante quanto a prova objetiva, chegando em algumas provas serem até mais importante do que a própria objetiva. Outro fator importante é o tempo gasto na hora de fazer a discursiva. Treine a discursiva, marque o tempo, para na hora da prova não ter nenhuma surpresa.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Felipe: O TAF, outra etapa importante do concurso, que exige muita abdicação do candidato. Treine, faça academia, contrate um especialista. Não deixe para treinar na última hora, pois o esforço será maior e a chance de lesões aumentarão.
Lembrando que as demais etapas fazem parte do concurso e que procrastinar será o mesmo que jogar todo seu esforço, nos estudos, fora.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Felipe: Como erros, posso citar a falta de disciplina no início da preparação, falta de um cronograma para ser seguido, falta de um material de qualidade, resoluções de poucas questões, entres outros. Como acerto, vejo a persistência, dedicação e o estudo pelos materiais do Estratégia.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe: Pensei. No primeiro concurso que fiz, fui aprovado. Ao chegar na etapa de enviar documentos para investigação social, por falta de atenção, esqueci de enviar um dos documentos. Resultado? Fui eliminado do certame.
Minha maior motivação foi pensar que eu era capaz de conseguir conquistas maiores, pois, em poucos meses de estudo, havia sido aprovado, dentro das vagas, em um concurso que possuía 119 vagas e 113 mil inscritos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Para todos os colegas concurseiros, deixo aqui uma breve mensagem: é importante, antes de tudo, organizar seu tempo e se disciplinar. Contudo, em qualquer situação, é fundamental que você tenha foco em um cargo específico, antecipe o edital, organize seus estudos, estude todas as matérias do concurso, bem como adquira o material do Estratégia Concursos.
Evite erros comuns de iniciantes, como arrogância, excesso de confiança, não ler o edital do concurso, começar a estudar somente depois do edital (maior erro do concurseiro).
Fez um concurso e foi reprovado? Que venha o próximo. evite parar descansar e esperar novo edital. Persistam cada vez mais. Haverá dias bons e ruins, mas o que faz a diferença é a persistência, tendo como base a disciplina e, consequentemente, a aprovação.