Aprovado no concurso PP AL para o cargo de Agente Penitenciário em 1° lugar
Policial (Agente Penitenciário)“O único momento que pensei em desistir foi depois que saí da sala nessa prova que fiquei em primeiro, achei que tinha ido mal, fiquei pensando um monte de besteira na mente e ainda tinha passado uma questão errada para o gabarito. Saí da prova, peguei minha companheira na pousada e ela me perguntou: Como foi a prova? Quase chorei, falei para ela que queria desistir, que concurso não era pra mim. Saímos um pouco, deu meia-noite voltei pra casa, meio sem graça, comecei a pegar o gabarito dos cursinhos, foi aí que comecei a sonhar, quando saiu o gabarito oficial eu não acreditava.”
Confira nossa entrevista com Elísio Monteiro, aprovado no concurso PP AL para o cargo de Agente Penitenciário em 1° lugar:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Elísio Monteiro: Sou baiano, 38 anos, natural de Camacan-BA, porém só fiz nascer em Camacan, minha infância e adolescência foi em Rio Real-Ba, quando acabei o 2º grau fui para Salvador fazer faculdade de Administração, em seguida fiz MBA em finanças. Tenho um filho de 15 anos (Gustavo), tenho uma companheira com quem não tenho filhos (Camilla) e há 6 anos estou morando em Estância, uma cidade do interior de Sergipe, distante 70 km de Aracaju.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Elísio: Como sou formado em Adm, meu pai sempre foi comerciante, e meus pensamentos sempre foram voltados para os negócios, até começar o lockdown. Fui forçado a fechar meu comércio e via as pessoas mandando outras ficarem em casa, eu não entendia como seria possível ficar em casa e pagar as contas, aí percebi que eram funcionários públicos, faça chuva ou sol eles vão receber todo mês, trabalhando ou não, enquanto eu me indagava sobre como iria tocar a vida sendo obrigado a manter meu pequeno comércio fechado, que não me dava lá muita coisa, mas era o suficiente para sobreviver e pagar as contas. Foi quando vi uma matéria no Youtube a respeito do Depen, falando que iria abrir o edital, comecei a me interessar. Em junho de 2020, com 3 meses sem trabalhar, consegui passar meu comércio para frente, consegui vender algumas coisas dele e decidi ficar em casa estudando. Não sabia muito bem como estudar, mas sabia de uma coisa: como comerciante eu trabalhava 12, 14 horas por dia, nos estudos teria que ser igual, tratei os estudos como investimento, com horários igual ao que eu tinha quando comerciante. Decidi pela área policial devido ao trabalho não ser preso em escritório – apesar de ser administrador, detesto escritório, gosto de trabalho externo, com escala de plantão – e sempre achei que a polícia é a profissão que impõe mais respeito.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Elísio: 100% do meu dia voltado para concurso, da hora que acordava a hora de dormir. Procurava acordar 6:30, 7:00, passava um café, deixava rolando um jornal na tv, comia algo rápido, dava 8h em ponto começava a rotina de estudos, me desligava do mundo, não atendia celular. Quando dava meio-dia olhava o celular, respondia as mensagens importantes, retornava alguma ligação, os mais próximos já sabiam minha rotina. Já teve dias de algo muito importante, minha companheira ter que ligar para a vizinha me passar o recado, com o celular do lado. Eu fazia o almoço com alguma vídeo aula rolando, não perdia nenhum minuto sagrado do meu dia. Ia tomar banho, fazer qualquer coisa, já tinha o canto do celular ou notebook. Parava sempre 16h ou 17h para fazer um exercício, aí me desligava um pouco, relaxava a mente. 19h voltava a estudar, aí ia até não aguentar mais, muitas vezes passava da meia-noite, foram muitas as vezes que minha companheira ia dormir e eu estudando, acordava e eu já estava estudando, quase sempre assim.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Elísio: Passei no IBGE (APM) em terceiro lugar da minha cidade, não estudei para o IBGE nem era meu foco, e esse agora em primeiro. Objetivo agora é a PC-AM, quero muito essa PC-AM!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Elísio: Antes de começar a estudar eu gostava de sair, tomar uma cervejinha, quando comecei a estudar, apaguei as redes sociais e caí de cabeça nos estudos, pra sair precisava agendar; se fosse um sábado, os compromissos de estudos que geralmente eu tinha no sábado, jogava pra semana e intensificava na semana pra deixar o sábado livre. Também quando saía, aproveitava cada momento, no outro dia, voltava a rotina normal. Como minha base de estudo foi bem na pandemia, ficou mais fácil o isolamento social para estudar.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Elísio: Moro apenas com minha esposa, ela apoiava do jeito dela, mas achava que eu estava ficando doido já. Todo parente diz que apoia e entende, porém na hora de um aniversário, uma festa em família, começava a pressão psicológica. Como meus pais eram idosos, perdi meu pai para o COVID na reta final da PRF, que era o concurso que eu dediquei todo o estudo inicial na vida dos concursos; depois que ele se foi, fiquei me culpando um pouco por muitas vezes não dar a atenção que eles queriam.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Elísio: Esse concurso da PP-AL foram 2 meses. Como estava com uma base boa, foquei na legislação estadual. O segredo foi ter esse concurso como a melhor oportunidade da minha vida, estudava como se fosse a PRF, era a minha melhor oportunidade, levava a sério, a melhor motivação do concurseiro é a dificuldade do dia a dia.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Elísio: Nesses dois meses eu foquei, na plataforma do Estratégia, nas vídeos aulas específicas de questões da banca cespe. Colocava o vídeo em 2.0 , quando tinha alguma questão que eu tinha dificuldade eu diminuía a velocidade, a legislação estadual foi na força da leitura. A base para a vídeo aula eram os meus erros nos simulados, estudava em cima dos meus erros; foi essa a minha estratégia, deu certo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Elísio: No início, estudava com todas as aulas que os principais cursinhos colocavam a disposição, com o tempo comecei a receber a agenda do Estratégia no meu e-mail, ví que era o único cursinho que colocava 3 horas e meia de aula em cada turno. Comecei a fazer minha agenda da semana pela do Estratégia, pegava uma aula do horário das 8:30, outras das 14 e finalizava com a aula das 19h, com o tempo comecei a achar lenta as aulas, resolvi comprar o corujinha, foi aí que adiantou minha vida, ao invés de fazer uma aula dessas pela manhã, fazia duas com uma velocidade mais rápida e sem intervalo, que muitas vezes perdia 30 minutos esperando o professor voltar, fora os atrasados. Esse é o diferencial.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente? (Caso tenha estudado direto conosco, pode pular esta pergunta e a próxima)
Elísio: Comprei uma outra assinatura no início, achei legal também, foi lá que conheci muitos professores do Estratégia, porém os PDF’s do Estratégia são diferenciados, os resumos e questões deles adiantam muito a vida do concurseiro, fora que eu gosto do estilo de vídeo aula do Estratégia, a maioria das aulas não é em estúdio fechado, são aulas gravadas com a participação de alunos, deixa a aula mais dinâmica. Gosto também das vídeos aulas de reta final, acabam se tornando um resumo rápido de todo conteúdo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material? (Pode citar uma ou mais ferramentas que mais te ajudaram na preparação).
Elísio: Antes da Corujinha Social minha média nos concursos era 70 pontos, nesse último fiz quase 98. Depois que você aprende a usar a plataforma fica bem mais fácil estudar.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Elísio: Estudava em média 3 matérias por dia, minha agenda eu dava prioridade às matérias que eu tinha um desempenho mais fraco, quando tinha um bom desempenho em alguma matéria, deixava ela por último e só fazia questão. Estudava a matéria por horas até esgotar o assunto ou dúvidas, passava de 3 a 4 horas em cada matéria, às vezes o dia em apenas uma matéria.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Elísio: Fazia bloco de anotações curtas, lia todos antes de começar o dia, todo dia lia minhas anotações até decorar, tinha papel colado em todo canto, na tela do computador , no telegram. Aprendi com o prof. Thallius a fazer “cola”.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Elísio: Com o tempo, a maioria do tempo do concurseiro é fazendo questões, como só assistia aula de questões, usava a plataforma de questões, fazia muitos simulados na semana, acredito que fazia algo entre 200 a 300 questões por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Elísio: A matéria que tinha dificuldade, dava mais atenção a ela, estudava muitas vezes ela na semana, às vezes o dia todo até aprender o assunto. Nunca desisti de nenhuma matéria!
O estudo começa por onde o concurseiro sente mais dificuldade.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Elísio: Eu relaxei, sabia que o trabalho tinha sido feito, fiz a revisão de véspera, no dia da prova antes de entrar na sala li todas as minhas anotações, anotei os pontos que tinha dificuldade e fiquei lendo pela manhã do dia da prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Elísio: Não teve prova discursiva, mas eu faço todos os domingos, eu compro um pacote de correção de redação para o Enem na internet, gosto de treinar redação para o Enem, acho que é a mais detalhista.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Elísio: Treino todos os dias corrida, intercalados, fartlek, longão, 1 simulado por semana, preciso correr 2km em 11, hoje só estou conseguindo fazer 1.9km em 11. Porém os demais, barra, shuttle run, abdominal, natação eu consigo com sobras.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Elísio: Os maiores acertos foram os erros dos concursos anteriores, não existe erros na vida de quem realmente escolhe o concurso público, existe conhecimento, experiência e o tempo de cada pessoa. Penso que cada um está dando o que acha que é seu melhor em cada concurso, sendo assim é importante fazer bastante prova, só assim o concurseiro vai ajustando o que falta. O que chamam de erro eu entendo como processo normal de aprendizado e experiência. Concurso público não é uma receita de bolo, cada um tem seu time, seu método, o que funciona pra um, pode não funcionar para outro. A única coisa que precisa ter em comum é o comprometimento.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Elísio: O único momento que pensei em desistir foi depois que saí da sala nessa prova que fiquei em primeiro, achei que tinha ido mal, fiquei pensando um monte de besteira na mente e ainda tinha passado uma questão errada para o gabarito. Saí da prova, peguei minha companheira na pousada e ela me perguntou: Como foi a prova? Quase chorei, falei para ela que queria desistir, que concurso não era pra mim. Saímos um pouco, deu meia-noite voltei pra casa, meio sem graça, comecei a pegar o gabarito dos cursinhos, foi aí que comecei a sonhar, quando saiu o gabarito oficial eu não acreditava.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Elísio: Concurso público não é para os mais inteligentes, é para os que não desistem, para os persistentes. Não é para os imediatistas, quem entra nesse mundo tem que entender que é um processo a longo prazo. É a oportunidade do pobre, dos que não tiveram oportunidade de vencer na vida. Não precisa de nada para vencer, somente força de vontade.