Aprovada no concurso PC MG para o cargo de Escrivão
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)“Eu sei o quanto a trajetória é solitária e difícil, que aparecem um milhão de problemas no meio do caminho, mas mesmo quando tudo parecer um sonho distante ou quando a ansiedade bater, lembre-se: há tempo para todo propósito debaixo do céu!”
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Confira nossa entrevista com Maria Luísa S. Castro Pena, aprovada no concurso PC MG para o cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Maria Luísa S. Castro Pena: Tenho 21 anos e estou me licenciando em História, pela UFMG. Sou de Belo Horizonte, mas moro na região metropolitana da cidade.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Maria Luísa: Eu sempre tive nos meus horizontes o desejo de ser servidora pública, mas durante um tempo esse objetivo ficou em segundo plano. Em 2020, com a pandemia, esse desejo voltou à tona, especialmente porque as oportunidades de emprego estavam muito escassas.
No final de 2020, quando eu comecei a pesquisar de maneira mais aplicada sobre concursos, não havia muitos editais abertos devido ao contexto sanitário do país, mas vi que estava para sair o edital da Polícia Rodoviária Federal, foi aí que decidi que começaria minha trajetória por essa prova. Durante a minha preparação para esse concurso eu acabei lendo e aprendendo muito sobre os temas que envolvem a Segurança Pública e descobri que me identificava bastante com as carreiras policiais e, assim, decidi seguir por esse caminho.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Maria Luísa: Durante boa parte do meu estudo para concurso, eu o conciliei apenas com a faculdade e não precisei trabalhar durante esse período.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Maria Luísa: Eu fui aprovada na PRF, como excedente; estou aprovada preliminarmente no TJMMG; e na PCMG, dentro das vagas. Por agora, pretendo me dedicar inteiramente à PCMG e ao meu futuro cargo, mas não descarto a possibilidade de futuramente voltar a estudar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Maria Luísa: Como eu comecei meus estudos durante a pandemia, não tive muitos problemas quanto a isso. Ao longo da minha preparação, tive a oportunidade de sair bem poucas vezes, então foi tranquilo gerenciar essa parte. Mas, de modo geral, não abri mão de momentos com minha família e acho que isso foi parte importante do processo, para estar com a mente descansada e me manter motivada a estudar.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Maria Luísa: Eu moro com meus pais. Minha família me apoiou desde o início e deram o suporte necessário para que eu pudesse me dedicar aos meus estudos. Eu tive a oportunidade de ter um espaço para estudar e todos na minha casa sempre respeitaram muito isso, o que me ajudou muito.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Maria Luísa: Especificamente para a PCMG eu estudei apenas no pós edital, mas é importante destacar que, desde o final de 2020, eu já vinha estudando uma boa parte das matérias que estavam no edital da PC, como por exemplo Língua Portuguesa, Informática e a parte de Direito. Assim, como o tempo era curto, eu busquei priorizar um estudo mais detalhado apenas para as matérias que eu nunca tinha visto, como Medicina Legal, Criminologia, alguns temas de Direitos Humanos e a Lei Orgânica. As demais disciplinas que eu já havia estudado, busquei revisar o conteúdo fazendo questões no modelo da banca FUMARC e consultando anotações anteriores, atualizando-as quando necessário.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Maria Luísa: Eu usei videoaulas e PDFs, sem deixar de lado a leitura da “letra da lei”, quando era o caso. A videoaula, para mim, foi muito importante, porque eu tenho mais facilidade de aprender ouvindo do que lendo. Então, minha base eram as videoaulas e usava os PDFs apenas como suporte, principalmente pelos esquemas, gráficos, fluxogramas etc. A única desvantagem da videoaula é que por ela é quase impossível revisar, então foi importante fazer anotações para que eu pudesse revisar depois.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maria Luísa: Pelas videoaulas ao vivo no YouTube.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Maria Luísa: Sim, minha organização e meu nível de acertos tiveram uma melhora considerável. As videoaulas do curso estavam bem-organizadas e os professores são muito didáticos, além de conhecerem com profundidade a disciplina que ministram.
Além disso, gostei bastante dos mapas mentais que estavam disponíveis em várias aulas, eles me ajudaram bastante. E, na minha opinião, os simulados, em especial os das rodadas avançadas, também estavam muito bons, num nível bem parecido com o que eu encontrei na prova.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Maria Luísa: Eu estudava pelo menos 3 matérias por dia e tentava ver cada uma pelo menos duas vezes na semana. As que eu tinha mais dificuldade, às vezes, eu via mais de duas vezes.
Eu não sei precisar com certeza, mas no geral eu fazia umas 5 horas por dia – nos dias de semana. Nos finais de semana, em especial aos sábados, eu fazia um pouco mais e deixava os domingos para resolver os simulados e fazer a correção posterior.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Maria Luísa: Eu revisei principalmente pelas minhas anotações das aulas, pelos simulados e por questões avulsas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Maria Luísa: Eu não sei precisar quantas questões eu resolvi ao todo, mas busquei resolver o máximo de questões possíveis. E isso foi, sem dúvida, uma parte muito importante de toda a preparação. Conhecer o modelo de questões, as interpretações adotadas e o que a banca mais costuma cobrar é muito importante para tentar não ter tantas surpresas na hora da prova. Além disso, por meio das questões eu consegui acompanhar a minha evolução nas matérias e saber o que eu precisava estudar mais.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Maria Luísa: Acho que minhas maiores dificuldades foram nas matérias de Direito e Informática. Na parte de Direito foi bem difícil entender alguns conceitos e termos, porque nunca havia tido um contato sistemático com essas matérias. Informática, por sua vez, tem um conteúdo bastante amplo, então foi bem difícil guardar tanta informação e saber filtrar o que era produtivo estudar naquele momento. Na parte de Direito, o que funcionou para mim foi seguir a trilha: Videoaula → PDFs → Leitura de “letra da lei”. Foi assim que eu comecei a gravar os conceitos e entender a lógica por trás deles. Na parte de Informática, eu comecei a estudar a banca e ver quais tópicos estavam mais presentes, porque muitas vezes eu perdia muito tempo em temas que a banca não tinha uma tradição em cobrar, e com o tempo curto a gente acaba tendo que fazer escolhas.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Maria Luísa: Na semana antes da prova eu focava, principalmente, em revisar o conteúdo por questões do modelo da banca, fossem elas passadas ou inéditas.
No dia antes da prova eu assistia aos aulões de revisão de véspera e no restante da tarde e da noite eu descansava.
No dia da prova em si, eu tentava fazer o que fosse me deixar o mais tranquila possível.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Maria Luísa: Tenho me preparado bastante a alguns meses, desde antes do edital, e feito alguns simulados de TAF para ver como está meu desempenho, especialmente agora intensificado os treinos com os cuidados necessários.
Algo muito importante é começar a treinar bem antes do teste, pois ele exige muito do nosso corpo e é bom que ele já esteja bem acostumado com o ritmo dos exercícios.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Maria Luísa: Acho que um erro que posso apontar foi ter deixado, em alguns momentos, a ansiedade tomar conta e “atropelar” o estudo de alguns conteúdos, os quais depois eu precisei estudar de novo, me fazendo perder tempo.
Acho que o principal acerto foi ter feito tantos simulados quanto possível e resolver bastante questões, porque dessa forma eu pude aprender como funciona a banca e acompanhar minhas facilidades e dificuldades para melhorar meu desempenho.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Maria Luísa: Não, não pensei em desistir. Sempre tive em mente que o caminho no serviço público era o melhor a seguir e uma aprovação poderia mudar muito positivamente minha vida em vários sentidos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar ao
aonde você chegou!
Maria Luísa: Eu acredito que uma boa estratégia seja definir qual é o seu objetivo central desde já, para que você não se desvie dele no meio do caminho. Organizar seu tempo da melhor maneira possível para que você não fique perdido(a) no meio de tantas matérias e deixe a ansiedade dominar. Estar com a mente no lugar é parte muito importante do processo.
Faça muitas questões e não tenha medo de resolver simulados, e, principalmente, não tenha medo de errar neles. A hora de errar é no treino, para que no dia da prova você possa acertar.
Por fim, eu sei o quanto a trajetória é solitária e difícil, que aparecem um milhão de problemas no meio do caminho, mas mesmo quando tudo parecer um sonho distante ou quando a ansiedade bater, lembre-se: há tempo para todo propósito debaixo do céu!