Aprovado no concurso PCMS para Perito Oficial Forense, área 1, em 2º lugar
Policial (Peritos, Papiloscopistas)“Seja persistente, a jornada é árdua mas vale a pena. Estude sempre, você nunca sai perdendo por ter estudado.”
Confira nossa entrevista com Filipe de Freitas Maciel Rezende, aprovado no concurso PCMS para Perito Oficial Forense, área 1, em 2º lugar:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Filipe Rezende: Meu nome é Filipe Rezende, sou bacharel em Análise de Sistemas, tenho 28 anos e sou de Campo Grande-MS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Filipe: Meus pais sempre incentivaram a estudar para concursos, meu pai aposentou como servidor público. Ao escutar o conselho deles, vi o concurso público como um meio de mudar de vida por meio do estudo, do esforço próprio. Em um país tão instável e vindo de uma família sem grandes patrimônios, passar em um concurso público pode trazer estabilidade e tranquilidade para construir sua vida e, se ainda quiser, fazer algo que tenha vocação.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Filipe: Sim, estudava e trabalhava. Sou agente administrativo da PRF, trabalho das 07h30m às 16h30m. Durante os estudos para esse concurso, logo após terminar meu expediente, ia para casa e começava a estudar por volta das 17h30… neste período de edital aberto ia até umas 20h e parava para jantar, depois voltava e estudava até umas 23h. Não cronometrava, mas devia dar umas 4h30 líquidas por dia. Aos sábados eu tentava estudar mais horas, todo tempo livre que tinha sentava para estudar. Aos domingos ia para a igreja de manhã e almoçava com meus pais, estudava somente à noite. Aproveitei bastante os dois feriados em novembro que tivemos durante o período de edital aberto, tentei estudar o máximo que consegui durante esses feriados. Só consegui fazer assim com o apoio da minha esposa que ficava cuidando das outras coisas da casa enquanto eu estudava.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
★ Detran/MS – Assistente de Atividades de Trânsito (17o lugar – 18 anos)
★ MPU – Técnico Administrativo (64o lugar – 21 anos)
★ PRF – Agente Administrativo (2o lugar – 22 anos)
★ UEMS – Analista de Sistemas (1o lugar – 24 anos)
★ Corpo de Bombeiros Militar/MS – Oficial Especialista – Área: Análise de Sistemas (2o lugar – 25 anos)
★ CRM/MS – Analista de Sistemas (2o lugar – 27 anos)
★ PC/MS – Perito Criminal – Área 1 (2o lugar – 28 anos).
Pretendo continuar estudando, sim. Se Deus quiser serei Perito Criminal da Polícia Federal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Filipe: Uma vida social boa, equilibrada. Sempre encontrei a família e os amigos no final de semana, geralmente à noite, após estudar durante o dia. De segunda à sexta é somente trabalho e estudo. Aos sábados o estudo deve vir logo pela manhã e à tarde, sobrando o fim de tarde e noite para sair com a esposa/amigos/família. Aos domingos vou à igreja pela manhã, almoço com a família e estudo à noite.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Filipe: Sou casado há um ano e meio, não temos filhos. Sempre minha esposa, família e amigos entenderam e apoiaram a minha caminhada como concurseiro. Deram todo tipo de apoio: no início meus pais pagavam os cursos presenciais, compravam apostilas e cursos online. Depois quando as aprovações/nomeações começaram a vir, graças a Deus, e passei a trabalhar, aí eu mesmo comprava os cursos, mas eles sempre continuaram apoiando de outras maneiras: entendendo quando eu não podia comparecer em algum evento ou então se eu fosse ao evento, mas tinha de sair mais cedo.
A esposa, que na época em que começamos a namorar já me conheceu como concurseiro, sempre me apoiou entendendo quando não podíamos sair pois eu devia estudar. E, agora, depois de casados, vem me apoiando muito cuidando dos afazeres domésticos enquanto eu estudo, principalmente na época pós-edital.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Filipe: 35 dias. O edital saiu dando um prazo de 39 dias para a prova, então sabia que seria um prazo bem apertado, ainda mais com um edital bem extenso como esse que veio. No dia em que saiu o edital, eu estava de férias, viajando com a minha esposa – foi a nossa lua de mel atrasada pois nos casamos bem no início da pandemia em abril de 2020. Quando o edital saiu ainda faltavam 4 dias para terminar nossas férias, aproveitei esses dias na praia para pensar na estratégia que eu teria para essa prova. Li o edital e organizei mentalmente como iria estudar, quando cheguei em casa coloquei no papel e já comecei, eu tinha 35 dias até a prova e estudei todos esses dias.
Controlei meu estudo por uma planilha no google drive marcando cada dia em que eu estudava e decrementando o número de dias até a data da prova. Saber que a data da prova estava chegando e que seria uma grande oportunidade em minha vida me motivava a manter a disciplina. Pensar no cargo e no que eu iria poder oferecer à minha família me motivava também.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Filipe: Para esse concurso usei muito meus resumos próprios das disciplinas específicas de TI. Já do Estratégia eu usei muito os resumos e mapas mentais de Direito Penal, Processo Penal, Criminalística e Medicina Legal. A Maratona de Legislação da Polícia Civil foi muito importante, mostrou-me os artigos mais importantes que eu deveria estudar, imprimi somente esses artigos citados pelo professor e li mais de dez vezes até a data da prova. Usei muito o Sistema de Questões, principalmente fazendo questões inéditas das leis que caíram na prova. Como o tempo era curto, priorizei os resumos e mapas mentais das disciplinas que eu tinha menos conhecimento e que tinham grande importância na prova, como Medicina Legal, Criminalística, Direito Penal e Direito Processual Penal.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Filipe: Sinceramente não lembro quando e como conheci o Estratégia. Mas comprei o primeiro curso na época em que não tinha a assinatura, só pacotes fechados de cursos. Hoje sou assinante.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente? (Caso tenha estudado direto conosco, pode pular esta pergunta e a próxima)
Filipe: Sim, fiz cursos presenciais em minha cidade e também comprei apostilas físicas para concursos. Nos cursos presenciais o que incomodava era a perda de tempo muitas vezes em assuntos aleatórios que alguns professores mantinham durante a aula ao invés de focar em ministrar a aula.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? (Pode citar uma ou mais ferramentas que mais te ajudaram na preparação).
Filipe: Senti muita diferença por poder estudar de qualquer lugar, não perder mais tempo com deslocamento, nem perder tempo com professores tratando de assuntos diferentes do tema da aula. Além de poder assistir às aulas em velocidades mais rápidas, assim como poder selecionar aquilo que quero assistir.
Os diferenciais que encontrei no Estratégia são os PDFs simplificados, os resumos, mapas mentais e o Sistema de Questões. Além, claro, dos professores altamente capacitados.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Filipe: Eu destrinchei o edital, busquei no Sistema de Questões a incidência de cada item do edital e analisei o que era mais cobrado, marquei o que eu já tinha estudado e o que seria novidade, onde eu deveria focar e o que nem compensaria ver. Separei toda legislação que teria de ler, juntei todos os resumos e mapas mentais das demais disciplinas e comecei.
No começo eu estudava no máximo duas matérias por dia, foquei em terminar matérias que eu estava mais fraco e que teria mais questões em minha prova, como Direito Penal e Processo Penal. Depois de ter visto essas duas matérias (somente aquilo que importava), lia sempre o resumo, a letra da lei e fazia questões. Fazia isso com duas, no máximo três disciplinas por dia, dependendo do tanto que eu estudava. Isso seguindo um ciclo de estudos que montei. Li muitas vezes a letra da lei, algumas leis mais extensas somente lia os artigos que eram importantes, não lia a lei toda. Isso devido ao curto prazo até a prova. Mas os artigos que li, li mais de dez vezes.
Não marcava as horas líquidas que estava estudando, mas certamente girava em torno de 4 horas diárias de segunda à sexta e no final de semana tentava avançar mais no sábado, fazendo umas 8 horas líquidas. No domingo ia para a igreja pela manhã, depois almoçava na casa dos meus pais, passava a tarde com a família e à noite estudava cerca de 3 horas líquidas. Durante o período de edital aberto para esse concurso tivemos dois feriados, um desses feriados teve emenda e foi prolongado. Aproveitei muito nessas datas para avançar bastante no estudo. Estudei o máximo que consegui nesses dias também, sempre com um pequeno intervalo de 5 minutos para tomar água e esticar as pernas após cerca de 1h de estudo.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Filipe: Eu lia meus resumos como revisão e fazia muitas questões. Nunca fiz simulado, mas acredito que possa ser uma boa ferramenta também. Quando errava muitas questões de um mesmo tema, voltava aos meus resumos e lia novamente.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Filipe: Uma das coisas mais importantes. A prova é feita de questões. Não tenho anotado quantas questões já fiz nessa trajetória, por já ter zerado a contagem algumas vezes e usado mais de um sistema de questões, além de questões dentro do próprio material. Mas deve ser em torno de 50 mil.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Filipe: Para essa prova da PC-MS eu tive mais dificuldade em Medicina Legal e Criminalística, devido ao curto prazo para a prova e serem matérias novas para mim.
Para superar essa barreira, busquei no Sistema de Questões a incidência de cada tema dentro dessas disciplinas, estudei apenas os temas mais cobrados. E esse estudo foi apenas lendo os mapas mentais e resumos, diversas vezes, e fazendo muitas questões, devido ao curto prazo para a prova. Foi um tiro estratégico.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Filipe: Eu tenho o costume de parar de estudar dois dias antes da prova. Se a prova é no domingo, já na sexta-feira não estudo mais e costumo fazer algo para descansar e relaxar. Tento não pensar na prova, meu pai sempre disse que o que deveria ter sido feito já foi feito. Mas, como nessa prova tivemos um prazo menor que o normal para estudar, eu só não estudei no dia anterior à prova, no caso foi numa sexta-feira (essa prova foi em um sábado).
Na semana que antecedeu a prova eu dei prioridade para as disciplinas novas como Legislação Policial, letra da lei das leis esparsas de Direito Penal e ver os resumos e mapas mentais de Criminalística e Medicina Legal já que eram disciplinas que eu não tinha tanto conhecimento. Com isso acredito que fica na memória de curto prazo e tenho a possibilidade de acertar na prova. O restante eu deixo na memória de longo prazo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Filipe: Durante toda minha trajetória de concurseiro o pior erro foi parar de estudar. Não manter a constância nos estudos. Tive muitos intervalos em que parava de estudar, essa falta de constância é o que mais dificulta o concurseiro conseguir a aprovação.
Acertos, acredito que tenha sido ter começado novo e, graças a Deus, conseguir fazer uma base forte nas disciplinas fundamentais e basilares dos concursos públicos, como: Português, Raciocínio Lógico, Direito Administrativo e Direito Constitucional. Um outro acerto é ler a lei seca muitas vezes. Concursos não cobram você criar algo novo, reinventar a roda. Cobram aquilo que já está escrito em diversos livros, leis e artigos. Leia bastante.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Filipe: Desistir de concursos, jamais. Mudar de área, sim. A área de TI é muito penosa por ter um escopo, digamos, infinito e estar em constante atualização. Fatores que me motivaram a continuar na área de TI foram: começar a ver resultados positivos mesmo nos concursos de TI, o aumento de vagas ofertadas para TI, a vontade de vencer mesmo em uma área complexa e querer dar um retorno positivo a todos que sempre me apoiaram e acreditaram em mim.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Filipe: Seja persistente, a jornada é árdua mas vale a pena. Estude sempre, você nunca sai perdendo por ter estudado. Você vai aumentando a sua bagagem e um dia ela será suficiente para você ser aprovado em um concurso que deseja. Cerque-se de amigos e pessoas que desejam o mesmo que você e tenha humildade para ouvir conselhos daqueles que já conseguiram sucesso naquilo que você também deseja obter, mas ao achar o método que melhor funciona para você, seja firme e mantenha o ritmo. O estudo para concursos pode ser um meio para você mudar totalmente a sua vida, continue focado. O sacrifício de hoje constrói a recompensa do amanhã.