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TRT 7ª Região – CESPE – contabilidade – sugestões de recursos

Olá, colegas.

Examinamos a prova de contabilidade da CESPE, do concurso para o TRT 7ª Região. Prova difícil e, de um modo geral, bem elaborada.

Destacamos 4 possibilidades de recursos:

QUESTÃO 33
Uma loja estava ofertando uma máquina de lavar e secar roupas por determinado preço, que poderia ser parcelado em quatro vezes iguais e sem acréscimo. Se o cliente pagasse à vista, teria um desconto de 10% sobre o valor anunciado. Um cliente, ao certificar-se das condições de venda nessa loja, dirigiu-se a outras lojas, a fim de conferir o preço do bem, e constatou que, nessas outras lojas, o preço à vista era igual ao preço com desconto de 10% que estava sendo oferecido pela primeira loja. Nessa situação hipotética, o preço do bem com 10% de desconto corresponde ao

A) custo corrente.
B) valor presente.
C) valor justo.
D) valor realizável.

O gabarito preliminar da douta Banca foi a letra C – Valor Justo, que está correto.

Mas, se consideramos o ponto de vista do comprado (cliente), a letra A – Custo corrente – também está correta.

Conforme o CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro:
“Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço.”
Pelo enunciado da questão, o cliente conseguiria comprar o ativo pelo preço do bem com 10% de desconto, que corresponde ao preço a vista. Assim, do ponto de vista do comprador, a assertiva A também está correta.
Se considerarmos o vendedor, a letra D – Valor Realizável – também está correta.
Conforme o CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro:
“Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada.”
O montante em caixa que poderia ser obtido em uma venda ordenada, nesta questão, é idêntico ao valor justo: é o preço com desconto de 10%.
Assim, há duas opções corretas, quer consideremos o ponto de vista do comprador (letra A e C) ou do vendedor (letra C e D).
Por apresentar duas opções corretas, solicitamos a ANULAÇÃO da questão 33.

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QUESTÃO 39
Para efeito de levantamento da demonstração dos fluxos de caixa, o valor de caixa e equivalentes de caixa é composto por

A) saldos de contas bancárias, ainda que negativos.

B) aplicações de renda fixa, em moeda corrente, com resgate imediato.

C) disponibilidades em moeda estrangeira de alta volatilidade.

D) valores disponíveis em limites de créditos rotativos.

Comentário:

O gabarito preliminar da douta Banca foi a letra B, que está correto.

Mas a letra A também está correta.

Conforme o CPC 03 – (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa:

“8. Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de financiamento. Entretanto, saldos bancários a descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos como cheques especiais ou contas correntes garantidas que são liquidados em curto lapso temporal compõem parte integral da gestão de caixa da entidade. Nessas circunstâncias, saldos bancários a descoberto são incluídos como componente de caixa e equivalentes de caixa. Uma característica desses arranjos oferecidos pelos bancos é que frequentemente os saldos flutuam de devedor para credor.”

Os saldos de contas bancárias, ainda que negativos, também compõe o valor de caixa e equivalente de caixa.

Por apresentar duas alternativas corretas, solicitamos a ANULAÇÂO da questão 39.

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QUESTÃO 40
Uma indústria adquiriu um equipamento produtivo por R$ 320 mil, o qual foi registrado contabilmente e colocado em operação em 13/8/2013. O fabricante estimava a vida útil do equipamento em dez anos. O equipamento será utilizado em dois turnos de oito horas, razão por que será aplicada a depreciação acelerada calculada pelo método da linha reta. A empresa considera um valor residual de 10% para todos os seus equipamentos industriais. Nessa situação hipotética, considerando-se que a indústria encerra seu exercício social no dia trinta de setembro de cada ano, é correto afirmar que o valor contábil líquido do equipamento apurado para o balanço de 2017 é igual a

A) R$ 80 mil.
B) R$ 108 mil.
C) R$ 140 mil.
D) R$ 200 mil.

Comentário:

O gabarito preliminar foi a letra C: R$ 140 mil.

Cálculo da banca:

Valor do equipamento 320
(-) Valor residual 10% -32
Valor depreciável 288

Prazo: 10 anos = 120 meses

Depreciação mensal: $320 / 120 meses = $2,4 mil por mês.

De 13/08/2013 a 30/09/2017, temos 50 meses (considerando 2 meses em 013 e 12 meses em 2014, 15 , 16 e 17).

Depreciação acumulada: $2,4 mil x 50 meses = $120 mil

Depreciação acelerada: quando o equipamento é usado em dois turnos de 8 horas, a depreciação deve ser multiplicada por 1,5.

$ 120 mil x 1,5 = $ 180 mil.

Valor do equipamento 320
(-) Depreciação acumulada -180
Valor contábil líquido 140

Letra C, conforme o gabarito da banca.
Ocorre que a depreciação acelerada é usada para fins do imposto de renda. Não deve ser usada na contabilidade. O ajuste deve ser feito no LALUR (Livro de Apuração do Lucro real).

A questão informa que o fabricante estimava a vida útil do equipamento em 10 anos.

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado:

Vida útil é: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.

Se o equipamento tem vida útil de 10 anos, a depreciação deve ser alocada ao longo desse prazo.

O cálculo, para a contabilidade, fica assim:

Depreciação acumulada: $2,4 mil x 50 meses = $120 mil

Valor do equipamento 320
(-) Depreciação acumulada -120
Valor contábil líquido 200

A assertiva correta, portanto, é a letra D.

Assim, solicitamos a ALTERAÇÃO do gabarito, considerando como correta a letra D = 200 mil.

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QUESTÃO 46
Uma indústria adquiriu matéria-prima com R$ 220 mil de preço na nota fiscal e pagou R$ 6 mil pelo frete desse produto à transportadora. Nessa negociação, estão presentes as alíquotas: IPI = 10%; ICMS = 20%; PIS (não cumulativo) = 1,65% e COFINS (não cumulativo) = 7,6%. Nessa situação hipotética, o valor a ser registrado no ativo para a matéria-prima é igual a

A) R$ 146.850.
B) R$ 145.745.
C) R$ 147.500.
D) R$ 145.650

Comentário:

O gabarito preliminar foi a letra C.

A banca considerou que “preço na nota fiscal” é o valor total na nota fiscal, incluindo o IPI.

Cálculo da banca:

Preço (total) na Nota Fiscal 220.000
(-) IPI (10%) – 20.000
Preço da matéria-prima 200.000
ICMS ($ 200000 x 20%) – 40.000
PIS ($ 200.000 x 1,65%) – 3.300
Cofins ($200.000 x 7,6%) – 15.200
Valor da MP sem os impostos 141.500
Frete 6.000
Valor do estoque 147.500

Ocorre que, em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu, com repercussão geral, que o Icms não pode entrar na base de cálculo do Pis e Cofins.

O cálculo correto ficaria assim:

Preço (total) na Nota Fiscal 220.000
(-) IPI (10%) – 20.000
Preço da matéria-prima 200.000
ICMS ($ 200000 x 20%) – 40.000
PIS ($ 160.000 x 1,65%) – 2.640
Cofins ($160.000 x 7,6%) – 12.160
Valor da MP sem os impostos 145.200
Frete 6.000
Valor do estoque 151.200

Sem resposta.

Assim, solicitamos a ANULAÇÃO da questão, pois não apresenta resposta de acordo com a legislação em vigor.

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Prezados, mudem, as bancas não gostam de “copia e cola”.

Boa sorte a todos!
Um abraço

Luciano Rosa

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