“Muitas pessoas acham que a vida dos aprovados é perfeita, sem contratempos. Não é! Todo mundo passa por problemas. Todos já deixaram de estudar alguns dias por falta de tempo/cansaço. É normal. Apenas continue. A constância sempre vence a intensidade!”

Confira nossa entrevista com Victor Baio, aprovado em 41° lugar no concurso PF para o cargo de Delegado:

Estratégia Concursos: Qual sua idade? De onde você é? É formado em que área?

Victor Baio: Sou do Rio de Janeiro e tenho 28 anos. Graduado em Direito pela Universidade Cândido Mendes. Pós-graduado em Direito Eleitoral e Pós-graduando em Investigação Criminal e Segurança Pública.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?

Victor: No início desejava ter estabilidade e uma boa remuneração. Contudo, ao logo do tempo, ao conhecer mais detidamente as carreiras, me apaixonei pela Polícia Federal e pelo cargo de Delegado.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Victor: Sempre conciliei o trabalho (Técnico Judiciário do TRE/RJ) com os estudos.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Victor: Tenho uma larga trajetória em concursos públicos.

Aos 15 anos realizei meu primeiro concurso público, sendo aprovado para o Colégio Naval. Após minha formação, decidi fazer faculdade e retomar a vida dos concursos públicos.

Em 2012, aos 19 anos, fui aprovado e nomeado nos concursos da Caixa Econômica Federal (1° lugar no estado do RJ) e do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (10° lugar)

Além disso, no mesmo período, também fui aprovado e convocado para o concurso do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, contudo, como já havia tomado posse no TRE/RJ, optei por permanecer no meu cargo.

Após a conclusão do curso de Direito e ainda sem os 3 anos de atividade jurídica, fui aprovado na primeira etapa (prova objetiva seletiva) em dois certames: Juiz Federal Substituto/TRF- 2ª REGIÃO/2018 e Promotor de Justiça/MPSC/41º CONCURSO/2019.

Em 2021, após completar os 3 anos de atividade jurídica exigidos para o ingresso nos concursos de carreiras jurídicas, encontro-me aprovado em 41° Lugar no concurso de Delegado de Polícia Federal, após a realização das etapas objetiva, discursiva e oral, além do teste de aptidão física e exames médicos.

Destaco que ainda falta o curso de formação profissional, que é considerado como etapa do certame.

Então, ainda não me considero aprovado.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?

Victor: Extremamente feliz em ver um sonho se realizando. Entretanto, como o curso de formação é etapa do certame, a felicidade ainda não é completa.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Victor: No início adotei uma postura radical, praticamente renunciando a minha vida social.

Contudo, com o passar do tempo, notei que era muito importante conciliar com o lazer. Muito mais que um descanso mental, esses momentos serviam como um revigorador de energias.

Acho que boa parte dos concurseiros ainda ignoram a parte mental. Em concursos em que é exigida uma preparação de médio/longo prazo como Magistratura, MP e Delegado, esse descanso é essencial.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Victor: Namoro. Já morei sozinho, mas atualmente moro com meus pais. Minha família sempre me apoiou em minha caminhada. Aliás, se não fossem eles, com certeza eu não teria chegado até aqui.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Victor: Fazer provas sempre é válido, mas acho que não é interessante mudar totalmente o foco. Deve-se analisar a compatibilidade dos editais para temporariamente migrar para outros certames.

Ser Delegado da Polícia Federal é o meu sonho e pretendo exercer o cargo até a aposentadoria.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?

Victor: 8 meses. Mas já estudava desde 2018 para outros cargos.

Estratégia: Durante a fase pré-edital, como fazia para manter a disciplina nos estudos?

Victor: Diminuía minhas horas de estudo, mas procurava me manter sempre ativo.

Deixava pra intensificar os estudos mais próximo do edital.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?

Victor: Videoaulas e PDFs. Acho que o mais interessante é conjugar as ferramentas. Usava PDFs para as matérias que já tinha uma base razoável e as videoaulas para as disciplinas que estava iniciando ou ainda com dificuldade.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? Qual o diferencial que encontrou em nosso material? Recomendaria para um amigo que está começando os estudos?

Victor: Conheci o Estratégia pelo Youtube. O curso é muito objetivo e focado em questões, que foi o que sempre priorizei em meus estudos. Então foi o casamento perfeito.

Sempre recomendei o Estratégia aos meus amigos. O curso tem professores excelentes, ótimos PDFs e acompanha o aluno em todas as fases do concurso.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Victor: Estudava 2 matérias por dia para que conseguisse estudar todas as matérias uma vez por semana.

No estudo regular, procurava estudar 4 horas por dia (2h pela manhã e 2h à noite). Após o edital aumentava para 6 horas por dia.

Procurava alternar no dia uma matéria que tinha dificuldade com outra que tinha facilidade. Na que já tinha facilidade, estudava apenas fazendo questões. Na outra, conjugava exercícios com PDFs e videoaulas.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Victor: Direito Previdenciário e Direito Financeiro. Nessas disciplinas priorizava as videoaulas para ter uma visão geral da disciplina e fazia muitas questões. Além disso, revisava todo o conteúdo que já tinha estudado antes de iniciar um novo tópico.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Victor: Para mim, na reta final, todo dia é dia de estudo. Separei os 14 dias anteriores à prova apenas para revisar o conteúdo.

Na véspera da prova também estudei. Aliás, se não tivesse estudado, com certeza teria um desempenho bem pior na prova discursiva. Revisei a peça da prova (Infiltração virtual de agentes no ECA) às 7 horas da noite do sábado.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Victor: Separava meia hora por dia para escrever sobre os temas principais, já tentando antecipar as questões discursivas.

Em relação à peça profissional, o mais importante é que o aluno treine o máximo que conseguir. Dessa forma irá praticamente decorar toda a estruturação da peça. No dia, é “só” aplicar o direito material.

Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF? E para a prova oral?

Victor: Sempre conciliei os estudos com a atividade física, então não tive grandes dificuldades no TAF.

Para a prova oral priorizei os estudos com os aprovados.

Aqui no RJ, alugamos uma sala para simulados presenciais aos finais de semana. Além disso, fazia simulados virtuais com outros aprovados ao longo da semana.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Victor: Troca de material. Ao longo da preparação, troquei algumas vezes de material. Isso me prejudicou muito, pois não tinha um material consolidado para revisar para as etapas discursiva e oral. Acho fundamental ter apenas um material e atualizá-lo com o tempo.

O maior acerto foi priorizar a resolução de questões. Ao ler muita doutrina, não temos a noção da forma como o conteúdo é cobrado. Além disso, “perde-se tempo” com temas que dificilmente são cobrados.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Victor: O afastamento do convívio social. Infelizmente quem trabalha e estuda tem que abdicar um pouco da vida social.

Quanto a desistir, acho que todos os aprovados já pensaram pelo menos uma vez. Manter uma rotina de estudos, deixando um pouco de lado a vida social e o lazer é bem complicado no longo prazo.

Quando me sentia muito cansado, tirava uma semana de descanso dos estudos.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Victor: Contribuir para a formação de um País melhor, integrando uma das instituições mais respeitadas do Brasil.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Victor: Se fosse começar hoje compraria um curso preparatório, pois contém videoaulas, questões e PDFs na mesma plataforma. Com o passar do tempo, iria apenas atualizando meu material com as alterações legislativas e jurisprudenciais. Dessa forma, teria um material consolidado, facilitando as revisões mais perto das provas. Além disso, a “familiarização” com o material permite que se otimize muito as revisões.

Para quem está na luta, apenas não desista. Muitas pessoas acham que a vida dos aprovados é perfeita, sem contratempos. Não é! Todo mundo passa por problemas. Todos já deixaram de estudar alguns dias por falta de tempo/cansaço. É normal. Apenas continue. A constância sempre vence a intensidade!