Aprovado em 1º lugar para o cargo de Papiloscopista no concurso PC-PR
Policial (Peritos, Papiloscopistas)“Não existe fórmula mágica ou técnica perfeita, você precisa testar as ferramentas disponíveis, escolher a que melhor se encaixa no seu perfil de estudante e manter constância nisso. “
Confira nossa entrevista com Renato Ribeiro da Silva, aprovado em 1º lugar para o cargo de Papiloscopista no concurso PC-PR:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Renato Ribeiro da Silva: Sou formado em Engenharia da Computação, tenho 26 anos e moro em Apucarana, cidade no interior do Paraná.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Renato Ribeiro: As dificuldades em encontrar boas oportunidades na área privada me fizeram escolher os concursos públicos. Sempre tive muita admiração pelas carreiras de segurança pública, principalmente pelo prestígio e papel social que a classe desempenha, por isso escolhi a área policial. Além disso, a escolha da área foi fortemente motivada pelo exemplo que tenho em casa, meu pai é Policial Militar no estado do Paraná.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro(a), você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Renato Ribeiro: No início da caminhada como concurseiro conciliava os estudos com o trabalho, mas percebi que nesse formato eu precisaria abdicar de muitos momentos com amigos e família se quisesse obter bons resultados. Foi então que decidi abandonar o trabalho. Durante esse período, realizava alguns freela e utilizava minhas economias para me manter financeiramente.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Renato Ribeiro: Fui aprovado em 3 concursos. A primeira aprovação ocorreu em junho de 2021, no concurso da PRF. A segunda foi no final do mesmo mês, na Polícia Federal. E, no último concurso que prestei, consegui alcançar o primeiro lugar, no cargo de Papiloscopista da Polícia Civil do Paraná.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados na primeira fase do certame?
Renato Ribeiro: A sensação é incrível. Ver todo seu esforço se transformar de repente em uma inscrição no Diário Oficial é muito gratificante. Contudo, não demora muito até você perceber que ainda existem outras etapas a serem vencidas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Renato Ribeiro: Na maior parte da preparação consegui levar uma vida social praticamente normal, saía aos fins de semana e feriados, e estudava durante a semana. Somente às vésperas de prova adotava uma postura mais radical. Talvez eu tivesse encurtado meu tempo de preparação se tivesse me privado disso, mas acho que essa rotina foi psicologicamente mais saudável.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Renato Ribeiro: Sou solteiro, não tenho filhos e moro com meus pais. A maior apoiadora nesse processo foi minha família, principalmente no período de pandemia, que foi quando me sentia preparado para realizar as provas, mas elas eram suspensas. Foi um período frustrante que consegui superar com a ajuda deles.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Renato Ribeiro: Com certeza, vale. Embora nenhum desses seja meu cargo dos sonhos, já me sinto muito realizado por poder exercê-los. Meu objetivo maior é o cargo de Perito da Polícia Federal. Essas aprovações me motivaram e me fizeram acreditar que posso chegar lá.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Renato Ribeiro: Minha trajetória toda durou 3 anos. Fui adaptando meus estudos conforme a iminência de abertura dos editais, sempre dentro da área policial.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Renato Ribeiro: Nunca estudei sem ter ao menos rumor de abertura de edital, mas nunca deixei de estudar. Minha forma de me disciplinar foi estudando para algum edital policial aberto ou iminente, ainda que aquele não fosse meu grande objetivo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Renato Ribeiro: Costumava utilizar video aulas para o primeiro contato com a matéria, e PDFs para revisão ou para matérias de complexidade mais baixa, além das questões e simulados. No meu ponto de vista, as videoaulas proporcionam um aprendizado mais palatável, enquanto que os PDFs permitem um estudo mais eficiente, mas cada formato tem sua aplicabilidade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Renato Ribeiro: Pesquisando sobre os melhores cursos para concursos, verifiquei que o Estratégia possuía os melhores materiais e índices de aprovação.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Renato Ribeiro: Acredito que o segredo para vencer essa dificuldade é a sedimentação do conhecimento em vez da aquisição desorganizada de conhecimento. É mais vantajoso ter 70% do edital em conhecimento sedimentado, do que 100% em um conhecimento tênue. Para alcançar isso, sempre escrevi meus próprios resumos em cadernos digitais, o recurso de pesquisa facilitava muito a recuperação de informações quando alguma dúvida surgia. Embora os resumos posteriormente servissem também como revisão, eu os utilizava mais como uma forma de fixar o conteúdo, garantir minha concentração durante as aulas, e fazer consultas futuras. Parar revisar a matéria, dava preferência a questões e simulados. Com relação a jornada de estudos, costumava estudar, em média, 5 horas líquidas por dia, aumentando em períodos mais críticos, e diminuindo em períodos de dificuldade.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Renato Ribeiro: Apesar de gostar da disciplina, eu tinha dificuldades em Português. Para superar isso, realizei, em diferentes etapas da trajetória, três cursos completos de Português com diferentes professores.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Renato Ribeiro: Considero a reta final um período crucial, não para adquirir novos conhecimentos, mas para trazer à memória de curto prazo informações como prazos, fórmulas e regras, que farão toda diferença na confiança do candidato durante a prova. Em todas as minhas provas estudei até o dia anterior, descansando somente no dia da prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Renato Ribeiro: A prova discursiva é tão importante quanto a objetiva. No início da preparação negligenciei essa etapa por achar que já escrevia relativamente bem, mas descobri que cada banca possui suas peculiaridades. Após duas reprovações em razão da prova discursiva, decidi me dedicar a essa etapa, realizando cursos teóricos e práticos com correção de redação.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Renato Ribeiro: Sempre pratiquei musculação, mesmo antes dos resultados. Acredito que o exercício físico colabora não somente com o TAF, mas também com o rendimento nos estudos. Quando realizei as provas objetivas e percebi que havia chances de aprovação, com ajuda de uma equipe da minha cidade, direcionei o foco dos treinamentos para o teste de aptidão física.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Renato Ribeiro: Meu maior erro foi em relação aos estudos para prova discursiva. Com 8 meses de estudo, pelo fato de ainda não me sentir preparado para prova objetiva, negligenciei os estudos para etapa da discursiva. Nesse período realizei dois concursos, o da PCPR e o da PRF, e em ambos fui classificado para a prova discursiva, que veio a me barrar da etapa seguinte, o TAF. Com relação aos acertos, o maior deles foi a constância de estudos, independentemente da técnica utilizada.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Renato Ribeiro: A período mais difícil nessa caminhada foi o da pandemia. A frustração de não poder realizar as provas é ainda maior que a da reprovação. Por não saber quanto tempo duraria esse recesso, pensei em desistir algumas vezes, cheguei inclusive a tirar um período sabático. Porém, sabia que já havia dedicado muito tempo da minha vida a esse sonho, e que ele estava muito próximo, foi quando as notícias de retomada dos concursos começaram aparecer, então voltei para os estudos.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Renato Ribeiro: Minha maior motivação era provar para mim mesmo que era capaz de algo grandioso, como ser aprovado em um concurso. E quando as adversidades embotavam essa motivação, eu me lembrava daqueles que acreditavam em mim. Eu não podia decepcioná-los.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Renato Ribeiro: Não existe fórmula mágica ou técnica perfeita, você precisa testar as ferramentas disponíveis, escolher a que melhor se encaixa no seu perfil de estudante e manter constância nisso. Se esse é realmente seu sonho e você quer alcançá-lo, você vai precisar de disciplina na maior parte do tempo, porque nem sempre vai estar motivado. Só vive o propósito quem suporta o processo.