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Figuras de linguagem: o que são, tipos, quando usar e exemplos

Veja o que são as Figuras de Linguagem, quando usar e um resumo com exemplos sobre cada um dos diferentes tipos

A Língua Portuguesa é figurinha carimbada em provas de concursos, presente na grande maioria dos certames e das mais variadas áreas.

Desse modo, faz-se necessário o seu estudo completo e de qualidade, uma vez que esta disciplina geralmente possui um grande peso na nota final.

Assim, com o intuito de auxiliá-los na sua preparação para certames futuros, o Estratégia Concursos preparou um artigo sobre um tópico bastante importante e, ao mesmo tempo, muito negligenciado pelos concurseiros: as Figuras de Linguagem.

O que são figuras de linguagem?

Figuras de linguagem são recursos linguísticos e estilísticos, geralmente utilizados para enriquecer um texto ou um diálogo, que trazem significados que ultrapassam o sentido literal das palavras.

diversos tipos de figuras de linguagem no nosso idioma, sendo elas classificadas em figuras de pensamento, de palavras, de sintaxe, de som, entre outras. Entretanto, essas divisões não são tão importantes, sendo que o principal é saber diferenciar e aplicar cada uma das figuras de linguagem.

Quais são os tipos de figuras de linguagem?

Veja abaixo uma análise sobre os principais tipos de figuras de linguagem, além de exemplos sobre como utilizar cada uma de forma correta:

Comparação

A comparação é uma das figuras de linguagem mais simples de se identificar, uma vez que ela ocorre quando há uma expressão formal de semelhança entre duas ou mais entidades, através de uma caraterística em comum entre elas.

Ela geralmente está acompanhada de um conectivo de comparação (como) ou de um verbo indicador de semelhanças (parecer, assemelhar-se), como podemos ver abaixo:

  • Ele caiu como uma manga madura.
  • Esse carro parece uma carroça.

Metáfora

A metáfora é uma comparação implícita, sem os conectivos ou verbos de similaridade.

  • Seus olhos são estrelas cadentes.
  • Seu coração é uma pedra de gelo.

Catacrese

Catacrese são aquelas metáforas que deixaram de ser recursos estilísticos e se integraram à língua portuguesa, sendo também chamadas de metáfora morta. Elas geralmente ocorrem em situações em que não há outro termo que possa ser utilizado em determinada situação, através do emprego inadequado de um termo que possui outro significado:

  • da mesa, braço do sofá, boca do fogão. (mesa não tem pé)
  • A quarentena já está completando dois anos. (quarentena é 40 dias)

Prosopopeia

É a personificação de seres inanimados.

  • O sol caminhava em minha direção.
  • O ar-condicionado estava cuspindo água em mim.

Metonímia

A metonímia é a substituição entre termos, baseada em relações lógicas.

  • Gosto de ler Machado de Assis. (ninguém lê Machado de Assis, mas sim os seus livros)
  • Amo dirigir FIAT. (ninguém dirige a FIAT, mas os seus carros)
  • Isso é falta de cérebro. (falta de inteligência)

Antonomásia

Ela pode ser classificada como uma espécie de metonímia, em que há a substituição de algo ou alguém por uma expressão que a caracteriza.

  • Eu fui à Cidade-Luz. (Paris)
  • Ele é o Rei do Futebol. (Pelé)
  • O Glorioso ganhou o jogo ontem. (Botafogo)

Sinestesia

É a associação de diferentes sentidos sensoriais.

  • Ele tem um olhar frio. (olhar de visão e frio de tato)
  • Ela é uma pessoa ao mesmo tempo quente e doce. (quente de tato e doce de paladar)          

Antítese

É a utilização de palavras ou expressões opostas, geralmente através do uso de antônimos, de modo a apresentar contrastes.

  • O governo com uma mão e tira com a outra.

Paradoxo

É a utilização de palavras ou expressões contraditórias.

  • Um silêncio ensurdecedor.
  • A ferida causada por ela doeu em mim sem eu sentir.

Eufemismo

É a utilização de palavras amenas para suavizar algo a ser dito.

  • Ele finalmente descansou em paz. (ele morreu)
  • Ele é um pouco menos bonito do que eu imaginava. (ele é feio)
  • O advogado faltou com a verdade. (o advogado mentiu)

Hipérbole

É a utilização do exagero para dar ênfase a algo.

  • Estou morrendo de fome. (muita fome)
  • Chorei rios noite passada. (chorou bastante)
  • Faz séculos que eu fui a um teatro. (faz muito tempo)

Gradação

É a sucessão lógica de termos, podendo ser de maneira progressiva, regressiva ou sem uma sequência linear.

  • Eu esperei você por dias, meses, anos.
  • A droga acolhe, vicia, corrói e mata.

Ironia

É a utilização do sarcasmo para expressar algo oposto ao que foi dito.

  • Ele é tão inteligente que errou todas as questões.
  • Ele caminhava tão rápido quanto o meu avô de bengala.

Elipse

Este recurso consiste na omissão de algum termo da frase, o qual pode ser facilmente identificável.

  • Não compactuamos com nenhum tipo de preconceito. (omissão da palavra ‘nós’ no início)

Zeugma

É um tipo de elipse, sendo ela a omissão de um termo que já foi dito anteriormente. Essa omissão geralmente é acompanhada da vírgula.

  • Elas foram de carro, eles, de bicicleta. (omissão da palavra ‘foram’ após ‘eles’)

Hipérbato

A ordem original dos elementos de uma frase é: Sujeito -> Verbo -> Complementos.

O hipérbato ocorre quando há a inversão sintática desses termos.

  • Hoje em dia, eu de você quero distância. (Eu quero distância de você hoje em dia)
  • Celebravam os aprovados a aprovação. (Os aprovados celebravam a aprovação)

Pleonasmo

É a repetição de ideias, geralmente através da repetição de termos já citados, com o intuito de reforçar a mensagem a ser transmitida.

  • O carro, ele já foi vendido.
  • Os políticos, eles pensam que são melhores que todos.

Há também o chamado pleonasmo vicioso, o qual é considerado um vício de linguagem. Ele ocorre pelo desconhecimento dos significados das palavras ou pela pobreza vocabular.

  • Sair para fora / Entrar para dentro / A água molhada / Descer para baixo.

Assíndeto

O assíndeto ocorre quando há a ausência de conectores entre termos.

  • Eu cheguei em casa, tirei a roupa, banhei, comi, dormi.

Polissíndeto

Por sua vez, o polissíndeto é a repetição dos conectivos entre os termos da frase.

  • Ele plantou, e regou, e colheu, e vendeu.

Anáfora

É a repetição de uma mesma palavra no início de cada frase.

  • Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só. (Rocha Lima)

Silepse

A silepse é empregada quando há concordância com a ideia implícita, em vez do termo explícito.

  • O pessoal comeu naquele restaurante que você indicou; porém, não gostaram muito. (concordância realizada com a ideia plural do termo singular “pessoal”)

Aliteração

É a utilização da repetição de sons consonantais iguais ou semelhantes. Geralmente ela é utilizada em textos literários, poéticos, como recursos linguísticos.

Veja o exemplo abaixo em que podemos perceber a repetição da consoante ‘b’:

  • Boi bem bravo, bate baixo, bota braba, boi berrando. (Guimarães Rosa).

Assonância

Por sua vez, a assonância é a repetição do mesmo som vocálico. De maneira similar, este recurso também é geralmente utilizado em textos literários.

No exemplo abaixo podemos perceber a repetição da vogal ‘a’:

  • Sou Ana, da cama / da cana, fulana, bacana / Sou Ana de Amsterdam. (Chico Buarque).

Paronomásia

É quando há a utilização de palavras parônimas, ou seja, aquelas palavras que, apesar de possuírem som semelhantes, contêm significados distintos. Um exemplo clássico é o grande sucesso de Almir Sater e Renato Teixeira:

  • Conhecer as manhas e as manhãs / O sabor das massas e das maçãs.

Onomatopeia

Por fim, a onomatopeia é a utilização de palavras para reproduzir sons e ruídos.

  • Apenas se escutava o ploc ploc do sapato do juiz, enquanto ele andava pelos corredores do fórum.
  • O tic toc do relógio me incomodava bastante.

Como estudar Língua Portuguesa para concursos?

Pessoal, chegamos ao fim da nossa análise sobre as Figuras de Linguagem. Espero que vocês tenham gostado!

Para você se preparar com o melhor material, além dos professores do mercado, confira os nossos cursos de Português no site do Estratégia Concursos.

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Bons estudos a todos e até a próxima!

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