Benchmarking para concursos (resumo) – Guia Definitivo
Fala, estrategista! Tudo bem? Neste artigo, falaremos sobre benchmarking para concursos. Analisaremos os detalhes mais importantes sobre esta importante ferramenta organizacional, bem como a forma de cobrança do assunto pelas bancas.
Nos tópicos deste artigo buscaremos “cercar” o que pode ser cobrado pela ferramenta em provas de concurso. E, para complementar o estudo, sugerimos a leitura do nosso artigo sobre Gestão da Qualidade para concursos, em que detalhamos mais o tema “gestão da qualidade” e suas ferramentas.
Cabe dizer, também, que algumas bancas consideram o benchmarking como parte do Planejamento Estratégico da organização. Por isso, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre as ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos.
Passemos, agora, aos tópicos do nosso resumo de Benchmarking para concursos.
O que é benchmarking?
O benchmarking, que numa tradução forçada significa “marcação de banco”, mas é mais comumente traduzido de forma mais dinâmica como “avaliação comparativa“, é uma ferramenta de gestão que consiste em analisar casos de sucesso no mercado, buscando identificar seus pontos positivos e fatores críticos de sucesso.
Nos dizeres de Chiavenato, “O benchmarking é um processo contínuo para avaliar produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais fortes e das empresas que são reconhecidas como líderes empresariais, com o propósito de aprimoramento empresarial. Trata-se de uma fonte inesgotável de ideias e experiências alheias. O termo significa um marco de referência, um padrão de excelência que precisa ser identificado para servir de base para mudança e inovação” (CHIAVENATO, 2007, p. 196).
Já Sobral & Peci conceituam benchmarking como “um processo contínuo e sistemático que busca comparar práticas e métodos de trabalho de uma organização com os de outras empresas” (SOBRAL & PECI, 2013, p. 380).
Assim, o benchmarking deve ser encarado como um processo contínuo que permite identificar falhas no contexto empresarial, ao compará-la com outras organizações (que são chamadas de benchmarks), proporcionando aprendizado organizacional e melhoria contínua.
No entanto, o benchmarking não deve ser visualizado apenas como uma cópia, uma imitação de outras empresas. Com efeito, o benchmarking deve proporcionar um norte, uma referência mediante a análise das práticas de outras empresas.
Com base nisso, deve-se buscar implementar as melhores práticas identificadas, aplicando com excelência aquilo que foi identificado, visando à inovação. Vale salientar, ainda, que o benchmarking deve ser adaptado à realidade de cada organização, o que gera a necessidade de se analisar na prática da organização como efetivamente aplicar as melhorias identificadas.
Portanto, o benchmarking pode tornar a ação da organização mais eficaz e eficiente ao absorver as melhores práticas do seu nicho, possibilitando a inovação e gerando um aprendizado que acarretará inteligência competitiva à empresa.
Tipos de benchmarking
Neste tópico de benchmarking para concursos, analisaremos os tipos de benchmarking. Quando se fala em benchmarking, pensa-se quase que automaticamente em uma organização buscando as melhores práticas de suas concorrentes no mercado. No entanto, este é apenas um dos tipos de benchmarking (e também o mais difícil de ser executado na prática, o benchmarking competitivo).
Nesse sentido, sobre os tipos de benchmarking, temos os seguintes:
- Competitivo – quando o benchmarking é realizado em organizações que concorrem no mesmo nicho de mercado. É o conceito que vem à cabeça quando se fala em benchmarking. É o mais difícil de ser realizado, pelo simples fato de que as organizações não entregarão aos concorrentes as suas melhores práticas. Assim, muitas vezes é feito mediante consultoria externa.
- Funcional – é realizado em uma função ou atividade específica e definida.
- Interno – quando a organização busca as melhores práticas no seu próprio ambiente interno. Pode ser em outros departamentos da organização ou mesmo em outras filiais.
- Genérico – quando se comparam fluxos de processos similares entre duas organizações, não necessariamente do mesmo ramo de mercado. Por ocorrer em organizações que não competem necessariamente no mesmo ramo de mercado, tem mais chances de sucesso na obtenção de informações.
Estágios de benchmarking
Para que o benchmarking obtenha sucesso, não adianta simplesmente observar boas práticas no mercado, sem um método e sem um propósito de aplicação. É necessário planejamento e avaliação das melhorias que se pretendem alcançar, visando à melhoria contínua, inovação e excelência operacional, tudo o que o benchmarking permite obter.
Assim, conforme Chiavenato, o benchmarking possui os seguintes estágios:
- Selecionar órgãos ou processos para avaliar;
- Identificar o melhor concorrente;
- Identificar os benchmarks;
- Organizar o grupo de avaliação;
- Escolher a metodologia de colheita de dados;
- Agendar visitas;
- Utilizar a metodologia de colheita de dados;
- Comparar a organização com seus concorrentes;
- Catalogar as informações e criar um “centro de competência”;
- Compreender os processos e as medidas de desempenho;
- Estabelecer objetivos ou padrões do novo nível de desempenho;
- Desenvolver planos de ação para atingir as metas e integrá-los na organização;
- Implementar ações específicas e integrá-Ias aos processos da organização;
- Monitorar os resultados e os melhoramentos;
- Revisar os benchmarks e as relações atuais com a organização-alvo.
Perceba que os estágios do benchmarking seguem uma lógica sequencial. Isso porque um trabalho bem estruturado de benchmarking deve ser bem planejado e possuir objetivos claros.
Benchmarking para concursos – Questões comentadas
Neste tópico, comentaremos algumas questões sobre benchmarking para concursos, para que fique evidenciada a forma pela qual as bancas costumam cobrar o conteúdo.
CEBRASPE – MS (2013)
“Na técnica de benchmarking, utilizada como forma de identificar e ganhar vantagem competitiva, a organização compara o seu desempenho com o de outras, concorrentes ou não, do mesmo ramo de negócios ou de outros ramos, que façam algo de maneira particularmente bem feita.”
A afirmativa está correta. Como vimos, o benchmarking é conhecido como “avaliação comparativa”, e pode ser utilizado para comparar o desempenho da organização com outras, sejam ou não concorrentes, inclusive de diferentes ramos de mercado.
Estas organizações, que fazem algo de maneira particularmente bem feita e que serão alvo do processo de benchmarking, são conhecidas como “benchmarks”. Assim, não confunda a ferramenta benchmarking com o conceito de benchmarks, que são as organizações que possuem uma determinada competência reconhecida e que serão o foco do processo de comparação.
Cabe ressaltar que, ainda que a questão não tenha mencionado o benchmarking interno, restringindo o conceito a apenas a comparação com outras organizações, ainda assim a questão está correta.
QUADRIX – CRO-AC (2019)
“Quanto aos conceitos introdutórios da administração, julgue o item.
O benchmarking consiste em uma ferramenta para medir o desempenho de cada departamento da organização em comparação com os demais.”
Afirmativa errada! Pecou por generalizar. Como vimos, é possível sim utilizar o benchmarking para medir o desempenho de cada departamento da organização em comparação com os demais. Porém, este é o benchmarking interno. Em geral, quando a questão pede benchmarking, sem especificar, está falando do benchmarking competitivo ou do benchmarking genérico.
FCC – AL-AP (2020)
“Ao comparar o processo de atendimento ao cidadão-usuário de uma Assembleia Legislativa com o processo de atendimento ao cliente de um banco comercial, utiliza-se o método de benchmarking conhecido como
A) Competitivo.
B) Funcional.
C) Interno.
D) Genérico.
E) Distintivo.”
O gabarito é a letra D. Conforme vimos, o benchmarking genérico é utilizado para comparar fluxos de processos similares entre duas organizações, não necessariamente do mesmo ramo de mercado. Perceba que este é o caso do enunciado, porquanto busca-se comparar o processo de atendimento de duas organizações de ramos distintos, quais sejam: uma Assembleia Legislativa (órgão público) com um banco comercial (empresa privada). Trata-se de questão que ilustra muito bem o benchmarking genérico.
Conclusão
Chegamos ao fim do nosso Guia Definitivo sobre benchmarking para concursos. Importante conhecer todo o conteúdo que está aqui, principalmente para aqueles que estarão em cargos de gestão no serviço público, pois o benchmarking também pode ser muito bem utilizado e desenvolvido nesta seara, existindo diversos casos de sucesso de sua implantação na esfera pública, muito pela possibilidade de cooperação entre diferentes órgãos e entidades da Administração Pública.
Por fim, vale sempre lembrar a importância de utilizar este resumo em conjunto com os materiais teóricos e a resolução de muitas questões sobre o tema, sempre buscando reforçar os conteúdos aqui propostos.
Abraços e bons estudos!
Paulo Alvarenga
https://www.instagram.com/profpauloalvarenga/
Referências:
CHIAVENATO, Idalberto Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas: um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio / Idalberto Chiavenato. – 2.ed. rev. e atualizada. – São Paulo : Saraiva, 2007.
SOBRAL, Filipe. PETA, Alkeci. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro / Filipe Sobral, Alketa Peci. – 2. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
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