O concurseiro e o maratonista
Dentre as diversas analogias às quais somos apresentados desde que entramos no mundo dos concursos, talvez a mais clássica seja a do maratonista. É um tal de maratona de estudos pra cá, reta final pra lá. No artigo de hoje, pretendo explorar esses clichês e aproveitar para falar de um erro comum cometido pela grande maioria dos concurseiros, inclusive os mais experientes.
Certamente você já viu alguma cena de um atleta que, após liderar a prova toda, cansou nos metros finais e perdeu a medalha de ouro. Isso também pode acontecer com o estudante e a sua tão desejada aprovação. Não é à toa que chamamos o período da publicação do edital até a prova de “Reta Final”. E não é simplesmente porque temos uma noção exata do tempo (distância) que temos até o dia da prova (linha de chegada). É também porque nesse período precisamos dar o famoso “sprint” ou gás final.
Neste momento, os nervos estão à flor da pele, a adrenalina está nos acompanhando e, além do mais, queremos dedicar ainda mais tempo aos estudos. Nesta fase crucial e até mesmo antes dela, caso nos deixemos levar pelas nossas emoções, nosso corpo começará a enviar sinais: dores de cabeça, baixa concentração, e, nem tão raro assim, náuseas, vômitos, dores de barriga.
A impressão é que o corpo está nos sabotando, mas na verdade praticamos em nós mesmos autossabotagem a partir do momento que, sem um planejamento a médio/longo prazo bem feito, “queimamos a largada” e não chegamos inteiros para a reta final. Observamos muitos candidatos que acreditam que estudo de alto rendimento significa estudar o máximo possível o tempo todo, inclusive no período que antecede o edital. Tal crença poder levar ao esgotamento físico e mental antes mesmo da autorização do concurso. E assim, o candidato perde força na hora da chegada, é ultrapassado e não consegue conquistar seu objetivo.
Nesse contexto, o bom coach não permite que as tomadas de decisão sejam baseadas na emoção, administrando o gás do coachee (aluno) ao longo do tempo do acompanhamento. Estudar demais no momento inadequado pode ser um erro fatal. Mais importante do que estar acelerado o tempo todo, é manter um ritmo equilibrado para percorrer todo o percurso de maneira constante e consistente. Se necessário, é preciso colocar freios de modo a se manter firme e inteiro até a prova para que seja possível cruzar a linha de chegada antes dos concorrentes e realizar o sonho da aprovação!
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Bons estudos!
Alberto Kovarik
Coach Estratégia Concursos