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Teorias de liderança para concursos – Guia Definitivo

Olá, pessoal! Tudo bem? Dando prosseguimento aos nossos Guias Definitivos de Administração Geral e Pública para Concursos, chegou o momento de falarmos acerca das teorias de liderança para concursos.

Liderança é um assunto bastante cobrado em Administração e Gestão de Pessoas. Não há um eficaz gerenciamento de pessoas sem bons líderes na organização. Devido à atual realidade das organizações, as quais operam em ambientes complexos e extremamente competitivos, os líderes são fundamentais para que a empresa possa atingir os níveis máximos de eficiência, eficácia e efetividade.

Existem vários significados para liderança. De forma resumida, podemos compreender que liderança significa a forma ou processo de se influenciar outras pessoas em direção a um ou mais objetivos. Assim, o líder é aquele que, nas organizações, tem a capacidade e a competência de mobilizar os outros colaboradores em direção aos objetivos da organização.

Uma confusão bastante comum e que as bancas costumam explorar é que nem sempre os ocupantes de cargos de chefia são bons líderes. Muitas vezes, os chefes possuem apenas a autoridade formal, inerente ao cargo, não conseguindo, na prática, exercer a liderança efetiva nos subordinados.

Teorias de liderança para concursos - Líder ou chefe?
Líder x Chefe

Portanto, a liderança pode ser formal, em que as pessoas investidas em determinados cargos conseguem se utilizar de sua autoridade e liderar corretamente as pessoas; quanto pode ser informal, em que pessoas que não possuem nenhuma autoridade formal conseguem exercer influência sobre outras, tornando-se líderes informais.

Avançando, é necessário falarmos das abordagens de liderança. A primeira delas é a teoria dos traços, que preconizava a existência de determinadas características, que fariam da pessoa um bom líder.

Abordaremos, nos próximos tópicos, exemplos das abordagens de estilos de liderança. Estas são, sem dúvidas, as mais cobradas das teorias de liderança para concursos.

Kurt Lewin

Trata-se de um dos autores mais importantes nos estudos de liderança, líder no quesito cobrança em provas nas teorias de liderança para concursos (principalmente na FCC). Integrante da Universidade de Iowa, o autor cunhou os seguintes estilos de liderança:

  • Autocrático: é conhecido por seu um estilo de liderança centralizador. O líder é quem dá as ordens, determina as tarefas e os métodos de trabalho, com comportamento dominador. A participação dos colaboradores é praticamente nula. Trata-se de um estilo em que os líderes mandam, e os colaboradores se limitam a obedecer;
  • Democrático: neste estilo de liderança, o líder envolve as pessoas na tomada de decisão, encorajando a participação dos colaboradores. Assim, o líder assume a função de facilitador e incentivador, incentivando a participação dos colaboradores. Pode ser classificado em: consultivo, em que o líder busca e considera as opiniões dos empregados, mas toma a decisão sozinho; e participativo: em que as decisões são tomadas pelo grupo, sendo o líder um orientador;
  • Liberal ou laissez-faire: trata-se de estilo de liderança em que o líder concede total liberdade aos colaboradores. O líder atua de forma bastante limitada, apenas quando é solicitado, intervindo o mínimo possível.

Cabe ressaltar que não há um estilo melhor do que o outro. Cada um se encaixará em um tipo de organização e de trabalho diferente.

Perceba a cobrança sobre os estudos de Kurt Lewin nesta prova de assistente administrativo da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Os quatro estilos de liderança de Likert

Rensis Likert é o responsável por uma das mais cobradas teorias de liderança para concursos. Seu estudo é conhecido como os “sistemas gerenciais de Likert”, ou “quatro estilos de Likert”. Defensor da gestão participativa, o autor concluiu existirem quatro estilos de liderança.

Seus sistemas eram baseados em quatro variáveis: processo decisorial, sistema de comunicações, relacionamento interpessoal e sistema de recompensas e punições.

Os sistemas são os seguintes:

  • AUTORITARIO-COERCITIVO: tem por característica ser rígido, arbitrário e autoritário, com um rigoroso controle de tudo o que acontece na organização. A decisão é centralizada na cúpula, as comunicações são sempre descendentes, com ordens emanadas de cima pra baixo, inexistindo comunicação ascendente ou lateral. Além disso, há ênfase nas punições e medidas disciplinares, sendo raras as recompensas.
  • AUTORITARIO-BENEVOLENTE: é um pouco menos rígido, se comparado com o autoritário-coercitivo. O processo decisório continua centralizado na cúpula da organização, no entanto, há uma pequena abertura para delegação, no que tange a decisões de caráter rotineiro e repetitivo. A comunicação continua descendente, sendo permitida uma certa retroação dos níveis inferiores, em forma de comunicação ascendente. A organização informal ainda é desestimulada, mas há um clima de condescendência caso haja o relacionamento interpessoal. Por fim, continua a ênfase nas punições e medidas disciplinares, embora ofereça mais recompensas do que o autoritário-coercitivo.
  • CONSULTIVO: No sistema consultivo, o líder realiza consultas aos subordinados para tomar as decisões. A comunicação é descendente e ascendente, além de lateral (na interação entre os subordinados). Além disso, o sistema consultivo se caracteriza pela presença de recompensas materiais e simbólicas, bem como de punições.
  • PARTICIPATIVO: este sistema é altamente democrático, com total participação dos empregados no processo decisório.  Para Likert, era o sistema ideal. Possui comunicação aberta, alto relacionamento interpessoal, e ênfase nas recompensas simbólicas e sociais, embora também haja recompensas materiais. Poucas punições.

O Grid Gerencial, de Blake e Mouton

Também bastante cobrada nas teorias de liderança para concursos, o Grid Gerencial de Blake e Mouton baseia-se na análise de duas variáveis balizadoras do comportamento dos líderes: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção.

Analisam-se as duas variáveis de forma conjunta, atribuindo a cada uma delas uma nota de 1 a 9, o que nos dá 81 posições possíveis no grid.

As posições exploradas em concurso são as seguintes (lembrando que o primeiro número traz a preocupação com a produção, enquanto o segundo traz a preocupação com as pessoas):

1.1 – Liderança empobrecida: o líder basicamente executa o trabalho necessário para não ser retirado da organização. Emprega o mínimo de esforço necessário, preocupando-se em grau mínimo tanto com as pessoas, quanto com a produção.

9.1 – Líder tarefa: preocupação total com a eficiência na produção, e mínima com as pessoas, desconsiderando aspectos de motivação dos funcionários.

5.5 – Líder meio-termo: busca o meio-termo entre a orientação para produção e a orientação para pessoas.

1.9 – Líder clube de campo (country club): mínima preocupação com os resultados e alta preocupação com as pessoas.

9.9 – Líder equipe: máxima preocupação com as pessoas e com os resultados. Para os autores, é o tipo de liderança mais eficaz.

Teorias Contingenciais de liderança

As teorias contingenciais (ou situacionais) de liderança ampliam o enfoque da liderança, englobando, além do comportamento do líder, o contexto em que o mesmo está inserido. Assim, não haveria um estilo único de liderança que fosse sempre adequado, mas os líderes deveriam agir conforme a situação, adaptando suas atitudes elas.

Conheceremos, de forma resumida, seus principais expoentes.

O primeiro exemplo é o “Modelo de Fiedler”. O autor considerava que três variáveis poderiam influenciar as atitudes do líder em direção a uma liderança eficaz: relações dos membros com os líderes (líder-liderado), estrutura da tarefa e poder de posição.

Além disso, Fiedler preconizou haver dois estilos de liderança: o voltado para a tarefa e o voltado para o relacionamento. A combinação das três variáveis com determinado estilo de liderança t a eficácia em determinada situação. Com isso, deveria haver a combinação de determinado estilo com as três variáveis citadas de forma adaptável a cada situação.

Seguindo, temos o modelo preconizado por Hersey e Blanchard, que se baseia principalmente na maturidade do empregado. Assim, o líder deve analisar o grau de maturidade de cada empregado, e pautar suas ações na análise realizada.

Por fim, cite-se o modelo caminho-meta, que é calcado na aceitação do líder por parte dos liderados. Nesse sentido, os líderes devem esclarecer o caminho a ser trilhado pelo empregado e lhe oferecer recompensas condizentes com suas expectativas. Apresenta quatro estilos de liderança: diretivo; compreensivo; participativo e realizador.

Conclusão

Chegamos ao fim este artigo sobre as teorias de liderança para concursos lembrando que ele não substitui as aulas teóricas e a resolução de inúmeras questões sobre o tema. Utilize o presente Artigo para revisões e para aprofundar o estudo teórico. Não deixe de conferir também nosso resumo de motivação para concursos.

Abraços e bons estudos!

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