Aprovada no concurso do MP-PR
“Quando estava estudando para concurso, as pessoas diziam que ‘só não passa quem desiste’. Acredito que essa afirmação seja verdadeira. Por isso, digo a todos para acreditarem em suas capacidades e não desistirem até atingirem seus objetivos. A satisfação da aprovação compensa todos os sacrifícios”
Confira nossa entrevista com Débora Gobbe, aprovada no concurso do Ministério Público do Estado do Paraná no cargo de Promotor de Justiça:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Débora Regina Gobbe: Tenho 34 anos. Sou formada em Direito e pós-graduada em Ciências Penais pela Universidade Estadual de Maringá/PR. Fui aprovada no concurso do Ministério Público do Estado do Paraná em 2019 e estou aguardando minha nomeação. Atualmente, moro na cidade de Maringá/PR.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Débora: A decisão de estudar para concursos surgiu do interesse em ingressar na carreira do Ministério Público estadual. Fui estagiária e assessora no Ministério Público do Estado do Paraná e tive a oportunidade de conhecer as várias funções institucionais do Promotor de Justiça. Conhecendo a rotina e as obrigações dos membros do Ministério Público, em especial as funções de agente de transformação social, não tive dúvidas de que eu queria ser Promotora de Justiça.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Débora: Durante o período em que trabalhei como assessora no Ministério Público, tentei conciliar o trabalho e os estudos. Infelizmente, não consegui avançar nas provas. Por isso, resolvi pedir exoneração e dedicar-me integralmente aos estudos. A decisão de só estudar traz vantagens e desvantagens. É evidente que a dedicação integral aos concursos traz maior disposição e mais tempo para estudar. Contudo, acabamos ficando mais ansiosos e pressionados. Além disso, é necessário um bom planejamento financeiro para custear todas as despesas das provas.
Não me arrependo da minha escolha, pois ela funcionou para mim, mas conheço vários candidatos que conseguiram conciliar o trabalho e os estudos e foram aprovados. Cada um deve conhecer suas capacidades e limitações e fazer a escolha mais apropriada ao seu perfil.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Débora: A sensação de ver o meu nome na lista de aprovados foi maravilhosa. É muito gratificante saber que consegui realizar meu sonho depois de tanto esforço e dedicação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Débora: Durante minha preparação para concursos, consegui organizar minha rotina de forma equilibrada. De segunda a sexta-feira, estudava das 8h00 às 17h30, com intervalo para o almoço, e das 20h00 às 22h00. Aos sábados, estudava das 8h00 às 17h00, com intervalo para o almoço. Assim, conseguia aproveitar os sábados à noite e os domingos para ficar com minha família e meus amigos.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Débora: Sou casada e não tenho filhos. Meu marido foi muito companheiro e compreensivo durante minha preparação para concursos. Quando estava estudando, pedia para ser interrompida apenas para tratar de assuntos importantes. Se o assunto não era urgente, solicitava ao meu marido que esperasse o horário do meu intervalo.
Em relação aos meus amigos e demais familiares, sempre que recebia uma mensagem ou ligação, perguntava se eu poderia retornar mais tarde, durante o intervalo programado. De modo geral, meus amigos e familiares sempre me apoiaram e me incentivaram a não desistir.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Débora: Acredito que vale a pena fazer provas de outros concursos, mas apenas a título de treinamento e para adquirir conhecimento de várias áreas. Durante minha preparação, estudava com foco no Ministério Público, especialmente no Ministério Público do Estado do Paraná. Apesar de muitos concursos cobrarem as mesmas matérias, o foco e o grau de dificuldade dos temas abordados são diferentes. Por isso, acredito que é mais proveitoso o candidato focar os estudos no concurso desejado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada?
Débora: Eu estudei por 4 anos e 6 meses até a minha aprovação no concurso do Ministério Público do Estado do Paraná.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Débora: O estudo para concursos deve começar muito antes da publicação do edital. O prazo entre a publicação do edital até a realização da prova é muito exíguo, não sendo suficiente para ler e memorizar as matérias exigidas no edital.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Débora: Para a minha preparação para os concursos utilizei os cadernos que eu elaborei. Esses cadernos continham anotações de aulas presenciais e telepresenciais, de trechos importantes de doutrinas, de ementas de julgados mais relevantes, de questões de concurso e de toda a informação que eu julgava importante para ser revisada.
Acredito que é interessante manter um material organizado de cada matéria para que o candidato faça a revisão periódica desse material.
Costumava ler os materiais dos cursinhos, livros, as publicações dos professores feitas nas redes sociais, sempre anotando as informações mais relevantes no caderno, para posterior revisão.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Débora: Durante minha preparação, costumava estudar duas matérias por dia, uma no período da manhã e outra no período da tarde. Durante a primeira fase dos concursos, composta por uma prova de questões objetivas, realizava questões de concursos anteriores e revisava meus cadernos.
Já para a segunda fase dos concursos, composta por provas discursivas, lia doutrinas, materiais de cursinho e fazia a revisão dos meus cadernos.
Por fim, na fase das provas orais, fazia a revisão do meu material e simulados de prova oral com outros candidatos. Em todas as fases dos concursos, a leitura dos informativos dos Tribunais Superiores é essencial.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Débora: Durante as semanas que antecediam a prova e na véspera da prova, costumava fazer uma revisão geral das matérias. Lia as partes do material que sempre causavam confusão na hora das provas, como os prazos processuais, as divergências doutrinárias e os entendimentos mais recentes dos tribunais.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Débora: Para as provas discursivas, aconselho a leitura de doutrina, a realização das provas anteriores (geralmente disponíveis na internet) e de cursos específicos para a fase discursiva, além da revisão dos cadernos e da jurisprudência.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Débora: O mais difícil durante os meus estudos, foi acreditar que eu era capaz de ser aprovada. Após reprovar em várias fases de vários concursos, a nossa autoestima fica abalada. Por isso, é importante conversar com outros candidatos e perceber que todos passavam pelas mesmas dúvidas e dificuldades. Todos têm a capacidade de alcançar seus objetivos, basta não desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Débora: Quando estava estudando para concurso, as pessoas diziam que “só não passa quem desiste”. Acredito que essa afirmação seja verdadeira. Por isso, digo a todos para acreditarem em suas capacidades e não desistirem até atingirem seus objetivos. A satisfação da aprovação compensa todos os sacrifícios.
Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Abraços,
Thaís Mendes