A crise de legitimidade do modelo político representativo
Olá pessoal, tudo bem?
Este fato merece contemplação, em especial, para fins de posicionamento crítico em possíveis questões discursivas, em concursos públicos.
A apuração oficial do segundo turno para Prefeito na cidade do Rio de Janeiro aponta 26,75% de abstenções e 20,08% de votos brancos ou nulos.
A soma das abstenções e dos votos brancos ou nulos representou 46,83% do total do eleitorado da cidade.
Como dizem os cariocas: “tem noção? ”.
Quase metade do eleitorado não se identificou com nenhum dos dois concorrentes ao mandato de Prefeito.
Os dois candidatos concorrentes no segundo turno eleitoral, Crivella e Freixo, obtiveram 34,5% e 23,8% do total de votos, respectivamente.
Trata-se de evidência contundente da decadência de legitimidade – fenômeno já antigo ─ do modelo político representativo, que, por meio de mandato com aparência de carta branca, outorga a gestão do patrimônio público, com pífio controle institucional e social, baseado na política do “toma lá, dá cá”, sempre presente na natureza intransponível das trocas racionais humanas.
Por evidente, o modelo político representativo liberal representou avanço tremendo aos modelos políticos que sucedeu, a partir do final do século XVIII, quase todos autocráticos.
Todavia, atualmente, a esperança reside numa inevitável solução vindoura da ciência, no campo político e informacional, que permita uma forma de maior participação ativa do cidadão na gestão e fiscalização dos recursos extraídos do povo ─ com a justificativa plausível do bem comum ─, visando o retorno social com a máxima eficiência, eficácia e efetividade possíveis.
Naturalmente, as aristocracias/cleptocracias políticas favorecidas ─ a nível mundial ─ pela atual modelagem do sistema político-partidário representam notória barreira à referida evolução necessária ao regime democrático, fato que demandará multidões nas ruas e que talvez represente a finalidade maior da denominada revolução informacional.
Bons estudos!