Você também está na dúvida entre focar em uma área de atuação ou em um concurso específico?
Olá pessoal, tudo bem? Eu espero que sim!
Ao iniciarmos nossa caminhada em busca da aprovação, temos de fazer a primeira escolha, antes de darmos o primeiro passo: pra qual concurso/área irei estudar?
Se por um lado, alguns já sabem exatamente a área, concurso e, inclusive, o cargo que almejam, outros gostariam de ser apenas servidores públicos, sem um alvo predefinido. Todavia, esta indecisão não os tira do jogo, apenas impõe a necessidade de uma primeira escolha: focar em uma área de atuação ou em um concurso específico?
Antes de tudo, a diferença entre seguir uma área ou um concurso específico é basicamente o nível de foco. Por exemplo, existem alunos que estudam para a área fiscal, já outros estudam para o concurso de auditor fiscal da Receita Federal. Obviamente, que quem opta por seguir uma área irá focar naquilo que é cobrado com maior frequência nas provas, despreocupando-se com matérias específicas, como legislação aduaneira, por exemplo, disciplina cobrada apenas para o concurso de AFRFB.
Aumentar consideravelmente as chances de ser aprovado em apenas UM concurso, ou ter uma chance razoável de garantir sua vaga em VÁRIOS certames? Esta é nossa análise de hoje.
Certamente que existirão ambos os candidatos, e tomar a vaga de quem está focado há meses ou anos apenas para um determinado concurso será um desafio muito grande. Todavia, este candidato fortíssimo será um oponente fraco para quaisquer outros certames senão aquele.
Sim, o custo de oportunidade é alto, e para nos ajudar a tomar uma decisão, faremos um exemplo na área fiscal, baseado em editais passados, no intuito de tirar uma conclusão sobre as vantagens e desvantagens de focar em uma área de atuação ou em um concurso específico.
De modo a auxiliar a montar o que seria “um plano de estudo geral” para a área fiscal, e podermos comparar com um concurso específico, iremos nos embasar em 4 editais recentes.
Em amarelo, na figura acima, estão as disciplinas específicas, que, ou não costumam ser muito exigidas em geral, ou são apenas para o concurso em questão. Dessa forma, excluindo-as, é possível gerar um plano de estudo padrão para aqueles que escolherem focar na área fiscal como um todo.
As disciplinas acima representam pelo menos 75% do conteúdo dos concursos supracitados. Isto é, a partir do momento em que for publicado um novo edital na área fiscal, o candidato deverá correr atrás de, em média, 25% do conteúdo ou menos. Não obstante, como o prazo entre a publicação do edital e a prova leva em torno de 2 a 3 meses, o tempo é suficiente.
Por outro lado, o candidato que escolheu focar para o concurso de auditor fiscal da Receita Federal, irá estudar para os seguintes conteúdos, de acordo com o último edital:
Analogamente às figuras anteriores, os campos em cinza são matérias específicas deste certame que dificilmente serão encontradas em outras provas.
Como já relatado, o aluno que foca em um concurso específico consegue aumentar vertiginosamente suas chances de estar dentro das vagas. Por outro lado, existem pelo menos duas grandes desvantagens em se fazer isso:
Explicando melhor, é impossível prever quais serão as disciplinas cobradas em qualquer prova até que seja publicado o edital. Com base nisso, o aluno com foco exacerbado nas provas passadas pode dar um grande tiro no pé. Alinhado a isto, o candidato deixa muitas oportunidades, em que ele teria boas chances de ser aprovado, passarem batido.
Ainda, a última prova para AFRFB foi em 2014, aplicada pela banca ESAF, banca esta que ultimamente não participa mais destes processos seletivos. Reforçando, mais uma vez, a cautela que se deve ter ao restringir demasiadamente a área de estudo.
Além disso, nos últimos concursos da área fiscal, algumas disciplinas estão sendo corriqueiramente cobradas, são elas:
Desse modo, a probabilidade destas matérias serem cobradas na grande maioria dos concursos fiscais futuros, inclusive da Receita Federal, é significativa.
O objetivo deste artigo não é dizer que o que se deve fazer é focar em uma área de atuação ou em um concurso específico, mas apenas uma análise e uma sugestão de como aumentar as chances do candidato ser aprovado.
O que você prefere: ter um rifle com apenas 1 bala ou uma pistola com o tambor cheio de munição? Infelizmente, isto não é matemática, portanto, não há uma resposta única e exata. É preciso fazer uma escolha.
Por fim, o que se deve ter em mente é que o futuro é imprevisível. Apostar todas as fichas no passado, na expectativa que ele se repita, pode ser arriscado.
A sugestão do autor é que se foque em uma área, seja a área fiscal, controle, policial, entre outras. Além disso, veja os últimos editais para esta área na busca pelas disciplinas mais cobradas em geral, e foque, em um primeiro momento, nestas.
Adiante, com a publicação do edital, alinhe seu conhecimento com os conteúdos inéditos o mais rápido possível, faça os ajustes necessários, e vá a guerra. Não é preciso vencer todas as guerras, basta uma. Obviamente que quanto mais guerras o candidato participar, maiores a chance de ele lograr êxito.
Para finalizar, nos links abaixo é possível aprender uma boa metodologia de estudo:
Subdividir Disciplinas – Parte I
Subdividir Disciplinas – Parte II
Um grande Abraço
Leandro Ricardo M. Silveira
Instagram: https://www.instagram.com/leandro.rms12/
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