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Técnico ou Analista do TJ-RJ: qual cargo escolher?

Olá, alunos e alunas do Estratégia! No último dia 28 foi publicado o edital de um dos concursos mais esperados do ano. Trata-se do concurso do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Com o edital na praça, muitos alunos se perguntam se devem estudar para o cargo de Técnico ou Analista sem Especialidade do TJ-RJ.

Para esclarecer essas dúvidas, iremos abordar, no presente artigo, informações que irão auxiliá-los nessa tão importante decisão.

Nesse contexto, iremos versar sobre os seguintes tópicos:

  • Requisitos previstos para os cargos
  • Conteúdos programáticos presentes no edital
  • O mito da diferença no nível de dificuldade para os dois cargos
  • Remuneração dos cargos
  • Técnico ou analista sem especialidade do TJ-RJ: conheça as atribuições
  • Vale a pena fazer as duas provas?
  • Concluindo

Requisitos previstos para os cargos

A primeira informação para qual devemos nos atentar é em relação aos requisitos necessários para o desempenho de cada cargo.

O edital prevê a existência de vagas para os seguintes cargos:

CARGO REQUISITOS
Técnico (nível médio)  
Cargo 1 – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA – SEM ESPECIALIDADE Certificado, devidamente registrado, de conclusão de curso de ensino médio ou curso técnico equivalente, expedido por instituição de ensino reconhecida pelo órgão competente.
Analista (nível superior)  
CARGO 8: ANALISTA JUDICIÁRIO – GRUPO: NÍVEL SUPERIOR – SEM ESPECIALIDADE Diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação em Administração, Direito ou Economia, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no órgão de classe, quando for o caso.

De acordo com o quadro acima, é possível percebermos que o cargo de Analista Judiciário sem Especialidade é restrito para os candidatos graduados em cursos específicos. São eles: Direito, Economia ou Administração.

Se o candidato possui alguma das formações acima, prestar o concurso para o cargo de Analista Judiciário se torna interessante. Caso contrário, deverá analisar as formações exigidas para os demais cargos de Analista Judiciário presentes no edital. Se não possuir as graduações requisitadas, é recomendado estudar para o cargo de Técnico, que exige apenas nível médio.

Conteúdos programáticos previstos no edital

Todavia, não devemos nos atentar apenas aos títulos na hora de escolhermos entre Técnico ou Analista sem Especialidade do TJ-RJ. Um outro aspecto importante é o que diz respeito aos conteúdos programáticos exigidos para cada cargo.

A prova para o cargo de Técnico será composta por 60 questões. Das 60 formuladas, 40 serão de conhecimentos específicos e 20 de conhecimentos gerais. Além disso, não haverá prova discursiva para esse cargo.

Já em relação ao cargo de Analista, a prova terá estrutura semelhante. Será composta por 60 questões, sendo 40 de conhecimentos específicos e 20 de conhecimentos gerais. Porém, há previsão de prova discursiva e uma etapa de avaliação de títulos, adicionalmente.

A prova discursiva, que valerá 40 pontos, consistirá de um estudo de caso. O texto a ser produzido será uma redação de texto dissertativo, de até 30 linhas. Além disso, dirá respeito a temas relacionados aos conhecimentos específicos de cada cargo.

Análise Comparativa entre os conteúdos

Se pararmos para comparar o conteúdo programático entre os dois cargos em questão, veremos que:

  • o conteúdo da disciplina de Direito Administrativo é bem mais extenso para o cargo de Analista do que para o de Técnico;
  • para Analista, há inclusão das disciplinas de Direito Civil e Direito Penal, não cobradas na prova de Técnico;
  • a disciplina de Legislação, presente na parte de Conhecimentos Específicos, abrange um maior número de leis para o cargo de Analista, quando comparado à prova de Técnico;
  • para Analista, a disciplina de Direito Processual Civil abrange assuntos não previstos no edital de Técnico. São eles: cooperação internacional, processo de execução e processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais.

Ressalvados os pontos destacados acima, os conteúdos programáticos são similares. Dessa forma, é imprescindível que o aluno identifique o seu grau de conhecimento nas disciplinas e o seu nível em cada uma delas.

Caso opte por realizar a prova de Analista, exclusivamente, ou ambas as provas, é de suma importância que o candidato não negligencie tais pontos diferenciais, os quais podem custar a aprovação.

Assim, deve-se ponderar a escolha entre os cargos de Técnico ou Analista sem Especialidade do TJ-RJ. Tal ponderação deve levar em conta o nível de maturidade nas matérias e o tempo necessário para estudá-las e revisá-las.

O mito da diferença no nível de dificuldade para os dois cargos

Iremos falar agora de um mito amplamente difundido quando o assunto é concurso público. Trata-se do mito de que é mais fácil passar para Técnico do que para Analista.

Essa afirmação já pode ter sido verdade um dia, pois o edital de Técnico possui um conteúdo menos abrangente, não é exigido ensino superior e os salários são inferiores aos salários de Analista.

Porém, atualmente, os concursos para o cargo de Técnico estão muito concorridos, devido ao alto número de inscritos. Consequentemente, a prova de para esse cargo tem apresentado um nível cada vez mais alto nos últimos anos.

A prova de Técnico é, em muitos casos, menos exigente do que a prova de Analista, principalmente em relação à jurisprudência. Entretanto, isso não significa que seja mais fácil passar para Técnico, pois a alta concorrência eleva a nota de corte.

Portanto, a escolha entre Técnico ou Analista sem Especialidade do TJ-RJ não deve se basear na dificuldade das provas. Devemos sempre ter a noção de que, independentemente do cargo pelo qual optarmos, teremos que nos dedicar plenamente para conquistarmos a aprovação.

Remuneração dos cargos

Algo que chama atenção na hora de escolhermos entre técnico ou analista sem Especialidade do TJ-RJ é, sem dúvidas, a remuneração.

Enquanto que a remuneração inicial para Técnico é de R$ 3.870,06, a de Analista inicia em R$ 6.373,89. Em ambos os casos, a jornada de trabalho é de 40 horas semanais.

Importante ressaltar que esse valor não considera as vantagens do cargo, como, por exemplo, o auxílio alimentação.

Técnico ou Analista sem Especialidade do TJ-RJ: conheça as atribuições

Um erro primordial de muitos candidatos é decidir realizar um determinado concurso sem observar as atribuições do cargo. Afinal, quando finalmente conquistarmos a tão sonhada vaga, teremos que trabalhar e realizar as atividades exigidas com presteza.

Sendo assim, listemos as atribuições de ambos os cargos:

TÉCNICO: praticar os atos necessários ao impulsionamento oficial dos processos judiciais e administrativos, observando os comandos e as rotinas automatizados disponibilizados pelos sistemas e a normatização interna do Poder Judiciário.

ANALISTA: fornecer suporte técnico jurídico e administrativo ao exercício da atividade judicante por magistrado ou órgão julgador, ou da atividade administrativa, de forma a otimizá-la, elaborando as minutas de decisões, despachos e outras tarefas que lhe forem atribuídas, incluindo os atos necessários ao impulsionamento dos processos judiciais e administrativos em curso no órgão ou na unidade de sua lotação.

O que isso significa, na prática?

Na prática, as atividades desempenhadas por ambos os cargos são bem semelhantes. Nem sempre um Analista irá realizar um trabalho mais intelectual do que um Técnico, mesmo ocupando cargo de nível superior. Assim, devemos refletir sobre isso na hora de escolhermos entre Técnico ou Analista sem Especialidade do TJ-RJ.

Vale a pena fazer as duas provas?

Para respondermos essa pergunta, devemos refletir sobre alguns aspectos.

Muitos concurseiros são adeptos da ideia de realizar um concurso escada. Isto é, embora possuam preferência pelo cargo de Analista, optam por realizar também a prova de Técnico. Essa estratégia está baseada no fato de que, muitas vezes, por questões financeiras, a aprovação se torna urgente. Assim, o aluno toma posse no cargo de nível médio e permanece estudando para o seu cargo alvo, o de nível superior.

Entretanto, algo a se considerar acerca dessa estratégia é o desgaste físico e mental que realizar as duas provas irá nos proporcionar.

Para o cargo de Analista, as provas objetivas e a prova discursiva terão a duração de 5 horas e serão aplicadas no turno da manhã.

Já para o cargo de Técnico, as provas objetivas terão a duração de 4 horas e serão aplicadas no turno da tarde.

Portanto, se o candidato optar por realizar as provas para os dois cargos, perceberá uma diminuição do rendimento na prova de tarde. Isso ocorre devido à dificuldade de manter a concentração durante um período extenso de estresse, causada pelo cansaço mental.

Conforme previsto no edital, a aplicação da prova de Técnico será em horário posterior ao horário da prova de Analista.

Mas quais são as implicações práticas?

Nesse contexto, é possível imaginarmos duas situações:

A primeira é a relativa aos candidatos que se encontram em dificuldades financeiras e buscam a aprovação de forma rápida. Para esses alunos, a realização de ambas as provas pode ser prejudicial, uma vez que apresentarão um rendimento menor durante a prova de Técnico.

Já a segunda diz respeito aos candidatos que não possuem urgência de aprovação. Nesse caso, se possuem preferência pelo cargo de Analista e não possuem emergências financeiras, a realização das duas provas é interessante. Isso se baseia no fato de que a realização da prova de Técnico não irá afetar negativamente o rendimento na prova de Analista. Além disso, estudando para Técnico, o aluno irá estar estudando, também, para o cargo de Analista.

Diante do exposto, a decisão se mostra particular, uma vez que cabe a cada um analisar os seus principais objetivos.

Concluindo

Conforme o exposto nesse artigo, para escolher entre prestar a prova para o cargo de Técnico ou Analista sem Especialidade do TJ-RJ, o candidato deve realizar uma análise profunda de sua própria situação. Tal análise deve considerar os aspectos apresentados, de forma que a decisão a ser tomada seja adequada.

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