O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) publicou edital na Sexta-Feira, 28 de fevereiro. Com isso, muitos alunos que estão se preparando para o próximo concurso de Técnico do Seguro Social do INSS têm se questionado se vale a pena migrar do INSS para o TJ-RJ, no cargo de técnico da atividade judiciária.
Sabemos que o concurso do INSS não deve acontecer nos próximos meses, então o questionamento é válido e a resposta vai depender de cada caso. Nos dois casos, TJ-RJ e INSS, é exigida a conclusão do ensino médio ou curso técnico equivalente, expedido por instituição de ensino reconhecida pelo órgão competente.
Apesar de passar por um grave momento em virtude da escassez de pessoal, no último dia 03/03/2020, foi publicada uma Medida Provisória que autoriza contratação de servidores aposentados e militares da reserva para atuarem no INSS. Disso podemos tirar 2 conclusões: a primeira é que o concurso do INSS, em algum momento, vai acontecer. A segunda, é que este certame não deve ser realizado durante o primeiro semestre de 2020.
Com essa indefinição no INSS, é bastante comum que alunos mais experientes comecem a olhar para outros concursos que estão acontecendo e a bola da vez é o TJ-RJ. E aí surge a reflexão: Vale a pena Migrar do INSS para o TJ-RJ?
Com o edital publicado, os alunos tendem a ter uma motivação maior para estudar do que aquela da fase pré-edital. É esperado que o concurseiro fique confuso sobre qual estratégia seguir diante de um da indefinição no concurso desejado primordialmente e a publicação de outro edital de uma área afim. O inevitável questionamento que surge é se vale a pena migrar do INSS para o TJ-RJ.
É uma decisão bastante pessoal, tendo em vista que uma estratégia errada pode nos deixar a ver navios nas duas disputas. Por outro lado, uma aprovação “inesperada” pode ser um momento de grande virada na vida do estudante.
A melhor estratégia, sem dúvidas, é manter o foco. Depois de escolher o concurso ou a área desejada, a missão do aluno é passar por cima de toda a teoria a ser estudada, fazer as revisões necessárias e milhares de questões. Em geral, nos baseamos no edital do último concurso e, a partir daí, passamos a correr contra o tempo. Contudo, nem tudo acontece como imaginamos e, não raramente, o concurso desejado não é realizado no momento em que estava previsto. Isso leva o aluno a migrar do INSS para o TJ-RJ, por exemplo. Afinal de contas, o objetivo é ser aprovado. A boa notícia é que existem inúmeros casos de sucesso, em que o aluno migrou de uma área para outra e acabou sendo aprovado. Para responder esta pergunta, precisamos separar os alunos por perfil, onde temos o iniciante, o intermediário e o avançado.
A resposta sobre valer a pena ou não migrar do INSS para o TJ-RJ vai depender do perfil do aluno. Costumamos dizer que há três níveis de concurseiros: o iniciante, intermediário e o avançado.
O iniciante é aquele que ainda está estudando a teoria pela primeira vez e não conseguiu fechar a teoria constante do último edital.
O intermediário, já conseguiu estudar toda a teoria do último edital e agora está focado nas revisões e resolução de questões.
O avançado, já estudou toda a teoria pelo menos uma vez, já revisou todo o conteúdo pelo menos uma vez e agora investe a maior parte do seu tempo na resolução de questões. Além disso, o aluno avançado já passou, inclusive, pelas disciplinas específicas daquele concurso.
Se o aluno é iniciante, deve esquecer migrar do INSS para o TJ-RJ! Este é o momento de consolidar toda a teoria a ser estudada. Uma migração, neste momento pode prejudicar sua preparação rumo ao INSS, pois, entre o edital do TJ-RJ e o do INSS pode não haver tempo suficiente para se tornar competitivo. Neste caso, a maior probabilidade é que não seja aprovado em nenhum dos dois concursos.
Se o aluno é intermediário, deve avaliar qual o nível do seu desempenho nas disciplinas do INSS. Se estiver com acertos acima de 75% na maioria das disciplinas constantes do edital passado, o risco de migrar do INSS para o TJ-RJ é menor. Uma eventual publicação do edital do INSS em um curto espaço de tempo não seria tão prejudicial, tendo em vista que uma base já foi consolidada.
O aluno avançado, que está com percentual de acertos acima dos 80% na maioria das disciplinas cobradas no concurso do INSS, tem todas as condições de olhar para outros concursos e planejar a migração.
Tomada a decisão de migrar do INSS para o TJ-RJ, é hora de analisar a semelhanças e diferenças entre um concurso e outro, no que diz respeito às disciplinas:
As disciplinas comuns são as seguintes: Língua Portuguesa, Direito Constitucional e Direito Administrativo. No caso destas disciplinas, a estratégia deve ser a de realizar revisões rápidas e resolver inúmeras questões. No caso de Língua Portuguesa, especificamente, se o aluno quiser otimizar ainda mais o tempo disponível, pode optar por apenas resolver provas anteriores da banca Cebraspe.
As disciplinas que só constam no edital do TJ-RJ são as seguintes: Legislação Especial, Direito das Pessoas com Deficiência, Direito Processual Civil, Direito Processual Penal, Legislação para o TJ-RJ e Ética no Serviço Público. Aqui, vale uma análise caso a caso. Mas antes, vamos analisar a quantidade de aulas em PDF o aluno precisa estudar para fechar a teoria:
São “apenas” 46 (quarenta e seis) aulas em PDF para estudo teórico. Considerando que temos algo em torno de 3 (três) meses até a prova, temos quase que a média de uma aula em PDF para cada dois dias de preparação. É tempo mais do que suficiente para estudarmos todo o edital.
Nossos professores dividiram esta disciplina em três partes, visando uma melhor didática. Como se trata basicamente de Leis, Decretos, Resoluções e Regimentos, o aluno precisa de leitura intensiva das aulas em PDF, da lei seca e resolução de inúmeras questões. Inicialmente, o mais indicado é que o aluno estude pelas aulas em PDF e faça todas as questões comentadas pelo professor. Passado este primeiro estudo, é necessária a leitura da lei seca pelo menos 2 (duas) vezes e a resolução de pelo menos 50 questões pra cada assunto estudado.
Esta disciplina possui 4 (quatro) aulas de teoria, pois as demais são materiais de revisão e resolução de questões. Aqui, diferentemente de legislação especial, não existe uma necessidade tão grande de ler a lei seca. O estudo de cada uma das aulas, com a realização de revisões e a resolução de questões comentadas será suficiente para chegar em alto nível para a prova. A boa notícia é que esta disciplina vem sendo cobrada em vários concursos do Poder Judiciário, então não faltam questões para que o aluno possa treinar exaustivamente.
Aqui reside o grande desafio dos candidatos a uma vaga no TJ-RJ. Além de serem disciplinas de conteúdo extenso, acreditamos que a maioria das questões na prova serão de Processo Civil e Processo Penal. Há necessidade de entender e decorar artigos, incisos, regras, exceções, prazos, períodos, e etc. Neste caso, o aluno que deseja migrar do INSS para o concurso do TJ-RJ deve dedicar a maior parte do seu tempo pós-edital para o estudo destas disciplinas. Em virtude do tempo insuficiente, o aluno deverá esgotar todo o conteúdo tão somente através das aulas em PDF. Ao final das aulas teóricas de Processo Civil, o aluno poderá se utilizar dos resumos elaborados pelo próprio professor.
Estas duas disciplinas possuem um ótimo custo benefício: totalizam 4 (quatro) aulas em PDF e provavelmente teremos algumas questões a respeito destes assuntos. O aluno deve estudar os conteúdos constantes das aulas e na última semana reler as marcações feitas nos PDF para que fique tudo fresquinho no dia da prova.
O aluno que deseja migrar do INSS para o TJ-RJ deve fazer com planejamento e estratégia. O estudo, cronograma e ciclo de estudos do INSS deve ser paralisado no momento da transição, e retomado imediatamente após a prova do TJ-RJ. Um erro muito comum de quem faz a transição é retomar depois do zero. Isso atrasa muito a preparação para o concurso originário e torna o estudo pouco produtivo. A retomada, pós TJ-RJ, portanto, deve ser do exato ponto em que o aluno parou para efetuar a migração.
A estratégia pós-edital do TJ-RJ deve ser aquela que otimize o tempo e o esforço: nas disciplinas já vistas, o foco deve ser revisar e resolver inúmeras questões. Nas disciplinas que serão vistas pela primeira vez, é importante que o aluno não faça resumos, mas se utilize dos grifos próprios feitos nas aulas e dos materiais elaborados pelo professor. A preparação turbo do estratégia, a maratona p/ TJ-RJ e a Trilha Estratégica podem ser ferramentas valiosas nesta transição. E, como em qualquer pós-edital, a resolução de milhares de questões é primordial para ser aprovado.
Se quiser saber um pouco mais sobre como estudar para o TJ-RJ, assista à Monitoria do Prof. Marcus Vinícius, disponível gratuitamente no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=cKfcWDAzbnw
Baixe também o e-book gratuito elaborado pela equipe do Passo Estratégico: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/baixe-agora-tj-rj-pos-edital-e-books-gratuitos-das-materias-do-concurso/
Então já sabe, né? O iniciante deve primeiro se consolidar para o concurso do INSS; o intermediário deve avaliar sua situação com base no seu percentual de acertos e grau de evolução nas disciplinas; o avançado já está preparado para uma migração de sucesso!
Como analisado, o aluno experiente pode migrar para o TJ-RJ sem maiores prejuízos no que diz respeito ao INSS, que não deve ser realizado no curto prazo. O iniciante, por sua vez, deve permanecer com o foco no INSS para que evolua gradativamente e não corra o risco de chegar despreparado em um eventual pós-edital desse concurso. O intermediário deve analisar, no seu caso concreto, o custo x benefício de uma migração p/ TJ-RJ.
A migração deve ser feita com base em planejamento e estratégia. O estudo da teoria, a não confecção de resumos, a utilização das ferramentas disponibilizadas pelo Estratégia e a resolução de incontáveis questões de concursos anteriores podem ser decisivos no resultado final. E, lembre-se: o segredo da aprovação é a constância no estudo.
Forte Abraço.
Emival Ribeiro
@emival_
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