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ENTREVISTA: Heitor de Castro – Aprovado em 4º lugar na SEFAZ BA para Auditor Fiscal / área TI

“Nunca deixe de acreditar no seu sonho. Mas só isso não basta, porque só motivação não te leva a lugar nenhum. Procure traçar pequenas metas e ir melhorando a cada dia para que, no futuro, você consiga alcançar a meta de longo prazo que é sua aprovação”

Confira nossa entrevista com Heitor Gomide de Castro, aprovado em 4º lugar no concurso da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia para o cargo de Auditor Fiscal / área Tecnologia da Informação (concurso em andamento):

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Heitor Gomide de Castro: Sou de Belo Horizonte e tenho 31 anos. Sou formado em Engenharia de Controle e Automação pela UFMG.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Heitor: Comecei a estudar para concursos motivado pela ideia de que, dependendo apenas do meu esforço, eu poderia alcançar um bom salário e uma estabilidade na carreira ainda jovem. Além disso, exercer um cargo de grande importância para a administração pública sempre me motivou.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Heitor: No começo, eu pedi demissão para me dedicar exclusivamente aos estudos. Com o tempo passando e a escassez dos concursos na área fiscal, recebi uma proposta para retornar a minha antiga empresa e aceitei. Nessa época foi difícil conciliar as tarefas, já que eu estava trabalhando muito e os concursos ficais voltaram a sair. Com isso, foi fundamental contratar serviços de consultoria para estudar com máxima eficiência durante o pouco tempo que eu tinha disponível. Por fim, quando saiu o edital do ICMS-BA, pedi demissão do trabalho, pois estava confiante de que seria minha grande chance depois de bater na trave no ICMS-SC.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Heitor: Fui aprovado em vários concursos dentro do cadastro de reserva, dentre eles:

  • CemigTelecom, em 3° lugar para Analista de Telecomunicações Sênior
  • Dataprev, em 37° lugar para Analista de Processamento
  • TRF-1, em 48° lugar Analista Judiário na Área Administrativa
  • ICMS-SC, em 23° lugar para Auditor Fiscal na área de Tecnologia da Informação

Além desses, fui aprovado por último, dentro das vagas diretas, no concurso ICMS-BA em 4° lugar para Auditor Fiscal na área de Tecnologia da Informação.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?

Heitor: Uma grande sensação de dever cumprido, felicidade e, finalmente, alívio, já que é o momento em que chega ao fim a incerteza de que aquela decisão lá atrás de abrir mão de várias coisas, realmente valeu a pena.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Heitor: Nunca adotei uma postura radical, nem mesmo em pós-edital, mas tive que abrir mão de vários momentos para me dedicar à preparação. Não saía durante a semana mas, nos finais de semana, sempre me encontrava com a minha namorada e com meus amigos. Apesar disso, procurava dosar esses momentos de lazer já que, mesmo nos finais de semana, eu procurava estudar alguma coisa para não passar em branco.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Heitor: Atualmente eu moro com meus pais, não tenho filhos e namoro. Minha família sempre entendeu e apoiou a minha caminhada, o que foi fundamental. Sempre me deixaram à vontade para tomar minhas decisões, desde o momento em que pedi demissão, até o momento em que decidi voltar a trabalhar.

Da mesma forma foi com a minha namorada, que também sempre me apoiou e foi uma grande companheira. Ter essas pessoas próximas a mim, acreditando e dando forças, mesmo nos momentos mais críticos, foi fundamental para a minha aprovação.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Heitor: Acredito que isso deve ser muito bem avaliado em cada cenário, não havendo uma verdade absoluta, pesando situações em que o concurso que seja o objetivo final esteja próximo de acontecer ou não, além do nível de estudo atual e outros fatores. Entretanto, caso se decida fazer outros concursos com foco diferente, acho fundamental não se dedicar exclusivamente a eles, sem deixar completamente de lado a meta inicialmente traçada para não cair na curva do esquecimento.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Heitor: Exclusivamente para a área fiscal foram cerca de 3 anos.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Heitor: Sim! E foi um tempo muito maior do que com edital, já que iniciei os estudos justamente quando a escassez dos concursos fiscais começou. Para manter a disciplina foi fundamental estabelecer uma meta de horas diárias a serem cumpridas.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Heitor: Comecei com aulas telepresenciais e depois migrei para os cursos em PDF. Também fiz uso de videoaulas para as matérias de português (que eu tinha certa dificuldade na parte de gramática) e contabilidade (que eu nunca havia estudado). Depois de construir a base nessas 2 matérias, aí sim passei a estudar elas exclusivamente pelos PDFs.

Acredito que as aulas em vídeo auxiliam o aluno quando ele tem maior dificuldade naquela matéria, já que são bem didáticas. Por outro lado, elas acabam perdendo em rendimento para os PDFs já que, em uma mesma hora líquida, para as duas formas de estudo, o aluno que leu o PDF de forma atenta consegue absorver mais conhecimento que a videoaula. Como desvantagem do PDF, é que ele é mais maçante de ser estudado.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Heitor: Conheci a partir do contato com outros estudantes no cursinho telepresencial em que iniciei minha jornada. Após ser apresentado ao site, vi o alto número de aprovações e passei, desde então, a acompanhar o Estratégia.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Heitor: Eu sempre estudei várias matérias ao mesmo tempo. Fazia uma média de 15 matérias por semana, tentando distribuir por volta de 3 em cada dia. Quanto aos resumos, eles eram compostos de marcações no próprio PDF do computador, além de exercícios armazenados em uma pasta de favoritos da ferramenta de questões que eu utilizava. Ficava absolutamente tudo no meu computador, não imprimia nem anotava nada em papel.

Durante o período sem edital na praça, eu mesclava a leitura da teoria com os exercícios. Com o edital divulgado, o foco eram questões da banca que iria organizar o certame.

Minha maior dificuldade era traçar o planejamento do que deveria ser estudado. Como sempre tive como maior ponto forte uma boa capacidade de memorização, isso acabava várias vezes tendo um efeito contrário, já que eu queria estudar tudo. Assim, havia momentos em que eu estudava coisas que tinham baixíssima probabilidade de cair e deixava a desejar em pontos que eram fundamentais. Por isso, um serviço de consultoria foi fundamental na minha preparação, já que eu eliminei meu ponto fraco no planejamento e só tinha que me preocupar em utilizar meu ponto forte na memorização, estudando aquilo que me era passado.

Eu traçava como meta 6 horas líquidas de estudo durante os dias de semana e, pelo menos, 30 horas líquidas ao término da semana. Se eu não completasse as 30 horas de segunda a sexta, utilizava mais ainda o final de semana. Caso tivesse completado, eu não deixava de estudar  aos sábados e domingos, mas era um estudo sem meta de horas, como se fosse um bônus. Nos períodos em que fiquei trabalhando era impossível fazer as 6 horas líquidas diárias e, nesse caso, os finais de semana eram bastante utilizados.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Heitor: Minha maior dificuldade era a parte de gramática em português. Nunca fui bom na matéria e já ia para o estudo com uma certa má vontade. Sendo uma matéria vital para ser aprovado, eu me esforcei ao máximo para superar minha dificuldade. Estudei pela teoria, fiz resumos, várias questões, mas meu rendimento continuava baixo. Foi aí que resolvi assistir videoaulas, o que eu não fazia há muito tempo por achar que só o PDF me permitiria estudar em alto rendimento. Depois disso, meu nível de acerto nas questões subiu muito e, o que era meu ponto fraco, virou um ponto forte. No ICMS-GO tive 100% de acerto. No ICMS-SC, 88%. Por fim, no ICMS-BA, 80%.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Heitor: Sem dúvida foi a semana que eu mais estudei. A adrenalina da prova chegando fazia com que eu nem sentisse as horas passando, tentando jogar o máximo de informações para a memória de curto prazo. Na véspera da prova também estudei demais, montando um verdadeiro QG no quarto do hotel.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Heitor: Comprei um curso voltado para as provas discursivas, para que eu pudesse treinar possíveis temas. Além disso, dei uma olhada em várias provas anteriores da banca em que houve discursivas semelhantes (no meu caso, de TI), para ver o estilo de cobrança.

Aconselho ao candidato adquirir um curso preparatório de discursivas com correção para que ele possa, além de treinar a escrita, ter o feedback dos professores da qualidade dos textos produzidos. Além disso, buscar em provas passadas temas que foram cobrados para ver as tendências e as formas com que aquela banca do concurso costuma fazer a abordagem.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Heitor: Quanto aos erros, o primeiro foi me matricular em um cursinho telepresencial visto que, se eu tivesse pesquisado mais, teria visto que os aprovados nos concursos que eu almejava, em sua maioria, não estudavam dessa forma. Outro erro foi fazer uma sequência de concursos que não tinham correlação nenhuma com o meu objetivo final, sem critério algum, só porque o edital tinha saído. Quando os grandes concursos fiscais voltaram a sair, esse período de 2 anos sem estudar para a área fiscal cobrou o preço e eu não estava no mesmo nível que a concorrência. Tive que correr atrás do tempo perdido.

Como maiores acertos, acredito que tenha sido focar meu estudo em PDFs e em bateria de questões. Além disso, reconhecer meu ponto fraco em português e voltar a utilizar videoaulas, entendendo que nenhuma forma de estudo pode ser negligenciada antes de ser testada. O que funciona para um, pode não funcionar para o outro e vice-versa.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Heitor: A escassez dos concursos fiscais foi o obstáculo mais difícil. Quanto mais o tempo passava sem concurso, mais a minha motivação e a confiança de que um dia seria aprovado diminuía. O ponto mais crítico foi quando eu era o próximo da lista a ser chamado no concurso da CemigTelecom, no qual que eu tinha passado em 3° lugar. Nessa época, a empresa foi privatizada e o concurso extinto muito antes do prazo de validade do certame. Nessa época não havia perspectiva alguma de concursos e eu já estava há um tempo bom nessa jornada. Minha motivação foi lá embaixo. Entretanto, nunca pensei em desistir, muito por conta de acreditar no sonho e pelo apoio da minha família e da minha namorada. É importante estar cercado de pessoas que vão jogar no mesmo time que você.  Para jogar contra, já tem muita gente.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Heitor: Me imaginar exercendo um cargo de primeiro escalão do poder executivo sempre era o que eu buscava imaginar para servir de motivação.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Heitor: Para quem está iniciando, procure pesquisar as formas de preparação que os aprovados nos últimos concursos utilizaram. Não tente ser a exceção, o estudante fora da curva. Procure buscar as metodologias  que já deram certo e tente aplicá-las da melhor forma para você. Se cercar de pessoas que tenham mais conhecimento também é fundamental. É com elas que você pode aprender mais.

Além disso, sendo da área de TI, deixo aqui um conselho específico: com a tendência irreversível dessa matéria ser cada vez mais cobrada, para quem tem dificuldade, tente enxergar isso como uma oportunidade, não como um problema. Hoje em dia, na área fiscal, o que vem decidindo não é Direito Tributário ou Contabilidade. Quem é aprovado, obrigatoriamente tem que dominar essas matérias, fazendo com que perder um ponto em alguma delas já seja muito. Por outro lado, em TI, mesmo os primeiros colocados costumam deixar muitos pontos para trás. Assim sendo, se você conseguir uma  boa nota nessa disciplina, terá uma boa margem de vantagem para a concorrência.

Por fim, nunca deixe de acreditar no seu sonho. Mas só isso não basta, porque só motivação não te leva a lugar nenhum. Procure traçar pequenas metas e ir melhorando a cada dia para que, no futuro, você consiga alcançar a meta de longo prazo que é sua aprovação.

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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]

Abraços,

Thaís Mendes

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