Uso do hífen: novo acordo ortográfico, regras e exemplos
Uso do hífen – O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em 1990 como uma forma de unificar a língua escrita em países que possuem essa língua como oficial (Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste formam a Comunidade de Países de Língua Portuguesa – CPLP). Entretanto, o acordo só entrou em vigor aqui no Brasil em 2013 e, desde então, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o uso do hífen.
Com isso, vou explicar de maneira geral o uso do hífen, mas sem me referir à regra passada nem a palavras específicas, pois vemos que as provas de concursos se baseiam nas regras básicas, mais evidentes, ok?!
Mapa mental sobre o uso do hífen
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1ª regra
Não se emprega o hífen nos vocábulos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente.
- autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado
Exceção: Nos vocábulos com prefixo em que o segundo elemento começa por –h, o uso do hífen permanece: ante-hipófise, anti-herói, anti-higiênico, anti-hemorrágico, extra-humano, neo-helênico, semi-herbáceo, super-homem, supra-hepático etc.
2ª regra
Emprega-se o hífen nos vocábulos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual.
- Anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico
Exceção: Nos prefixos átonos (não possuem acento) co-, pre-, re– e pro-, não se usa o hífen: coordenar, reescrever, propor, preestabelecer.
3ª regra
Não se emprega o hífen em certos compostos em que se perdeu, em certa medida, a noção de composição.
- mandachuva, paraquedas, paraquedista
Exceção: O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação e constituem uma unidade sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva- doce, bem-te-vi, formiga-branca etc.
Se você tiver dúvida sobre alguma palavra e ela não se encaixar nas regras acima é porque, muito provavelmente, não houve mudança.
Você tem alguma dúvida sobre a língua portuguesa? Deixe sugestões nos comentários ou verifique os artigos que já postamos, pois provavelmente sua dúvida poderá ser sanada por eles.
Um forte abraço!