Analista e Tecnologista IBGE – gabarito extra oficial (com ENUNCIADOS e com recurso!!!)
Caro aluno,
Segue abaixo a minha resolução das questões de Raciocínio Lógico-Quantitativo das provas de Analista do IBGE/2016 (para Tecnologista são as mesmas questões, ok?). Como vocês podem ver, em uma ANÁLISE PRELIMINAR acredito que caiba um recurso pela cobrança de temas que extrapolam o edital. Vou continuar analisando a prova (até porque, na pressa, eu posso ter cometido algum engano). Conto com os comentários de vocês :)
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Se você está estudando para Técnico do IBGE, tente resolver as questões: 3, 4, 6, 7, 8 e 9. Elas cobrem temas do seu edital.
Se você está estudando para o MPRJ (Técnico ou Analista), tente resolver as questões: 1, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Elas cobrem temas do seu edital.
1. FGV – Analista IBGE – 2016)
– Sem A, não se tem B
– Sem B, não se tem C
Assim, conclui-se que:
a) A é suficiente para B e para C
b) B é necessário para A e para C
c) C é suficiente para A e para B
d) A e B são suficientes para C
e) B é necessário para A e suficiente para C
RESOLUÇÃO:
A frase “sem A não se tem B” nos mostra que é necessário ocorrer A para que possa ocorrer B. Ou seja, A é uma condição NECESSÁRIA para B.
A frase “sem B não se tem C” nos mostra que é necessário ocorrer B para que possa ocorrer C. Deste modo, B é uma condição NECESSÁRIA para C.
Em uma condicional p–>q, sabemos que q é condição necessária para p. Assim, com as informações acima, podemos montar duas condicionais:
B–>A (A é necessária para B)
C–>B (B é necessária para C)
Por outro lado, em uma condicional p–>q, sabemos que p é condição suficiente para q. Assim, com as condicionais que montamos acima, vemos que C é suficiente para B, e B é suficiente para A. Podemos ainda escrever C–>B–>A, ou mesmo C–>A, o que nos mostra que C também é suficiente para A.
Assim, C é condição suficiente para B e também para A.
Resposta: C
2. FGV – Analista IBGE – 2016) Sabe-se que as notas de uma prova têm distribuição normal com média µ = 6,5 e variância σ ² = 4. Adicionalmente, são conhecidos alguns valores tabulados da normal-padrão.
Φ(1,3) ≅ 0,90
Φ(1,65) ≅ 0,95
Φ(1,95) ≅ 0,975
Onde Φ(z) é uma função distribuição acumulada da Normal Padrão.
Considerando-se que apenas os 10% que atinjam as maiores notas serão aprovados, a nota mínima para aprovação é:
a) 9,10
b) 9,30
c) 9,50
d) 9,70
e) 9,80
RESOLUÇÃO:
Veja que temos média igual a 6,5 e desvio padrão igual a 2 (raiz da variância). Queremos encontrar a nota X em relação à qual temos apenas 10% de notas acima dela. Repare que, para Z = 1,3, a probabilidade acumulada da normal padrão é de 90%, ou seja, P(Z<1,3) = 90%, o que também permite dizer que P(Z>1,3) = 10%. Logo, devemos utilizar Z = 1,3. Na transformação Z, temos:
Z = (X – média) / (desvio padrão)
1,3 = (X – 6,5) / 2
2,6 = X – 6,5
X = 6,5 + 2,6
X = 9,1
Resposta: A
3. FGV – Analista IBGE – 2016) De um grupo de controle para o acompanhamento de uma determinada doença, 4% realmente têm a doença. A tabela a seguir mostra as porcentagens das pessoas que têm e das que não tem a doença e que apresentaram resultado positivo em um determinado teste.
DOENÇA—————————–TESTE POSITIVO (%)
SIM—————————————-85
NÃO—————————————10
Entre as pessoas desse grupo que apresentaram resultado positivo no teste, a porcentagem daquelas que realmente têm a doença:
a) 90%
b) 85%
c) 42%
d) 26%
e) 4%
RESOLUÇÃO:
Imagine que o grupo é formado por 100.000 pessoas. Como 4% tem a doença e 96% não tem, podemos dizer que 4.000 pessoas tem a doença e 96.000 não tem. Das 4.000 pessoas com a doença, 85% tiveram teste positivo, ou seja,
Teste positivo E doença = 4.000 x 85% = 3400
Das 96.000 pessoas sem a doença, 10% tiveram teste positivo, ou seja:
Teste positivo E sem doença = 96.000 x 10% = 9600
Portanto, o total de pessoas com resultado positivo é de 3400 + 9600 = 13000. Dessas, sabemos que as que realmente tem a doença são 3400. Percentualmente, em relação às que tiveram resultado positivo no teste, temos:
P = 3400 / 13000 = 26,1%
Resposta: D
4. FGV – Analista IBGE – 2016) Dos 40 funcionários de uma empresa, o mais novo tem 25 anos e o mais velho tem 37 anos. Considerando a idade de cada funcionário como um número inteiro de anos, conclui-se que:
a) A média das idades de todos os funcionários é 31 anos
b) A idade de pelo menos um dos funcionários é 31 anos
c) Nenhum funcionário tem idade igual a 31 anos
d) No máximo 25 funcionários têm a mesma-idade
e) No mínimo 4 funcionários têm a mesma idade
RESOLUÇÃO:
Veja que de 25 a 37 anos de idade nós temos um total de 13 idades possíveis (em valores inteiros). Como temos 40 pessoas, ainda que tivéssemos a sorte de ir distribuíndo as pessoas igualmente entre as idades, faríamos a divisão de 40 por 13, que nos dá o resultado 3 e o resto 1. Isto significa que, mesmo se colocarmos 3 pessoas em cada uma das 13 idades, sobra ainda 1 pessoa, que necessariamente vai entrar em alguma das 13 idades já utilizadas, passando a ser a 4ª pessoa com aquela idade. Ou seja, mesmo nesta distribuição mais uniforme possível precisamos de pelo menos 4 pessoas em uma mesma idade, o que permite afirmar que “no mínimo 4 funcionários tem a mesma idade”.
Resposta: E
5. FGV – Analista IBGE – 2016) Sobre os amigos Marcos, Renato e Waldo, sabe-se que:
I – Se Waldo é flamenguista, então Marcos não é tricolor
II – Se Renato é vascaíno, então Marcos é tricolor
III – Se Renato é vascaíno, então Waldo não é flamenguista
Logo deduz-se que:
a) Marcos é tricolor
b) Marcos não é tricolor
c) Waldo é flamenguista
d) Waldo não é flamenguista
e) Renato é vascaíno
RESOLUÇÃO:
Temos proposições condicionais que podem ser resumidas assim:
P1. Waldo flamenguista –> Marcos não é tricolor
P2. Renato não é vascaíno –> Marcos é tricolor
P3. Renato é vascaíno –> Waldo não é flamenguista
Vamos “chutar” que Waldo é mesmo flamenguista. Com isso, em P1 vemos que Marcos não é tricolor. Em P2, como o trecho “Marcos é tricolor” é F, precisamos que o trecho “Renato não é vascaíno” seja F também, de modo que Renato é vascaíno. Com isso, P3 fica falsa, pois ficamos com V–>F. Assim, devemos corrigir nosso chute.
Chutando que Waldo não é flamenguista, repare que P1 fica verdadeira, independente de Marcos ser ou não tricolor, afinal o trecho “Waldo flamenguista” fica F, e condicionais F–>F ou F–>V são ambas verdadeiras. Da mesma forma, P3 fica verdadeira, independente de Renato ser ou não vascaíno, pois o trecho “Waldo não é flamenguista” é V, e condicionais V–>V ou F–>V são ambas verdadeiras. Com isso, podemos ainda criar uma combinação de valores lógicos que torne P2 verdadeira (F–>F, F–>V ou V–>V). Isto é, na prática não conseguimos concluir nada sobre Renato e Marcos, mas temos certeza que Waldo não é flamenguista.
Note ainda que, chutando que Renato é ou não é vascaíno, você conseguirá preencher todas as premissas deixando-as verdadeiras. O mesmo vale para o chute de que Marcos é tricolor. Ou seja, quanto a Renato e a Marcos, as premissas são respeitadas sendo eles torcedores daqueles times ou não, o que nos mostra que nada pode ser concluído sobre eles.
Resposta: D
6. FGV – Analista IBGE – 2016) Raíza e Diego resolvem disputar um jogo em que cada um deles lança uma moeda honesta de forma independente e simultânea. Ela será vencedora no caso de dois resultados iguais, e ele, de dois diferentes. As probabilidades de vitória dela e dele são, respectivamente, iguais a:
a) 2/3 e 1/3
b) 1/4 e 2/4
c) 1/3 e 2/3
d) 1/2 e 1/2
e) 3/4 e 1/4
RESOLUÇÃO:
Os resultados possíveis são:
1) Cara-Cara
2) Cara-Coroa
3) Coroa-Cara
4) Coroa-Coroa
Portanto, veja que Raíza tem duas chances de ganhar (1 e 4), e Diego tem outras duas chances (2 e 3), de modo que cada um deles tem metade das possibilidades, isto é, 1/2 de probabilidade para cada um.
Resposta: D
7. FGV – Analista IBGE – 2016) Suponha que, de um baralho normal, contendo 52 cartas de quatro naipes, é extraído, sem reposição e aleatoriamente, um total de quatro cartas. Se a carta “Ás” é equivalente a uma figura (ou seja, são 4 figuras e 9 números de cada naipe), é correto afirmar que a probabilidade de que todas sejam:
a) Do mesmo naipe é igual a (13/52)x(12/51)x(11/50)x(10/49)
b) Figuras é igual a (10/52)x(9/51)x(8/50)x(7/49)
c) Do mesmo número e igual a (4/52)x(3/51)x(2/50)x(1/49)
d) Números é igual a (36/52)x(35/51)x(34/50)x(33/49)
e) De naipes diferentes é igual a 4x(16/52)x(12/51)x(8/50)x(4/49)
RESOLUÇÃO:
Temos 52 cartas, sendo 13 de cada naipe. O número de formas de escolher 4 das 13 cartas de um determinado naipe é dado pela combinação: C(13,4). Considerando os 4 naipes, as formas de escolher 4 cartas do mesmo naipe somam 4xC(13,4). O total de formas de escolher 4 das 52 cartas é C(52,4). Logo, a probabilidade de todas as cartas serem do mesmo naipe é:
P = 4xC(13,4) / C(52,4)
P = 4 x (13x12x11x10 / 4!) / (52x51x50x49 / 4!)
P = 4 x (13x12x11x10) / (52x51x50x49)
Vemos com isso que a alternativa A está errada.
Temos um total de 16 figuras e 36 números. O número de formas de escolher 4 figuras é C(16,4). A probabilidade de escolher apenas figuras é:
P = C(16,4) / C(52,4) = (16x15x14x13) / (52x51x50x49)
Vemos que a alternativa B está errada.
Para escolher 4 cartas do mesmo número, veja que temos 9 possibilidades (afinal temos 9 números possíveis). Assim, a probabilidade de escolher 4 do mesmo número é:
P = 9 / C(52,4) = 9 / (52x51x50x49 / 4!) = 9x4x3x2x1 / (52x51x50x49)
Vemos que a alternativa C está errada.
O número de formas de escolher 4 dos 36 números é C(36,4). Como o total é de C(52,4), a probabilidade de escolher apenas números é:
P = C(36,4) / C(52,4)
P = (36x35x34x33/4!) / (52x51x50x49/4!)
P = (36x35x34x33) / (52x51x50x49)
Ficamos com a alternativa D, que é o gabarito.
Para as cartas serem todas de naipes diferentes, o número de possibilidades é de 13x13x13x13, e o total é de C(52,4), o que nos mostra que a alternativa E também está errada.
Resposta: D
8. FGV – Analista IBGE – 2016) Em uma caixa há doze dúzias de laranjas, sobre as quais sabe-se que:
I – há pelo menos duas laranjas estragadas
II – dadas seis quaisquer dessas laranjas, há pelo menos duas não estragadas
Sobre essas doze dúzias de laranjas é deduz-se que:
a) Pelo menos 96 estão estragadas
b) No mínimo 140 não estão estragadas
c) Exatamente duas estão estragadas
d) No máximo 96 estão estragadas
e) Exatamente 48 não estão estragadas
RESOLUÇÃO:
Com as informações fornecidas, repare que no máximo 4 laranjas podem estar estragadas. Afinal, se tivermos 5 laranjas estragadas (por exemplo), podemos correr o risco de pegar todas essas 5 ao formar um grupo de seis quaisquer, e com isso o nosso grupo de seis laranjas terá 5 laranjas estragadas e somente 1 não estragada, o que desrespeita a afirmação II (em qualquer grupo de 6 laranjas devemos ter pelo menos 2 não estragadas).
Isso nos mostra que temos no máximo 4 laranjas estragadas, o que também permite concluir que temos no mínimo 140 laranjas não estragadas (lembre-se que o total é de doze dúzias, ou 12×12 = 144 laranjas).
Resposta: B
9. FGV – Analista IBGE – 2016) Após a extração de uma amostra, as observações obtidas são tabuladas, gerando a seguinte distribuição de frequências:
Valor 3 5 9 13
Frequência 5 9 10 3
Considerando que E(X) = Média de X, Mo(X) = Moda de X e Me(X) = Mediana de X, é correto afirmar que:
a) E(X) = 7 e Mo(X) = 10
b) Me(X) = 5 e E(X) = 6,3
c) Mo(X) = 9 e Me(X) = 9
d) Me(X) = 9 e E(X) = 6,3
e) Mo(X) = 9 e E(X) = 7
RESOLUÇÃO:
Veja que a moda é o valor 9, que possui o maior número de frequências (10). Ou seja, Mo(X) = 9. Isto já permite eliminar a alternativa A, que diz que a moda é igual a 10.
Para a mediana, veja que temos um total de 5+9+10+3 = 27 valores, de modo que a mediana é o valor da posição (n+1)/2 = (27+1)/2 = 14. Colocando os valores em ordem crescente, o 14º valor será um 5 (temos cinco valores 3 e mais nove valores 5, de modo que o décimo quarto valor é um 5). Assim, Me(X) = 5.
A média é dada por:
Média = (3×5 + 5×9 + 9×10 + 13×3) / 27 = 7
Logo, E(X) = 7.
Com isso podemos marcar a alternativa E, onde a moda é 9 e a média é 7.
Resposta: E – aqui cabe recurso, pois o edital não falava sobre moda. Ele listou as medidas estatísticas assim: “média, mediana, quartis, variância, desvio padrão, coeficiente de variação, histograma”. Embora tenhamos visto Moda no curso, por cautela, o fato é que no edital ela não está presente.
10. FGV – Analista IBGE – 2016) Sejam Y, X, Z, W variáveis aleatórias tais que Z = 2.Y – 3.X, sendo E(X)² = 25, E(X) = 4, Var(Y) = 16, Cov(X , Y) = 6
Então a variância de Z é
a) 55
b) 73
c) 108
d) 145
e) 217
RESOLUÇÃO:
Temos:
Z = 2Y – 3X
E(X^2) = 25
E(X) = 4
Var(Y) = 16
cov(X,Y) = 6
Veja que:
Var(X) = E(X^2) – [E(X)]^2 = 25 – 4^2 = 25 – 16 = 9
Lembrando que:
Var(a.X + b.Y) = a^2.Var(X) + b^2.Var(Y) + 2.a.b.cov(X,Y), temos:
Var(Z) =
Var(2Y – 3X) =
2^2.Var(Y) + (-3)^2.Var(X) + 2.2.(-3).cov(X,Y) =
4.16 + 9.9 – 12.6 =
73
Resposta: B (73) – entretanto, entendo que aqui cabe recurso, pois a questão cobrou o conhecimento de covariância, tema que não estava explícito no edital e nem implícito em algum dos outros tópicos. O edital não fala de correlação, regressão, medidas de associação estatística (embora, por segurança, tenhamos tratado de parte disso em nosso curso).
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Saudações.