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Magnificação trófica nas águas contaminadas pela lama da barragem de Mariana

Após quase 5 meses do rompimento da barragem de Bento Rodrigues no município de Mariana (MG), os danos ambientais continuam sendo relatados nos ecossistemas afetados. Nessa notícia do dia 29 de março de 2016, é relatado o acúmulo de metais pesados e outros elementos em peixes do Rio Doce devido ao fenômeno de magnificação trófica que leva a maiores concentrações de substâncias nocivas nos níveis mais altos das cadeias alimentares.

A magnificação trófica foi cobrada algumas vezes no Exame Nacional do Ensino Médio e o assunto tem grandes chances de aparecer na prova de 2016, uma vez que foi um dos grandes destaques na mídia no ano de 2015.

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Prof. Daniel Reis – professor de Biologia do Estratégia ENEM

Segue abaixo a notícia na íntegra.

G1 – 29/03/2016
Médicos alertam para perigos de metais em peixes do Rio Doce
Estudo aponta que contaminação ultrapassa limites de legislação ambiental.
Resultado de análises será apresentado à ministra do Meio Ambiente.

Peixe na lama de mineração; foto de 12/11/2015 (Foto: Leonardo Merçon/ Instituto Últimos Refúgios)

Médicos alertaram sobre os perigos para a saúde que a contaminação de peixes por metais pesados, acima dos limites permitidos pela legislação, podem causar. Um laudo divulgado nesta segunda-feira (28) mostra que o nível de arsênio encontrado no peixe roncador, por exemplo, ultrapassa em 140 vezes o limite de contaminação.
Além de arsênio, foram identificados metais como alumínio, chumbo e mercúrio. O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Otto Baptista, afirma que em contato com o organismo, esse metal causa cólicas abdominais, náuseas, raquitismo e alterações neurológicas com graves danos ao tecido cerebral.

Ele defende que é preciso fazer um trabalho de conscientização com a população. “É preciso orientá-la de forma educativa em relação aos riscos”, disse.

Os índices de mercúrio em um dos pontos ultrapassavam 13 vezes o tolerável, enquanto os resultados de manganês estavam quatro vezes acima do normal.

Baptista lembra que o mercúrio é mais nocivo durante a gestação, uma vez que os bebês podem nascer com doenças neurológicas, enquanto os sintomas de intoxicação por manganês são observados nos sistemas nervoso central e respiratório.

O nefrologista Michel Assbu afirma que o cádmio, também encontrado, pode alterar a função reprodutora do homem e da mulher. “E ser um gatilho para o desenvolvimento de todos os tipos de cânceres. Os sintomas da intoxicação serão sentidos a longo prazo e dependendo da quantidade ingerida”.

O doutor em ciências fisiológicas e professor da UVV e do Ifes, Thiago de Melo, alerta que é preciso se prevenir. “Utilizar água proveniente de outras vias e não se alimentar de pescados da região”.
Veja os danos causados
Ferro
O excesso pode ir para o fígado, provocando doença chamada hemossiderose.

Alumínio
Pode atingir o sistema nervoso e causar crises convulsivas como epilepsia.

Cádmio
Pode causar doença renal, fazer com que os ossos não se calcifiquem adequadamente.

Arsênio
O rim pode parar de funcionar totalmente.

Chumbo
Altera a função cognitiva da criança e em adultos pode causar doenças cardiovasculares.

Mercúrio
Pode levar à alterações no cérebro da criança e de mulheres grávidas.

Manganês
Problemas de memória, alucinações, Parkinson, embolia pulmonar.

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Veja os comentários
  • BOA NOITE, DANIEL. SOU UM ESTUDANTE DO PARANÁ E GOSTARIA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOBRE A BIOACUMULAÇÃO DE FERRO, COMENTADO NESSE SEU ARTIGO, PARA UM RECURSO QUE PRECISO FAZER SOBRE UMA QUESTÃO DE VESTIBULAR DA UNIVERDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO. SE LER ESSA MENSAGEM, POR FAVOR, ENTRE EM CONTATO COMIGO. SUA AJUDA VAI SER DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA MIM.
    LEONARDO ITO em 10/06/19 às 18:38