Artigo

O petismo e as Falácias Argumentativas

Olá, tudo bem?

Talvez você já ouviu alguém dizendo (ou você já disse) coisas do tipo:

“Não entendo porque você critica tanto o PT. É como se no PSDB só tivesse santo…”

ou

“Os grampos no Lula foram claramente ilegais. O famoso jurista XXX disse isso claramente em uma entrevista na TV!”

O que essas frases tem em comum? Ambas são argumentos falhos, equivocados, viciados por terem incorrido no que chamamos de Falácias Argumentativas. Vamos conhecer algumas delas melhor? Espero que, com isso, você consiga identificá-las em suas discussões e evite cair em argumentos que apelam para emoções, palavras vagas e informações pouco relevantes para defender algum ponto de vista.

Antes que alguém pergunte: sim, todos os exemplos que eu vou usar neste artigo referem-se ao petismo. Poderia ter escolhido outro tipo de fanatismo, mas o fato é que, no momento atual, a defesa cega do PT é um fenômeno extremamente presente em todos os ambientes que nós convivemos.

Vamos retomar a seguinte frase:

“Não entendo porque você critica tanto o PT. É como se no PSDB só tivesse santo…”

Quero começar por esta pois este é o caso mais comum. Aqui o autor do argumento quer rebater pessoas que criticam o PT, e ele embasa sua argumentação no fato de que o PSDB não é formado por políticos 100% honestos. Qual é a falha argumentativa aqui? Estamos diante da falácia da Falsa Dicotomia, ou Falso Dilema. Esta falácia ocorre quando o interlocutor procura reduzir uma situação complexa, que possui múltiplos caminhos e soluções, a apenas duas possibilidades (neste caso, PT ou PSDB). Ora, o fato de alguém criticar o PT não implica que esta pessoa defenda o PSDB. Não exitem apenas “dois lados”, PT ou PSDB. Não significa também que esta pessoa acredite que Eduardo Cunha é um político idôneo, ou qualquer coisa do gênero. Reduzir a discussão a apenas duas opções é uma falha grave! Outra frase comum é algo como:

“Ora, você é a favor da democracia ou vai mesmo ficar defendendo o impeachment?”

Aqui temos novamente uma redução de um problema a duas alternativas (se você é a favor da democracia, você precisa ser contra o impeachment; já se você é favorável ao impeachment, logo necessariamente você é contrário à democracia). Mais um caso de falsa dicotomia, afinal é possível que uma pessoa seja favorável ao impeachment e, mesmo assim, defensora da democracia.

Continuando, veja agora esta frase que eu li em um blog petista nos últimos dias:

“Ao devolver o processo de Lula para Curitiba, o ministro Gilmar Mendes pode estar iniciando uma guerra civil.”

Qual é a falha deste argumento? Repare que o autor da frase pretende atribuir uma consequência (início de uma guerra civil) a uma determinada causa (o ministro ter devolvido o processo para Curitiba). Será que isto está correto? Aqui estamos diante de um caso clássico da falácia da Falsa Causa. É até possível que se inicie uma guerra civil nos próximos dias / semanas (espero que não!!!), mas atribuir a culpa desta tragédia à devolução do processo à primeira instância é um grande exagero – cometido muitas vezes propositalmente com vistas a iludir aquele leitor menos crítico. Ora, se uma guerra civil realmente se iniciar, os culpados serão aqueles diretamente envolvidos e os que incitaram a sua ocorrência, não aqueles que, agindo de acordo com o papel constitucional a eles designado, toma uma decisão (que pode, sim, ser questionada, e ser inclusive objeto de recurso ao plenário do STF). Quer ver mais um exemplo de falsa causa? Leia:

“Está vendo no que dá realizarem uma operação como essa Lava Jato? A Petrobrás e as grandes empreiteiras do país já precisaram demitir milhares de pessoas! Vá em Macaé e constate o quanto a economia da cidade foi abalada!”

Aqui o erro é atribuir culpa à investigação criminal pelos problemas financeiros que a Petrobrás e as empreiteiras vêm enfrentando e as consequências disso (como o desemprego). O autor de argumentos como este pretende iludir o interlocutor, fazendo-o crer que a solução é a suspensão / modificação no curso da operação Lava Jato, e não a correção dos desmandos e ingerências políticas na Petrobrás e na conduta das empreiteiras.

Vamos prosseguir? Veja este argumento abaixo, que também costumo ler nas redes sociais:

“Como você pode ser favorável ao impeachment? A manutenção da democracia é essencial para o nosso país. É só em um ambiente democrático que conseguimos nos expressar livremente, levantar novas ideias, fiscalizar os nossos governantes, fazer valer os nossos direitos…”

Aqui estamos diante da Falácia do Espantalho! Isso mesmo rs… Neste tipo de erro argumentativo, ao invés do autor do argumento refutar a posição defendida por uma pessoa, ele atribui uma OUTRA POSIÇÃO àquela pessoa (mais fácil de ser refutada) e então apresenta argumentos contrários a ela. Deixe-me explicar melhor. Neste exemplo acima, vemos que o argumento é dirigido a uma pessoa que é favorável ao impeachment. Ao invés de combater este ponto, apresentando argumentos contrários ao impeachment, o autor atribui uma outra posição ao seu ouvinte: o ouvinte é tratado como alguém que é contrário à democracia. E, obviamente, é muito mais fácil defender a importância da democracia do que apresentar razões que invalidem a tese do impeachment. Ficou claro agora como funciona a Falácia do Espantalho? Fique esperto, ela é muito mais comum do que parece!

Veja ainda esta frase, outra coisa muito dita por aí:

“Não faz sentido você querer tirar o PT do poder. Você prefere que o nosso país seja governado por um representante da elite capitalista neoliberal?”

Aqui estamos diante de uma coisa chamada Apelo Popular. Por quê “apelo”? Porque este tipo de argumento busca apelar para a emoção das pessoas, pois uma vez que a emoção nos domina é normal que o nosso senso crítico fique prejudicado. Neste tipo específico (Apelo Popular), o autor busca usar termos vagos (“elite capitalista neoliberal”), que não necessariamente se referem a coisas ruins, mas que possuem conotação negativa para boa parte das pessoas em nossa sociedade. Em uma análise mais racional, ser governado por alguém da “elite” não é necessariamente ruim. O mesmo vale para a expressão completa (“elite capitalista neoliberal”). O mero fato de um futuro líder ser oriundo deste “grupo” não é ruim. E, mais do que isso, a maioria das pessoas sequer consegue precisar o que seria um membro da “elite capitalista neoliberal”. Mas o fato é que este termo “soa mal” para muita gente, e faz com que as pessoas “comprem” a ideia de que não deve ser bom ser governado por alguém da elite capitalista neoliberal – e, portanto, talvez seja melhor deixar o governo como está mesmo.

Voltemos agora a esta frase:

“Os grampos no Lula foram claramente ilegais. O famoso jurista XXX disse isso claramente em uma entrevista na TV!”

Aqui temos o chamado Argumento de Autoridade, ou Apelo à Autoridade. Ao invés do interlocutor apresentar motivos reais e objetivos para defender que os grampos são ilegais, ele prefere simplesmente citar alguma “autoridade” no assunto, sem sequer apresentar as razões pelas quais aquela autoridade defende tal posicionamento. Neste exemplo temos a citação de um jurista, mas muitas vezes a “autoridade” não tem reputação maior que um leigo qualquer sobre o tema – já vi pessoas citando um colunista da Folha de São Paulo, cantores da Música Popular Brasileira, e coisas do gênero…

Aproveitando, temos um tipo de falácia que é o contrário desta acima. Trata-se do Apelo contra o homem, ou Apelo Ad Hominemcomo este caso abaixo:

“As decisões do Moro na operação Lava Jato são claramente equivocadas. Trata-se apenas de um juiz de primeira instância se sentindo no direito de julgar um ex-presidente da república! E mais, o pai dele foi um dos fundadores do PSDB no Paraná!”

Veja que o autor do argumento pretende defender que as decisões do juiz são equivocadas, mas ao invés de usar argumentos jurídicos para apoiar este ponto de vista, ele prefere atacar a reputação do juiz, tentando reduzi-lo a apenas um “juiz de primeira instância” e citando ainda uma informação sobre o pai dele, novamente com objetivo de desvirtuar a discussão, fugindo do mérito…

Para finalizar, você já ouviu falar da Falácia do escocês de verdade? Para compreendê-la bem, veja se você nunca presenciou um diálogo assim:

Petista: essas manifestações pelo impeachment são uma vergonha. Só tem gente da elite batendo panela!

Você: ora, mas eu estava na manifestação e estou longe de ser “elite”, ganho apenas um salário mínimo para sustentar toda minha família. 

Petista: ah, mas você não é um verdadeiro representante das pessoas que estavam nas ruas… 

Percebeu o que aconteceu? O petista fez uma afirmação sobre um grupo (manifestantes são da elite), você apresentou um contra-exemplo (manifestante que não é da elite), e então o petista usa um critério arbitrário para simplesmente excluir você daquele grupo (“você não é um verdadeiro representante…”). Sim, ele te excluiu do grupo com base em algum critério “da cabeça dele”, pois ele já está previamente convencido de que todos os manifestantes são da elite. E se você apresentar outros contra-exemplos (um desempregado, um empregado doméstico etc.), pode ser que ainda assim o petista ainda encontre formas de excluir aquelas pessoas do grupo (“veja bem, esse desempregado só devia estar lá porque…”). Por motivos óbvios, esta falácia também é conhecida como Expulsão do grupo.

E aí, conseguiu compreender essas 7 falhas argumentativas? Espero que sim. E espero que você passe a observá-las no seu dia-a-dia de agora em diante. Verá que elas são muito mais comuns do que parece! Da próxima vez que ouvir uma, que tal rebater explicitando qual a falácia incorrida pelo seu interlocutor? Acho que ele não vai gostar rs…

Vale dizer que este tema (“falácias argumentativas”) faz parte da Lógica de Argumentação, mais precisamente do ramo da Argumentação Indutiva, Raciocínio Crítico ou Raciocínio Analítico, tema cobrado nas últimas provas do ICMS/SP, TCU e FUNPRESP! Sim, as falácias são úteis no dia-a-dia, mas também têm sido cada vez mais presentes nas provas de concursos!

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja os comentários
  • Faz uma nova versão, mas agora do fanatismo que rodeia o Bolsonarismo. As mesmas falácias estão presentas, se não for mais.
    Victor Rocha em 25/08/20 às 13:09
  • Faz uma nova versão, mas agora do fanatismo que rodeia o Bolsonarismo. As mesmas falácias estão presentas, se não for mais.
    Victor Rocha em 25/08/20 às 12:34
  • Gostaria de saber se o muito mencionado 'lugar de fala" seria falácia,e em caso afirmativo de que tipo(s).
    José Roberto em 21/08/20 às 15:10
  • Parabéns, Professor. Muito didático.
    Fabrício Stefanes Carloto em 11/07/20 às 22:59
  • Egocentrismo ideológico é uma falácia que consiste na incapacidade de sair de um ponto de vista e ver as coisas de modo imparcial.
    Felipe em 16/05/20 às 04:49
  • Achei desnecessário usar a política para explicar as falácias argumentativas. Poderia ter usado outro exemplo.
    Nailla Viotti em 04/07/16 às 19:02
  • Lamentável atitude , professor. Recebeu quanto?
    beto garda em 12/04/16 às 14:36
    • Algumas mortadelas ;) Deixando a brincadeira de lado: estou expressando o meu ponto de vista. Acho isso muito mais honesto do que se fingir de imparcial. Vale lembrar que o Estratégia é uma empresa privada, não há qualquer óbice a nos expressarmos e nos posicionarmos, como vários dos professores vem fazendo. Errado seria eu querer forçar 3 exemplos do PT e 3 exemplos da oposição, por exemplo, para me passar por "neutro" - como a imprensa adora fazer. Abraço
      Arthur Lima em 12/04/16 às 15:24
  • Cqd - Como queríamos demonstrar.
    Carla em 29/03/16 às 12:11
  • Muito bom! E, lendo os comentários, o tema escolhido não poderia ser melhor! Os petistas de plantão não perdem a chance de se expor! É bom pra colocar em prática a aula do professor.
    Jedidias em 27/03/16 às 13:06
  • Vergonha este tipo de texto. Vergonha o estratégia compactuar com isto.
    Ana em 27/03/16 às 10:44
  • Pedro Gonçalves é sério esta noticia de posse pelo correio? Acredito que corruptos existem em todos os partidos Todos eles devem ser investigados de forma séria, e quando condenados devem pegar penas adequadas ao nível de recursos ilícitos que captaram e ao prejuízo gerado aos cofres públicos e aos cidadãos que receberam obras pelas quais investiram seu dinheiro suado, mas que tem baixa qualidade como alguns casos do Programa Minha casa, Minha vida.Se o governo da Dilma esta ruim, muitos prefeitos tem sua parcela de culpa por desenharem projetos principalmente de escolas infantis que foram para publicidade de campanha da Dilma, muitas só com a imagem do que seria, e passou longe de ser por que os valores a ela destinados foram desviados, e suponho que a maior parte tenha se destinado a publicidade.
    Alesandro Pereira em 24/03/16 às 09:39
  • Atenção concurseiros! A presidente Dilma acaba de instituir a posse de funcionários públicos via correios. Ao ser aprovado em concurso público você receberá o documento de posse em sua casa (para o caso de acontecer qualquer coisa!) Não é ótimo isso? Compartilhem!
    Pedro Gonçalves em 23/03/16 às 11:26
  • Parabéns, professor! Conheci este assunto quando estudava para o TCU, e, certamente, à época teria sido de grande valia ter lido o seu artigo para assimilar ainda mais o conteúdo. Que bom também que não se calou por causa do "politicamente correto". Acho que você soube aproveitar muito bem o momento político atual para trazer à tona esta disciplina.
    Jonatas de Oliveira Coêlho em 23/03/16 às 06:40
  • Olá, professor. Bem, o senhor é um ex-militar. Portanto, bem provável que, pela emoção, e não apenas pela argumentação, vem a público militar a favor do impeachment. O senhor é funcionário público, mas vem a público militar por uma causa que está embrionando um estado mínimo. Nunca se fez tanto concurso público como agora, onde o senhor mesmo se aproveitou dessa feita. Será que o senhor, que tenta passar um posicionamento crítico-argumentativo-lógico, não está sofrendo da emulação coletiva? Ou seja, sendo levado a ventos de doutrinas pelo simples fato de uma grande parcela da população também está sendo levada? Como se pode ser crítico-argumentativo-lógico se tudo o que a mídia diz, você repete digerindo até as pedras do feijão? Esse governo cometeu e está cometendo desarranjos administrativos? Sim. Esse governo cometeu e está cometendo desmandos, corrupção, o que causa sérios danos ao desenvolvimento do país? Sim. Mas, qual outro governo não cometeu tudo isso? E por que de se está havendo tanta investigação, prisão e justiça? Será que os governos anteriores inibiram a justiça e a polícia de efetivamente exercerem seu papel? Creio que sim. Onde, na época do FHC, delegados federais mais autônomos e investigativos eram deslocados para áreas remotas, só para não darem prosseguimento nas investigações. Era o governo do engavetamento. Essas empreiteiras vêm, há muito, de outros carnavais, de outros governos cometendo seus ilícitos, numa parceria público-privada promíscua e imoral. Será que ninguém lembra das fraudulentas privatizações da época do FHC? Será que ninguém lembra que a nossa dívida estúpida começou exatamente no governo militar, e só se efetivou ainda mais com o famigerado plano real? A influência olaviana do senhor não é suficiente para convencer pessoas pessoas mais críticas e mais bem fundamentadas. O que dói, na classe média, média alta, é o fato de pessoas mais pobres estarem, agora, podendo comprar passagens aéreas, podendo comprar carros, podendo ingressar em universidades, podendo sair da miséria que antes estavam fadadas. Isso causa um ardor infeliz nas classes mais abastardas. O mundo todo passa por crise, e isso é inegável. China encolheu. EUA ameaça uma quebra. Europa está economicamente comprometida, e o Brasil não iria ficar de fora. Os seus argumentos lógicos ficariam bem mais convincentes se o senhor, ao invés de tomar partido, reconhecesse que trocar um presidente por outro nesse sistema caótico, ineficaz, corrupto e viciado, é trocar seis por meia dúzia. Seus argumentos seriam muito mais eficazes se o senhor tocasse no assunto de que é o sistema político-administrativo que é a grande causa do problema. Deveria ser por isso que as pessoas deveriam ir às ruas, e não servirem como aríete, como massa de manobra, mais uma vez, como aconteceu com os caras pintadas, ou o golpe de 64. Será que vamos ficar retrocedendo sempre? Militar não prestou. Direita não prestou. Esquerda não prestou. Vamos ficar trocando sempre de presidente, retrocedendo ou vamos lutar por um novo sistema político, que iniba a corrupção e o descaso, que traga o povo para mais perto da política, para que o povo exerça realmente o seu poder, sem influências midiáticas torpes? Eis a grande questão. Grande abraço.
    Alessandro em 22/03/16 às 23:57
  • Ser contra o impeachment é ser petista e consequentemente fanático? Deveria fazer o artigo do outro lado também, dizendo como quem defende o impeachment é chamado de povo e quem discute um impeachment sem crime de responsabilidade é chamado automaticamente de defensor cego do Pt. Artigo seletivo, aproveitando os argumentos utilizados pelos fanáticos. Esperava mais.
    Carolina em 22/03/16 às 19:01
    • Carolina, você está incorrendo na falsa dicotomia. Assim como ser a favor do impeachment NÃO significa ser fã do Aécio, ser contra o impeachment também não significa ser petista fanático. Eu escrevi este artigo para falar do fanatismo. Isto não engloba todas as pessoas contrárias ao impeachment. Estou usando sim os argumetnos dos fanáticos, pois este é um artigo sobre falácias, logo ele precisa se concentrar nos argumentos que são falaciosos, e não em argumentos válidos e coerentes. Saudações, Prof. Arthur Lima
      Arthur Lima em 12/04/16 às 15:26
  • 35 Bilhões em 2015 de prejuízo na Petro, que ja soma quase 500 bilhões de dívida. se os bancos quiserem fecha hoje a petro. levará 33 anos pra zerar essa dívida isso, não é lesão ao erário petralhada? Saquearam o BNDES também. são 10 processos pra execrar o PT do poder! escolheram hum. abaixo a cleptocracia! Governando por decreto, congresso travado e não vai ter acordão, não vai ter anistia.
    Rodrigo Mira em 22/03/16 às 09:38
  • André marcha ao lado dos vermelhinhos que queimam a bandeira do Brasil e veneram o aleijado que "se apropria" de obras do Aleijadinho e vem aqui tentar dar lição de moral. O querido professor deve estar se regozijando do seu posicionamento, mas ao mesmo tempo triste ao ver que o fanatismo impede o aluno de aprender qualquer coisa que seja. Cqd.
    Carla em 22/03/16 às 06:39
  • Que bom que existe. Essa bandeira representa meu posicionamento político. E a Verde e amarela representa nosso país. É essa sutil diferença entre "meu" e "nosso" que os pequenos projetos de fascistas ainda não sacaram bem.
    André em 21/03/16 às 22:20
  • André, pra gente como você há uma bandeira bem vermelha.
    Ciça em 21/03/16 às 21:25
  • Eu não marcho ao lado de quem se auto-intitula "brasileiro de bem", que se apropria dos símbolos nacionais, bandeiras, cores e hino para afirmar ser mais brasileiro do que aqueles que discordam ou sequer questionam o posicionamento deles. Não vai ter golpe.
    André em 21/03/16 às 20:40
  • Caro Arthur...Freud explica! "Quando você constrói uma imagem pública em torno de uma ideologia e assume publicamente posturas a favor de determinado grupo político - vai ao programa eleitoral do PT, abraça o Lula, faz campanha para a Dilma - e depois descobre que estava errado, há duas opções: aceitar seu erro ou fingir que nada aconteceu. A maioria dos artistas e intelectuais preferiu fingir que nada de errado está acontecendo com o partido e seus dirigentes. É um mecanismo de defesa psicológica onde Freud e sua filha Anna explicam!" José Padilha, cineasta!
    Maria em 21/03/16 às 20:16
  • Lendo os comentários é fácil perceber como uma ideologia blinda o raciocínio lógico das pessoas. Não me conformo com o fato de existirem tantos alunos do Estratégia (pessoas que almejam trabalhar na Administração Pública) que defendem esta cleptocracia que se tornou o Brasil. Isto me dá medo. De qualquer forma, professor, o texto está genial!!! Parabéns.
    Bruna em 21/03/16 às 20:06
    • Ninguém aqui defende corrupção. É muita audácia afirmar isso. Esse discurso repetitivo dos "brasileiros de bem" sim é que causa medo. A diferença é que existe uma fé, no mínimo suspeita, de muitos daqueles que nem sequer votaram na Dilma, na imparcialidade absoluta da figura messiânica que é considerado o Juiz Sergio Moro. No meu caso em particular, só existe a dúvida sobre esse suposto super-herói. Quem cometeu crimes deve sim ser punido, sobre isso sim não há dúvida. Mas de forma proporcional e razoável, pois a justiça não é um instrumento político muito menos midiático para agradar esses ou aqueles. No momento em que a coisa tomar a proporção correta, e que figuras como Cunha, Aécio e outros caciques da corrupção brasileira forem perseguidos com a mesma intensidade e "boa vontade" que anda sendo o PT, eu repenso sobre minha posição. Já sou bem crescidinho pra acreditar em historinha que a Globo conta. E a passeata de domingo, por mais que o Professor insista na ilusão de acreditar que usamos a falácia do escocês de verdade, ficou bem clara pra mim qual ser a tendência. São números, fatos. Basta querer ver. A classe média/alta que quer um bandido como Aécio, ou um fascista como o Bolsonaro, ou até mesmo intervenção militar, nunca me representaram e nunca irão me representar.
      André em 21/03/16 às 20:32
  • hahahahahhaha, "brasileiros de bem". Reacionário é complicado mesmo.
    André em 21/03/16 às 19:32
  • Verdade, Ciça. Eles fazem pressão para a gente se calar. Quem discorda deles não pode se posicionar, e se o fizer, tem de falar mal da oposição também.
    Macela de Alencar em 21/03/16 às 19:27
  • Galera, vocês simplesmente não estão acostumados ao contraditório. Décadas dominando a mídia e o poder fizeram vocês pensarem que ninguém seria ousado o suficiente pra se posicionar. Chega dessa coisa de falsa imparcialidade, é hora de cada um dar a cara a tapa. Estão insatisfeitos com a posição do Estratégia? Vão procurar outro site de cursos online pra estudar. Aqui, onde estão os melhores, estão os brasileiros de bem - e isso não é uma coincidência! Ponto (se é que me entendem).
    Ciça em 21/03/16 às 18:45
  • Marcelão como um bom petista tá querendo censura!
    Ciça em 21/03/16 às 18:31
  • Nem vou perder meu tempo lendo isso! Ganho mais indo estudar! O título já denuncia a imparcialidade do professor. Que falha, professor! Discutam isso no grupo destinado ao respectivo assunto, não aqui!!!! Façam-me o favor!
    Luísa em 21/03/16 às 18:22
  • O professor acrescentou mais um item em vez de responder os comentários. Sobre o impeachment a razão jurídica de estar rolando na câmara é o das pedalas fiscais que realmente aconteceram, mas que não só no da Dilma mas em outros principalmente estaduais e municipais e que nunca foi usado para tirar o chefe do executivo. Essa seria a principal argumentação da situação. Agora da oposição, dos protestos nas ruas ficam-se criando vários argumentos subversivos também a favor do impeachment. Ou seja, ocorre dos dois lados, mas o professor coloca apenas a situação dos irracionais petistas. Enfim, gostaria de uma.posição do professor e da moderação do site referente a essa postagem polêmica.
    Marcelo em 21/03/16 às 17:28
  • Sem querer polemizar, aproveito para usar a frase do colega Jonas como exemplo: "(...) está “declaradamente” tomando um lado, só falta colocar um tucano ao lado coruja." Acho que ele caiu no dilema da falsa dicotomia, certo professor? Abraços
    Renato em 21/03/16 às 16:36
  • Outro problema argumentativo recorrente, atribuído aos famosos "isentões", é que pessoas, como o professor Arthur, não podem ponderar os erros petistas, aparentando posicionar contra o PT, afinal a oposição também erra. É como se o professor não pudesse falar das falácias petistas e dos erros petistas, porque existem opositores proferindo falácias e errando também. E para validar o texto do professor, é preciso dar uma de isentão também kkkkkkkkk. Os argumentos dos isentões nos leva a pensar que o ideal seria deixar tudo como estar, pois afinal corrupção sempre existiu, o ambiente político é malvado assim mesmo, juizes de primeira instância erram, divulgar isso está impactando a credibilidade de nossas empresas estatais e acarretando prejuízos sociais e econômicos, e o argumento de combate a corrupção já foi usado como desculpa para dar golpe de Estado (como argumenta o vídeo de artistas isentões da Rede Globo). Tudo falácia!
    Macela de Alencar em 21/03/16 às 16:23
  • Faço coro aos colegas, Marcelo e Thiago. O Anti-petismo é tão (ou mais) fanático quanto o petismo. Muitas pessoas fazem o ataque cego ao PT e àqueles que argumentam seriamente em favor da democracia e das instituições democráticas. Isso pode ser comprovado nos comentários.
    Paula Leite em 21/03/16 às 16:20
  • Marcelo, e usar o texto do professor para demonstrar as falácias petistas não significa negar que aqueles contra o PT não proferem falácias kkkkkk. Esse é o mesmo erro de imputar amor ao PSDB a quem critica o PT.
    Macela de Alencar em 21/03/16 às 16:09
  • Marcelo, criticar a Lava Jato não significa defender o PT, né? Pois a questão que se coloca é a crítica à Lava Jato com base em falácia, como por exemplo "operação nas mãos de um juiz de primeira instância, que acha que pode tudo", ou "sabemos que existem casos de erros de juízes de primeira instância que foram derrubadas por instâncias superiores". Esse seu argumento serve mesmo para invalidar a atuação de Moro? Por ter havido juiz de primeira instância errando, significa que Moro errou? Por que não se aponta os dispositivos legais para demonstrar a extrapolação da atuação ou decisão de primeira instância, semelhante as de Moro, que foram derrubadas em instâncias superiores? Eu, quando defendo a correção do Moro em alguma medida, aponto dispositivos legais que a justificam. Diferentemente de quem vi atacar a autoridade do Moro.
    Macela de Alencar em 21/03/16 às 16:04
  • Boa tarde. Antes de mais nada, não sou petista. Sempre apoiei um estado de representatividade real que tenha como foco o desenvolvimento social e proteção aos hipossuficientes. Por essas e outras, costumam me definir como "de esquerda", mas sem dicotomias por ora. Às vezes é uma questão de puro respeito ser imparcial, sabe? Pura diplomacia. Fazer concessões para diversos pontos de vista, já que é de saltar aos olhos que existem enormes falácias nos discursos de diversos meios de comunicação e pessoas. Essa é uma situação extremamente complexa para nos limitarmos apenas a ficar investindo em dicotomias pobres. Por exemplo, o argumento de autoridade em favor de Moro é usado exaustivamente. E cabe aqui uma questão importante sobre direito: nenhum princípio está acima de todos. Inclusive o da legalidade. Ou o da publicidade. Não é por que um processo está sendo feito completamente por vias legais que sua finalidade, razoabilidade e proporcionalidade não possam ser questionadas. Aí se encontra uma grande questão. Pois, definitivamente, a batida coercitiva com o circo da mídia montado de um investigado - que nunca havia apresentado resistência - e o grampo a nível presidencial deixam sérias dúvidas sobre alguns princípios. Perceba: Não há exatidão aqui. Como o colega disse acima, há o trabalho de juízes, que são SIM passíveis de cometer erros e parcialidades, e por isso devem ser questionados. Só podemos, nesse caso, torcer para termos tribunais superiores realmente isentos (dessa vez, sem ironias). Outra falácia básica muito usada é a do apelo contra o homem, no caso de Lula e Dilma. Percebemos o tempo inteiro as redes sociais e a mídia trazendo à tona coisas insignificantes como erros de discurso (principalmente no caso da Presidenta Dilma) para insinuar que isso representa incompetência ou falta de capacidade de governar. São muitos outros casos. Inclusive, com todo respeito, o texto todo do senhor me parece um misto de falsa dicotomia com a falácia do espantalho. Primeiro, o senhor parte da ideia de que todos aqueles que questionam os movimentos da Lava Jato ou que defendam Lula e Dilma são petistas. É só olhar para os exemplos que o senhor dá. Os posicionamentos podem muito bem ser encarados como os de petistas, porém, não é uma exclusividade deles. Resumindo para qualquer pessoa com um nível de interpretação básico, soa como: "Ou você é a favor de todo o processo ou é petista". E, por fim, o senhor termina por apresentar apenas os argumentos mais rasos que o senhor encontrou pela internet para representar os ditos "petistas" (que, por si só, já demonstrei que se tratava de uma falácia). Não seria isso a falácia do espantalho? Veja que o senhor resumiu todos aqueles que discordam ou simplesmente questionam os abusos da mídia e da operação Lava jato em meros falaciosos, como se todos eles tivessem somente esses argumentos, sobre os quais o senhor levaria vantagem para desqualificar, ao invés de colocar ao menos 1 (um) bom argumento para representar a visão daqueles que simplesmente questionam todo o processo, manipulando, assim, a posição contrária à sua. Algo como: "Como você pode ser contra o processo de impeachment? O raciocínio lógico mostra que os "petistas" vivem de falácias pela internet. Não se deve levar em conta o que meros fanáticos pregam." Fico no aguardo da moderação.
    André em 21/03/16 às 15:27
  • Caro Marcelo, tá esperando cair uma placa na sua cabeça avisando que o Lula queria assumir para se defender do Moro, é? Meu Deus, tem gente que não quer ver e depois reclama que o professor fala em fanatismo! "Não condenemos antes que o Lula seja julgado"... Santa paciência! Veja o que o PT fez com o Cunha: pimenta no olho dos outros é refresco!
    Carla em 21/03/16 às 14:52
  • Parabéns professor, texto interessante. É fundamental realizar uma análise crítica da realidade e das "pobres falácias argumentativas", que estão fazendo parte do nosso cotidiano. Associar a matéria de estuda ao momento vivenciado torna a matéria mais intrigante. Obrigada por compartilhar conhecimento!
    Elizete em 21/03/16 às 14:46
  • Thiago, perfeito. Acho que o professor se contradisse um pouco, até pq chamar de petismo quem usa aqueles argumentos é um reducionismo, visto que apartidários e outras pessoas também usam, nem todo mundo está defendendo um partido, apenas questionando como está ocorrendo o processo contra o Lula e o impeachment em si. Além do mais vejo essas falácias dos dois lados. Por exemplo, falando que o foro privilegiado de ser julgado pelo STF é mais vantajoso pro Lula do que pelo Moro, visto que dos 11 ministros do STF 7 foram escolhidos pelo PT. A Grande maioria é contrária ao governo da Dilma, logo ela deve cair Só tem sindicalistas, sem terra e preguiçosos nesses protestos e quem não é deve ganhar algo em troca por estar defendendo um bandido Enfim, acho que o professor acertou e muito em usar a política e a situação atual pra ensinar esse conteúdo de lógica, visto q por ter emoções junto é mais fácil de aprender, fica mais marcado na cabeça. Só acho que errou em reduzir a petismo aqueles argumentos ou por ter usado apenas argumentos de quem é contra o impeachment. Poderia ter usado 3 de cada ou 6 de cada pois a incoerência é vista e muito, em ambos os lados.
    Marcelo em 21/03/16 às 13:56
  • "Antes que alguém pergunte: sim, todos os exemplos que eu vou usar neste artigo referem-se ao petismo. Poderia ter escolhido outro tipo de fanatismo, mas o fato é que, no momento atual, a defesa cega do PT é um fenômeno extremamente presente em todos os ambientes que nós convivemos". Usando os mesmos argumentos, porém trocando o "lado": Ora, o fato de alguém criticar os métodos e procedimentos da Lava-jato não implica que esta pessoa esteja defendendo cegamente o PT (ou, como o Senhor chamou, fazendo "petismo"). Não significa também que esta pessoa acredite que Lula ou Dilma sejam políticos idôneos, ou qualquer coisa do gênero. Reduzir a discussão a apenas duas opções é uma falha grave! Falácia da Falsa Dicotomia, ou Falso Dilema.
    Thiago em 21/03/16 às 13:42
  • Excelente artigo!
    Adriana Loiola em 21/03/16 às 13:28
  • Dá pra praticar o conteúdo todo dia assistindo Jornal Nacional.
    Luan Barreto em 21/03/16 às 13:27
  • Ops, corrigindo: "...se aos petistas e isentoes falta RL também ou se lhes sobra malícia..."
    Cinthia em 21/03/16 às 13:21
  • Que timing excelente para aprendermos ou revisarmos esse conteúdo. Como disse a colega, tem faltado mesmo raciocínio lógico por parte do povo - e me pergunto se aos formadores de opinião petistas ou isentões falta-lhes RL também ou se sobra-lhes malícia (de uma forma ou de outra, enganam o povo mais ignorante ou desatento). Parabéns, professor!
    Cinthia em 21/03/16 às 13:18
  • Excelente texto, professor!! O que o grande público sente na pele é o resultado de décadas de argumentos falaciosos e de quem quer se manter no poder, custe o que custar! E agora está sendo dado o passo para quebrarmos a falha de raciocínio lógico. É uma das características de países sérios. Afinal, o bem é para todos, inclusive a Justiça!
    Eliane em 21/03/16 às 13:02
  • Excelente texto, professor! Excelente para ambos os lados. Não só para quem quer a devolução do país que foi roubado dos brasileiros, mas também para os petistas aprenderem a argumentar com um mínimo de coerência e pararem de virar chacota.
    Sérgio em 21/03/16 às 13:00
  • Parabéns, excelente. Um juiz que estudou bastante e possui larga experiência não se deixaria contaminar por paixões partidárias, além disso, quem o provoca para tomar certas decisões é o MP e a PF!!! Então, ou o Lula é um grande injustiçado, ou tem bons amigos! Professor, o senhor não quer me emprestar sua casa de praia para eu morar para sempre lá e reformar do meu jeito e fazer o que quiser? ... Devemos estar errados, Os amigos do Lula são melhores que os nossos kkkk. Parabéns e muito obrigado.
    Edson Albuquerque em 21/03/16 às 12:59
  • Na realidade, muitas pessoas estão conduzindo a discussão por esta via proposta no seu texto. Porém, discordo que o grande burburinho que surgiu recentemente, se deve apenas a isso. O que tenho visto em muitos casos, é a reclamação de que o foco do debate é só de uma lado e não um debate mais amplo, minha queixa por exemplo, é sobre o debate amplo e não essas proposições suas . Não se trata de desonestidade intelectual , mas de se cobrar um debate amplo e que discuta de forma séria o país e não um grupo como tem sido recentemente
    Carlos em 21/03/16 às 12:25
  • Lamentável você trazer esse tipo de fla-flu para dentro do Estratégia misturando um espaço de estudos com convicções pessoais. Não consigo entender como o tema escolhido ajuda no estudo racíocinio lógico uma vez que traz uma forte carga emocional que destrói a concentração. Sinceramte, você não usou nem o racíocinio e nem a lógica. Num momento de nervos à flor da pele e de acirramento do jogo político, inclusive com várias pessoas sendo agredidas só por estarem usando alguma roupa vermelha, sindicatos sendo invadidos pela polícia e diretórios políticos sofrendo atentados, espera-se que esse espaço seja um porto seguro de toda incerteza e turbulência que vivemos. Não jogar mais lenha na fogueira. Ontem prestei concurso para a ANAC e ninguém sabe se realmente em outubro os classificados tomarão posse. Tudo vai depender de quem for o presidente ou primeiro-ministro. Ou o que acontecer até lá. Todos tem direito a expressar sua opnião política, mas acredito que o seu site pessoal seria o espaço mais adequado para esse texto. Não concordo que isso deva ocorrer num espaço público onde existem pessoas de todas as convicções políticas. Se o Estratégia decidir ser o curso pró-impeachment e anti-Dilma então que seja, mas esteja preparado para não ser aceito por vasta parcela da comunidade concurseira. E que assuma as consequências de ficar marcado como o curso golpista caso o impeachment dê chabu. Além disso, acredito ser ingenuidade acrediar que aqueles sentiram o gosto do poder, rasgando a constituição e desrespeitando as leis, vão devolvê-lo de mão beijada aos três poderes. É o mesmo erro de avaliação que foi cometido no golpe de 64 quando acharam que os militares devolveriam o poder ao congresso. Se vale tudo para tirar seu inimigo, quem garante que o gênio vai voltar para a garrafa?
    afrfb09ba em 21/03/16 às 11:58
  • Bom dia professor, bom dia colegas! Hoje acordei surpresa, mas leitura é sempre bom e ajuda ao menos para a prova de Português! :) Concordo com o colega Marcelo e vejo um grande empenho de muitos (seja na política, seja no judiciário, seja em setores privados da sociedade) em criar uma lógica de que: A: O PT é mau. B: As pessoas que defendem pessoas do PT são más. C: Se A, então B. (Assim, rechace!) Fato é que essa mesma lógica diz que a possibilidade de “verdade” em C é a mesma para: (A, então B), (Não A, então B), (A, então não B) e ainda (não A, então não B). Por não saber se C é V ou F, mesmo que (ou A ou B) sejam V, nada é possível concluir. Realmente a lógica é justa e a vida, infelizmente, nem sempre é lógica. Eu diria: Não rechace! Vamos estudar lógica e deixar as polissemias políticas de lado! Abraços e bom empenho a todos!
    Sammar em 21/03/16 às 11:46
  • Sensata ponderação Marcelo. Bom senso e ponderação são bem-vindos num cenário de acirramento político e de graves consequências econômicas e sociais.
    Bruno em 21/03/16 às 11:38
  • Genial, professor. Artigo de fazer inveja para qualquer redator do Grupo Abril ou Globo, cheio paixão e emoção envolvida, e claro, disfarçado de peça técnica imparcial. Porém, no que tange ao Raciocínio Lógico, a exposição foi extremamente esclarecedora, embora fiquemos a perguntar: não haveria, num universo infinito, nenhum exemplo menos polêmico como opção? Desculpe pela crítica, pois respeito muito seu trabalho. Mas no atual momento de fervor político, cegueira irracional, além de uma insana bipolaridade no debate, lamento que tenha sido infeliz na escolha do tema. Obrigado.
    Tobias em 21/03/16 às 11:23