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Questões de Políticas Públicas – APPGG – Recurso

Olá pessoal,

Estou trabalhando no comentário das questões de PP e GG dos concursos da Prefeitura de São Paulo. As provas vieram bem pesadas, acima do que foi cobrado no último concurso de Gestor Federal, e já visualizei uma questão passível de recurso. Abaixo trago algumas questões polêmicas da prova de Políticas Públicas que foi aplicada no último final de semana. Assim que tiver comentado todas as questões, irei postar no site e atualizar o artigo

 

(VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) O papel da burocracia na formulação das políticas públicas, conforme modelos de análise contemporâneos, é

(A) restrito aos funcionários que ocupam as posições mais altas na hierarquia e participam das arenas de decisão política.

(B) inexistente, pois os burocratas preponderantemente implementam as políticas públicas.

(C) inexistente, pois a burocracia apenas implementa as políticas públicas.

(D) compartilhado entre funcionários de alto e baixo escalão que formulam e implementam políticas públicas.

(E) restrito aos funcionários de alto e baixo escalão que formulam e implementam políticas públicas.

 

A questão trata da participação da burocracia na formulação das políticas públicas. Os agentes burocráticos participam tanto da formulação, como da implementação das políticas públicas.

Aqui podemos fazer uma diferenciação: questão trata da burocracia de alto escalão, dos que ocupam posições de nível estratégico. Esses atuam, claro, na formulação das políticas públicas.

Entretanto, existe um outro tipo de burocracia, que chamamos de burocracia de nível de rua ou “street level bureaucracy”. Seriam os servidores que atuam diretamente na execução da política pública, prestando serviços diretamente à população.

Aqui é que a questão fica polêmica, pois existem autores que dizem que a burocracia de nível de rua atua sim na formulação das políticas públicas. De acordo com Ilza Jorge[1],

“Eles acreditam [os burocratas do nível da rua] estar fazendo o melhor que podem sob circunstâncias adversas e desenvolvem técnicas para recuperar valores do serviço e da formulação de políticas dentro dos limites impostos sobre eles pela estrutura do trabalho. Eles desenvolvem concepções de seu trabalho e de seus clientes que estreitam a lacuna existente entre suas limitações pessoais e profissionais e o ideal do serviço (Lipsky apud Ham e Hill, 1993:187) “

O gabarito da banca é a letra A, que restringe a participação na formulação aos burocratas de alto escalão, sem considerar a participação dos burocratas de nível de rua. Deste modo, eu pediria a anulação da questão, pois o entendimento não é consenso na literatura.

 

[1] (Jorge, 2012)

 

 

(VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) top-down e bottom-up são modelos para

(A) analisar os resultados de políticas públicas.

(B) estudar a formulação das políticas públicas.

(C) estudar a implementação das políticas públicas.

(D) avaliar políticas públicas.

(E) implementar políticas públicas.

 

Essa questão foi de uma maldade da banca imensa. O problema é o seguinte: de acordo com Sabatier[1], existem dois modelos de implementação de políticas públicas: o modelo top-down (de cima para baixo) e o modelo bottom-up (de baixo para cima).

O primeiro modelo seria o modelo top-down, que se basearia na noção de que a decisão política definiria a política “por cima”. Já o modelo bottom-up seria um modelo em que a política seria formada pelo nível operacional, pela “base da pirâmide”, os funcionários em contato direto com os usuários diretos.

Esses modelos são, naturalmente, conceitos teóricos que nos auxiliam no entendimento de como as políticas públicas podem ser implementadas. Entretanto, a banca trouxe duas alternativas semelhantes. Na letra C, a banca diz “estudar a implementação das políticas públicas”, já na letra E diz “implementar políticas públicas”.

Ora, se esses conceitos são modelos, nós estamos tratando de conceitos teóricos, de estudos, não de um “plano de ação” para implementar as políticas públicas. A letra C está certa mesmo.

[1] (Sabatier, 1986) apud (Secchi, 2010)

 

(VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) O modelo racional e o modelo incremental se diferenciam porque

(A) o primeiro avalia as alternativas de forma comparada, e o segundo avalia as alternativas de acordo com as metas a serem alcançadas.

(B) o primeiro considera todas as alternativas de políticas, e o segundo considera as melhores alternativas.

(C) o primeiro define as metas de acordo com critérios técnicos, e o segundo define as metas de acordo com critérios sociais.

(D) o primeiro define o problema de forma completa, e o segundo define e redefine o problema ao longo do processo.

(E) o primeiro se aplica à formulação, implementação e avaliação das políticas públicas, e o segundo se aplica apenas à implementação das políticas públicas.

 

O modelo incremental, como o próprio nome indica, busca a solução dos problemas de maneira gradual, ou seja, sem introduzir grandes mudanças ou rupturas no modo como as coisas já são executadas.

Já o modelo racional crê que existam “informações completas” ao dispor dos agentes públicos e de que seria possível uma decisão que tomasse em questão todas as alternativas possíveis com base em uma racionalidade.

Ou seja, o modelo postula que o Estado teria condições de prever todos os desdobramentos futuros de suas decisões e analisar todas as variáveis importantes. Assim, a letra D é mesmo a alternativa correta, pois o modelo racional busca mesmo definir o problema da forma “completa”, enquanto o modelo incremental redefine o problema ao longo do processo.

E como isso ocorre dentro do modelo incremental? Ora, sempre que uma mudança incremental ocorre, a situação muda um pouco, pois as mudanças são graduais. Se a mudança for positiva, o gestor público aprofunda as mudanças na mesma direção. Se a mudança for negativa, o gestor irá propor alguma medida corretiva, mas sempre de modo progressivo, incremental. O gabarito é mesmo a letra D.

 

(VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) No conceito de racionalidade limitada, as limitações à racionalidade devem-se aos fatores:

(A) individuais (como as preferências) e organizacionais (como a hierarquia).

(B) individuais (como a memória) e econômicos (como a eficiência).

(C) organizacionais (como a disponibilidade de informações e de tempo) e individuais (como a cognição).

(D) organizacionais (como o ambiente organizacional) e individuais (como as emoções).

(E) econômicos (como a efetividade) e individuais (como os valores).

 

Para Simon, a racionalidade limitada espelha melhor as condições de tomada de decisão: as pessoas são racionais apenas até certo ponto, principalmente nos aspectos em que elas conseguem perceber ou interpretar[1]. Para ele, existem dois tipos de limitação: do contexto do problema (que a banca considerou como “organizacionais”) e do indivíduo.

A letra A está incorreta, pois a hierarquia não é vista como uma limitação para a tomada de decisão. O mesmo pode ser dito da letra B: a eficiência não é uma limitação para a tomada de decisão. Tampouco existe um tipo de limitação “econômica”.

Já a letra C está correta. A falta de informações e o tempo escasso são mesmo limitações do contexto do problema e a cognição (capacidade de aprender, de adquirir um conhecimento, de processar as informações) é mesmo uma limitação individual.

A letra D está errada, pois o ambiente organizacional não é uma limitação. Finalmente, a letra E também está errada. A efetividade não é uma limitação da tomada de decisão e não existe um tipo de limitação “econômico”. O gabarito é mesmo a letra C.

 

[1] (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011)

 

(VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) Segundo a teoria dos múltiplos fluxos, a mudança na agenda ocorre quando há convergência entre

(A) difusão de ideias, debate de alternativas e decisão política.

(B) oportunidades, decisão de lideranças e apoio político.

(C) tomada de decisão, construção de apoio político e apoio popular.

(D) reconhecimento de um problema, identificação de alternativas e construção de apoio político.

(E) identificação de um problema, tomada de decisão e implementação eficiente.

 

De acordo com Kingdon, o modelo dos fluxos múltiplos tenta explicar porque alguns temas entram e outros não entram na agenda governamental. O modelo postula que os governos são permeados por três fluxos:

  • Fluxo dos problemas;
  • Fluxo das soluções ou alternativas;
  • Fluxo da política.

Assim, devemos reconhecer que o problema existe (1), identificar alternativas viáveis de resolução do problema (2) e construir uma base de apoio político para viabilizar a solução escolhida (3).

Alguns alunos me perguntaram sobre a letra A, mas a difusão de ideias não trata exclusivamente dos problemas. Assim, está mesmo errada. Já a letra D está perfeita. O gabarito é mesmo a letra D.

 

(VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) De acordo com a teoria do equilíbrio pontuado, as políticas públicas

(A) sofrem mudanças incrementais e mudanças de grande escala, dependendo da emergência de mudanças nas imagens e nas instituições.

(B) mudam quando o equilíbrio é alterado por mudanças incrementais nas imagens e nas instituições.

(C) mudam abruptamente, por meio de alterações no monopólio das imagens e nas instituições.

(D) mudam quando o equilíbrio é quebrado por alterações abruptas no monopólio das imagens e nas instituições.

(E) mudam incrementalmente, por meio de alterações nas imagens e nas instituições.

 

A questão trata da Teoria do Equilíbrio Pontuado. De acordo com essa teoria, existe uma situação recorrente nas políticas públicas: apesar das políticas serem, geralmente, marcadas por uma estabilidade, ocasionalmente ocorrem grandes “rupturas”. Assim, as políticas públicas teriam um caráter de estabilidade, mas grandes mudanças poderiam ocorrer (em crises, por exemplo).

Esta teoria foi desenvolvida primeiramente, por Frank Baumgartner e Bryan Jones ao longo dos anos 80 e 90, tendo como base a política norte-americana. A letra A, que é o gabarito da banca, está mesmo certa. De acordo com a teoria, as políticas públicas podem sofrer mudanças incrementais (pequenas e progressivas), quando existe uma certa estabilidade, e sofrer rupturas quando o cenário é de crise.

A letra B está errada, pois as mudanças não só são incrementais, mas também drásticas quando ocorrem crises. E o equilíbrio não é alterado pelas mudanças incrementais.

A letra C também está errada. As mudanças não são necessariamente abruptas, como já vimos. E existem diversos fatores que podem gerar as crises, que possibilitam as mudanças drásticas. Pelos mesmos motivos, as letras D e E estão igualmente erradas. O gabarito é mesmo a letra A.

 

 (VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) O transporte público na cidade de São Paulo representa uma política pública

(A) regulatória.

(B) distributiva.

(C) redistributiva.

(D) empreendedora.

(E) majoritária.

 

A questão trata dos tipos de políticas públicas e pede o conhecimento da tipologia desenvolvida por Theodore Lowi. De acordo com este autor, os tipos de políticas públicas são[1]: regulatórias (servem para regular algum mercado ou setor), constitutivas (definem as regras da disputa política e da elaboração das políticas públicas), distributivas (benefícios são concentrados em um número restrito de grupos ou pessoas, enquanto os custos são difusos para toda a sociedade) e redistributivas (custeadas por um grupo restrito de pessoas para o benefício também de um grupo restrito de pessoas).

A resposta da questão demandaria algum entendimento de como funcionam as políticas de transporte público. O Estado subsidia, através de impostos, as companhias que prestam os serviços de transporte. Elas cobram taxas (tarifa) dos seus usuários, mas recebem recursos públicos diretamente dos governos estaduais e municipais.

Podemos ver isso em uma notícia recente sobre o governo Haddad[2]:

“A Prefeitura de São Paulo publicou um decreto nesta terça-feira (20) aumentando os subsídios pagos às empresas de ônibus em R$ 144 milhões. Os valores são compensações tarifárias previstas em contrato e que servem para “indenizar” as empresas pelo transporte de pessoas que não pagam a tarifa de R$ 3,50. É o caso dos estudantes, que desde o início do ano podem fazer viagens totalmente gratuitas. ”

Assim sendo, essa é uma política distributiva, pois é custeada de modo difuso pela sociedade (através de impostos), mas beneficia um grupo restrito (os usuários do serviço). O gabarito da banca é mesmo a letra B.

 

[1] (Lowi, 1964) apud (Secchi, 2010)

[2] Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/10/haddad-amplia-subsidios-empresas-de-onibus-em-r-144-milhoes.html

 

 

(VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) Entre as políticas municipais da cidade de São Paulo apresentadas a seguir, o modelo de triângulos de ferro é a abordagem mais adequada para explicar a(s)

(A) política de segurança urbana.

(B) política habitacional.

(C) política educacional.

(D) políticas afirmativas.

(E) política de uso e ocupação do solo.

 

Questão muito difícil. Na minha opinião, pede mais conhecimento prático do que teórico. O modelo do “triângulo de ferro” estuda o relacionamento entre três tipos de atores: políticos (congresso), burocratas e lobistas ou grupos de interesses. De acordo com a teoria, esses três “atores” atuariam em conjunto na definição das políticas públicas de maneira que todos saíssem beneficiados.

O político no parlamento teria o poder de aprovar legislações benéficas aos lobistas ou grupos de interesse, mas necessita de recursos destes.

Os burocratas podem definir detalhes da implementação das políticas públicas, beneficiando as áreas de interesse dos políticos (seu estado ou cidade, por exemplo), mas necessitam de verbas para seus órgãos e, claro, manter seus cargos – o que o político pode garantir.

Deste modo, todos sairiam ganhando, menos o interesse público, naturalmente. Uma premissa importante do modelo é a existência de grupos pequenos e estáveis de participantes autônomos, que participariam em conjunto para controlar certas políticas e programas públicos.

Essa teoria foi desenvolvida nos Estados Unidos no começo do século passado e esteve muito em voga nos anos 60 e 70. O problema da questão, porém, não é a teoria.

A banca pede que o candidato conheça profundamente cada uma destas políticas públicas no município de São Paulo e o seu funcionamento interno, bem como o relacionamento entre os políticos (vereadores) e grupos de interesse locais.

A política de uso e ocupação do solo foi escolhida pela banca como a correta. Esse tipo de política, que define quais são os tipos de utilização possível em cada região e bairro (comercial, residencial, industrial, misto, com alta ou baixa densidade etc.) costuma ter sim esse tipo de relacionamento entre esses atores, configurando um “triângulo de ferro”.

Entretanto, existem casos em outras localidades em que a política habitacional também pode funcionar com base neste modelo. Os próprios estudos nos Estados Unidos sobre o “triângulo de ferro” tratam do funcionamento deste modelo na política de segurança nacional de lá.

As demais políticas citadas pela banca (educação e ações afirmativas) não costumam mesmo ter esse tipo de relacionamento. De qualquer forma, o candidato teria mesmo de conhecer a fundo o funcionamento da política em âmbito municipal para acertar essa questão. O gabarito da banca é mesmo a letra E.

 

 

Abraços,

Rodrigo Rennó

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Veja os comentários
  • Boa tarde Professor! Só encontrei os comentários de 8 das 20 questões aqui. Você conseguirá comentar as demais? Obrigado!
    JOSE GUILHERME DOS SANTOS GONÇALVES em 07/04/16 às 15:56
  • Olá, professor. Obrigado por sua resposta sobre a questão do BSC. Gostaria de sua opinião sobre a seguinte questão de Políticas Públicas: São estratégias ou políticas que fazem parte da atenção básica em saúde: (A) Política Nacional de Atenção às Urgências e Saúde da Família. (B) Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Hospitalar. (C) Unidade de Pronto Atendimento e Saúde da Família. (D) Unidade Básica de Saúde e Saúde da Família. (E) Sistema de Atendimento Móvel de Urgência e Uni­dade Básica de Saúde. A Vunesp declarou como certa a alternativa D. Pode-se considerar a UBS como uma estratégia ou política de saúde? Não seria um equipamento? Mais uma vez, obrigado.
    Luiz em 19/11/15 às 12:03
  • Boa tarde, Aqui só postam os,bons comentários?
    Jimmy em 19/11/15 às 11:58
  • As questões são da versão 1. Quanto a questão 21 eu já entendi. Adm. Pública 16. Embora o Estado brasileiro se declare federalista desde a Constituição de 1891, alguns autores dizem que esse federalismo é distinto do federalismo de outros países. Essa distinção mostra o Estado brasileiro, principalmente em termos tributários, como uma federação com cunho fortemente (A) democrático. (B) desenvolvimentista. (C) centralizador. (D) conservador. (E) descentralizador. Alternativa dada pela banca: Letra C. Acredito que a resposta correta deveria ter sido a letra 'e'. 41. A análise de redes de políticas públicas, do ponto de vista do neoinstitucionalismo sociológico, para o qual a variável cultural não é exógena ao sistema político, deve (A) considerar contextos relacionais e esquemas cognitivos e morais para processos de implementação de governança interativa. (B) compreender particularidades do processo político local em sua dinâmica específica, considerando a presença de representantes de interesses econômicos, a grande pluralidade de interesses e a força invariável das elites econômicas. (C) ser qualitativa, visando a negociação concreta em situações de conflito de interesses e o acordo voluntário de cooperação. (D) apreender práticas culturais, papéis e relações entre posições dentro de estruturas políticas locais. (E) considerar modelos morais e cognitivos que levam os indivíduos a estabelecer redes de confiança e cooperação para atingir objetivos úteis. Gabarito da Banca 'A' Não consigo entender como o a governança interativa se encaixa no neoistitucionalismo. 46. A avaliação ex ante das políticas públicas visa (A) informar decisores na formulação da situação problema a ser alvo do plano. (B) medir a relação custo/efetividade. (C) dar suporte ao planejamento e projetar inovações socialmente eficazes. (D) informar decisões de implementação e servir ao diagnóstico custo/benefício. (E) mensurar os objetivos principais dos programas e os valores futuros resultantes da sua implementação. Gabarito da Banca 'D' Pelo que vejo a avaliação ex-ante não se trata de informar decisões, mas sim de fazer avaliações. Eu marquei a 'c' baseado em que a avaliação ex-ante, procura orientar sobre a realização de um dado programa, no que diz respeito a sua formulação e desenvolvimento, através do estudo de seus objetivos, dos beneficiários e suas necessidades e do seu campo de atuação. Desta forma, propõe-se ser um instrumento que permite escolher a melhor opção estratégica, como destaca Cohen e Franco (1993, p. 16): “[...] a avaliação ex-ante permite escolher a melhor opção dos programas e projetos nos quais se concretizam as políticas”.
    Thiago em 19/11/15 às 10:49
  • Olá, professor. Fui seu aluno nos dois cursos para APPGG e gostaria de seu parecer sobre a questão de Gestão Governamental que aborda o BSC: 17. A respeito do modelo de planejamento Balance Scorecard (BSC), é correto afirmar que (A) tanto em organizações públicas como em privadas, o foco desse modelo é promover uma visão sistêmi­ca da organização, reconhecendo que os diversos fatores afetam a consecução da estratégia, cujo foco central é o desempenho financeiro da organização. (B) foi desenvolvido como sistema de planejamento mais aderente a um contexto de mudanças, de forma que se baseia em leituras assentadas intensamente em séries históricas, considerando que o desempenho pretérito orienta a estratégia. (C) é um instrumento criado em contexto empresarial, mas que vem sendo traduzido para a gestão pública, e tem como foco promover a gestão das operações das organizações. (D) o conhecimento e a inovação são seus princípios fundamentais, de forma que o mapa estratégico deve conter objetivos voltados a inovações e gestão do conhecimento em todas as áreas das organizações. (E) as perspectivas, ou dimensões, adotadas nesse mo­delo variam de organização para organização e são fruto de uma escolha baseada em um processo de reflexão que identifique o que é coerente à organiza­ção e a seu contexto. A Vunesp deu como certa a alternativa E. Discordo, pois desconheço outras perspectivas que não as 4 definidas por Kaplan. Acredito que a alternativa C é a correta. Qual sua opinião? Obrigado.
    Luiz em 19/11/15 às 10:48
    • Olá Luiz, Essa questão, infelizmente, não cai. As perspectivas originais de Kaplan e Norton são uma referência, mas cada organização pode adaptá-las para o seu contexto. No setor público, por exemplo, é muito comum a troca da perspectiva financeira por outra perspectiva mais adequada ao órgão. Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 19/11/15 às 11:03
  • Sou aluno do curso do APPGG e lembro desse comentário no material de GG na questão do papel da burocracia na formulação de PP sobre a participação dos burocratas do nível de rua. Tanto que tirei a alternativa "A" logo de cara e fiquei em dúvida entre a "D" e a "E".
    Ricardo Uemura em 19/11/15 às 10:21
    • Olá Ricardo, Pois é! Creio que nessa temos chance de reverter! Oremos.... ;-) Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 19/11/15 às 10:29
  • Olá Professor, estudei pelo seu material e fui muito bem nas questões de GG (90% de acerto). Em relação às questões de PP, tive mais dificuldade. Concordo com o comentário do Alex Khouri. Parabéns pelo material.
    Bruno Cargas em 19/11/15 às 09:30
    • Olá Bruno, Que bom que teve bom aproveitamento nas provas. De qualquer forma, a prova veio bem pesada mesmo! Boa sorte na próxima fase! Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 19/11/15 às 10:23
  • Rodrigo, Quando sairá os comentários de PP e GG de APPGG? A prova foi complexa e queria saber quais questões cabem recurso. Abs.
    Gisele em 19/11/15 às 08:15
    • Olá Gisele, Estou postando os comentários das questões no artigo. Por enquanto, só encontrei uma questão passível de recurso. Se tiver alguma dúvida em alguma questão específica da prova me envie por email que analiso mais rápido, ok? Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 19/11/15 às 08:31
  • Olá professor, você poderia verificar a possibilidade de recurso na questão 18 de Administração Pública (cargo auditor)? Ela pede para assinalar a alternativa que contém um instrumento relativo ao accountability vertical. A resposta correta foi dada como Mecanismos de consulta pública. A alternativa a, Controle de Ouvidoria Pública também não está correta? Grata
    Livia Campos em 19/11/15 às 08:04
    • Olá Lívia, Já estou analisando a questão. Em breve postarei no site! Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 19/11/15 às 10:24
  • Professor, poderia comentar, da prova de Auditor de Controle Interno, as questões de: - Administração Pública (Conhecimentos Gerais): Questão 16 (pelo seu material tenho certeza que a resposta seria descentralizador, já até ouvi pessoas querendo entrar com recurso, porém a resposta preliminar da banca veio centralizador); Questão 21 - Políticas Públicas (Conhecimentos Especializados): Questão 41; Questão 46 Obrigado !!
    Thiago em 19/11/15 às 02:45
    • Olá Thiago, Por favor, você poderia me enviar o ínicio das questões? Existem 4 versões da prova, ok? Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 19/11/15 às 08:40
  • Boa noite, professor! Você comentar as provas de políticas públicas do cargo de auditor, bem com de administração pública?
    Bruno Sales Bernardo em 18/11/15 às 23:13
    • Olá Bruno, Irei comentar todas as provas, mas como o prazo é exíguo para o recurso te peço para me enviar as questões polêmicas para meu email de contato, pois teria como comentar essas até amanhã, ok? Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 18/11/15 às 23:25
  • Olá professor Se puder comentar as questões para auditor, pois temos até amanhã para interpor possíveis recursos. Obrigada
    Juliana em 18/11/15 às 22:16
    • Olá Juliana, Irei comentar sim, mas se tiver alguma questão mais polêmica me mande por email que posto no site antes, ok? Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 18/11/15 às 22:36
  • Prof. e as questões de Politicas Publicas do cargo de Auditor, vc irá comentar? O prazo é até amanha. Por favor nos ajude pois a prova estava muito pesada. Desculpe a minha ansiedade. Obrigada.
    Carolina em 18/11/15 às 21:59
    • Olá Carolina, Irei comentar sim, mas se tiver alguma questão mais polêmica me ande por email que posto no site antes, ok? Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 18/11/15 às 22:16
  • Olá Rodrigo. Fiz o curso de gestão e gostei muito. Como VC mesmo observou a prova teve um nível elevado, sendo assim VC acredita que ficará muito alta a nota de corte? Geralmente quanto mais difícil a prova a nota tende a ser baixa. O que VC acha? Pode dar sua opinião de quanto será essa nota. Obrigado.
    Luiz em 18/11/15 às 19:52
    • Olá Luiz, Não tenho como dar uma opinião sobre a nota de corte total, pois só vi as minhas matérias. De qualquer forma, creio que a nota de corte não será alta mesmo. O nível da prova foi muito elevado e isso jogará a média para baixo. Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 18/11/15 às 20:15
  • Infelizmente, a prova de EPPGG do município de São Paulo foi bem mais aprofundada do que o material do professor Rodrigo Rennó. Acho que o Estratégia deveria reavaliar se deseja continuar com esse professor nas matérias de Políticas Públicas e Gestão Governamental para outros certames.
    Paula em 18/11/15 às 19:24
  • Prof. Rodrigo, comprei o material do curso do CGMSP de Políticas Públicas e na prova me deparei com essa questão que sequer foi abordada durante o curso. Poderia me dizer onde eu encontro essa informação? 48. Quanto a seus realizadores e quanto a sua natureza, as avaliações de programas governamentais podem ser, respectivamente, (A) externas, internas, mistas ou participativas; formativas ou somativas. (B) externas ou participativas; formativas ou somativas. (C) externas, internas ou mistas; ex ante ou ex post. (D) externas ou internas; de custo/benefício ou de custo/efetividade. (E) externas ou mistas; para informar decisões de implementação ou de resultados de execução.
    Patrícia em 18/11/15 às 18:22
  • Olá professor, fui seu aluno do curso de APPGG. Acho suas aulas no geral muito boas, mas queria deixar um feedback. Gosto do seu estilo de escrever, de uma maneira informal e direta, que dá a sensação de que você está conversando com o aluno. Uma das técnicas que você usa é começar a explicar um tópico com um exemplo, para gerar uma imagem prática que ajuda o aluno a entender, porém no meio de tantos exemplos, às vezes você esquece de dar uma definição formal e literal dos conceitos. Fui razoavelmente bem na prova de políticas públicas, porém essa questão do bottom-up e top-down e outra do Fundeb foram conceitos explorados na aula, mas não foram bem delineados e definidos. Não houve uma definição formal que delimitasse seu significado. Infelizmente as bancas cobram literalidades ou essas especificidades, e apenas conhecer o exemplo ou a ideia do conceito não é suficiente. Abração!
    Alex Khouri em 18/11/15 às 18:19
    • Olá Alex, Obrigado pelo feedback. Essa prova veio bem pesada mesmo e vou aprimorar o material e apontar melhor esses pontos que você mencionou! Abraços, Rodrigo Rennó
      Rodrigo Rennó em 18/11/15 às 21:41