Olá, tudo bem?
Você é do tipo de pessoa que sempre diz “não tenho tempo para estudar”? Pense nisso: o brasileiro, em média, dedica mais de 30 horas semanais à internet! Isso mesmo. E mais umas 30 horas semanais vendo TV!
Vamos às contas? Sim, mais de 3.000 horas por ano! Sim você leu certo. Somos campeões mundiais! Sendo mais purista, alguém pode dizer que às vezes a internet e televisão são acessadas simultaneamente. Verdade. Mas ainda assim 1.500 horas, na melhor das hipóteses, seriam uma excelente carga horária para qualquer estudante.
Bom, meu objetivo hoje é apenas alertar para possíveis ladrões do seu tempo. Vamos lá?
Para começar, veja em quantos desses itens está investindo seu tempo.
- Você usa muito o Facebook/Instagram?
- Você vê novela? Mais de uma?
- Gosta de internet, não é?
- Acorda e fica rolando na cama?
- E o “Zap Zap”, hein? Muitos vídeos são engraçados, é verdade.
- E os joguinhos no celular? Já está sem espaço na memória?
- Viciado nos seriados e Netflix, torrents e afins?
- Baladeiro(a) profissional?
Agora veja essa tabelinha bem light. Estimei algumas horas semanais para cada atividad
e. Por exemplo, estimei que a pessoa fique uma hora por dia no Facebook/Instagram. Também estimei que a pessoa fique uma hora por dia no Whattsapp, assista uma novela, jogue meia hora por dia no celular, fique uma hora além do tempo necessário na academia, e por aí vai. Veja a tabela ao lado com as horas por semana. Aposto que, em alguns casos, você gasta mais tempo do que estimei.
Nessa rotina, chegamos ao dia a dia de quem muitas vezes “não tem tempo para estudar”.
Seriam mais de DUAS MIL HORAS. Cinco PÓS GRADUAÇÕES em um ano. Nada mal, não é? Uma carga horária de 38 horas semanais de estudos. Ritmo de profissional! Um bom candidato, estudando de forma correta, com revisões programadas e uso adequado das técnicas de estudo será um fortíssimo candidato para QUALQUER concurso.
-Ah, mas eu não posso me divertir? É isso??
– Não, de forma alguma. A diversão e equilíbrio são muito importantes. Se você consegue estudar bem e fazer todas as atividades acima, ótimo. Sem problemas. Mas se não consegue estudar o tempo suficiente que seu concurso demanda e consegue fazer toda a listinha acima, aí sim temos um problema. Esse é o “detalhe”.
Vou repetir alguns dos itens da lista e pedir que faça uma avaliação.
- Você tem Instagram ou Facebook? Se tem, ligue o “temporizador” toda vez que for usá-lo. Você vai ver facilmente como 30 minutos voam. Há muito o que se aproveitar nas redes sociais, mas para o concurseiro ele é um grande ladrão de tempo.
- Você vê novela? Se conseguir parar de ver, já conseguiu uma hora por dia. Vê 3 novelas por dia?? Já são 3 horas ou 936 horas por ano!! Não, eu não digitei errado. Há pessoas que “não tem tempo” e que consomem esse tempo todo vendo novelas. Não estou criticando quem as vê, apenas alertando, de novo, para a priorização do tempo. As novelas não vão acabar, acredite. Depois que você passar, poderá ver todas, inclusive as que tiver perdido.
- Gosta de internet, não é? Faça o mesmo que indiquei sobre o Instagram. Cronometre. Imponha limites a você mesmo.
- Acorda às 6 da manhã mas fica rolando na cama até às 6:30? Mais de 150 horas de estudo que poderiam ser aproveitados no seu ano. Que tal pular da cama amanhã, assim que o despertador tocar?
- E o Zap Zap hein? Quantos grupos legais de que você participa, não é? E várias vezes, você recebe as mesmas piadas e “memes” em vários deles. E, às vezes, são os mesmos que você viu no Instagram, certo? Aqui, é mais difícil cronometrar, mas há aplicativos para seu smartphone que contabilizam quantas vezes você ligou o aparelho por dia. Você vai se surpreender com a quantidade. Quer uma dica? Desligue todas as notificações, silencie todos os grupos e olhe todas as mensagens de uma só vez e em poucas vezes por dia. Duvido que não economize pelo menos 30 minutos por dia, ou…. + 150 horas por ano.
- E os joguinhos no celular? No metrô, ônibus, fila de consultórios, na farmácia ou…durante a aula(!), eles estão sempre presentes na maior parte dos smartphones. O problema não é o joguinho. O problema é o excesso, a falta de controle e de priorização. Eu adoro jogos e sempre fui viciado em videogames e fliperamas, mas precisei fazer escolhas e até hoje as faço. Para investir tempo para pesquisar sobre esse artigo e escrevê-lo, precisei deixar outras tarefas de lado.
- Viciado nos seriados e Netflix, e afins e baladeiro (a)? Bom, a dica é a mesma. Séries são perigosas, principalmente as que tem uma trama encadeada em que você termina um capítulo e já quer ver o próximo. Entre ver os últimos episódios de Breaking Bad ou Game of Thrones e estudar Direito Administrativo, dá até pena do pobre Direito….rs. Ou seja, além das horas vendo as séries, há o risco de se atrapalhar o sono fazendo “maratonas” Netflix” e afins. Se você tem autocontrole e consegue ver apenas um episódio, meus parabéns! Eu não consigo…rs. E sobre as baladas: é impossível ir dormir de madrugada e estar pronto para estudar no dia seguinte. Portanto, ao escolher um dia para sair, dê preferência para fazê-lo na véspera do seu dia semanal de descanso (sim, descansar também é importante).
Sim, sei que às vezes a pessoa faz algumas dessas atividades da lista (face, whattaspp…) no trabalho. Esse número de mais de DUAS MIL HORAS é para chocar mesmo e trazer a pessoa para a realidade. Mas vamos lá: se você faz isso tudo no trabalho, não daria para ler uma lei seca? Ou fazer exercícios? Ou revisar o material? É, sei que sou chato. :)
Se você estuda para a RFB ou faz curso de Constitucional já deve conhecer o Ricardo Vale, não é? E a frase que ele sempre repete é: “O segredo do sucesso é a constância no objetivo”. Seja constante no que vai agregar para você e para sua preparação e não em atividades que só vão roubar seu tempo.
Depois que você passar vai ter tempo para ler, jogar, ver novela, BBB, dormir e fazer tudo o que quiser. Ou você pode continuar louco, pesquisando, estudando e trabalhando na área de concursos, como eu…rs.
Lembre-se: busque o equilíbrio e não esqueça de se auto avaliar e olhar em volta buscando brechas que poderão se transformar em centenas de horas de estudos.