Notícia

ENTREVISTA: Rodrigo Drebes Bet – Aprovado em 28º lugar no concurso SEFAZ RS para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Estadual

 “O estudo é algo que muda a vida das pessoas. Melhora sua vida, da sua família e também da sociedade, que será beneficiada por um serviço de melhor qualidade”

Confira nossa entrevista com Rodrigo Drebes Bet, aprovado em 28º lugar no concurso da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Estadual:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Rodrigo Bet: Tenho 26 anos. Comecei cedo na faculdade, aos 17 anos, e me formei engenheiro civil aos 22 anos. Hoje estou na metade do curso de direito.

Sou do RS, morei minha vida toda em Lajeado, uma cidade do interior (cerca de 100km de POA).

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Rodrigo: Fui criado por uma família que nunca teve ligações com concursos públicos. Meu pai era engenheiro civil autônomo, calculista de estruturas e, desde cedo, tive contato com coisas ligadas a construção civil. Foi por essa criação, inclusive, que escolhei o curso de engenharia.

Entretanto, como a vida não é só de bons momentos, o meu pai faleceu quando eu tinha apenas 17 anos de idade. Minha família se viu numa situação financeira um tanto quanto apertada.

Tive que amadurecer cedo, buscar uma forma de sustento e um meio para pagar a faculdade. Nessa época, saiu o edital para trabalhar na prefeitura de Cruzeiro do Sul (uma cidade vizinha de Lajeado), para o cargo de oficial administrativo.

Naquele momento começou minha vida de concurseiro. Consegui lograr primeiro lugar, mesmo estudando de maneira errada, e ter certa estabilidade para pagar a minha faculdade e ajudar em casa, sem muitos luxos.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Quando passou a estudar efetivamente para a área fiscal?

Rodrigo: Meu primeiro concurso foi esse da Prefeitura. Na sequência, quando ainda tinha meus 18 anos, consegui nomeação em alguns outros, como: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e INSS.

Entre as opções, acabei escolhendo o INSS, local que trabalho até hoje. Tive muita sorte da lotação inicial ser na agência de Lajeado.

Após me formar em engenharia, comecei a pensar sobre o que eu faria a seguir: continuar na carreira pública e estudar para outros concursos ou tentar carreira na iniciativa privada.

No início estava atirando para todos os lados. Cheguei a fazer concurso para engenheiro e para analista administrativo de tribunal. Até tive alguns bons resultados. Mas decidi que meu foco seria a área fiscal.

Preciso ser sincero, mesmo com a bagagem de outros concursos, tive bastante dificuldade na preparação para área fiscal. Fui reprovado em tantos concursos para fiscal, que pensei várias vezes em desistir. Apenas para ilustrar:

Fiquei fora das vagas no concurso SEFAZ-RS 2014.

Reprovei na primeira etapa do auditor TCU.

Reprovei na P1 do SEFAZ-PI.

Não fiquei nas vagas do ISS-Niterói.

Mas em 2017 consegui ficar na posição 33, para o auditor do TCE-PE (fora das vagas, mas acredito que possa ser chamado até o fim da validade). Admito que até dei uma descansada depois desse resultado.

Voltei a estudar com força somente em agosto de 2018, quando estava para sair o edital do ICMS-SC. Admito que queria muito esse concurso, estudei muito, muito mesmo, mas não aconteceu de novo.

Decidi então usar o resto de energia, tirar férias, aproveitar cada instante e ir adiante no SEFAZ-RS. E, finalmente, deu certo. Consegui ficar dentro das vagas para o cargo de técnico e de auditor.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Rodrigo: Tive que trabalhar e estudar desde cedo. Antes mesmo de trabalhar na Prefeitura, já ajudava meu pai no escritório (meu primeiro emprego formal). Sempre tive uma rotina bastante ativa, além de trabalhar, eu fazia faculdade e achava tempo para academia.

O que me salvou muito foi a carga horária, que o meu local de trabalho proporciona. No INSS, a maioria dos técnicos trabalham 30h semanais. No meu caso, trabalhava das 12h até 18h. Então eu conseguia estudar bastante pela manhã.

Estratégia: Você é solteiro? Tem filhos? Namora? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Rodrigo: Tenho namorada e não tenho filhos. O apoio da minha mãe e da minha namorada, assim como dos pais dela, foi essencial para minha aprovação.

Acho que a questão familiar é delicada, sempre há problemas. O segredo, pra mim, é ser sincero, demonstrar que o esforço e a ausência serão justificados lá na frente. Quem te ama de verdade, vai te apoiar.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Rodrigo: Nunca fiz cursos presenciais. Mas já estudei por diversos meios: vídeo, PDF, áudio, livros.

Quando comecei a ficar mais avançado, percebi que a combinação mais eficiente é PDF + Questões.

O PDF tem a vantagem de ser bem objetivo e te dar uma base teórica para poder resolver a prova. Mas para chegar ao nível de aprovação, você precisa trabalhar bastante essa teoria e fazer muita questão. Eu, por baixo, fiz mais de 25 mil questões.

Quanto a vídeos, acredito ser uma boa ferramenta (se a didática do professor for boa), inclusive para matérias com maior dificuldade.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?

Rodrigo: Inicialmente, montei o edital verticalizado e classifiquei as matérias por ordem de peso. Montei um cronograma para cada dia de estudo e já previ todas as revisões que seriam feitas. Apliquei bastante a curva de memória, com revisões cíclicas de 1, 7, 15 e 30 dias.

Mesclava de 2 a 3 disciplinas por dia. No primeiro mês, foquei em teoria e questões do próprio PDF. Depois, foco maior em questões. Para matérias mais importantes, imprimi o PDF e fiz marcações e esquemas a próprio punho.

Para a lista de itens, usei bastantes mnemônico. E, para os pontos mais difíceis de decorar, usei fichas de memorização.

Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?

Rodrigo: Consegui uma rotina de estudos com cerca de 30 horas semanais líquidas. No último mês de estudo antes do concurso, consegui negociar 30 dias de férias (agradeço muito a chefia por isso!), e cheguei a estudar 50 horas semanais.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Rodrigo: Então, como comentei, tirei as férias do trabalho e também estava de férias da faculdade de direito. Isso foi decisivo, pois consegui fazer muitas questões, muita revisão e manter uma rotina, mesmo que mínima, de exercício físico.

Consegui fazer academia de duas a três vezes por semana e a praticar Yoga. Acho que exercício físico é essencial para conseguir manter o foco, concentração e também pela questão postural.

Nas duas últimas semanas, não coloquei nenhum conteúdo novo, apenas revisões e questões. No dia que antecedeu a prova olhei o pré-prova do Estratégia, pelo youtube, e revisei meus resumos da P1.

No sábado de noite revisei meus resumos da P2 e também aproveitei o intervalo do domingo para revisar legislação.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Rodrigo: Meus dois principais erros foram: a falta de foco pois, como comentei antes, no início cheguei a fazer concursos para outras áreas; e o fato de que após cada reprovação eu demorava a voltar aos estudos.

Meu maior acerto foi começar a estudar e aplicar técnicas de estudo, como as que eu já citei.

Estratégia: Por fim, deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Rodrigo: Uma coisa que tenho certeza é de que só estou aqui porque me esforcei bastante nos estudos.

Lembro de uma vez em que estava vendo vídeos de entrevista dos aprovados no TCE-PE e falei para minha namorada que um dia estaria no Estratégia, dando a minha entrevista. E aqui estou hoje.

Enfim, o estudo é algo que muda a vida das pessoas. Melhora sua vida, da sua família e também da sociedade, que será beneficiada por um serviço de melhor qualidade.

Quem está ai na luta dos concursos, com certeza não é uma vida fácil, a gente abre mão de muitas coisas, mas no final, vale a pena.

Confira outras entrevistas em:

Depoimentos de Aprovados

Cursos Online para Concursos

Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]

Abraços,

Thaís Mendes

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja os comentários
  • Parabéns Rodrigo.
    Sonia Regina Melo Vasta em 09/04/19 às 07:53