DEPOIMENTO: Marcelo Torto – Aprovado no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal com apenas três meses de estudo
“Acredito que por eu ter estudado pouco tempo, o fator sorte teve um peso MUITO grande na minha aprovação, mas sempre confiem que a sorte acompanha os mais preparados. Não desistam dos seus objetivos, porque mesmo indo muito mal em alguns concursos, um dia você vai encontrar aquela prova que foi feita para você passar. Acredito que esse tenha sido o meu caso e agradeço todos os dias a Deus por essa bênção maravilhosa.”
Não são poucas as pessoas que garantem que vida de concurseiro não é fácil. Então, não seria nada mal poder passar dessa fase o mais rápido possível! Image só: ser aprovado em seu primeiro concurso, sendo este o concurso dos seus “sonhos”, e com apenas três meses de preparação. Realmente um sonho né?! Mas no caso do Economista Marcelo Torto, isso foi realidade.
Em janeiro deste ano Marcelo abriu mão de seu emprego no mercado financeiro, como analista de ações, para se dedicar exclusivamente a concursos. Marcelo fez uma economia para poder ficar por conta dos estudos por um período de até dois anos. Mas o resultado veio muito antes do esperado: depois de apenas alguns meses Marcelo foi aprovado/classificado no concurso da Receita Federal para o cargo de Auditor Fiscal.
Sorte? Pode até ser, mas neste caso os ingredientes principais também foram confiança, estratégia e dedicação. Confira o depoimento de Marcelo Torto!
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos? Quantos e quais concursos já foi aprovado? Qual o último?
Marcelo Torto: Tenho 26 anos e sou formado em Ciências Econômicas. Esse foi o meu primeiro concurso e acredito que terá sido o último. Fiz praticamente toda minha carreira profissional no mercado financeiro, como analista de ações, que é de fato minha grande paixão. Mas desde o final de 2013 comecei a pensar em outras alternativas para encontrar uma carreira que me dê satisfação profissional, financeira e que seja possível conciliar com uma qualidade de vida melhor, com redução na carga horária de trabalho e podendo aproveitar os finais de semana, sem muitas preocupações.
Como no começo da faculdade eu tinha estagiado 1 ano no Banco Central, comecei a pensar nessa ideia de prestar concurso para o BACEN. Foi ai que eu passei a pesquisar sobre concursos públicos e acabei conhecendo a carreira de Auditoria da RFB. Foi praticamente “amor à primeira vista”, rsrs. Digo isso porque é um cargo que, dentre os diversos serviços possíveis, me possibilitaria trabalhar também com análises financeiras de empresas, além do retorno financeiro elevado em pouco tempo.
Então, no final de janeiro/2014, como já tinha feito uma poupança boa para me sustentar com o mínimo possível por uns 2 anos, eu decidi largar meu emprego e passei então a me dedicar 100% a alcançar essa aprovação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?
Marcelo: Como a expectativa inicial era pelo concurso apenas no segundo semestre, decidi que estudaria 9h/dia, conciliando com atividades físicas e vida social, saindo aos finais de semana com amigos e namorada. Porém, quando saiu o edital, tive que abdicar do resto e me dedicar 100% aos estudos, com uma média de 13h líquidas por dia. Literalmente almoçava e jantava com a cara enfiada no computador.
Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Marcelo: Como já disse, esse foi o meu primeiro e único concurso, mas certamente a minha ideia inicial era de prestar todos os concursos da área fiscal que fossem surgindo, mas sempre tendo como meta maior o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal.
Mesmo tendo pouca experiência no mundo dos concursos, posso afirmar com algum grau de certeza que não é aconselhável atirar para todos os lados. O nível de exigência nos concursos está cada vez mais elevado, então acho fundamental escolher dentre os diversos tipos de cargos aquele que melhor se adéqua ao seu perfil e se manter focado apenas nas áreas de atuação pertinentes ao cargo escolhido.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?
Marcelo: Meu tempo de preparação foram de exatos 3 meses e 14 dias. Obviamente eu já tinha uma base muito boa em algumas matérias importantes do concurso, fruto da vida acadêmica e profissional.
Fiquei estudando apenas 1 mês sem edital na mão, mas a autorização para o concurso já estava tramitando e a expectativa era grande por um novo concurso em breve. Minha principal fonte de motivação durante esses 3 meses foram os depoimentos de aprovados, além de textos e vídeos sobre a carreira de AFRFB.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Marcelo: Minha ideia inicial era conciliar alguns livros com materiais em PDF, mas como o edital saiu antes do esperado, achei melhor focar apenas nos materiais em PDF e algumas videoaulas, por terem um direcionamento maior para o concurso, já que o estudo teórico é conjugado com exercícios comentados (acredito que seja uma das melhores maneiras de internalizar os conceitos estudados), o que possibilitou um melhor aproveitamento do meu tempo.
As videoaulas são aconselhadas para aqueles assuntos mais complicados, já que facilitam o entendimento, mas tomam um pouco mais de tempo. Em relação às aulas presenciais, eu não fiz nenhuma e acho que só seriam proveitosas se fossem muito perto de casa, já que perderia muito tempo no deslocamento.
Resumindo e citando fontes, os cursos em PDFs do Estratégia e do Ponto, juntamente com as videoaulas do Olá Amigos foram suficientes para me propiciar uma boa preparação para esse concurso. Vale ainda destacar outras fontes importantes, como os sites do STF e STJ, além do sítio da própria RFB.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria?
Marcelo: Como o tempo de preparação seria escasso, foquei nas matérias de maior peso e, principalmente, aquelas que seriam cobradas na Discursiva, deixando de lado aquelas que eu já tinha uma boa noção. Então, decidi que não estudaria português e inglês e apenas daria uma passada leve em Matemática e administração. Apesar de já ter uma boa bagagem em contabilidade (trabalhava com isso), decidi me dedicar bastante a esta matéria por conta do seu peso elevado.
Comecei meus estudos fazendo resumo de todos os materiais que eu lia e revisando periodicamente (revisava no dia seguinte, após 1 semana e após 1 mês). De fato, esse método estava sendo muito útil, pois tinha bastante êxito quando ia fazer os exercícios de provas antigas. No entanto, após a divulgação do edital isso não foi mais possível e passei a ler os materiais, sem resumi-los e revisar apenas as principais matérias.
Acho importantíssimo ter um controle sobre tudo o que é estudado e o tempo de estudo, para possibilitar essa revisão periódica. Fiz esse controle com planilhas do Excel e um quadro fixado na parede, no qual eu também colocava alguns mnemônicos importantes.
Estudava no máximo 3 matérias por dia, fazendo turnos (manhã/tarde/noite). E sempre colocava contabilidade ou matemática no turno da tarde porque acho que corta um pouco da rotina de leitura e faz o cérebro voltar a raciocinar melhor depois do estudo do turno da manhã.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Marcelo: Como meu contato com matérias de Direito foi muito pequeno (tive apenas 1 grade de Direito na Faculdade), essas foram mais complicadas para aprender, ainda mais considerando a cobrança da banca sobre diferentes Doutrinadores e Jurisprudências. Mas isso foi facilitado pelo direcionamento dos materiais em PDF e o foco em exercícios de provas antigas. Além disso, toda semana eu passava um pente fino nas decisões mais recentes do STF e STJ sobre os assuntos do edital.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc ?
Marcelo: Coloca estressante nisso. No meu caso, o nível de concentração caiu bastante e ficou complicado tentar incorporar novos conteúdos. Acho que o ideal seria focar apenas nos resumos e, em especial, das matérias que temos maiores dificuldades. Porém,como eu ainda estava longe de completar o estudo sobre todo o edital, tive que continuar estudando assuntos novos. Apenas faltando 3 dias para a primeira prova que eu desisti de tentar estudar novidades e passei a focar 100% nas matérias que seriam cobradas na prova discursiva.
Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desalecerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?
Marcelo: Acho que cada corpo e mente se comporta de uma forma e deve-se fazer o que for melhor para si. Tem aqueles que conseguem estudar até segundos antes da prova e outros que passam os últimos dias praticamente sem tocar em nenhum material. No meu caso, eu desacelerei apenas nos últimos 2 dias que antecederam a prova. Continuei estudando, mas com uma carga horária reduzida pela metade e passei a ver filmes antes de dormir (coisa que eu não fazia desde que saiu o edital). Os dois dias de prova são extremamente cansativos (fisicamente e, principalmente, psicologicamente), então preferi chegar com a mente e corpo um pouco mais descansado. E entre uma prova e outra também nada de tocar em material de estudo.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marcelo: Sempre dei preferência durante toda a minha preparação às matérias que seriam cobradas na prova discursiva. No entanto, como meu tempo de preparação foi muito curto, tive que tomar uma decisão bastante arriscada. Abdiquei do estudo de Direito Previdenciário e Comércio Internacional (na verdade estudei muito pouco essas duas matérias). Achei que seria mais provável que a ESAF cobrasse Direito Tributário e Legislação Aduaneira na Discursiva, já que são mais pertinentes com as principais funções do cargo. Foi um fator fundamental para a minha aprovação, porque se fosse cobrado algum tema dessas outras duas matérias, dificilmente eu estaria aqui relatando minha aprovação.
E a cereja do bolo, foram os cursos de discursiva com correção do Estratégia e o sem correção do Ponto. Foram fundamentais para alcançar uma boa pontuação na prova.
Nesses cursos, além das técnicas de redação e exemplos, a principal dica que eu recebi foi “sempre coloque as palavras que estão no enunciado”, isso facilita muito a vida do examinador.
Como sempre trabalhei escrevendo relatórios de análises de ações, tenho facilidade para escrever. Então não pratiquei discursiva durante a minha preparação (à exceção da última semana antes da prova com esse curso), mas indico que pelo menos 1x por semana, seja feita uma redação sobre algum tema pertinente.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Marcelo: Sinceramente, acho que seria injusto da minha parte apontar algum erro considerando o pouco tempo de estudo. Mas posso considerar que tive um breve começo equivocado. Como tinha pouco tempo até a provável prova, saí comprando tudo que é pacote de livros para o concurso pela internet, sem conhecer o histórico desses autores.
Mas meu maior acerto foi, sem dúvida nenhuma, correr atrás das dicas do Professor Sérgio Carvalho e de depoimentos de outros aprovados, que me indicaram os principais materiais para alcançar essa tão sonhada aprovação.
A única mudança que faria na minha preparação seria em relação à prática de atividade física. Como eu disse, achei melhor abdicar de tudo em prol do estudo, mas acredito que poderia e seria melhor ter conciliado com pelo menos 1h de atividade física por dia, que acredito que ajude na concentração e no raciocínio.
Mas em relação a vida social, considerando esse período, acho que não tem como pensar em sair de casa e faria tudo de novo. Não tive final de semana ou feriado.
Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?
Marcelo: Meu contato com outros concurseiros se resume aos Fóruns especializados e o que mais tenho notado de erro na preparação é a escolha do concurso baseado unicamente na questão financeira. Considerando a dificuldade e o tempo médio de preparação para passar em concursos de nível superior, acho muito importante haver uma afinidade do concurseiro com as matérias cobradas no certame. Claro que muitos que nunca se interessaram por nenhuma das matérias pertinentes ao cargo conseguem a aprovação, mas acredito que de maneira mais custosa e ainda correm o risco de se decepcionar com a função que venha a exercer.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação?
Marcelo: O mais complicado foi a incerteza sobre a aprovação, já que estava deixando de lado toda uma carreira que poderia me trazer um bom retorno financeiro por algo bastante incerto.
Graças a Deus, tive todo o apoio da minha família que sempre confiou no meu potencial e forneceu o alicerce para que eu alcançasse esse êxito.
Como sou solteiro, sem filhos, morando com meus pais, não sofri a pressão por uma aprovação rápida. Porém sabia internamente que eu não iria suportar as decepções inevitáveis da reprovação e, portanto, teria que fazer todo o esforço possível para que a aprovação viesse rapidamente. Eu acabaria desistindo no meio do caminho caso não fosse aprovado dentre de 2 anos, já que nunca tive muita autoconfiança (agora estou com ela em excesso).
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marcelo: Para finalizar, vou citar duas frases motivacionais que eu escrevi no quadro da minha mesa de estudos. São bastante conhecidas mas que resumem bem uma parte da minha trajetória e acredito que a da maioria dos concurseiros: H. Ford: “Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer modo está certo”; M. Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação, mas se você não fizer nada, não existirão resultados.”
Acredito que por eu ter estudado pouco tempo, o fator sorte teve um peso MUITO grande na minha aprovação, mas sempre confiem que a sorte acompanha os mais preparados. Não desistam dos seus objetivos, porque mesmo indo muito mal em alguns concursos, um dia você vai encontrar aquela prova que foi feita para você passar. Acredito que esse tenha sido o meu caso e agradeço todos os dias a Deus por essa bênção maravilhosa.
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