Aprovada em 4° lugar no concurso SMPOG-BH para o cargo de Arquiteto
Concursos Públicos“Eu diria que, se este é seu desejo, passe a acompanhar pessoas que te ajudem a trilhar esse caminho. Nas redes sociais temos um mundo na palma da mão, o que pode ser ótimo […]”
Confira nossa entrevista com Carolina Rodrigues Chaves Nogueira, aprovada em 4° lugar no concurso SMPOG-BH para o cargo de Arquiteto:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carolina Rodrigues Chaves Nogueira: Meu nome é Carolina, tenho 37 anos, formada em arquitetura e urbanismo há 13 anos e sou de Belo Horizonte/MG.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carolina: Eu nunca havia pensado em estudar para concursos. Nunca tinha tido muito contato com gente da minha área de formação que trabalhava no setor público e sempre tive interesse em atuar como arquiteta. Ao mesmo tempo, nunca me identifiquei com o trabalho mais comum do arquiteto, que é projetar. Trabalhei em algumas empresas quando me formei e depois fiquei autônoma por 8 anos. Foi um período muito difícil em termos de crescimento profissional e financeiro, mas consegui fazer meu mestrado nesse tempo. Minha ideia, a princípio, era seguir carreira acadêmica. Até que vi um processo seletivo temporário para Prefeitura de BH, minha cidade, que parecia ter muito o meu perfil. Pediam experiências que eu tinha. Me inscrevi, fui aprovada, comecei a trabalhar lá e logo gostei muito. Quando soube que ia abrir concurso não tive dúvidas, sabia que era minha oportunidade de finalmente conseguir me estabilizar trabalhando com algo que eu gostava.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carolina: Eu trabalhava na prefeitura, 40h, estudava à noite, nos finais de semana e feriados. Precisei abrir mão de muita coisa, pois comecei a estudar em junho e a prova seria em dezembro. Tinha cerca de 6 meses pra ver todo o conteúdo, já que seria meu primeiro concurso. Tive poucos momentos de lazer, mas era necessário. Estudava em casa, mas descobri uma biblioteca na UFMG que funcionava 24h, inclusive fim de semana e feriados, o que pra mim era essencial já que trabalhava o dia todo. Passei a ir lá algumas vezes pra concentrar melhor sem distrações.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carolina: Esse foi o único concurso que fiz, logo minha única aprovação. O cargo é de arquiteto e fui aprovada em 4° lugar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carolina: Como tive pouco tempo pra me preparar, escolhi diminuir muito minha vida social. Foi difícil, mas eu estava determinada. Tinha um prazo final, e sabia que depois dele as coisas iam voltar ao normal. Estava focada em passar, então não fiz muitos planos sobre retomar os estudos depois. Foi um movimento brusco de cortar muita coisa, mas na minha cabeça isso iria ser somente até a data da prova. Se fosse necessário, eu recalcularia a rota depois.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Carolina: As pessoas próximas a mim sempre me apoiaram. Não falei com muita gente sobre o concurso. Algumas pessoas que deixaram de me ver sabiam que eu estava estudando e só. Poucos sabiam pra que, quando seria, quais eram as minhas aspirações, e acho que foi melhor assim. Nem sempre essa decisão de parar a vida pra ficar estudando é bem vista. As pessoas acham que você está exagerando, ou qualquer coisa do tipo. Mas eu sabia o que precisava ser feito e fiz.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carolina: Estudei por apenas 6 meses, que foi o tempo que eu tinha até a prova. Nunca havia estudado para concurso antes. Estar trabalhando na prefeitura para a qual eu ia prestar a prova ajudou no sentido de ter contato com a legislação durante o trabalho também, então senti que estava ganhando tempo. O que me manteve disciplinada foi a certeza que essa era minha grande oportunidade. Eu já gostava do trabalho, é na minha cidade, que eu já conheço e gosto muito, o salário e o plano de carreira eram bons, era minha chance de ter estabilidade e poder focar em outras coisas na vida. Não digo que foi fácil, mas a motivação e a certeza eram muito grandes, o que ajuda.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carolina: No início eu tive um pouco de dificuldade para encontrar material. O concurso para arquiteto é bem específico, precisava de material voltado pra minha área. Comecei a ler algumas leis, como o Plano Diretor do município. Aos poucos fui acompanhando alguns perfis em redes sociais e aprendendo outras coisas. Utilizei apenas PDFs e videoaulas do que fui encontrando. Mais próximo da prova, foram surgindo algumas coisas, o que foi ótimo, apesar do tempo curto.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carolina: Por indicação de uma amiga concurseira.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carolina: O Estratégia lançou um curso voltado pra legislação do concurso de Belo Horizonte, o que foi extremamente útil. Além disso, comecei a acompanhar uma das professoras da plataforma também no Instagram, e descobri que o Estratégia estava montando um curso fixo de conteúdo específico para arquiteto, que era justamente o gargalo de material que eu tinha. Comecei a acompanhar as videoaulas que eram gravadas ao vivo, já que meu prazo corria apertado.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carolina: Meu plano de estudo foi montado ao longo de todo o caminho. Como eu não tinha experiência, fui fazendo da minha cabeça. Comecei estudando assunto por assunto, depois entendi que precisaria ver várias matérias ao mesmo tempo pra poder ter uma boa noção de tudo. Eu achava que deveria conseguir vencer todo o edital e fiz um planejamento que acabou se tornando irreal. Consumir conteúdo voltado a concursos me fez aprender muita coisa nesse sentido, inclusive que eu não precisaria estudar o edital inteiro. Passei a focar nas coisas que pareciam mais importantes e também no que eu tinha de material, já que algumas coisas no edital eram muito amplas, relacionadas ao conteúdo específico da profissão, e nem sempre eu tinha material pra estudar. Então fui construindo ao longo do caminho.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carolina: Só aprendi que as revisões eram importantes com os meses que foram avançando. Não conseguia fazer resumos, mas costumava anotar pontos chave das coisas que ia lendo e dos vídeos que ia assistindo, depois voltava nisso. Minha principal forma de estudo foi fazer questões. Fiz alguns simulados usando provas antigas da banca e usei muito o aplicativo de questões do Estratégia no celular. Nunca contabilizei o número de questões. Buscava acompanhar minha porcentagem de acertos, apenas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carolina: Eu acho que minha maior dificuldade foi relacionada a ter que me programar, aprender a estudar pra concurso, e efetivamente estudar, porque o edital já estava aberto e a prova já tinha data. Não considero que tive dificuldade com alguma disciplina específica, acho que tive sorte de o edital cobrar apenas conteúdo voltado pra arquitetura, legislação específica, e português, que sempre tive facilidade. Não cobrou legislação geral como constitucional, administrativa, etc. Era um conteúdo voltado para minha formação, principalmente.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carolina: Na semana da prova eu estudei normalmente. Tinha muitas revisões a fazer ainda. Mas não estudei na véspera. Busquei fazer coisas leves no dia, pois já tinha visto algumas dicas sobre isso. Tentei relaxar o máximo possível para chegar tranquila na prova. Também li algumas dicas sobre o dia da prova, então busquei ficar mais sozinha, não queria conversar sobre o assunto com ninguém, apesar de ter encontrado vários conhecidos. Levei meu almoço, porque a prova foi em dois turnos e não queria ter que buscar um lugar pra comer apressada, que provavelmente estivesse cheio. Não conversei com ninguém também antes do período da tarde, não queria comentar sobre a prova da manhã pra não correr o risco de me desconcentrar.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carolina: Nas minhas buscas por material, acabei encontrando um treinamento para provas discursivas, o que foi ótimo. Também estava no meio do caminho, a princípio pensei que não precisava preocupar com essa parte pois sempre tive facilidade em escrever. Mas o problema da discursiva é que pode cair um assunto que você domina ou não. Então o importante é aprender estratégias sobre como escrever sobre algo que você não domina, utilizando outros conhecimentos, experiências prévias. Foi o que aconteceu comigo. O tema da discursiva foi algo que eu não dominava, não tinha estudado, me pegou completamente de surpresa. Tentei esfriar a cabeça, fui ao banheiro, lavei o rosto, e comecei a listar o que eu sabia sobre o assunto, que eu tinha visto apenas na faculdade. Escrevi um texto bem completo. Quando saí da prova foi que me deixei relaxar, aí bateu medo e insegurança, achei que meu texto pudesse estar superficial, que talvez eu não atingisse a nota mínima e fosse eliminada. Mas deu certo! Ter mantido a cabeça tranquila foi essencial.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carolina: Acho que todo meu processo foi marcado por erros e acertos. Foi difícil começar essa trajetória já com o edital aberto. Por um lado foi bom porque eu sabia no que focar, mas por outro eu era nova no mundo dos concursos e muito inocente quanto às estratégias. Certamente perdi tempo no início, falhei um pouco nas revisões, mas o resultado positivo me levam a crer que acabei acertando no balanço final.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carolina: Eu não pensei em desistir porque tinha certeza que essa era minha grande oportunidade. Tive que lidar mais com minhas expectativas, porque tinha medo de ser levada a crer que essa era minha única oportunidade no mundo. Se não desse certo, a queda ia ser muito grande. Então tive que buscar um balanço entre ficar confiante, acreditar e saber que a vida não acabaria ali, independente do resultado.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carolina: Eu diria que, se este é seu desejo, passe a acompanhar pessoas que te ajudem a trilhar esse caminho. Nas redes sociais temos um mundo na palma da mão, o que pode ser ótimo, ou péssimo. Aprender a estudar de forma estratégica é essencial. Estudar antes do edital sair também, porque você tem mais tempo pra planejar e se dedicar sem precisar abrir mão da vida social e de outras atividades importantes. Mas também não tenha medo de parar outras coisas e se dedicar aos estudos, se for necessário. É temporário. Acredite que vai dar certo, na sua capacidade. A auto sabotagem pode te atrapalhar muito! E divida suas dores, alegrias, frustrações e expectativas só com quem você confia. Tudo isso influencia na nossa preparação.