Aprovada em 2° lugar no Quadro Geral da Prefeitura de Palmas/TO para o cargo de Analista de Controle Interno
Concursos Públicos“[…] Quem vive sonhando perde muito tempo criando expectativas e esquece de fazer, de executar. A sua aprovação tem que ser um objetivo de vida, precisa ter metas e prazo bem claros e definidos. […]”
Confira nossa entrevista com Lorrayne Alves dos Santos, aprovada em 2° lugar no Quadro Geral da Prefeitura de Palmas/TO para o cargo de Analista de Controle Interno:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Lorraynne Alves dos Santos: Meu nome é Lorraynne, sou Engenheira Civil formada pelo IFTO Campus Palmas. Tenho 26 anos, nasci em Palmas e sempre morei aqui.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Lorraynne: É engraçado porque eu dizia que jamais faria concurso, mas o que sustentou a minha casa durante a pandemia foi justamente o concurso da minha mãe. Na época, eu ainda morava com ela, estava terminando a faculdade e estagiando em uma obra, só que essa obra parou devido a questões financeiras agravadas pela pandemia. Fiquei desempregada e vi muitas famílias passarem necessidade. Disso veio a decisão de estudar para concurso.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Lorraynne: Após ficar desempregada, concluí a faculdade e já foquei 100% nos estudos para concurso. Então durante a preparação eu apenas estudava mesmo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Lorraynne: Na CGU, meu primeiro concurso, fiquei no cadastro reserva para técnico, em 4º lugar na ampla concorrência. No TCE-GO (2022) eu também fiquei no cadastro reserva para o cargo de analista de controle externo, mas bem longe, nem sei se é válido mencionar isso (risos). Já no Concurso do Quadro Geral daqui de Palmas eu fiquei em 2º lugar para o cargo de Analista de Controle Interno, tomei posse e aposentei as canetas. Por mais que eu quisesse tentar o TCU, percebi que fui muito abençoada com um bom cargo, bons colegas, um bom ambiente de trabalho e tudo isso estando bem perto da minha família. Acho que agora quero me dedicar a ajudar outros concurseiros a serem aprovados.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Lorraynnne: Eu não tinha vida social, ficava em casa praticamente todos os dias. Nunca tive muitos amigos e a minha família é pequena, então raramente saía. Quando saía, no final de semana e quando estava sem edital, tinha hora certa para voltar para casa (21:00 horas no máximo). Eu sempre controlei muito bem os meus horários para manter a rotina de estudos. Sabia desde o início que era uma preparação de longo prazo, então eu não me permitia desviar do foco. Eu também tinha consciência que se durante a semana eu fosse dormir muito tarde, meus estudos do dia seguinte seriam prejudicados, o que me deixaria frustrada e me afastaria do meu objetivo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Lorraynne: Sim, todos apoiaram. Nesse aspecto, aqui em Palmas é bem parecido com Brasília: todo mundo tem um pai, mãe, parente ou amigo que é servidor público. De tanto eu falar sobre concursos, alguns amigos até começaram a estudar e foram aprovados também.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Lorraynne: Eu sempre fiz provas para a área de controle desde que decidi começar a estudar para concursos. Comecei em novembro de 2021 e parei de estudar em abril de 2024, então foram dois anos e cinco meses no total. Digo isso porque, quando saiu o edital do quadro geral, eu já tinha estudado quase todo o conteúdo, afinal já estava focada na área de controle há um tempo. Então, de janeiro a abril eu só precisei fazer alguns ajustes, estudar alguns assuntos que eram novidade, manter as revisões ativas por questões, aperfeiçoar alguns pontos fracos e manter o ritmo mesmo.
Quanto à disciplina, eu sabia exatamente o que eu queria desde o início e tinha consciência das renúncias. Eu não encarava a aprovação como um “sonho”, como eu vejo muitas pessoas por aí fazerem. Para mim era um objetivo de fato, as minhas metas eram realistas e a minha rotina era bem definida.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Lorraynne: Usei muito os PDFs do Estratégia para todas as matérias e fiz muitas questões. Sempre priorizei os PDFs e, quando surgia alguma dúvida pontual ou dificuldade, recorria às videoaulas (assistindo em 2x) ou perguntava no suporte. Na minha opinião, a grande vantagem do PDF é que ele permite aprender o conteúdo de forma mais aprofundada, ao mesmo tempo em que aprimora outras habilidades, como velocidade de leitura e interpretação de textos de maneira geral. Além disso, o PDF me permitia destacar e anotar, facilitando a busca por termos quando eu precisava. Já as videoaulas têm um conteúdo mais resumido; eu preferia deixá-las para momentos de dificuldade, mas lembro que gostava muito dos vídeos de reta final que os professores faziam, resolvendo questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Lorraynne: Foi meu namorado quem me indicou.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Lorraynne: No início, comecei a estudar por outro cursinho, mas quando meu namorado me indicou o Estratégia e eu vi a qualidade dos PDFs, logo decidi mudar para o Estratégia.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Lorraynne: Não cheguei a fazer nenhum concurso com esse outro material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Lorraynne: Senti uma diferença absurda; minha compreensão dos assuntos melhorou muito e meu percentual de acertos aumentou. Logo no meu primeiro contato com o PDF, percebi que era um material de alta qualidade, com um nível e profundidade de conteúdo excelentes, além de uma ótima organização e divisão. As videoaulas também são excelentes, especialmente as de reta final, com professores sempre certeiros sobre o que realmente cai nas provas e dedicados a nos ajudar. Usei o suporte pouco, mas sempre me respondiam rapidamente e de forma objetiva.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Lorraynne: Eu estudava 6 horas por dia, 3 horas pela manhã e 3 horas à tarde. Utilizava o ciclo de estudos, várias matérias ao dia e ao mesmo tempo. No início da preparação eu comecei com as matérias básicas da área de controle e conforme eu ia avançando, incluía outras matérias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Lorraynne: Eu revisava apenas por questões e mantinha um caderno de erros no Anki ou no Excel para anotar os erros persistentes.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Lorraynne: Resolver questões é muito importante, afinal, a prova do concurso nada mais é do que uma lista de questões. Não tenho um número exato de quantas questões fiz ao longo desses dois anos, mas resolvi três vezes todas as questões dos PDFs do Estratégia em todas as matérias, além das questões do site de questões. Isso sem contar as questões de reta final (vídeos do Estratégia) e as questões inéditas de algumas legislações que comprei avulso. Se eu for chutar baixo, acho que resolvi cerca de 50 mil questões ao longo de toda a preparação.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Lorraynne: Economia e Análise de Dados eram meus pontos fracos. Inclusive, fui eliminada na etapa da discursiva da CGDF porque caiu um tema de economia que eu realmente não dominava. De forma geral, eu tentava persistir nas questões, assistir às videoaulas e revisar minhas marcações nos PDFs. Com o tempo, fui melhorando, mas não posso dizer que me tornei boa em Economia ou Análise de Dados, sabe? Ou, pelo menos, não tão boa quanto sou nas áreas de legislação, AFO, Contabilidade, Direito e outras.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Lorraynne: Na reta final, busquei reduzir o ritmo, descansar mais, revisar pontos específicos e cuidar da minha saúde mental para performar bem na prova. No sábado, véspera da prova, fiquei em casa, revisei algumas decorebas e a minha estratégia de prova, além de organizar os documentos, a roupa que ia usar e o lanche que levaria.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Lorraynne: Meu principal erro foi tentar me comparar demais com outros concurseiros. Acredito que a comparação pode ser útil para testar seus limites e ver o que funciona ou não para você. No entanto, quando você insiste em algo que não traz resultados, apenas porque outra pessoa faz daquela forma, começam os problemas. Eu via pessoas que trabalhavam, cuidavam dos filhos e ainda conseguiam estudar, e pensava: ‘Nossa, eu “só estudo”. Como é que não consigo passar de 6 horas líquidas ou acordar de madrugada para começar e terminar mais cedo?’
Tentei fazer essas coisas várias vezes, mas não conseguia manter. Isso me gerava um sentimento muito ruim, pois eu me cobrava além das minhas capacidades e da minha realidade.
Outro erro foi achar que a minha trajetória seria uma reta ascendente, que eu sempre me sairia bem em todos os concursos que eu fizesse. (Ego inflado, talvez? Não sei)
Os meus principais acertos foram:
- Ter estudado com o Estratégia;
- Ter seguido um bom método de estudo;
- Não fazer resumo;
- Ter focado na revisão ativa por meio de questões;
- Ter focado em apenas uma área;
- Ter estudado nos finais de semana;
- Ter humildade para reconhecer os meus erros e coragem para corrigi-los.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Lorraynne: Ter reprovado na CGDF e, logo em seguida, no TCDF me abalou demais. Nos meus primeiros concursos, mesmo com pouco tempo de estudo, consegui pelo menos ficar no cadastro reserva, e então, do nada, perto dos dois anos de estudo, acontece isso?
Pensei sim em desistir, mas no dia seguinte me sentei e fui estudar. Nesse momento, o hábito venceu, pois a motivação era zero. Na verdade, minha motivação era o fato de que já tinha chegado tão longe e sacrificado tanta coisa que simplesmente não via a opção de desistir. Eu ia desistir e fazer o quê?
Já estava há dois anos fora do mercado e, sinceramente, não queria mais voltar para a iniciativa privada. Minha única opção era fazer dar certo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Lorraynne: Não trate a sua aprovação como um sonho. Quem vive sonhando perde muito tempo criando expectativas e esquece de fazer, de executar. A sua aprovação tem que ser um objetivo de vida, precisa ter metas e prazo bem claros e definidos. Por último, quando as coisas ficarem difíceis, não desista porque é um sinal de que a sua aprovação está prestes a chegar.