“A disciplina e a constância são a “bússola” de todo o processo. Além disso, é  importante não encarar cada certame como “a prova da sua vida”, mas sim como uma oportunidade – e outras oportunidades sempre virão.”

Confira a nossa entrevista com Ana Lissa Pereira Alves, aprovada em 2° lugar no concurso ALE-TO para o cargo de Analista Legislativo – Jornalismo:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Ana Lissa Pereira Alves: Olá, sou a Ana, natural de Anápolis – GO, mas atualmente moro em Palmas – TO. Tenho 23 anos e sou jornalista pela Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Ana: Comecei a atuar na minha área de formação logo no início da graduação. Ao longo dos anos, vivenciei de perto os desafios da profissão enfrentados por mim, bem como por amigos e colegas. As oportunidades de emprego que surgiam eram desanimadoras, com salários defasados e, muitas vezes, distantes das reais atribuições de um profissional da área. Diante desse cenário e com as inúmeras oportunidades de concurso que apareceram nos últimos meses, assim como os benefícios presentes no serviço público, optar por esse caminho se tornou uma decisão natural. 

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava? 

Ana: Não. Decidi dedicar todo o meu tempo nos estudos em busca de uma vaga. Organizei a minha rotina como se o estudo fosse realmente a minha ocupação, com a disciplina e organização necessária em um emprego tradicional. 

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Ana: O concurso no qual fui aprovada foi o primeiro certame em que participei.  Comecei a estudar logo após formada e optei por pleitear vagas apenas na minha área de formação. Até então, não estava habilitada.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Ana: No começo, fiz muitas restrições. Comecei a estudar no pré-edital e, no início, era falado que o edital sairia muito em breve. Diante disso, estudava intensamente todos os dias em uma tentativa de cobrir o máximo de conteúdo possível. Rapidamente, percebi que aquela rotina não seria sustentável por muito tempo. Adaptei os meus dias de forma que estudava rigorosamente durante a semana, fazendo exceções apenas para ocasiões especiais. Aos finais de semana, reservava uma tarde para estudar alguma matéria que sentia que precisava aprimorar e o restante descansava.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma? 

Ana: Totalmente. Sempre fui incentivada a fazer concursos públicos e quando a decisão partiu de mim, houve uma adaptação geral para que eu não precisasse me preocupar com questões externas. Sem dúvidas, foi um grande diferencial na minha preparação.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Ana: Estudei 4 meses pré-edital e 4 meses pós-edital. Sou uma pessoa disciplinada por natureza, então manter a constância não foi um grande desafio para mim. Ainda assim, sempre tive a consciência de que a preparação para concurso é um planejamento a médio/longo prazo, portanto, tentei tornar a minha rotina mais agradável em pequenos detalhes para driblar o cansaço, como manter uma bebida ou frutas que gosto por perto, ouvir músicas ao resolver questões. Também não deixei de me exercitar em momento algum – penso ser uma ótima forma de extravasar e cuidar do corpo para sustentar uma rotina desgastante.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? 

Ana: Em disciplinas típicas de conhecimentos gerais, como Português e RLM, fiz um grande estudo de conteúdo logo que comecei a estudar, depois foquei em resolução de questões. Já na parte de conhecimentos específicos, li livros referência na área, artigos e materiais que já possuía. Depois adquiri o curso em PDF do Estratégia, o qual utilizei para fazer uma grande revisão pormenorizada, somado a uma revisão ativa.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Ana: Quando foi definido que a banca do concurso que iria prestar seria a FGV,  já conhecendo sua fama, busquei entender melhor sobre o seu método de cobrança, em especial o Português. Durante as pesquisas, cruzei com uma live no YouTube da Prof. Adriana Figueiredo específica sobre a banca. A qualidade de uma aula gratuita e os diversos elogios feitos por outros alunos fez com que eu me interessasse sobre o Estratégia e, posteriormente, adquirisse o curso.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? 

Ana: A principal diferença que percebi foi na facilidade e na possibilidade de economizar um tempo valioso com conteúdos já planejados e esquematizados. Quando comecei a estudar pelos PDFs, já havia fechado o edital de conhecimentos específicos, o que demandou muito tempo e muitas pesquisas. Na preparação para concursos, nem sempre o tempo é um aliado, então é preciso buscar otimizá-lo.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? 

Ana: Optei por separar as 3 principais disciplinas em 3 turnos do dia. Pelas manhãs, por exemplo, estudava Português por ser uma matéria que demanda muita atenção e concentração. Nas noites, naturalmente já estava mais cansada, então preferia estudar RLM por conter questões mais objetivas. Disciplinas como Legislação Interna e História do Estado, por serem mais enxutas e com quase nenhuma questão disponível, eu mantive uma revisão ativa com os conteúdos mais cobrados. 

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Ana: Fazia uma revisão ativa por meio de flashcards todos os dias. Acredito ser uma forma prática, simples, fácil de manter a constância, além de ser possível fazer em qualquer lugar pelo celular.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Ana: Extremamente importante. Uma matéria como RLM, só é possível aprender, resolvendo. Além disso, você começa a perceber padrões, ganha familiaridade com o método de cobrança de determinado conteúdo e testa a qualidade do seu aprendizado. Estipulei cerca de 50 questões por dia para Português, esgotei o banco de dados da banca em Conhecimentos Específicos e, em RLM, não cheguei a contabilizar, mas fazia em torno de 2 horas de questões por dia.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Ana: A princípio, Raciocínio Lógico e Matemático. Isso, porque só comecei a estudar a disciplina pós-edital, já fazia muitos anos desde que estudei Matemática e Raciocínio Lógico, nunca havia estudado na vida. Resolvi incontáveis questões durante os 4 meses que estudei. A familiaridade que ganhei nesse processo fez com que tivesse muita segurança na hora da prova. 

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Ana: Me dediquei a apenas revisar o conteúdo. Estudava menos horas e mantive a minha rotina como usual. No dia pré-prova, revisei durante a manhã e no restante do dia, descansei.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Ana: A prova discursiva foi o que me garantiu o segundo lugar. Escrever já fazia parte do meu dia-a-dia em função da minha profissão, então, precisei apenas me adaptar ao modelo de redação dissertativa-argumentativa. Fiz isso no mês que antecedeu as provas. Aos sábados, eu pesquisava algum tema que a banca havia cobrado em certames anteriores e escrevia pelo menos uma redação sobre o assunto. Fiz em torno de 5 redações.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Ana: O meu principal erro, foi não ter dado a devida atenção a disciplinas “não aproveitáveis” para outros concursos, como História e Geografia. Felizmente, eu tive um desempenho que me garantiu a vaga, mas todas as disciplinas demandam um estudo de qualidade. Já o principal acerto, foi começar a estudar antecipadamente, bem como treinar o tempo de prova. No dia, consegui fazer a prova com muita calma e com um bom gerenciamento de tempo.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Ana: Não pensei em desistir, pois escolhi fazer concursos públicos e não aquela única prova. Sempre mantive em mente que se não fosse aprovada naquela prova, seria em outra – isso, porque a aprovação não é uma questão de “se”, mas de “quando”, caso haja constância. 

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Ana: A disciplina e a constância são a “bússola” de todo o processo. Além disso, é  importante não encarar cada certame como “a prova da sua vida”, mas sim como uma oportunidade – e outras oportunidades sempre virão.