Aprovado em 1° lugar para Engenharia Elétrica no concurso TRT7
Concursos Públicos“Acredite em si mesmo, mantenha o foco no processo e tenha perseverança. Não desanime com os maus resultados, pois a vida de concurseiro é feita de altos e baixos […]”
Confira nossa entrevista com Elvis Johnson Moraes de Sales, aprovado em 1° lugar no concurso TRT7 para o cargo de Analista Judiciário – Especialidade: Engenharia Elétrica (Ceará):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Elvis Johnson Moraes de Sales: Sou engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal do Ceará, tenho 31 anos e moro em Natal-RN. No entanto, sou natural de Fortaleza-CE, onde passei boa parte da minha vida e iniciei minha trajetória profissional e acadêmica
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Elvis: A falta de atratividade salarial no setor privado e a instabilidade no emprego foram fatores determinantes. Durante a pandemia, vivi de perto a incerteza de um contrato de trabalho intermitente. A partir dessa experiência, percebi que precisava de mais segurança. Já tinha começado a estudar para concursos em 2019, mas parei devido à rotina intensa e estressante do trabalho. Em 2023, quando minha noiva foi aprovada no concurso da PM-RN e após enfrentar uma síndrome de burnout, decidi que era o momento certo para retomar os estudos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Elvis: Trabalhei até maio deste ano e, mesmo nessa fase, me dedicava cerca de 7 horas por dia aos estudos. Dava aulas à noite, mas, desde junho, tenho me dedicado exclusivamente à preparação para os concursos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Elvis: Meu foco sempre foi a área fiscal, mas participei de outros concursos para testar meu desempenho e me acostumar à pressão da prova. Conquistei o 5º lugar no concurso da EBSERH para engenheiro eletricista no Hospital Maternidade de Natal, e fiquei em 4º lugar no concurso para assessor técnico do CREA-RN, embora tenha sido eliminado na etapa discursiva, o que foi uma experiência dolorosa. Recentemente, no concurso do TRT 7, alcancei o 1º lugar. Mesmo com esses resultados, continuo focado na área fiscal, aguardando dois grandes concursos no Nordeste: SEFAZ-RN e SEFAZ-PI.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Elvis: Minha vida social foi bastante restrita durante a preparação. Não porque me privava intencionalmente, mas porque me sentia confortável com essa rotina. Priorizava equilibrar os estudos com atividades físicas e momentos de qualidade com minha noiva, que é minha principal companhia em Natal. Só fui a Fortaleza, onde estão meus parentes e amigos, uma única vez este ano, e foi exclusivamente para realizar essa prova.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Elvis: Sim, minha família sempre esteve presente. Meus pais, mesmo morando longe, me apoiam com orações e palavras de incentivo. Minha noiva é meu pilar principal, oferecendo um suporte incondicional, seja com palavras de incentivo, seja compartilhando a felicidade ou tristeza com cada conquista ou desafio que encontro nesse caminho.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Elvis: Minha preparação para o TRT não foi 100% direcionada, pois eu já vinha de um longo pós-edital do CNU, onde meu desempenho foi prejudicado mais pela ansiedade do que pelo conteúdo da prova. Para o TRT, foquei em analisar o perfil da banca e as estatísticas dos concursos anteriores. Minha base já era sólida, graças aos estudos para a área fiscal e à minha experiência com engenharia. Para manter o equilíbrio, tirei um tempo para visitar minha família antes da prova e fui sem pressão.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Elvis: Utilizei o Passo Estratégico aliado a um sistema de resolução de questões. Essa combinação foi essencial para revisar o conteúdo de forma eficiente e prática.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Elvis: Conheci o Estratégia através de amigos concurseiros, em especial meu amigo Gil. Ele me apresentou o conteúdo do Estratégia quando estudávamos juntos na biblioteca do CH da UFC, na época em que eu ainda nem havia me formado.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Elvis: Sim, fiz curso preparatório em um cursinho local em Fortaleza. A maior dificuldade era com o material escrito, que era muito técnico, sem didática. Era praticamente uma coletânea de leis. Eu gostava das aulas presenciais, mas o material em PDF deixava muito a desejar.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Elvis: Não, não consegui aprovação enquanto estudava com esse material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Elvis: Sim, senti uma diferença enorme. O material é muito completo, preparado para qualquer prova. Um dos maiores diferenciais é que as aulas em PDF são tão boas quanto as videoaulas, o que permite que o aluno escolha o método de estudo que mais se adapta à sua rotina sem prejuízo de aprendizado
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Elvis: Sempre estudei várias matérias ao mesmo tempo, organizando ciclos com intervalos de 1h a 1h30min para cada disciplina. Conseguia estudar cerca de 7 horas líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Elvis: Minhas revisões eram principalmente feitas com a resolução de questões. Porém, para a matéria de engenharia, abusei dos resumos, especialmente na véspera das provas
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Elvis: A resolução de exercícios é essencial para fixar o conteúdo, revisar e identificar pontos fracos. Em 2024, fiz mais de 11 mil questões, de acordo com as estatísticas do site que uso. Esse número pode ser até maior, pois não contabilizei as questões resolvidas diretamente nos PDFs.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Elvis: As disciplinas de Direito foram as mais desafiadoras. No início, foi difícil entender a necessidade de estudar doutrina, leis e jurisprudência. Para superar essa dificuldade, resolvi muitas questões, o que me ajudou a identificar os pontos mais relevantes de cada banca.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Elvis: Depois de um longo pós-edital do CNU, estava cansado e a ansiedade tinha me atrapalhado. Então, para o TRT, decidi fazer diferente: estudei o perfil da banca, fiz análises estatísticas e resolvi questões, mas desacelerei na véspera da prova. Depois de uma longa viagem de ônibus de Natal a Fortaleza, aproveitei o tempo para visitar minha família, surfar com amigos e descansar. Acordei sem pressa no dia da prova, focado em dar o meu melhor sem autocobrança.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Elvis: Um grande erro foi negligenciar minha saúde mental, o que me custou reprovações e oportunidades. Já um acerto foi ter relaxado antes da prova e reduzir o ritmo, o que foi fundamental para mim. Isso é algo muito pessoal, por exemplo, minha noiva consegue estudar até momentos antes da prova e se sai bem, mas percebi que essa estratégia não funciona comigo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Elvis: Não pensei em desistir, mas sofri com insegurança em alguns momentos. No entanto, à medida que os bons resultados começaram a aparecer, isso me motivou ainda mais. Esses resultados melhoraram minha autoeficácia.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Elvis: Acredite em si mesmo, mantenha o foco no processo e tenha perseverança. Não desanime com os maus resultados, pois a vida de concurseiro é feita de altos e baixos. O importante é aprender com as quedas e seguir em frente, “a gente apanha muito, mas também bate”.