Aprovada em 4° lugar no concurso ALMG para o cargo de Procurador
Jurídico - Procuradorias“[…] A aprovação exige muitas renúncias, é preciso estar disposto. Mas vale a pena! Se esse é o seu sonho, invista nele por completo! Quanto mais você se entregar a esse projeto, mais rápida será a sua aprovação!”
Confira a nossa entrevista com Rafaela Neiva Fernandes, aprovada em 4° lugar no concurso ALMG para o cargo de Procurador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rafaela Neiva Fernandes: Olá! Sou a Rafaela, graduada em Direito, pela Universidade Federal de Minas Gerais. Tenho 34 anos e sou de Belo Horizonte.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rafaela: Já entrei na faculdade com o desejo de estudar para concursos. O que me levou a essa decisão, foi o desejo de estabilidade. Na minha casa, na infância e na adolescência, vivenciei muita instabilidade financeira, de modo que a estabilidade era algo importante para mim. Outro grande motivo que me levou a estudar para concursos, foi o desejo de servir à coletividade. Esse sempre foi um propósito forte em mim: colocar a minha força de trabalho à disposição da sociedade.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rafaela: Sim, trabalhava e estudava. Trabalhava de manhã e de tarde e estudava à noite. Já era concursada como Analista do MPU/Direito e a minha jornada de trabalho ia até às 16h ou 16h30. Após esse horário, resolvia eventuais pendências do dia a dia, ia para casa, descansava um pouco quando dava tempo, tomava banho, lanchava e iniciava os estudos por volta das 19h. Estudava mais ou menos até meia-noite, às vezes passava um pouquinho.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rafaela: Procuradora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – 4º lugar
Procuradora Federal – 14º lugar
Advogada da União – 144º lugar
Analista do MPU/Direito – 3º lugar/MG
Analista do TRE/MG
Técnico do MPU
Por ora, não pretendo continuar estudando. Acredito que encerrei a vida concurseira.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rafaela: Abdiquei de praticamente toda a vida social durante a preparação para concursos. Deixei de ver meus amigos e família, de ir a festas de aniversário e outros eventos. Perdi muita coisa e isso me fez falta, pois sou uma pessoa bastante sociável. Me senti bem triste nessa época. O que me ajudou a manter um pouco da vida social foi o contato virtual com alguns poucos amigos do meu grupo de estudos e com o meu namorado, que também estava estudando.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Rafaela: A minha família me apoiou, mas teve dificuldade de entender as minhas ausências. Por vezes, fui julgada por alguns familiares por não comparecer a eventos. Meus amigos, por serem, em sua maioria, do Direito e do mundo dos concursos, tiveram maior facilidade em compreender e apoiar a caminhada.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rafaela: Nesse meu último ciclo de estudos, estudei de forma direcionada por cerca de três anos (um ano pegando o ritmo e dois anos bem intensos). Esse direcionamento englobou, basicamente, a preparação para Procuradorias (ALMG e carreiras da AGU) e para a Magistratura Federal.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rafaela: Os materiais que mais usei foram: PDFs, videoaulas, leitura de informativos de Jurisprudência e leitura de Lei Seca comentada. A vantagem é que, por meio desses materiais, meu estudo era bem mais objetivo e direto e eu aprendia boa parte do que era cobrado nas provas. Como sou uma pessoa que lê vagarosamente, esse método também me ajudou a otimizar as leituras. A desvantagem é que, sem a leitura de um manual completo, por vezes fica mais difícil conectar os assuntos e ter uma compreensão ampla e sólida da matéria.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rafaela: Conheci o Estratégia Concursos, em sua versão atual, por meio do meu namorado, que é aluno da Assinatura Jurídica Vitalícia. A partir das indicações dele e de outros colegas de concursos, comecei a estudar por diversas videoaulas gratuitas do Estratégia Carreira Jurídica, direcionadas para os concursos para os quais estava me preparando.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rafaela: Sim, usei materiais de outros cursos, que também foram bem importantes na minha preparação, assim como as videoaulas e outros materiais do Estratégia. Acredito que a aprovação veio em decorrência do somatório de esforços. Sem dúvidas, um diferencial do Estratégia, se comparado a outros cursos, foi o cuidado personalizado com o aluno. Recebi um acolhimento bem bacana do Estratégia na preparação para as provas orais da AGU.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovada?
Rafaela: Eu usei os materiais do Estratégia concomitantemente a outros materiais, por isso, considero que foram complementares. Esse somatório me levou às aprovações.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rafaela: Para mim, o grande diferencial do Estratégia, foram as videoaulas específicas para os concursos que estava estudando. Posso citar, como exemplos: as aulas de Direito Constitucional da professora Nelma (em especial as de Poder Legislativo e Processo Legislativo), o curso de Direito Previdenciário da professora Adriana Menezes, as aulas de Direito Administrativo do professor Rodolfo Penna, as Revisões de Véspera e Lives de correções de prova. Outro grande diferencial, foi o acolhimento que recebi na preparação para a prova oral, principalmente dos professores Rodolfo Penna e Felipe Duque. Enfatizo, ainda, que os professores preparam um excelente curso gratuito para as provas orais da AGU.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rafaela: Eu estudava cerca de 5 horas por dia. Não contabilizava as horas líquidas, só o período de estudos, que ia, como regra, das 19h a 0h. Aos finais de semana, estudava o dia todo. Lia informativo de Jurisprudência todos os dias, Lei Seca de uma matéria diferente a cada dia da semana e PDFs de uma matéria por dia. Às vezes, estendia o estudo daquela matéria até o dia seguinte, para terminar o PDF. Focava mais nas matérias com maior peso para os concursos que estava estudando.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rafaela: Por incrível que pareça, eu pouco fazia revisões. Não fazia resumos, mas grifava os meus materiais. Quase nunca voltava nos grifos, pois, quando ia reler o material, já havia uma versão mais atualizada dele. Aos poucos, comecei a reler os materiais de temas mais importantes (controle de constitucionalidade, licitações e contratos, etc.). A releitura do material, mesmo em uma nova versão, foi ajudando a fixar o conteúdo. Os materiais continham Jurisprudência e trechos de lei seca mais cobrados. Assim, leitura avulsa da Jurisprudência e da Lei Seca acabava sendo revista nos PDFs, o que também funcionava como revisão. Fora isso, comecei a fazer muitas provas de concurso, que me ajudaram muito a testar as matérias estudadas. Também cheguei a fazer alguns simulados e questões, em pouca quantidade se comparado à maioria dos concurseiros.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rafaela: A resolução de exercícios é de extrema importância, mas, no meu caso, foi pouco relevante se comparada às outras formas de estudo. Eu não fazia muitas questões. Não porque não achava importante, mas porque quase não tinha tempo. Mal dava para estudar a matéria. Por isso, tentei suprir esse déficit me inscrevendo em muitas provas, pois esse era um jeito de me forçar a fazer questões e a treinar tempo de resolução. Outro jeito que encontrei para suprir esse déficit, foi ler materiais em PDF que continham questões no corpo do texto. Dessa forma, pude ler várias questões e tentar resolvê-las enquanto lia os materiais.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rafaela: Eu tinha mais dificuldade em Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho. Para superar, tentava reforçar meu estudo nas outras matérias, que tinham um peso maior no concurso. Além disso, comecei a ler resumos esquematizados para facilitar o aprendizado dos pontos mais cobrados nas provas dessas matérias que tinha dificuldade.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rafaela: Eu estudava muito na semana da prova e no dia pré-prova. Inclusive, cheguei a renunciar a um compromisso importante que tinha no dia anterior à prova, para ficar em casa imersa nos estudos e já ir entrando no foco. No dia pré-prova, estudava o dia todo (manhã, tarde e início da noite). Parava de estudar mais cedo, por volta das 20h, para começar a me organizar para a prova do dia seguinte. A rotina na noite do dia anterior à prova, após finalizar os estudos era: tomar banho, jantar, organizar a mochila para a prova (documentos, prendedor de cabelo, água, lanche), fazer um alongamento ou prática de Ioga relaxante e dormir mais cedo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rafaela: Para a prova discursiva, é muito importante estar em dia com a Jurisprudência e preparar bem o Vade Mecum marcando as leis e artigos mais importantes para otimizar o tempo de pesquisa no dia da prova. Eu estudava muito por PDFs e deixava o Vade Mecum ao meu lado, pois já ia fazendo os grifos na medida em que ia estudando. Também fiz treino de questões discursivas, o que aconselho bastante. Como vivemos numa era digital, muitas pessoas estão desacostumadas a escrever no papel, a escrever um texto corrido sem apagar ideias ou acrescentar elementos no meio do texto. No meu caso, fazer questões escritas era importante para treinar objetividade, já que minha tendência era ultrapassar o número de linhas dadas para a resposta.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rafaela: O meu principal erro, foi querer aprender a matéria toda, tentar entender tudo antes de revisar. Também considero um erro o fato de eu fazer poucas questões, mas esse era um erro consciente, pois não tinha tempo de me dedicar ao estudo por questões tanto quanto gostaria.
Já o meu grande acerto, foi começar a fazer diversas provas. Me inscrever em provas me ajudou muito a ganhar resiliência e tempo de prova, bem como a entender os aspectos que eram mais cobrados. Evoluí muito fazendo provas. Outro grande acerto, foi ficar em dia com a Jurisprudência. Atualmente, muitas questões são extraídas da Jurisprudência. Por fim, encontrar materiais com tamanhos razoáveis e compatíveis com o tempo que eu tinha, me ajudou muito a otimizar o aprendizado e a estudar o que realmente cai nas provas.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rafaela: Não pensei em desistir, pois nunca me senti em paz com o fato de permanecer no cargo que eu ocupava anteriormente. O mais difícil foi virar a chave para voltar a estudar intensamente. Depois que finalmente virei essa chave, não pensei em desistir, mas confesso que passei por momentos muito difíceis durante a trajetória, de alto desgaste físico e emocional.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rafaela: Depois de passar por tudo o que passei, o meu principal conselho é: apenas estude para concursos se você quiser muito, se isso for o que você mais quer na sua vida. Eu só passei quando o concurso foi o objetivo principal da minha vida, quando eu estava disposta a renunciar a tudo para estudar. Tudo o que eu fazia era para potencializar a minha aprovação. Investi todo o meu tempo e toda a minha energia física, mental e financeira nesse projeto.
A aprovação exige muitas renúncias, é preciso estar disposto. Mas vale a pena! Se esse é o seu sonho, invista nele por completo! Quanto mais você se entregar a esse projeto, mais rápida será a sua aprovação!