Aprovado em 2° lugar no concurso CAIXA para o cargo de Técnico Bancário Novo - Macropolo: SP - Polo: Guarulhos
Bancária (BB, CEF e Bancos Estaduais)“O que eu aconselho é algo que todos falam e que é a pura verdade: suas chances só acabam se você desistir. Ao mesmo tempo, quanto mais você tenta e, mesmo fracassando, continua, à medida que aprende com os erros e derrotas, as chances de vitória aumentam […]”
Confira nossa entrevista com Jefferson Augusto Gimenes da Hora, aprovado em 2° lugar no concurso CAIXA para o cargo de Técnico Bancário Novo – Macropolo: SP – Polo: Guarulhos:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Jefferson Augusto Gimenes da Hora: Meu nome é Jefferson Augusto Gimenes da Hora. Tenho 39 anos. Sou licenciado em Ciências da Religião, pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN, e bacharel em Teologia, pela Faculdade Messiânica, em São Paulo-SP. Tenho pós-graduação, MBA, em Gestão Empresarial, pela Universidade Estácio. Nasci em Natal-RN, e desde o dia 1º deste mês estou morando em São Paulo-SP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Jefferson: Minha esposa é daqui de São Paulo. Já fazia 11 anos que ela morava comigo em Natal, mas tínhamos o desejo de morar perto de seus pais. Nesses anos juntos, fomos empreendedores. Montamos nossa fábrica de pães e bolos caseiros, e eu os vendia no carro do bolo. Era um trabalho digno, que nos permitiu prosperar e despertar a admiração dos que presenciavam nossa luta. No entanto, era um trabalho em que eu era um vendedor ambulante, trabalhava debaixo de Sol e chuva, ficava na rua à noite, até tarde, muitas vezes em locais considerados perigosos, para tentar voltar sem grandes sobras de bolo pra casa. Isso gerava preocupação na minha família. Nos últimos anos, apesar de todo esse esforço, com uma jornada que chegava a mais de 15 horas diárias, mesmo levando a quantidade mínima de bolos que eu considerava rentável, as sobras de bolo, um produto perecível, se tornaram frequentes. Isso gerava mais stress, cansaço, tristeza e até insônia. Nossa renda mensal também diminuiu.
Por tudo isso, apesar da gratidão pelo que conseguimos conquistar, desejávamos mudar de ramo quando viéssemos morar em São Paulo. No entanto, tínhamos muitas dúvidas sobre o negócio no qual investir, além do receio de não dar certo e perdermos dinheiro em um trabalho desconhecido, em uma cidade nova pra gente. Por isso, incentivado por algumas pessoas da família, que acreditaram em mim mais do que eu mesmo, decidi parar de trabalhar, vivendo provisoriamente da renda de alguns investimentos, e passei a investir meu tempo no estudo para concursos, pois pensei: “Se eu passar, não precisarei arriscar nosso dinheiro em nenhum negócio em São Paulo. Poderemos nos mudar com mais tranquilidade e segurança”.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Jefferson: Como disse na resposta anterior, meu trabalho era muito cansativo. Muitas vezes, mesmo nos dias de folga, precisava sair pra tentar vender as sobras de bolo. Sobrava pouco tempo e energia para descansar o corpo, a mente e ainda me dedicar aos estudos com a disposição necessária. Por isso, precisei parar totalmente de trabalhar, mesmo ainda pagando aluguel. Fiquei, por mais de um ano, vivendo da renda dos investimentos que conseguimos juntar nos últimos anos, para poder dedicar meu tempo 100% aos estudos. Se considerarmos a inflação, com a diminuição da taxa Selic nos últimos meses, posso dizer que nosso patrimônio até diminuiu um pouco no período. Mas era um investimento que eu senti que valia a pena fazer. Investi e apostei em mim mesmo. E graças a Deus, à compreensão da família e ao total apoio da minha esposa, valeu a pena!
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Jefferson: Já fui aprovado para concursos da PM-RN em 27º lugar, de 1000 vagas. Em 1° lugar para Guarda Portuário da CODERN – Companhia Docas do RN. Além de ser aprovado na Guarda Municipal de Natal, mas não lembro a posição. Todas essas aprovações ocorreram há quase 20 anos, em 2005, com apenas 20 anos de idade. Na época, porém, demorei a ser chamado. Quando fui, já estava realizando um sonho que eu tinha na época, fazendo o Seminário de Formação Sacerdotal da minha religião, aqui em São Paulo. Por isso, não quis voltar a Natal para assumir nenhum cargo.
Hoje, estou muito feliz por ter passado na Caixa. É o local e o tipo de trabalho com o qual eu já sonhava há mais de dez anos.
Pretendo continuar estudando, não para novos concursos, mas sim para aprender cada vez mais sobre os assuntos internos e poder seguir carreira dentro da Caixa. Sinto que serei muito feliz e realizado lá.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Jefferson: Ano passado, quando decidi me preparar para concursos, como eu disse, parei de trabalhar. Isso já diminuiu minha vida social. Como já tinha 38 anos e sabia que não aguentaria muitos anos só estudando, sem trabalhar, decidi entrar “de cabeça”. Fui com tudo que eu podia. Diminuí muito meus episódios de lazer. Saí até da academia, para ter ainda mais tempo para os estudos. Sei que não é o normal, ou o correto a se fazer. Mas eu pensava: “Também não é normal ter que passar num concurso com mais de 500 candidatos para cada vaga. Depois da prova, eu volto a ter uma vida normal”.
Depois que saiu o edital, a apenas três meses da prova, mandei mensagem no grupo da família, dizendo: “Ninguém entra em contato comigo até a prova, por favor. Só em último caso. Se precisar falar alguma coisa, procura minha esposa”. Não ia para festas de aniversário ou reuniões de família. Não saía de casa. Fui só uma vez, depois de muita insistência de todos, preocupados com o ritmo que eu estava tendo nos estudos. Nessa fase pós-edital, nem os jogos de futebol do meu time de coração eu estava assistindo mais. Confesso que essa foi a renúncia mais difícil. Um mês antes da prova, quando finalmente terminei de estudar o enorme conteúdo do edital, me dei o direito de passar umas duas horas com minha esposa na praia, para renovar as energias antes de começar as revisões da reta final.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Jefferson: No início, quando nem tínhamos certeza se realmente haveria concurso da Caixa, minha esposa reclamava um pouco da minha ausência. Queria que eu ajudasse mais em casa. Depois, ela entendeu e me apoiou totalmente. Minha mãe, no início, vendo o quanto eu estava indo dormir cada vez mais tarde, devido aos estudos, me criticava, preocupada com o que eu estava fazendo com minha saúde. Depois, no meu aniversário, a 12 dias da prova, ela se rendeu, publicando numa rede social o quanto se orgulhava de mim e admirava minha luta e dedicação. Foi um momento emocionante. Uma sobrinha minha sempre falava: “Tio, o senhor é tão inteligente. Deveria se preparar para um concurso”. Ela foi fundamental para eu acreditar e apostar em mim mesmo. Um dos meus irmãos, ao saber que eu estava nessa luta, falou: “vai passar em primeiro lugar”. Outro irmão e uma irmã já se mostravam mais desconfiados, mas se mostraram felizes pela minha conquista. Já os clientes, ligavam quase todos os dias, sentindo falta dos nossos produtos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Jefferson: Estudei por 8 meses direcionado para esse concurso da Caixa. Comecei em setembro. O edital saiu em fevereiro. A prova foi em maio. Antes dele, já tinha estudado por três meses para outro concurso, sem sucesso. Passei um mês me recuperando do baque, antes de começar a nova caminhada.
Para manter a disciplina, após o edital eu olhei o material do curso do Estratégia, contei quantos PDFs faltavam ser estudados e quantos eu precisava estudar por dia para dar tempo de ter 4 semanas de revisão final. E eu fui firme nessa programação. Só ficava satisfeito quando concluí a meta do dia de estudos. Por isso, precisei dormir cada vez mais tarde, até que criei o hábito de amanhecer o dia estudando, indo dormir às 7 da manhã. Confesso que fiquei preocupado com essa situação. Tentei corrigir esse horário, mas não consegui. Decidi, então, parar de lutar contra isso e entreguei nas mãos de Deus, seguindo o ritmo com o qual me acostumei.
Uma curiosidade sobre o que fiz para manter a disciplina foi meu aniversário. Como eu já disse, foi a 12 dias da prova. Minha mãe ofereceu, como presente, um almoço para mim e minha esposa num restaurante caro. Uma proposta tentadora. Mas falei: “Mãe, se eu for, não vou conseguir curtir o momento. Vou estar com a cabeça aqui. Por isso, não fique chateada, mas não vou. Mas me prometa que, quando eu voltar da prova (viajei pra fazer a prova em São Paulo), a proposta estará de pé”.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Jefferson: Durante a fase pré-edital, estudei 4 das 9 disciplinas exigidas no concurso. Nessa fase, estudei e revisei todos os PDFs e assisti todas as videoaulas até então disponibilizadas pelo curso do Estratégia. Fiz, também, todos os exercícios presentes nos PDFs. Usava também o fórum de dúvidas, sempre que precisava.
Após a publicação do edital, estudei as aulas novas que surgiram nas disciplinas já estudadas. E comecei do zero as novas disciplinas. Português eu não estudei, pois aproveitei o que já tinha estudado num concurso anterior. Fiz apenas uma breve revisão, mais perto da prova, usando materiais como “Passo Estratégico” e “Reta Final”. Em relação às demais disciplinas, vi que não daria tempo de fazer o que fiz na fase pré-edital, ou seja, não daria tempo de ler tudo e assistir todas as videoaulas. Lembro-me que, em uma das mentorias oferecida pelo Estratégia, ouvi o professor dizendo que estudar por PDFs costuma ser mais rápido e mais completo do que por videoaulas. Então, decidi que os priorizaria. Só parava para assistir vídeos quando estava com as costas muito cansadas, por ficar tantas horas sentado. Ou quando estava cansado de tanto ler. Assim, sentava na poltrona inclinada e assistia, na smartv, as aulas em vídeo sobre os assuntos que achava mais difíceis. Descansava estudando. Essa era a principal vantagem das videoaulas para mim.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Jefferson: Através das aulas gratuitas disponibilizadas no Youtube, quando estudei para um concurso anterior.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Jefferson: Há 19 anos atrás, passar em concurso era muito mais fácil do que hoje. Nos concursos que passei lá atrás, não era cobrado nada que eu não tivesse estudado na escola. Como estava com o conteúdo do ensino médio e do vestibular fresco na cabeça, era como uma revisão para mim. Mesmo assim, fiz na época o concurso do TRE. Lembro-me que caía 6 disciplinas de direito e mais duas que nunca havia estudado antes, além de português e matemática. Eram 10 disciplinas. Comprei uma apostila bem grossa numa banca de revista. Simplesmente a li, sem assistir nenhuma aula. Acertei apenas 49 das 100 questões. Foi quando vi que é necessário um suporte maior quando se trata de concursos mais complexos.
Mais recentemente, em 2016, fiz o concurso do IBGE. Havia apenas uma vaga em Natal, mais cadastro reserva. Mais de 1.000 candidatos. Paguei um curso pela internet, mas não lembro o nome. Cheguei a passar um mês sem trabalhar. Até me preparei bem, em termos de conteúdo, mas quase não fiz exercícios, não fiz simulado algum, e não tive preparo em relação ao tempo da prova. Assim, o dia da prova foi traumatizante. Comecei a correr muito quando vi que o tempo estava acabando. Não deu tempo de fazer todas as questões e, para completar, devido à pressa, passei muitas questões de forma errada para a folha de respostas. Ao chegar em casa, vi que até as questões que não consegui responder, eu teria acertado. Fiquei tão triste que falei pra mim mesmo: “Passei um mês sem trabalhar. Só fiz perder dinheiro. Não quero mais saber de concurso. Vou focar na minha vida empresarial”. Hoje vejo que até que foi bom ter pensado assim. Foi depois disso que fiz minha pós-graduação e tivemos os anos de maior prosperidade no nosso trabalho.
Depois, quando me senti chamado de volta para o mundo dos concursos, vi que aquele erro não podia se repetir. Que não bastava dominar o conteúdo. Era necessário se preparar para o momento da prova, para o tempo. Para isso, o Estratégia Concursos se mostrou muito importante para mim. Por ele, tive mentorias, que me ajudaram em algumas decisões na minha preparação, como comprar um notebook (comecei estudando pelo smartphone). Pude, também, utilizar o enorme banco de questões para me familiarizar com o estilo da banca. Pude fazer vários simulados, medindo o tempo, tanto da prova quanto da redação. Cheguei ao dia da prova com a certeza de que aquele trauma de 2016 não se repetiria. Pude ir realmente tranquilo e confiante.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Jefferson: Como eu disse, fiz os concursos do TRE e do IBGE com materiais que não eram do Estratégia. Passei longe da aprovação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Jefferson: A maior diferença sentida em relação aos concursos anteriores que fiz, foi o fato de não precisar perder tempo procurando reunir livros, apostilas ou vídeos que abarquem todo o conteúdo do edital. E em relação a outros cursinhos, o que mais me deixou impressionado foi a qualidade dos simulados do Estratégia. No primeiro que fiz, a três semanas da prova, como só havia revisado o conteúdo de 25% da prova, acertei 48 questões, ou seja, 80% das questões. Mas, nos simulados seguintes, acertei 54, 56 e 54 questões. Ou seja, acertei pelo menos 90%. No dia da prova, mesmo estando doente, tendo dormido pouquíssimo e sem ter conseguido comer quase nada, acertei as mesmas 54 questões, 90%. Na redação, tirei 90% também, a mesma nota que recebi em uma das correções que paguei com o Estratégia. Essa correspondência com os simulados foi o que me deu tranquilidade durante toda a prova, mesmo diante das circunstâncias relatadas acima.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Jefferson: Apesar de ter sido uma criança e um jovem estudioso, nunca tive muito o hábito da leitura. Meu maior diferencial eram as matérias exatas. Por isso, hoje preciso de um tempo maior de leitura do que a maioria das pessoas para conseguir aprender algo. Às vezes o pensamento “voa”, de modo que quando percebo, preciso recomeçar. Assim, só sigo para a próxima página ou capítulo, quando entendi bem o atual. Por isso, embora eu gaste mais tempo, não preciso tanto de revisão, pois o conteúdo fica bem organizado na minha cabeça, já depois de um único contato. Mesmo assim, no pré-edital, como gozava de maior tempo, começava o dia de estudo relendo o que tinha marcado de importante no PDF do dia anterior. No pós-edital, no entanto, vi que não daria tempo de ver tudo, se eu continuasse com essa estratégia. Por isso, estudei todas as aulas que restavam, uma após a outra, marcando os pontos importantes, para revisar só no final. Por isso eu queria tanto cumprir meu cronograma de modo a conseguir ter 4 semanas para revisão e simulados, antes da prova. E consegui. Para isso, eu estudei, durante todo o pós-edital, umas 16 horas líquidas por dia. Antes da revisão, montei um cronograma só para ela também.
Em relação à alternância entre as matérias, no pré-edital eu só comecei a estudar uma matéria após ter visto todo o conteúdo da outra. No pós-edital, fui mais flexível, alternei entre as matérias, mas não entre os PDFs. Só começava a ler um PDF após ter concluído e ter feito os exercícios do outro. Não rolava comigo a dica de dividir por tempo o estudo entre as disciplinas, como três horas de uma e três da outra, parando o conteúdo no meio do caminho.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Jefferson: No início, como estava cometendo o erro de estudar pelo celular, comecei fazendo fichamento. Ainda bem que percebi logo o quanto estava perdendo tempo dessa forma. Assim, ainda no pré-edital, comprei meu notebook. Passei então a, simplesmente, grifar os tópicos importantes, usando as ferramentas disponibilizadas no próprio programa pelo qual eu abria os PDFs. Às vezes, eu escrevia alguns comentários e observações, no arquivo digital mesmo, para leitura e revisão posterior. Em relação aos simulados, só fiz durante o mês de revisão. Não fiz nenhum simulado antes de ter concluído todo o edital. Eu imprimi as folhas de redação e as folhas de respostas, para reproduzir ao máximo o dia da prova. Cronometrava o tempo e não falava com ninguém que chegasse lá em casa. Minha esposa já avisava que eu estava fazendo a prova.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Jefferson: Não lembro quantas questões eu fiz. Mas fazia todas as questões ao final de cada PDF. Só nas poucas vezes em que a quantidade de questões era desproporcional, como em alguns PDFs de TI, é que eu focava apenas nas da banca do nosso concurso, a CESGRANRIO. Fazer exercícios foi fundamental para fixação de conteúdo, para tirar dúvidas, para me familiarizar com o estilo da banca e para ganhar agilidade e a velocidade necessárias no dia da prova.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Jefferson: Antes de dizer a disciplina em que tinha mais dificuldade, vou falar a que sempre tive mais facilidade. Vocês entenderão o porquê. É matemática. No entanto, nesse concurso, havia assuntos de matemática financeira que eu nunca tinha estudado na escola nem em nenhum lugar, como os sistemas de amortização e suas fórmulas, por exemplo. Além do mais, as aulas do professor Brunno Lima me deram dicas valiosas para ganhar tempo na prova. Por isso, mesmo para mim, foi muito importante não negligenciar o estudo da matemática.
Quanto à língua inglesa, fazia muitos anos que eu não estudava. Fiquei impressionado com o material da professora Andrea Belo. Ela conseguiu reunir em 7 ou 8 aulas um conteúdo mais completo do que tudo que eu tinha visto em todos os anos de ensino fundamental e médio. Mesmo assim, no primeiro simulado, das 5 questões de inglês, acertei apenas duas. Isso ligou o alerta. Quando fui revisar inglês, decidi assistir um vídeo de um material do Estratégia feito especialmente para revisão, chamado “Hora da Verdade”. Nesse vídeo, o professor era outro. O Adolfo Sá. Em suas aulas, dois momentos me marcaram. Um em que ele falou, brincando, com aquele sotaque carioca tão legal: “vem pra Caixa você tambeeeeém!”. Eu, àquela altura, sensível depois de tantos meses de intensa luta, comecei a chorar, imaginando minha aprovação. Depois, ele falou: “Inglês, em concurso, é teeexxxxxto”. Isso despertou em mim o fato de que eu estudei muita gramática, mas que nem precisava revisar mais isso. Assim, foquei minha atenção em responder questões sobre textos relacionados a assuntos financeiros, imaginando que esse seria o assunto do texto da prova. Depois de assistir a essa aula do professor, toda ao redor do texto e de seu vocabulário, tive a ideia de recorrer ao chatgpt, dando-lhe comandos para produzir textos, em inglês, com tamanho médio e nível médio de dificuldade, cada vez sobre um assunto diferente, mas sempre relacionado ao mercado financeiro. Depois, pedia para que formulasse 5 questões, com 5 alternativas cada, com nível médio de dificuldade, a respeito daquele texto. Em seguida, o lia e respondia as questões. Passei a quase sempre acertar tudo. E, mesmo após acertar, estudava o texto e o vocabulário, buscando aprender o que fosse novo. Fiz isso uma vez na véspera da prova também, para que o inglês ficasse fresco na cabeça. Resultado: Apenas 3 semanas após ter acertado só 2 questões, acertei todas as 5 na prova. E o melhor: consegui responder sem perder muito tempo. Essa experiência em inglês me mostrou porque é tão importante ter mais de um professor em cada disciplina. As diferentes didáticas utilizadas por eles se complementaram. Mas sou grato, especialmente, ao professor Adolfo!!!
Em informática também tive muita dificuldade. Eram conteúdos, em sua maioria, novos para mim. Uma quantidade enorme de aulas, PDFs, páginas e questões. Tudo isso para apenas 5 questões. Aqui, enfrentei mais na base da “transpiração” do que da inspiração. Acertei 4 das 5 questões. Cometi, nessa disciplina, um dos 2 erros bestas da prova, os quais acho que não teria cometido se não tivesse fraco. Ainda bem que não fez falta!
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Jefferson: No meu planejamento, a última semana seria a revisão da revisão, com mais simulados, mas não consegui. Então, mantive o mesmo ritmo e carga horária de estudos até a quarta-feira, quando viajei para São Paulo, onde faria a prova, 4 dias depois. Após voo direto, continuei os estudos no mesmo dia. Talvez pela mudança de rotina, devido à viagem, comecei a conseguir dormir um pouco mais cedo a cada dia em São Paulo.
No dia pré-prova, revisei os últimos conteúdos que faltava. Fiquei com sentimento de missão cumprida. Consegui dormir relativamente cedo, mas após aproximadamente uma hora, acordei com sensação de gases na barriga, vomitando e com diarreia. Passei o resto da noite assim, praticamente sem dormir. No dia da prova, continuava da mesma forma. Mesmo com a prova sendo à tarde, comi apenas uma maçã, mas pus tudo para fora. Continuei assim até mesmo depois que já estava na sala de aula. Só parei no momento em que comecei a prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Jefferson: A nossa prova discursiva foi a redação. Fazia tempo que eu não fazia uma. Deveria ter no máximo 30 linhas. Quando escolhi o primeiro tema pra treinar, minha redação teve quase 50 linhas. E demorei quase duas horas pra escrever e passar a limpo. Assim, percebi que era algo que eu precisava treinar. Por isso, para me sentir mais seguro no dia da prova, além de estudar o material disponibilizado no curso, decidi pagar para ter direito a 3 correções das minhas redações. Na primeira, tirei 90 e recebi as observações sobre o que precisava melhorar. Na segunda, tirei 95, e aprendi com novos erros. A terceira, como enviei a menos de 10 dias da prova, não foi corrigida.
Em meus simulados, das 5 horas de prova, planejava responder a prova em até 3 horas e meia, sobrando pelo menos 1 hora e meia para redação. Consegui gerir o tempo durante os simulados, terminando ambas as partes da prova em menos tempo do que o planejado. No entanto, no dia da prova, quando terminei de preencher a folha de respostas, restava apenas uma hora e quinze minutos para a redação. Mesmo assim, como havia treinado bem, não me desesperei, até porque sabia que a redação era apenas eliminatória, não fazendo diferença tirar 7 ou 10. Assim, consegui escrever tudo em apenas meia hora, restando 45 minutos para passar a limpo, com tranquilidade.
O que eu aconselho é treinar a redação nos simulados, gerindo o tempo. Se puder, pague a correção. Divide em 10 ou 12 vezes. Ficou apenas 10 reais por mês. A maior segurança em relação à redação reflete em uma maior tranquilidade para fazer a prova. Como estudei todo o edital, até mesmo os assuntos aparentemente mais fáceis ou com menos chances de cair, li muito, o que me deu riqueza de argumentos para conseguir escrever rapidamente a redação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Jefferson: Meu principal acerto foi não ter medo de investir nos meus estudos, de arriscar me dedicar tanto, mesmo sem ter certeza do resultado. Acho que não ter desviado o foco para outros concursos, como o do Banco do Nordeste e do CNU, concentrando meu tempo e energia no que eu mais queria, que era o concurso da Caixa, também foi um grande acerto.
Meu maior erro talvez tenha sido a alimentação. Na sexta-feira à noite, dois dias antes da prova, comi 3 fatias de pizza. Na véspera da prova, pela manhã, comi mais uma fatia no café da manhã. E às 18 horas, como ainda não tinha almoçado, já estava esperando minha sogra, que almoça muito tarde, comi a última fatia, para aguentar esperar. Finalmente, o almoço/janta teve como mistura uma carne de panela com um molhinho muito gostoso. O resto, vocês já sabem. Se pararmos para pensar, na véspera da prova, minha alimentação não foi tão ruim. Comi duas fatias de pizza, apenas. Mas, somando com as três do dia anterior, talvez tenha ultrapassado a cota de gordura que o corpo aguentava, de modo que o molhinho da carne foi a gota d’água. A dica que eu dou é cuidar da alimentação não só na véspera da prova, mas nos dias que antecedem. Além disso, se eu tivesse feito uma atividade física leve no sábado, como uma caminhada, talvez eu tivesse feito melhor a digestão e dormido melhor. É a dica que dou.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Jefferson: Como já disse, houve um momento da minha vida em que achei que concurso não era pra mim. Após uma derrota, sempre vinha um desânimo antes de eu me recuperar e decidir voltar a lutar. No entanto, nesses oito meses de preparação para o concurso da Caixa, em nenhum momento pensei em desistir. Foi a primeira vez que comecei a estudar para um concurso já no pré-edital. E, apesar das dúvidas que batia às vezes se eu passaria ou não, posso dizer que minha confiança foi aumentando cada vez mais. Às vezes, eu parava para pensar: “Talvez ninguém, no Brasil inteiro, tenha estudado mais do que eu.” e “como estudei e revisei tudo ou praticamente tudo o que pode cair, não seria nenhum absurdo eu acertar tudo”. Essa sensação de confiança foi a principal motivação para seguir, principalmente para ir fazer a prova, mesmo no estado em que eu me encontrava no dia.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Jefferson: O que eu aconselho é algo que todos falam e que é a pura verdade: suas chances só acabam se você desistir. Ao mesmo tempo, quanto mais você tenta e, mesmo fracassando, continua, à medida que aprende com os erros e derrotas, as chances de vitória aumentam. Cada um tem seu tempo certo. Eu passei novo, com apenas 20 anos, mas não era meu tempo. Para alguns jovens já é o tempo. Varia. Precisei viver muitas experiências antes. Talvez seja seu caso. Se você acha que seu tempo de concurso passou, talvez não. A fé em Deus e a busca constante por entender Sua vontade me ajudaram a perceber quando era a hora de parar de tentar, seguindo firme com meu trabalho, e quando era o momento certo de voltar à luta. Esse também é um conselho que dou, que serve para pessoas de qualquer idade. A fé em Deus nos dá força! Se formos gratos a Ele por tudo, mesmo pelos tropeços da vida, coisas melhores do que imaginamos virão. Fiquei muito triste no último concurso que não passei. Mas se eu tivesse passado, teria me acomodado e não faria esse. Só depois que fiz essa prova é que senti que ia passar, pesquisei o quanto são maravilhosos os benefícios e chances de crescimento ao seguir carreira na Caixa. Sem falar que é um trabalho com o qual eu sonhava, mas procurava não lembrar disso, para não sofrer por ainda não ter realizado. Hoje, agradeço muito a Deus por não ter passado no ano passado. Talvez as estratégias que eu usei não sirvam para você. Então, conhece-te a ti mesmo e busque as melhores estratégias para a tua realidade. Mas um conselho com certeza serve pra você: Seja grato a Deus, e não desista!