“Se você está começando e já tem uma prova alvo com edital aberto então a melhor estratégia para curto prazo é realizar o máximo de questões possível. Caso ainda não tenha um edital específico em mente é interessante começar tentando montar uma base de conhecimento.”

Confira nossa entrevista com Marcos Paulo Barros Barreto, aprovado em 31° lugar no concurso BACEN para o cargo de Analista – Área: Tecnologia da Informação:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Marcos Paulo Barros Barreto: Sou formado em Ciência da Computação pela UFPE, tenho 33 anos e sou natural de Recife/PE

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Marcos: Os principais fatores são a estabilidade, as boas remunerações das carreiras públicas e a autonomia para implantar soluções que impactam positivamente a população.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava? 

Marcos: Eu fiz concursos em duas fases da minha vida. Na primeira eu apenas estudava, com isso consegui um cargo público e fiquei nele por 7 anos. A uns dois anos atrás eu voltei a estudar, dessa vez tendo que conciliar com o trabalho, o que reduziu bastante as minhas horas líquidas de estudo, porém consegui manter uma certa constância.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Marcos: Já tenho uma longa história realizando concursos e algumas das aprovações são: 4º Analista Informática MPPB, 14º Auditor de Controle Externo TCDF, 1º Técnico Informática UFRPE, 34º Agente da Fiscalização TCESP, 19º Analista Judiciário TRT5 (meu cargo atual), 17º Analista Judiciário TRT 12 dentre vários outros.

Pretendo continuar estudando e me manter em condições caso apareça algum outro certame que valha a pena, mas o meu tempo de concurseiro provavelmente já está chegando ao final. 

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Marcos: Quando estou em preparação para um concurso eu tento reduzir um pouco a quantidade de vezes que saio com amigos e família, mas não corto completamente, até porque a saúde mental também é muito importante, principalmente em períodos longos de preparação. Na reta final, aproximadamente o último mês, eu sou mais restritivo e realmente tento focar ao máximo na preparação, ainda assim não me isolo completamente.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

Marcos: Minha família sempre me apoiou bastante e compreendem momentos que não pude dar o máximo de atenção para ela.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Marcos: Direcionado para o Banco Central foram aproximadamente 4 meses, porém já vinha no ritmo de estudos nos últimos 2 anos.

O primeiro ponto a ressaltar é que nem sempre mantive a disciplina, por diversas semanas meu nível de estudo foi bem abaixo do que desejaria, porém no longo prazo eu consegui retomar o ritmo e construir uma base sólida de conhecimentos.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Marcos: Usei videoaulas principalmente para as matérias que tinha menos afinidade, como economia. Utilizei bastante PDF e Simulados.

As aulas em vídeo costumam consumir muito tempo, por isso devem ser utilizadas com cautela. São boas para começar a construir entendimento sobre um tema ou para momentos em que você está mais cansado.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? 

Marcos: Indicação de amigos.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente? 

Marcos: Eu sempre busquei construir meu próprio material, com resumos e grande volume de questões. Antes do Estratégia eu não cheguei a comprar nenhum material relevante, apenas uma assinatura de uma plataforma de questões.

O principal problema em montar seus próprios materiais é que pode ser muito demorado e trabalhoso. Por isso resolvi aliar alguns temas em que eu mesmo montei meu material, com outros temas em que utilizei materiais prontos do Estratégia. 

Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado? 

Marcos: Fiz vários concursos e fui aprovado em muitos deles utilizando os materiais que eu mesmo fui construindo.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? 

Marcos: A principal ferramenta do Estratégia utilizada por mim foram os PDFs com marcação dos aprovados. São bons para fazer revisões direcionadas. Também utilizei algumas videoaulas e os simulados.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos? 

Marcos: Atualmente estudava por volta de 3 horas líquidas por dia durante a semana e 5 horas líquidas por dia no final de semana. Montei um plano de estudo que abarcava os tópicos do edital divididos em semanas, de forma a tentar encaixar tópicos de todas as matérias em cada semana. Também escolhi algumas semanas para focar em matérias específicas e deixei a última para uma revisão final.

Estratégia: Como fazia suas revisões? 

Marcos: Minhas revisões são por questões e resumos bem diretos dos principais temas do edital. 

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Marcos: Especificamente para o Banco Central eu devo ter feito por volta de 2500 questões. Em geral, 50% do meu empenho é dedicado à resolução de questões.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Marcos: Economia foi um problema pois eu nunca havia estudado. Minha estratégia para superar a prova de economia foi dedicar umas duas semanas especificamente para ela no início da preparação, para só depois iniciar meu ciclo normal de estudos.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Marcos: Minha semana pré-prova foi reservada para questões e resumos que havia selecionado como forma de revisão.

O dia pré-prova tive um enfoque maior em resumos muito direcionados, para manter a fixação de temas que não tinha tanta afinidade.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Marcos: Teve prova discursiva sim, busquei realizar uma questão discursiva por semana ao longo dos meus estudos para me manter preparado para a discursiva.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Marcos: Meu principal erro foi ter começado a preparação para o Banco Central de forma muito leve, talvez por estar cansado dos estudos para outros concursos. Dessa forma, ficou a lição que é importante gerenciar a energia que eu gasto com os concursos e ter um planejamento anual.

Meu principal acerto foi fazer um plano de estudo bem detalhado e segui-lo.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Marcos: Nunca cheguei a pensar em desistir, mas por diversas vezes pensei que não daria mais tempo para concluir a minha preparação. A melhor forma de não desistir é ter em mente o que você deseja alcançar.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Marcos: Se você está começando e já tem uma prova alvo com edital aberto então a melhor estratégia para curto prazo é realizar o máximo de questões possível. Caso ainda não tenha um edital específico em mente é interessante começar tentando montar uma base de conhecimento.