Aprovada em 38° lugar (Cotas) no concurso SME-Belo Horizonte para o cargo de Professor(a) Municipal de 1° e 2° Ciclos
Educação“Deseja fazer concurso? Vá em frente! Não desista! Concurso é algo que exige do candidato dedicação e disciplina. É claro que há momentos difíceis (de querer desistir). As provas estão cada dia mais elaboradas. O candidato precisa estar preparado […]”
Confira nossa entrevista com Camila Diniz Aguiar Isidoro, aprovada em 38° lugar (Cotas) no concurso SME-Belo Horizonte para o cargo de Professor(a) Municipal de 1° e 2° Ciclos:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Camila Diniz Aguiar Isidoro: Sou Mestre em Educação pela PUC Minas; pós graduação em psicopedagogia (clínica e institucional) pela UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais; Pedagoga pela UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais; curso técnico de Tradutor e Intérprete de Libras pela SEE/MG (Secretaria de Educação de Minas Gerais).
Tenho 40 anos. Nasci em São Paulo/ SP e moro em Belo Horizonte.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Camila: O motivo de realizar provas para os certames foi pela estabilidade financeira. E não ficar dependente de contratos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Camila: Ao prestar concursos para o nível superior eu trabalhava como designada (contratos de menos de 1 ano) nas escolas do Estado dedicava aos estudos para os certames de nível superior. Quando eu passei no concurso da prefeitura de Sabará é que eu pude voltar a trabalhar. Não deixei de estudar para outras provas. Conseguia conciliar o trabalho e os estudos. Outro ponto importante, que não posso esquecer é: eu quando estava trabalhando em Sabará e estudando para concursos estava dedicando também ao mestrado.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Camila: Os concursos que fui aprovada foram: Sabará (3° lugar) em 2014 e 2017 (256° lugar); Vespasiano em 2014 (27° lugar); Prefeitura de Belo Horizonte em 2021 (1° lugar – cotas) e 2023 (38° lugar- cotas).
É importante entenderemos que até chegar à aprovação da PBH eu realizei outras provas. Considero importante explanar para vocês o meu caminho percorrido de forma breve.
Eu comecei a estudar para concurso logo quando saí do Ensino Médio. Lembro de todos os concursos que fiz. E percebo as evoluções que eu obtive durante esse caminho de estudos e provas. O primeiro deles foi para soldado da PM de Minas Gerais, a Fundação Ezequiel Dias, a antiga BHtranas, a rede FHEMIG. Vale ressaltar que esses primeiros certames foram para funções destinadas para o Ensino Médio. Durante a graduação na Universidade do Estado de Minas Gerais, em 2009, eu realizei outras provas. Nessa fase comecei a maratona de provas para nível superior: Infraero, Aeronáutica (que me deixou surpresa: não passei para segunda fase, testes físicos, faltando 0,5 pontos!). E foi nesse momento que percebi que estudar sozinha, sem direcionamento de um curso preparatório, não era o suficiente. Fiz o concurso para PBH (nesse mesmo ano) e com o direcionamento estudantil de um curso preparatório aqui de Belo Horizonte. Ele foi muito bom. Porém, não fui aprovada. O que faltava não era apenas estudo, mas maturidade diante das provas e as organizadoras que fazem esses concursos. Não desisti! Em 2012 realizei, estudando sem a orientação de um curso preparatório, provas para o Ministério Público/ MG, professor Universitário da Fundação Helena Antipoff (nessa fundação a exigência mínima para ser professor universitário era ter concluído a pós graduação e nessa época eu tinha concluído meus estudos em psicopedagogia). E pasmem: não passei nesse certame por meio ponto! Voltei a me dedicar ao concurso municipal e com a bagagem de outros certames passei nas provas do município de Sabará (para professora do Ensino Fundamental) em terceiro lugar. Vespasiano também para professora em vigésimo sétimo lugar (não assumi o cargo). Sabará (também para professora) em ducentésimo quinquagésimo sexto lugar.
É importante observar que ainda não me sentia realizada. Estudando em um outro curso preparatório eu consegui passar em, 2022, em primeiro lugar para professora da Educação Básica de Belo Horizonte. Nessa época pedi exoneração de Sabará.
Em 2023 prestei o concurso para pedagogo para o MEC. Nesse certame pude compreender como a organizadora, CEBRASPE, exige os conhecimentos do edital para os candidatos. Não passei.
Quando saiu a oportunidade do outro concurso da PBH me preparei com o mesmo curso preparatório para o certame de 2023. Porém, percebi que precisava aprofundar nos estudos da Língua Portuguesa. Uma coisa é fazer prova de Língua Portuguesa de diversas bancas outra coisa é fazer prova dessa mesma disciplina da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Como eu sei disso? Durante meus estudos fazia muitas questões dessa banca e não entendia o que ela cobrava dos conteúdos. Foi aí que, na Internet, encontrei o Estratégia Concursos. Assistia as aulas de Língua Portuguesa. Elas complementaram meus estudos.
Sobre a outra pergunta se pretendo continuar os estudos para outros certames digo que continuo. Agora volto a dedicar para os concursos federais e com o Estratégia Concursos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Camila: Durante a preparação procurava dedicar o máximo que podia. Claro que existem momentos que não tiveram êxito. Você deve ter vida social. Sair com a família, amigos e isso é muito importante para ajudar nos estudos. Dedicação sim mas com parcimônia.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Camila: Minha família bem como os amigos entenderam meus objetivos. Foi necessário mostrar para eles que o caminho (para a aprovação) não era fácil. Tive momentos que queria desistir. Pensava: “isso não é para mim”. A família não me deixava desistir.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Camila: Durante a preparação procurava dedicar o máximo que podia. Claro que existem momentos que não tiveram êxito: O trabalho como docente exige muito. Depois que assumi a coordenação escolar a exigência profissional aumentou. Porém, essas exigências profissionais, não atrapalharam meus estudos para os concursos. É importante ter foco! Fiz um cronograma de estudo contemplando os dias da semana (estudava durante 3 horas a noite), aos sábados e aos domingos. Aos finais de semana estudava da seguinte maneira: sábados e domingo (em torno de 5 horas de estudo) eram os dias que assistia às aulas online para o concurso. Revisava as disciplinas que eu estudava durante a semana que contemplava baterias de exercícios.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Camila: Os materiais que utilizava eram os PDFs, as aulas online do curso preparatório e baterias de exercícios. O que mais gostava eram as aulas, pois, gosto de entender as matérias com explicações dos professores. Como vantagem eles mostram com dicas pertinentes o que a organizadora do certame pensa, exige do candidato para aprovação, como resolver as questões. Ou seja, mostrar para o aluno o que estudar e como estudar.
Sobre a desvantagem não conseguia ler todo o material dos PDFs. Isso acontecia, pois, o tempo de estudo era limitado durante a semana (o trabalho na escola exigia muito) então, tive que priorizar. Assistia mais as videoaulas e fazia muitas questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Camila: Conheci o Estratégia para esse certame que passei para PBH em trigésimo oitavo lugar (cotas). Precisava de mais orientações sobre a FGV em relação as provas de língua portuguesa.
Assim, assistia vídeos do Estratégia da professora Adriana Figueredo. Era muito engraçado. Ao assistir as aulas percebia que ela não deixava o aluno para trás. Explico: ela explanava sobre o conteúdo, fazia exercícios, mostrava como a banca pode cobrar o conteúdo e ao mesmo tempo não deixava que o aluno perdesse o foco. Como se eu estivesse ali do lado (presencialmente) e a professora pedisse para seguir junto com ela o raciocínio.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Camila: Sim, cheguei a estudar por outros preparatórios que foram importantes para minha bagagem de conhecimento dos certames. O que me incomodava (um pouco) eram os matérias ora os PDFs ora as aulas online ou presenciais. Isso dependia muito do professor que ministrava aulas ou da forma como eram escritos os PDFs.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Camila: Sim. Fui aprovada em primeiro lugar para cotas para professora da PBH.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Camila: Sem dúvida! Senti muita diferença. Como relatei, as aulas de Língua Portuguesa foram excelentes para essa aprovação de 2023.
Eu não podia ficar apenas com o conteúdo do outro curso preparatório, tive que buscar outras ferramentas. Como eu relatei, as provas de certames que têm características de provas de nível federal são mais elaboradas e exigem do candidato maior preparação. E isso encontrei no Estratégia.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Camila: Para quem trabalha na escola é mais fácil montar horários. O cronograma era parecido com o horário escolar. Com intervalo de 10 minutos entre duas aulas de 1 hora cada. Assistia as videoaulas, depois realizavam (no início) 10 questões de cada disciplina. E com o tempo intensificava o número de questões: 10, 15, 20 questões e quando eu percebia estava realizando mais de 40 questões por dia!
Em relação às horas durante a semana, conciliando como trabalho, estudava em torno de 3 horas e nos finais de semana em torno de 6 horas. É importante dizer que essas horas nem sempre eram cumpridas fielmente, pois além do trabalho tinha a dissertação de mestrado.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Camila: As revisões eu fazia da seguinte maneira: tenho o costume de anotar as falas importantes dos professores. Ainda tenho os blocos de anotações. Há pessoas que preferem escrever em folhas com pautas (folha caderno ) eu prefiro folhas brancas. Nelas faço as anotações não seguindo um padrão das linhas. Eu escrevo em várias direções da folha. Como se fosse vários retalhos e eu costurando os conteúdos que foram lidos (por PDFs) e as videoaulas em várias folhas. Assim, eu lia o que tinha escrito e para ampliar as revisões sempre fazia exercícios.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Camila: As resoluções de exercícios são de grande importância para quem quer prestar concurso. Considero como diferencial. É através delas que você conhece como a banca organizadora exige do candidato. Cada organizadora tem sua forma de pensar e exigência.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Camila: Legislação Educacional. Apesar de trabalhar com as leis educacionais no ambiente de trabalho, as questões sobre essa temática exigem que você saiba da lei na íntegra ou parte dela. E para superá-la, busquei ler a lei (seca), fazer esquemas (quadros mentais) e exercícios de outras provas: pegava as leis que eram cobradas no certame, fazia esquemas e junto fazia exercícios. Até sentir-se segura para fazer simulados dessa disciplina. Esses simulados eram do próprio curso preparatório ou do site do Estratégia.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Camila: Na semana que antecedeu a prova continuei estudando, porém, diminui o ritmo. Apenas nos 2 dias antes da prova evitei de ler algo sobre o certame (sempre nos dias que antecedem as provas você encontra nas mídias sociais e na TV textos, reportagens sobre candidatos por vaga, a concorrência do certame). Faço isso porque acredito que essas informações podem desestabilizar o emocional.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Camila: Sim, esse concurso da PBH teve a prova discursiva. O segredo para esse tipo de prova é: não tem segredo. Bem que podia! Para fazer a prova de redação a pessoa deve escrever sempre. Quando estudo para prova objetiva eu faço além de esquemas resumos. Os resumos ajudam na escrita e consequentemente você
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Camila: Os erros durante o meu percurso estudantil de concurso foi acreditar que todas as bancas cobram os conteúdos da mesma maneira. Isso é um erro! Cada organizadora possui a sua forma de exigência das questões. Eu só percebi isso com a realização de vários concursos.
O que deve ser feito (esse fato considero como ponto positivo) é que quando sai o edital do certame o candidato deve, se possível, realizar exercícios da banca organizadora para compreender a dinâmica da exigência dos conteúdos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Camila: Sim, várias vezes! Gente concurso é algo árduo. Precisa de estudo. As vezes ficamos muito cansados, a prova é adiada. Quando digo árduo não é para desmotivá-los no sentido de: concurso é sofrido. Não é isso! O que pretendo com essas palavras destina-se no entendimento que certame não é apenas ler e depois fazer a prova ou vou assistir apenas as videoaulas e me considero capaz de enfrentar uma prova. Precisa-se deixar de lado (um pouco, um pouco mesmo) dos momentos de lazer. E pensar no que motivou a fazer esse certame que para mim é a estabilidade financeira!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Camila: Deseja fazer concurso? Vá em frente! Não desista! Concurso é algo que exige do candidato dedicação e disciplina. É claro que há momentos difíceis (de querer desistir). As provas estão cada dia mais elaboradas. O candidato precisa estar preparado. Eu continuo estudando para os novos concursos, agora os federais. Sei que não é fácil. Todos querem estabilidade. Para tanto, é necessário estudar e buscar preparatório que oriente nos estudos como outros cursos e o Estratégia me proporcionaram.
Repito: continue estudando. Eu ainda não parei. Agora estou focada nos concursos federais. O caminho será longo? Não sei. Isso vai depender dos meus estudos e do emocional durante a prova.