Aprovada em 26° lugar no concurso ANVISA para o cargo de Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária - Área 2
Concursos Públicos“Eu aconselho a ter muita resiliência, a aprender a curtir o processo e a abraçar o desafio que é ser concurseiro. Se você tem uma visão, um sonho, vá em frente e não coloque um prazo, porque na hora certa, a aprovação virá […]”
Confira a nossa entrevista com Juliane Smith Elias, aprovada em 26° lugar no concurso ANVISA para o cargo de Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária – Área 2:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Quando se formou, idade e cidade natal?
Juliane Smith Elias: Eu sou farmacêutica, formada em 2017 pela USP. Tenho 32 anos, nascida em São Paulo, capital.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Desde início seu foco foi em concursos na sua área de formação?
Juliane: Desde o início, o meu foco foram os concursos para farmacêutico. A primeira sementinha foi plantada em 2016, quando em uma matéria da graduação, uma especialista da Anvisa foi convidada a nos dar uma aula e eu fiquei encantada pelo trabalho e pela remuneração bem atrativa. Depois disso, conheci meu namorado da época, que era concursado, tinha um salário ótimo e uma qualidade de vida muito boa. Fica difícil não querer essa vida, então, ele foi uma grande influência. Eu me via trabalhando na iniciativa privada, trânsito de São Paulo, hora extra, sempre cansada; a rotina era, basicamente, ir e voltar do trabalho. Eu sabia que precisava de uma mudança, já que eu sonhava em trabalhar com propósito e, ao mesmo tempo, também queria uma boa remuneração e qualidade de vida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Juliane: No início, eu fiz uma pequena loucura, larguei o trabalho para “apenas” estudar, sem perspectiva de edital e entendo que nem todos conseguem fazer isso. Depois de um tempo, eu passei em alguns concursos, que não eram o meu objetivo final, então, estudava e trabalhava. A conciliação era, basicamente, estudar em qualquer tempo livre que aparecia durante a semana: hora do almoço, hora do café… foi desafiador. Em casa, eu otimizava a minha rotina de todas as formas, por exemplo, cozinhava coisas rápidas por vários dias. Não abria mão de me exercitar todos os dias, então, o tempo também era contado e muitas vezes assistia videoaulas durante a academia. Assim, fui criando uma disciplina, uma rotina e o estudo virou um hábito. Foram várias fases, um processo longo, gradativo e raramente perfeito.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Juliane: Nessa trajetória, fui aprovada em quatro concursos. Os três primeiros foram para cargos de farmacêutico: Prefeitura de Bom Jesus dos Perdões, Prefeitura de Ilhabela e Prefeitura de Jundiaí. Nesses três, eu passei em 1º lugar e agora em 26º para Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Anvisa. Pretendo continuar estudando, mas para concurso, não mais. Atingi o meu grande objetivo, meu sonho, que sempre foi a Anvisa. Agora, pretendo me especializar cada vez mais e dar o meu melhor por lá.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Juliane: Confesso que, incialmente, eu fiquei um pouco bitolada e, por vezes, rejeitei alguns convites, porque eu me sentia culpada de não estar estudando. Eu larguei o meu emprego, então, era uma pressão grande. Não passar, simplesmente, não era uma opção. Eu queria fazer tudo que estava ao meu alcance. Com o tempo, eu fui percebendo que isso não fazia sentido e que, sem amigos e família, a saúde mental iria embora. Depois que eu fui passando nos concursos, adquirindo uma boa base de conhecimento, fui ficando bem mais flexível nesse sentido. Minha escolha foi aproveitar os finais de semana e focar o máximo possível no decorrer da semana.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Juliane: Não sou casada e não tenho filhos. Eu comecei a estudar em 2018, foram quase 3 anos só estudando, sem trabalhar, pandemia nesse meio tempo. Depois de 3 anos, é claro que surgem comentários “não é melhor você voltar para iniciativa privada, não?”. Por outro lado, esses comentários só me fizeram querer passar ainda mais. Meus pais foram um grande apoio, sempre acreditaram no meu potencial, fizeram muitas coisas por mim para que eu focasse nos estudos. Apesar da preocupação de eu estar perdendo tempo “só estudando”, que sentia que podia passar pela cabeça deles, quando eu passei no primeiro concurso em 1º lugar, a minha confiança aumentou e a deles também.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Juliane: É difícil dizer quanto tempo exatamente, na verdade, eu comecei estudando por ele. Estudei 1 ano inicialmente, bem focada, depois parti para outros, já que o edital não saía. Depois mais 1 ano e meio estudando e trabalhando, mas num ritmo bem mais tranquilo, só para manter mesmo. Aí quando saiu o edital em janeiro de 2024, até abril quando foi a prova, fiquei bem focada nisso, tirei 20 dias de férias. Foi difícil puxar muito forte nos estudos nessa reta final, porque eu já tinha ficado muito tempo só estudando. Eu mantive uma vida equilibrada, literalmente fiz o que deu para fazer. E sabia que se eu não passasse, eu já tinha um bom emprego. Resumindo, devo ter estudado entre 2 e 3 anos só para esse concurso, mas em boa parte desse tempo foi só revisão de conteúdo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Juliane: A ferramenta principal foram os materiais em PDF, que eu considero o melhor para otimizar o tempo, já que conseguimos ditar o ritmo e ver o conteúdo mais rapidamente. As videoaulas, eu utilizava quando estava muito cansada de ler, quando tinha alguma dificuldade maior ou quando estava fazendo outra atividade, por exemplo, na academia. Algumas vezes baixei áudio dos vídeos para ouvir enquanto dirigia também.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Juliane: Conheci o Estratégia através de indicação de outros aprovados em concursos.
Estratégia: Adquiriu o curso regular da sua área ou o curso específico para seu concurso? Como foi seu contato com nossos professores?
Juliane: Primeiro, adquiri o pacote de conhecimentos básicos para o concurso da Anvisa (pré-edital). Depois de um tempo, adquiri o curso regular de específicas para farmacêutico. Depois, fiz a Assinatura Vitalícia quando lançaram, o que foi uma grande oportunidade. E, por fim, me matriculei no curso de específicas da Anvisa. Praticamente não precisei desse contato direto com os professores, porque o material é bem escrito, claro e organizado.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Juliane: Usei sim, o que mais incomodava era a falta de um PDF de qualidade, com questões direcionadas no final do material. Muitos só têm videoaula, o que dificulta a revisão e faz perder tempo, que vale ouro.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovada?
Juliane: Não, quando fiz a minha primeira prova, eu já tinha adquirido o material do Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Juliane: O maior diferencial são as aulas em PDF: organizadas, aprofundadas na medida certa e questões selecionadas sobre o assunto. Essas questões são fundamentais, porque ajudam o aluno a avaliar se sabe aplicar o conhecimento na resolução. Além disso, as videoaulas também são um recurso incrível, didático e os professores são muito bons, passam confiança. Gostaria de ter visto todas, mas a otimização de tempo é fundamental.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Juliane: Fiz uma grade horária e estudava várias matérias ao mesmo tempo. Eu dividia em blocos de 1 hora por matéria (45 minutos de leitura de PDF e 15 minutos de resolução de questões). Quando só estudava, eram 6 ou 7 horas líquidas por dia. Depois, conciliando estudos e trabalho, umas 2 ou 3 horas líquidas por dia e, aos finais de semana, geralmente não estudava.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Juliane: Eu lia os PDFs e ia grifando, então na revisão, ia lendo apenas os grifos e se percebia que algo que já era bem óbvio para mim estava grifado, ia diminuindo os grifos para a próxima revisão ser mais rápida. Na reta final, pós-edital, fiz os simulados também.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Juliane: Muita importância, afinal, o objetivo é saber resolver e acertar questões. Resgatei minha trajetória no sistema de questões, foram mais de 45 mil resoluções só lá, fora as questões dos PDFs. Parando para pensar, o número assusta um pouco rs.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Juliane: Inicialmente, a minha maior dificuldade era Português, principalmente, porque eu achava que sabia muito bem e tomei um tombo. Li muito, vi videoaulas e fiz muitos exercícios. É o básico que funciona. E no fim da minha preparação, a matéria virou meu ponto forte, já não dava mais tanta ênfase.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Juliane: Na semana que antecedeu a prova, eu revisei principalmente as específicas da minha área, que valiam mais pontos e aproveitei bastante as revisões ao vivo do Estratégia. Ver os professores dando dicas me fazia sentir menos sozinha e as dicas finais dão uma confiança a mais. No dia pré-prova, eu fiz revisões o dia inteiro e olhei alguns detalhes que precisavam de mais decoreba. Eu estava ansiosa e não estudar, me deixaria mais ansiosa ainda.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Juliane: Eu aconselho saber muito bem Português, porque qualquer erro gramatical vai tirando pontos por besteira. Além disso, é fundamental praticar e detectar os seus pontos fracos, entender o perfil da banca e o tipo de texto exigido. Eu fiz o curso de discursivas do Estratégia com correção já na reta final pós-edital. Fiz 2 ou 3 redações e vi que minhas notas eram altas, a gramática não era um problema. A partir daí, foquei em estudar muito bem o conteúdo das matérias Regulação e Vigilância Sanitária, que seriam o assunto da discursiva da Anvisa.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Juliane: Os meus acertos principais foram otimizar o tempo com a leitura do material em PDF, manter a rotina de estudos, mesmo nos momentos de desânimo ou com menos tempo disponível, fazer muitos exercícios e manter uma rotina de atividades físicas. Os meu maior erro, foi ficar muito bitolada no início e me sentir culpada nos momentos de lazer, por não estar estudando.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Juliane: A minha jornada até o meu objetivo final foi longa, foram 6 anos e desistir nunca passou pela minha cabeça. Eu fiquei bem desanimada sim em alguns momentos e não pude contar com a minha disposição, só com a disciplina mesmo. A minha maior motivação foi sempre encontrar um lugar em que eu pudesse trabalhar com propósito, qualidade de vida e boa remuneração.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Juliane: Eu aconselho a ter muita resiliência, a aprender a curtir o processo e a abraçar o desafio que é ser concurseiro. Se você tem uma visão, um sonho, vá em frente e não coloque um prazo, porque na hora certa a aprovação virá. Lembrando sempre que feito é melhor do que perfeito: faça o seu melhor com as condições que se apresentam na sua vida no momento presente.